16 - Orgulho
"Há uma teimosia em relação a mim que nunca pode suportar ter medo da vontade dos outros. Minha coragem sempre aumenta a cada tentativa de me intimidar."
— Orgulho e Preconceito, Jane Austen
De todos os Morrison's, Joan sempre fora a mais determinada. Desde pequena, quando enfiava algo na cabeça, era difícil de tirar. Sua mãe, lady Katherine, dizia com frequência que era mais fácil o inferno se abrir, do que fazer Joan mudar de ideia. Todos que a conheciam sabiam daquilo, por isso, na maioria das vezes, tentavam não desafiá-la. Todavia, Albert Davies não era como os demais. Ele nunca fugiu de um desafio e era tão determinado quanto ela. Em algum ponto, alguém teria de ceder, mas até lá, só Deus sabe que o poderia acontecer.
No outro dia, tão logo o Sol surgiu no céu, Joan já estava pronta para partir. Tinha a intenção de sair despercebida, antes que todos acordassem. A passos leves, e tentando não fazer muito barulho, percorreu o corredor e desceu a escada com muito cuidado, como se estivesse pisando em ovos. Quando alcançou o último degrau, ela ingenuamente acreditou que tinha concluído a missão com êxito, porém, inesperadamente, Davies surgiu da antessala.
— Vais a algum lugar, senhorita Taylor?
Joan respirou fundo.
O que ele fazia acordado tão cedo?
— Conforme eu disse ontem à noite, estou partindo. — Balançou os ombros.
Davies semicerrou os olhos e se aproximou dela.
— De certo a senhorita pensou que poderia sair sem que ninguém visse. Mas eu a conheço, Taylor, sabia que faria isso. Dormi na sala, de modo a ouvir seus passos ao descer a escada.
Joan escancarou os lábios, completamente indignada com a astúcia daquele homem.
— O senhor não pode me prender aqui contra a minha vontade. Estamos em um país livre, milorde. Eu tenho o direito de partir. — Ergueu o queixo o desafiando.
Davies recuou dois passos para trás.
— Quer partir, então vá. — Apontou a mão em direção a porta. — No entanto, não permitirei que use nenhuma de minhas carruagens, tampouco deixarei que desperte meus funcionários em seus preciosos momentos de descanso. Se quiser ir, será por conta própria. E caso a senhorita não tenha reparado, estamos no canto mais recluso de Staten Island, não há vizinhos por perto, não há nada além de mato e mar. Será uma longa caminhada até encontrar alguém disposto a levá-la até seu destino, seja ele qual for. Além disso, asseguro-te, Taylor, New York é deveras perversa para com estrangeiras dotadas de carregado sotaque britânico como o seu. Dito isso, basta apenas desejar boa sorte. — Deu as costas para moça e saiu dali.
Por um momento, Joan não moveu um músculo sequer. Permaneceu parada no último degrau, segurando as malas, olhando fixamente em direção a saída, incerta do que deveria fazer. No entanto, após muito refletir, seja por orgulho ou estupidez, ela saiu pela porta, deixando aquela casa para trás.
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Albert ouviu o barulho da porta se fechando, aproximou-se da janela, afastou a cortina e viu a moça se afastando para longe da residência. Não acreditou no quanto ela era teimosa. Ele dissera a verdade: não havia qualquer sinal de vizinhança por perto. A moça teria de andar por horas até encontrar outra residência. Inconformado com aquela situação, Davies decidiu ignorá-la. Cada um arca com as consequências de suas ações e ela era grande o suficiente para saber o que desejava.
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Gotas grossas e pegajosas de suor saiu por por cada poro do corpo casando, e a roupa, outrora tão limpa, colou junto a pele molhada, conforme Joan se arrastou pelo caminho cercado por árvores e mais árvores, sem nenhum mísero sinal de civilização. No céu, o Sol já estava bem evidente, e ela prosseguiu com aquela caminhada infinita. Em um certo momento, o estômago roncou alto. As mãos começaram a doer por conta do peso das malas, mas ela não pensou em desistir, já havia andado demais para voltar.
