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12 - Embriagados

"[...] É hora de embriagar-se! Para não ser o escravo mártir do Tempo, embriague-se; embriague-se sem parar! De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser".

EMBRIAGUE-SE — Charles Baudelaire

A garrafa do uísque, que outrora estava cheia, encontrava-se pela metade. E lá, naquela cabine, encontrava-se Joan Morrison, levemente embriagada, gargalhando alto ao ver Albert Davies, um importante e temido conde, trajando sobre a as vestes caras, o avental cinza de serviçal, imitando, muito fielmente os comportamentos da moça.

— O senhor é muito prepotente, lorde Devil. Acha mesmo que preciso da sua ajuda? — Albert a imitou, afinando a voz, colocando a mão na cintura exatamente como Joan fazia.

— Olhe essa urina! Santo Deus, precisa beber água, homem! Está bebendo ácido, milorde? — E continuou: — Nem ouse a me pedir para prepara seu banho! O senhor tem duas mãos e dois pés em perfeito estado. Podes muito bem fazer isso sozinho. — prosseguiu a imita-la, fazendo Joan quase chorar de tanto rir.

— Eu não sou tão dramática assim. — disse ela, aos risos.

— Claro que não, Taylor! És muito pior!

Joan jogou o travesseiro tentando acertá-lo, porém Davies foi capaz de desviar.

— O senhor até que é engraçado. — comentou, quando ele tornou a se deitar ao lado dela.

— Já me chamaram de tudo, menos de engraçado. Não sei nem dizer se isso é bom ou ruim.

— Bom. Ao menos nessa ocasião, é algo bom, Devil. — Joan tornou a encher os copos de ambos com o tal uísque.

— Quer que eu continue a leitura do livro? — Ele indagou gentilmente.

— Sim, por favor.

Albert então abriu o livro na página marcada, analisou a imagem desenhada e fechou-o no mesmo instante.

— A senhorita não pode ver isso! — exclamou perplexo.

— Por que não? — Joan inquiriu, arqueando a sobrancelha.

— Não é uma leitura adequada para mulheres.

Aquela resposta apenas instigou ainda mais a curiosidade dela.

— Ah! Francamente, Devil. Eu leio o que bem quiser. — Tentou pegar o livro da mão dele, porém Albert segurou com mais força.

— Asseguro-te, Taylor! Não vai querer ver isso.

Joan, mais uma vez, puxou o livro, medindo força com o homem.

— Solte-o, Devil! — disse, em um tom perigoso de advertência.

Albert a encarou por um longo instante, até que finalmente cedeu. Soube que a mulher não iria desistir até que efetuasse daquela leitura obscena.

Joan abriu o livro exatamente página a qual Albert tentou esconder e uniu as sobrancelhas ao centro da testa a medida em que analisou a gravura.

— Isso aqui é um pênis?

Albert engasgou-se com a própria saliva ao ouvir aquele questionamento dito à queima-roupa.

— TAYLOR! TENHA MODOS! — repreendeu, um tanto desconfortável com a situação.

Joan, por sua vez, rolou os olhos e tornou a avaliar cada centímetro do desenho registrado com muita precisão.

— Sim. É um pênis de cavalo. — constatou muito segura. — Interessante.

Albert inclinou-se para mais perto da moça, de modo a verificar aquela imagem. De fato, tinha realmente um certo teor de relevância, embora, é claro, ele não tivesse tanto interesse em cavalos.

— É um tanto parecido com de homens. — expressou a moça, sem nenhuma pontada de vergonha.

— E onde foi que a senhorita viu o órgão sexual masculino. — Davies indagou realmente muito curioso. Estava certo de que ela era virgem.

— Em esculturas e quadros. — Balançou o ombro e apertou os olhos ao percorrer a gravura com os dedos. — Por onde sai a urina?

— Pela ponta, é óbvio. — Albert apontou a parte do desenho que fora nomeado como glande.

— Faz sentido! — murmurou, ainda tentando entender aquele membro complexo.

Então, inesperadamente, a moça teve uma ideia nada convencional, e nem se deu o trabalho de pensar antes de começar a falar:

— O senhor é um homem...

— Até que provem o contrário, sim eu sou. — Confirmou Davies, sorrindo.

— Nesse caso, pode me ajudar a entender melhor o órgão reprodutor masculino.

Davies foi rápido ao advertir:

— Não. Taylor! Absolutamente não a ajudarei nessa tarefa.

— Por favor, Davies! Eu só quero ver por onde sai a urina. Só isso!