De repente, ouviu o trotar de cavalos empurrando uma carruagem e sentiu o sorriso brotar no rosto conforme a esperança surgiu.
Joan se afastou para a borda da trilha, aprumou a postura e ergueu o braço em sinal de carona. Entretanto, quando o transporte elegante parou perto dela, ao abrir a porta, surgiu ninguém menos que Albert Davies. Imediatamente a fúria tomou conta dela.
— Entre, Taylor. Levárei-la de volta.
— Não. — Empinou o nariz, juntou as mãos nas malas e seguiu o percurso.
Davies revirou os olhos e ordenou que o cocheiro a seguisse.
— Deixe de ser tão orgulhosa, Taylor. Não fará mal algum a senhora ceder ao menos uma vez.
Joan o ignorou e continuou a caminhar.
— Além disso — prosseguiu o conde —, está formando chuva. Realmente deseja ficar doente novamente?
Joan interrompeu os passos e direcionou o olhar para o céu.
Maldição! De onde surgiu aquelas nuvens carregadas?
Inconformada, ela voltou a atenção para Davies.
— Façamos um acordo, Taylor... Eu a levarei de volta, mostrarei a ti os meus cavalos, e se acreditar que não há serviço para senhorita em minha residência, se ainda assim desejar partir, eu mesmo a levarei para qualquer canto de New York que seja de seu agrado. O que me diz?
Em silêncio, Joan desviou o olhar para o céu, depois os fixou na estrada vazia a sua frente, tomou ciência do peso das malas em suas mãos, então, depois de muito ponderar, voltou olhar para o conde quando falou:
— Tudo bem! Faremos dessa forma. — Suspirou resignada.
Albert se esforçou muito para não sorrir e apenas ajudou a acomodar a bagagem dela, abrindo espaço para que adentrasse na carruagem.
— Simon! Podes voltar a residência. — ordenou ao cocheiro que rapidamente atendeu o pedido.
— Por que tens de ser tão orgulhosa?
Joan não queria conversa com ele, portanto apenas balançou os ombros magros.
— E agora vais me ignorar?
Irritada, a moça desviou a atenção da janela e depositou o olhar raivoso no conde.
— O senhor teve a nítida intenção de me manter em cárcere privado e quer que eu aja com naturalidade? Francamente, milorde! Ao menos tenha um bom senso.
— Está equivocada, senhorita. Jamais tive essa intenção.
— Ah, claro! — expressou debochada. — Trazer-me para um lugar no meio do nada foi realmente perspicaz da sua parte, Devil!
— Santo Deus, Taylor! Eu a trouxe exatamente para a única propriedade em que mantenho os meus cavalos. Eu posso não entender muito de equinos, mas sei que não gostam da agitação da cidade. Quanto mais calmo o lugar, melhor é a criação e o cuidado. Por isso eles estão, aqui. Por isso, eu a trouxe para cá.
De fato, aquele argumento era muito válido, porém Joan era orgulhosa demais para admitir que ele estava certo.
— Tudo bem! Mas de qualquer forma, eu continuo muito brava com o senhor. — Cruzou os braços e voltou a atenção para janela.
— E quando não está? — ele murmurou, também direcionando o olhar para a paisagem em movimento.
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Pouco tempo depois, sob uma leve garoa, ambos desceram da carruagem demonstrando extrema irritação.
— Deixe as malas, vou te mostrar a baia dos cavalos. — informou Davies, secamente.
Joan, calada, seguiu ao lado do conde.
O homem a guiou rumo a parte de trás da residência, pegando uma curta trilha demarcada por cercas até que se aproximaram de um bonito barracão de madeira, divididos por oito confortáveis cubículos os quais mantinham os incríveis cavalos.