— SÓ ISSO! — exclamou exasperado. — Pelo amor de Deus, Taylor. Isso é imoral! Não mostrarei o meu... — Engasgou-se, recusando a dizer aquela palavra em voz alta. — Não mostrarei nada a você e ponto final.

Joan, todavia, sabia exatamente como fazer com que ele mudasse de ideia. Assim, ela esboçou um curto sorriso despretensioso e disse:

— Tudo bem. — Chacoalhou os ombros. — Nesse caso, acredito que Russel poderá me auxiliar nesse interesse científico. — Fechou o livro, como se tivesse finalizado o assunto.

Davies arregalou os olhos em pura perplexidade. Aquela mulher era louca, e pior, muito obstinada. Albert preferia se lançar ao mar ao ser o responsável por Taylor ver as partes íntimas de outro homem. Antes que visse o dele do que qualquer outro.

— Se esse é um interesse puramente científico, eu concordarei em ajudá-la.

Joan rapidamente levantou-se, temendo que ele mudasse de ideia.

— Vamos, Devil! Estou ansiosa para ver isso! — Apontou para o cubículo destinado a higiene pessoal.

— Agora? — A voz soou estridente.

— Sim! Não deixarei que me engane. — Puxou-o pela mão, fazendo-o se levantar.

Albert não soube ao certo dizer por qual razão aceitou aquela insanidade. Culpou a bebida, é claro. Se estivesse sóbrio, jamais aceitaria aquilo. Contudo, lá estava o conde, ainda devidamente vestido, encarando o penico disposto no chão, enquanto a moça aguardava pacientemente que ele realizasse as necessidades fisiológicas.

— Tem certeza de que realmente quer ver isso? Não me parece certo, Taylor.

— Claro que desejo. É provável que eu nunca me case. Então essa é minha única oportunidade de ver como machos urinam. — argumentou, como uma verdadeira mulher em busca de informações restritas.

— Está me comparando a um animal? — Por um instante, Albert se sentiu ofendido.

— Cientificamente, segundo a teoria do evolucionismo de Charles Darwin, somos todos animais. Então não se ofenda, Devil.

Davies torceu os lábios, fazendo o bigode negro se mexer. Era realmente difícil rebater os argumentos dela.

— Tudo bem. — Respirou fundo e começou a desabotoar a calça, evitando a todo custo, olhar para a moça ao seu lado.

Um tanto sem graça, o conde retirou o membro e o apontou para o penico. E, enquanto tentava urinar, pensou que, de todas as formas que ele se imaginou seminu ao lado daquela mulher, nada foi comparado com aquilo. Algo deveras peculiar, afinal.

— Não está saindo nada! — ela reclamou, impaciente.

— Eu estou tentando, Taylor! Não tenho culpa se a natureza tem seu próprio tempo.

Joan calou-se. Não havia muito o que falar.

Albert tentou ignorar o fato de que a moça o analisava como um espécime em um laboratório. Ao contrário do que imaginou que pudesse ocorrer, não havia nada de pervertido ali, além de uma mulher curiosa demais para os padrões da sociedade deveras conservadora.

— Meu Deus, Davies! Vais urinar ou não? — ela realmente estava perdendo a paciência.

— É difícil com você me olhando! Essas questões requerem privacidade, Taylor! — resmungou, forçando o líquido a descer.

Joan bufou contrariada e cruzou os braços. Quando estava prestes a desistir daquilo, Albert exclamou:

— Está vindo!

Joan, toda animada, abaixou-se para ver claramente a urina saindo, tomando, é obviamente, uma distância parcialmente segura do homem.

O fio de líquido amarelado saiu por uma pequena e quase imperceptível fenda na glandes do pênis, disparando certeiramente no penico de metal. Joan viu aquilo muito admirada! Era tão mais fácil ser homem. A natureza era mesmo injusta para com as mulheres.

— Incrível! — Bateu palmas empolgada. — Posso tocá-lo?

Davies rapidamente recolheu o membro. Aquela mulher iria levá-lo à loucura.

— Isso já é demais. — Fechou os botões e saiu dali.

Por ora, Joan estava satisfeita. Realmente havia matado uma curiosidade que a assombrava a tempos.

— Acho melhor desfrutarmos da leitura outro livro. Um menos obsceno. — Começou a ler os títulos disposto nas capas e até encontrar aquele que o agradasse. — Achei! Um livro de poemas de um tal poeta francês Charles Baudelaire. — Leu o título da obra em voz alta: — As Flores do Mal. Acho que vais gostar, milady. Parece que foi escrito para você. — provocou, em um tom cheio de sarcasmo.