Em questão de instantes, a face de Joan se iluminou em pura felicidade. Não havia para ela, lugar melhor no mundo além de estar próxima aos equinos que sempre amou. Desde criança, era fascinada por cavalos. Aprendera montar muito cedo, e o falecido pai, que também era amante dos equinos, dividiu o fascínio com filha, transmitindo a ela tudo que sabia. Joan sentia falta do pai, mais do que poderia colocar em palavras. Estar próxima aos cavalos, fazia com que sentisse próxima ao pai. Um sentimento indescritível.
— Quais são os nomes deles? — perguntou Joan, ao se aproximar de um cavalo marrom.
Davies franziu o cenho antes de responder:
— Este é o número Um. — Apontou para a segunda baia — Aquele é o Dois, depois vem o Três e assim sucessivamente. — Deu de ombros.
Joan o fuzilou com o olhar.
— Não acredito que o senhor nem teve alento de dar nomes para eles? Francamente, milorde, isso é o mínimo.
— São só cavalos, Taylor. E aqui é apenas uma mera estadia. Eu os compro, Dursley, meu adestrador, os treina, então eu os vendo pelo dobro do preço. É um negócio lucrativo. — explicou friamente.
Joan rolou os olhos.
— Isso não impede que o senhor dê nomes a eles. É mais fácil adestrar quando se estabelece um vínculo com o cavalo.
— Não é o meu papel adestra-los. Não cabe a mim tal função.
Joan grunhiu inconformada.
— Não vai doer nomear um cavalo. Diga-me, com que ele se parece? — Segurou a cara do animal, incentivando o conde a dar um nome.
Davies respirou fundo, encarou o cavalo, e depois de muito pensar, disse:
— Chocolate.
— Chocolate? Fracamente! Olhe o porte desse animal. É um garanhão e o senhor vai chamá-lo de Chocolate?
— Ele é marrom. Lembra-me chocolate. — explicou a lógica por de trás da escolha.
— Bem... Melhor do que chamá-lo pelo número da baia. Ao menos ele tem um nome agora.
De repente, ouviram o leve trotar de cavalos e um homem tão grande quanto uma montanha, com espessa barba acobreada e um olhar de poucos amigos, surgiu ali, segurando uma bela égua de pelagem incrivelmente branca mesclada com machas cor de terra. Tratava-se de um incrível Paint Horse, uma raça tipicamente americana muito utilizada para o hipismo pela força e capacidade atlética.
— Senhor Davies, o que faz aqui? — indagou o homem, em um carregado sotaque estrangeiro, sem se preocupar com os bons modos.
— Olá, Dursley. Estou apenas apresentando a baia para a senhorita Taylor.
O homem apenas emitiu uma espécie de som que mais pareceu um leve rosnado. De fato, era um sujeito peculiar.
— Já que estão aqui, devo informá-los que deverão trabalhar em conjunto. A senhorita veio para ajudá-lo no adestramento.
— O que? — Joan e Dursley exclamaram no mesmo instante.
— Não. Isso está fora de cogitação. Eu trabalho sozinha, tenho os meus próprios métodos. — assegurou Joan.
— Parece que isso nós temos em comum, senhorita. — concordou Dursley, claramente furioso.
— Bem... — Começou Davies — E agora terão mais coisas em comum, já que vão trabalhar juntos. Incrível, não é?
Ambos negaram com a cabeça.
Dursley, irritado, direcionou aquele par de olhos acinzentados em Joan e falou rispidamente:
— Já que está aqui, talvez saiba o que essa égua tem. Tem apresentado um comportamento muito estranho.
Joan, imediatamente adotou uma postura muito séria e se aproximou para avaliar o animal.
— Olá, menina. O que está acontecendo contigo? — Acariciou a crina da égua, tomando bastante cuidado para não assustá-la. — Há quanto tempo nossa Paint Horse está aqui? — perguntou ao adestrador.
— Cerca de um mês. Veio do Texas. — respondeu secamente.
Joan, muito experiente, percorreu as mãos pela extensão da égua, apalpando o abdome, seguindo em direção as ancas. Afastou-se sutilmente, inclinou o pescoço para o lado avaliando o traseiro do animal e tornou a se aproximar do tronco, colocando a face junto das costelas da égua. Joan fechou os olhos por um instante e em silencio ouviu a respiração do animal. Logo, um sorriso se formou na face dela quando declarou:
— Ela está prenha.
Dursley soltou uma gargalhada irônica.
— Evidentemente, a senhorita está equivocada. Eu saberia se a égua estivesse prenha.
— Pois eu tenho a mais absoluta certeza de que ela está em gestação. — afirmou convicta. — Aproxime-se, Davies. O potro vais se mover.
Albert arqueou a sobrancelha desconfiado, mas colocou a mão sobre a barriga da égua e aguardou por algum tempo.
— Não estou sentindo nada, Taylor. — falou, após uma longa espera.
— Eu disse! Saberia informar se a égua estivesse prenha. — declarou Dursley, com muita prepotência.
— A égua está prenha e eu vou provar. — Respirou fundo. — Já volto.
Joan correu até a carruagem, abriu a mala e retirou a pequena maleta que sempre levava consigo. Esbaforida, retornou até a baia e ignorou os comentários machistas que Dursley usava para tentar fazer Davies desistir daquela ideia de a empregá-la. Furiosa, abriu a maleta, retirou o estetoscópio e colocou sobre a costela da égua. Joan foi movendo o objeto metálico até encontrar o som que desejava.
— Ouça, Davies. — Sorrindo, entregou a parte auricular para o conde.
Albert ficou espantado quando ouviu o som das bastidas descompassadas de dois corações. Aquele era o milagre da vida. Realmente havia um potro ali dentro.
— A senhorita Taylor tens razão, Dursley. A égua está prenha. Ouça. — Entregou o estetoscópio para o homem, que desconfiado colocou no ouvido.
— Jesus! — Dursley exclamou arregalando os olhos. — Como não percebi isso.
Os lábios de Joan se curvaram em um sorriso sarcástico antes de ela provocar:
— Deve ser porque é homem. Não consegue enxergar uma gravidez nem quando está bem diante de seus olhos.
Dursley rangeu os dentes como se estivesse prestes a matá-la. Joan sequer se intimidou e prosseguiu:
— Se eu estiver certa, algo que já comprovei ser exato, o parto ocorrerá em seis semanas, talvez menos. Veja o úbere — Pediu que Dursley desse atenção para a parte mamária da água. — Está com um formato mais arredondado e as tetas estão enormes! — Avançou para a parte traseira e pontou: — Além disso, região do quadril e da já anca começaram a relaxar, criando esse um afundamento perto da base da cauda.— Olhou para Dursley que a escutava com atenção. — A partir de agora, teremos de aumentar a alimentação e controlar a ingestão de líquidos. Ela precisa fazer algumas caminhadas, e se possível, devemos deixá-la o mais longe possível dos machos. Éguas em estado de gestão não apreciam estar próximas do sexo oposto.
— Então está explicado a razão dela sempre relinchar e ficar arisca perto dos cavalos. Os sinais estavam tão claros. — comentou Dursley.
— Parece que já se acertaram. — comentou Davies, sorrindo. — Formarão uma excelente dupla. Tenho certeza.
Joan, contrariada, lançou um olhar de canto para Dursley que fez o mesmo. Se aquilo daria certo ou não, somente o tempo iria dizer.
— Vamos, senhorita Taylor. Temos assuntos a tratar.
— Fique bem, menina. Eu prometo que cuidarei de você. — Acariciou a crina da égua, declarando uma promessa que faria questão de cumprir. — E senhor, Dursley... Siga minhas instruções, mantenha-a longe dos machos.
O brutamonte do Dursley apenas grunhiu e Joan atendeu aquilo com uma confirmação. Era realmente um homem estranho.
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Sentindo a satisfação transbordar no peito, Joan seguiu ao lado do conde que também sorria satisfeito. Contudo, ao se aproximarem da casa, inesperadamente, Davies a prensou contra a parede e ela perdeu o ar ao vê-lo tão perto.
— Deixe-me arrumar o seu cabelo, Taylor. Está uma tremenda bagunça.