Claramente, Davies não era apreciador de literatura, caso contrário, teria escolhido qualquer livro, menos aquele cujos alguns poemas foram considerado impróprios para a sociedade deveras conservadora. Mas, talvez, se ele tivesse sorte, iria se deparar com nenhuma leitura escandalosa. O que obviamente não ocorreu. Joan, que já havia lido aquela obra na biblioteca do irmão Matthew, grande apreciador de literatura, escondeu o riso ao ouvir Albert declamar, todo inocente o poema em questão.

— As Metamorfoses Do Vampiro...— começou ele, em um tom de voz alto.

E no entanto a mulher, com lábios de framboesa,

Coleando qual serpente ao pé da lenha acesa,

E o seio a comprimir sob o aço do espartilho...

— Jesus! — Arregalou os olhos e escancarou a boca. — Taylor! Que raios de livro de poemas é esse? — exclamou indignado.

Joan riu e pediu:

— Continue, Devil, o pior já passou. — mentiu descaradamente.

Ele, inocentemente, prosseguiu:

[...] Dizia, a voz imersa em bálsamo e tomilho:

"A boca úmida eu tenho e trago em mim a ciência

De no fundo de um leito afogar a consciência.

As lágrimas eu seco em meus seios triunfantes,

E os velhos faço rir com o riso dos infantes.

Sou como, a quem me vê sem véus a imagem nua,

As estrelas, o sol, o firmamento e a lua!

Tão douta na volúpia eu sou, queridos sábios,

Quando um homem sufoco à borda dos meus lábios,

Ou quando o seio oferto ao dente que o mordisca,

Ingênua ou libertina, apática ou arisca,

Que sobre tais coxins macios e envolventes

Perder-se-iam por mim os anjos impotentes!"

— Recuso-me a prosseguir com essa leitura! Chega de obscenidade por hoje. — Fechou o livro com demasiada brusquidão.

Todavia, Joan, gargalhando, levantou-se da cama e rapidamente tomou o livro da mão dele. Procurou pelo poema em questão e prosseguiu em tom alto e claro:

[...] Quando após me sugar dos ossos a medula,

Para ela me volvei já lânguido e sem gula

À procura de um beijo, uma outra eu vi então

Em cujo ventre o pus se unia à podridão!

Os dois olhos fechei em trêmula agonia,

E ao reabri-los depois , à plena luz do dia,

A meu lado, em lugar do manequim altivo,

No qual julguei ter visto a cor do sangue vivo,

Pendiam do esqueleto uns farrapos poeirentos,

Cujo gripo lembrava a voz dos cata-ventos

Ou de uma tabuleta à ponta de uma lança,

Que nas noites de inverno ao vento se balança."

Santo Deus! Não é sem razão que fora proibido. É sensual e aterrorizante, na mesma medida. Singular, ouso dizer. — comentou Davies, por fim.

— Penso que é um poema autêntico, verdadeiro e perturbador. Diferente dos outros poetas que insistem em falar de beijos e amor, Baudelaire trouxe uma autenticidade em seus textos. Gosto disso.

Davies aproximou-se da moça, fixou o olhar naqueles intensos olhos negros e indagou:

— Prefiro os que falam sobre beijos. Trazem-me boas recordações. — Lançou um olhar para aqueles lábios que ele tanto ansiava em provar.

— Não posso falar de algo que nunca provei. — Ela revelou, sem intenção, percebendo que o álcool realmente havia lhe afetado, e pior, lhe traído.

Joan pensou em fugir, ou fingir que não tinha dito aquilo, mas era tarde demais para pensar em qualquer desculpa. Soube que estava tremendamente enrascada quando viu um sorriso cheio de malícia se formar nos lábios do conde.

— Talvez seja o momento de criarmos recordações. — Davies, inclinou o rosto, aproximando cada vez mais dos lábios dela.

Joan sentiu o coração disparar sob o peito. Uma parte dela, aquela racional, mandava ela se afastar imediatamente do perigo. Porém, uma outra, eloquente e embriagada, desejava, mais do que tudo, desfrutar da boca daquele homem. Então, sem qualquer pudor, ela fechou os olhos, entreabriu os lábios, e finalmente beijou o lorde Devil que tanto assombrava seus pensamentos.

Davies foi delicado e gentil. Não queria assustá-la, tomando-a ferozmente tal como desejava. Provou dos lábios quentes e macios, saciando a vontade que rugia dentro de si. A boca tinha um gosto bom de uísque e pecado. Beijá-la era como provar de um fruto doce regado a tentadora luxuria. Sentiu-se, completamente vazio quando os lábios se separaram.