Joan rolou os olhos. Ele realmente sabia ser petulante.
— Não me importo com isso. — Tentou se afastar, mas o conde a impediu.
— Eu me importo. Não quero ter de conceder explicações a Bea. Tive uma manhã deveras agitada, desejo apenas um pouco de paz.
Aquela frase foi o suficiente para despertar o pior que havia nela.
Então era com aquilo que ele se preocupava? Com o que a senhorita Vanderbilt poderia pensar sobre os dois?
— É por essa razão que deveria ter me deixado partir. Não teria de se preocupar com minha presença aqui. Estaria em paz para aproveitar os dias com a senhorita Vanderbilt. — Tentou sair de perto dele, porém Albert a puxou pelo braço e a colocou junto da parede.
— Não é o que a senhorita está pensando. Não me importo com o que a Bea pensará de nós dois. Eu só não quero ter essa conversa hoje, pois sei que ela vai me azucrinar pelo resto do dia se te ver assim, como se tivesse tentado fugir, o que de fato ocorreu.
Joan encarou aqueles olhos escuros que tanto a assombrava.
— E teria obtido êxito na fuga, se o senhor não tivesse ido atrás de mim.
— Acha mesmo que eu a deixaria partir tão facilmente, Taylor? Acredite, não sei se consigo viver longe da senhorita.
Joan sentiu o coração disparar no peito em uma emoção tão grande, nunca antes sentida.
Maldição! Será que ela estava gostando de Davies mais do que deveria?
— Pensei que me achava irritante e teimosa. — disse baixinho. — E que me queria ver o mais longe possível.
Davies riu.
— Ainda te acho irritante e teimosa. Mesmo assim, ironicamente, gosto de estar contigo.
Joan abriu um largo sorriso. Aquele conde realmente sabia desarmá-la.
— Agora fique quieta e deixe-me arrumar seu cabelo. — ordenou, já retirando os grampos que mal seguravam aqueles escuros fios rebeldes.
Segurando o riso, ela deixou que Davies a arrumasse.
Albert passou as mãos pelos fios eriçados, tentando domá-los. Concentrou-se na ação como se estivesse fazendo algo deveras importante e prendeu os grampos no cabelo dela, apreciando — e muito —, cuidar da moça. Ao finalizar, ele segurou o rosto da mulher nas mãos e fixou o olhar no dela.
— Prontinho, Taylor. Está devidamente arrumada.
— Para sua paz de espírito. — ela provocou.
No entanto, Davies não esbanjou nem um mísero sorriso, pois a atenção permaneceu totalmente recaída nos lábios dela. Ah como ele desejou beijá-la.
Joan, por sua vez, soube, naquele momento, que se ele a beijasse, ela retribuiria. Jesus! Ela mesmo tomaria atitude se ele não o fizesse.
Contudo, para sorte ou azar de ambos, Joan foi traída pelo som incontrolável do estômago rugindo tão alto quanto um leão. E Davies, que foi tomado pelo susto, desviou atenção para os lábios dela e olhou para o estômago incriminador.
— Por Deus, Taylor! Por que seu estômago sempre tem que rugir em momentos totalmente importunos?
— Como se eu pudesse controlar? Francamente, Devil, estou faminta! O senhor não teria o ouvido roncar, se ao invés de se preocupar com meu cabelo, tivesse se importado em me alimentar! — pontuou irritada.
— Vamos, senhorita! Devemos alimentar o dragão que reside aí dentro. — Cutucou o estômago dela.
— É uma sabia decisão.
Gargalhando, ambos adentraram na residência.
Era impressionante o fato do quanto mudavam da água para o vinho em questão de instantes. Ambos ainda não haviam percebido, mas tinham tanto em comum. Talvez, por tal razão, de um jeito bastante incomum, eles se completavam. Apenas eram teimosos demais para admitir e orgulhosos demais para ceder a paixão.
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Olá, ladies!
Espero que tenham gostado do capítulo e que estejam gostando da história!
Em breve, voltarei com mais surpresas!
Bjus,
Luana Maurine
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