— Como foi a sensação de ser beijada pela primeira vez, Taylor? — Acariciou as maças coradas da bela mulher.

Joan mordeu os lábios inchados antes de responder:

— Ainda não cheguei a uma conclusão. Tenho que beijá-lo novamente.

Albert gargalhou ao ouvir aquela declaração. Contudo, o riso se perdeu no ar, quando a moça jogou os braços ao redor do pescoço ele e uniu os lábios de ambos beijo urgente e desajeitado.

— Calma, Taylor! — pediu, ainda com a boca colada na dela. — Isso é um beijo e não um ataque.

Joan afastou-se sutilmente, sentindo-se momentaneamente envergonhada. Porém, Albert a puxou de volta e aproximou-se do rosto dela, segurando-a possivelmente pela nuca, fazendo ela erguer a face de modo a encará-lo.

Ali, ao observá-la completamente a mercê dele, com aqueles pecaminosos lábios entreabertos e a pupila dilatada de tanto desejo, Davies se sentiu o homem mais sortudo de toda terra.

— Oh, Taylor! Fico imensamente feliz que nossos caminhos se cruzaram. — declarou, notando uma emoção estranha atingir aquele coração que outrora fora tão frio.

Sem pensar em mais nada, Albert capturou os lábios da moça nos seus, suavemente, em uma coreografia perfeita de desejo e sensualidade. Se aquilo não era o céu... Raios! Ele não fazia ideia do que seria.

Joan sentiu um estranho arrepio subir por todo o corpo quando o conde aprofundou aquele beijo lascivo. A aspereza do bigode roçou os lábios dela, e ao contrário do que imaginou, aquilo foi tão bom que ela soltou um leve gemido. Quando a língua dele tocou na dela, a moça teve de se agarrar nos braços do homem, pois as pernas, por um instante, fraquejaram.

Incapaz de conter os impulsos, Davies, ainda a beijando intensamente, guiou-a para cama.

Joan, agindo puramente por instinto, sentou sobre Davies, colocando as pernas ao redor do corpo dele, saciando todo o desejo que há muito estava reprimido.

Albert, por sua vez, já não pensava em mais nada. Com urgência, levou as mãos nas nádegas da mulher e soltou um gemido rouco quando ela arfou de prazer. Não ousou interromper aquele beijo. Só Deus sabe o que viria depois daquilo.

Contudo, para a infelicidade do conde, Joan subitamente suspendeu as ações e afastou-se. Albert, ainda louco de luxuria, vislumbrou os escuros olhos arregalados da moça, antes de ela se afastar para longe de seus braços.

— Oh meu Deus, Davies! Eu fui possuída pelo afrodisíaco. — Levou as mãos na boca, evidentemente espantada.

A princípio, o conde pensou que ela havia soltado tal desculpa esfarrapada apenas para se isentar de seus comportamentos lascivos, porém, ao analisá-la com a devida atenção, ele logo soube que moça realmente acreditava naquela afirmação. Para uma mulher extremamente inteligente, às vezes ela era tão ingênua.

— Acho que nós dois fomos, Taylor. — Soltou um riso rouco e tentou se aproximar dela.

— Acho melhor o senhor partir. — Recuou dois passos, fugindo do alcance dele.

— Tudo bem, Taylor. — Ergueu as mãos, resignado. — A senhorita me leva até a porta?

— Sim, eu o acompanho. — Sorriu aliviada.

Ambos seguiram rumo a saída, no entanto, antes que o homem partisse para fora da cabine, Joan indagou:

— Acha que eu beijei de forma apropriada?

Nos lábios do conde se formou um sorriso pecaminoso antes de ele responder:

— Ainda não cheguei a um veredicto. Preciso beijá-la novamente. — E assim, exatamente sem qualquer aviso, ele capturou os lábios dela mais uma vez.

Joan não ousou a se afastar, ao contrário, equilibrou-se nas pontas do pé, concedendo o livre acesso a sua boca.

— Então, o que acha? — ela sussurrou, ao findar o beijo.

— Acredito, senhorita, que eu deva beijá-la mais vezes antes de formular uma conclusão.

Aquelas foram as últimas palavras proferidas pelo conde, antes de ele se afastar, sorrindo como jamais o fez, deixando na cabine uma Joan levemente embriagada, cheia de curiosidade, atormentada pelo mais puro desejo.

Se aquilo não era uma promessa, o que mais poderia ser?

_____ 🚢_____

Olá, ladies!

Espero que tenham gostado do capítulo!

É isso! Volto na próxima segunda!

Bjus 😘

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