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11- Afrodisíaco

"Desejos, por vezes, nos traem".

Lorde Albert Davies

Joan Morrison, desde criança sabia como tirar o melhor proveito de qualquer situação vantajosa. Por vezes, Matthew, seu irmão, a comparava a uma mercenária de primeira categoria e fazia de tudo para nunca dever nada a ela, pois tinha a mais pura certeza de que a lady não deixava nada barato.

Contudo, Albert Davies, o conde Bastille, não a conhecia o suficiente — para falar a verdade não conhecia nadinha —, caso contrário, jamais se envolveria em uma aposta com ela. E foi assim que, para infelicidade do Conde, ele se viu enfurnado em sua própria cabine, trajando sobre as suas vestes o habitual avental cinza que pertencia a moça, massageando os pés dela, enquanto a megera se deliciava com a leitura de um livro de romance. Aquilo era um pesadelo da pior espécie.

— Meus dedos estão doendo, Taylor! — reclamou, exausto.

— Assim como meus pés ainda não relaxaram. Continue, Devil. — Sequer tirou os olhos da página ao declarar a ordem.

Davies soltou uma bufada, mas prosseguiu com a massagem, apertando aquele pé minúsculo com muita força, tentando extravasar a raiva que ele remoía.

— Aí! — Queixou-se Joan, exibindo uma careta de dor. — Chega, Devil. Assim vais esmagar meus dedos.

Albert escondeu o risco que se formou nos lábios ao notar que as ações saíram conforme o planejado. Porém, se ele pensou que finalmente estaria livre dela, estava muito enganado. A moça, completamente ciente de seus poderes sobre ele, novamente ordenou:

— Logo o jantar será servido. — Levantou os braços, espreguiçando-se. — Podes me preparar um banho.

— Você só pode estar brincando! — exclamou indignado.

— Posso lhe assegurar que não. — Cruzou os braços abaixo do peito.

— Eu estou cansado, Taylor! — Esbravejou, perplexo. — Faz mais de quatro horas que venho te servindo, não parei momento sequer! Já trouxe a sua refeição. Abanei-te enquanto se alimentava. Troquei sua latrina duas vezes. Passei as suas vestes. Fui à biblioteca e trouxe uma pilha de livros para o seu deleite. Santo Deus, até massageei os seus pés, Taylor! Eu me encontro exausto!

— Francamente, milorde. Não trabalhou nem um período inteiro e já está reclamando. És realmente um aristocrata privilegiado. Jamais precisou exercer um serviço braçal. Isso é bom para o senhor aprender a dar mais valor ao serviço dos outros. Aposto que jamais pensou no quanto suas demandas deixam seus empregados exaustos. Quem sabe assim, sob outra perspectiva, milorde deixe de ser tão mimado.

— Eu, mimado? — guinchou Albert.

— Sim, o senhor. Agora pare de reclamar e vá preparar o meu banho.

Albert, inconformado, saiu pela porta resmungando, mal vendo o momento de se livrar daquela mulher.

_____ 🚢_____

Sob os olhos afiados de Joan, Davies era um perfeito submisso, devidamente pronto a servi-la, mas, enquanto estava longe da vigia dela, o conde era livre para assumir a liberdade de ser quem era: um homem muito rico, perfeitamente capaz de pagar por seus privilégios. Assim, ele subornou algumas funcionárias para retirar a moça de sua cabine e outras pessoas prepararam o tal banho.

Joan Morrison, por sua vez, sequer pensou que Albert havia tramado contra ela, fugindo das responsabilidades que ela lhe delegou. Passeou pelo navio, enquanto aguardava que limpassem a cabine e, minutos depois, imersa em sua ingenuidade, retornou para desfrutar de seu banho.

— Nossa! Quanta eficiência! — ela elogiou Albert, ao ver a banheira devidamente preparada a sua espera. — Confesso que esperava que tivesse demorado mais.

— Às vezes, eu posso te surpreender, Taylor. — Apontou para banheira, agindo de forma tão inocente que não levantou qualquer suspeitas de seus atos ilícitos. — Não vais usufruir de seu banho, milady?

— Pretendo. Quando o senhor me conceder a devida privacidade, é claro.

Um sorriso cheio de malícia se apossou dos lábios do conde.

— Acredito que eu deva permanecer na cabine, milady. Estou certo de que precisará de ajuda para se vestir.

Joan escancarou a boca em uma expressão de perplexidade.

— O senhor pode ter certeza de que está muito equivocado. Sou perfeitamente capaz de me vestir sozinha. — Começou a empurrar o homem para fora da cabine.

— Até o espartilho? — indagou, antes de sair pela porta.

— Não preciso da sua ajuda, Devil. — Conseguiu se livrar dele. — E não ouse entrar até que eu o chame. Fechou a porta, podendo finalmente usufruir daquele banho.

Do outro lado da porta, Albert Davies se torturou ao imaginar a moça completamente nua, imersa às águas quentes, e por mais que tenha tentado dissipar aquela imagem, ela persistiu em ocupar seus pensamentos mais impuros.

Foram longos e infindáveis minutos se torturando feito um patife sádico, até que, um tempo depois, a mulher autorizou que o conde adentrasse na cabine, e para o lamento do homem, ela já estava completamente vestida.

— Vejo que realmente deu um jeito no espartilho, Taylor. — comentou, frustrado.

— Óbvio que consegui! Faço isso desde sempre. — Rolou os olhos, seguiu até a penteadeira e acomodou-se e sustentando o olhar no espelho. — Aproxime-se, Devil. Preciso de auxílio para arrumar o cabelo.

Davies franziu o cenho claramente confuso. Não tinha qualquer habilidade para aquilo — ou melhor — , acreditava que não tinha, pois jamais teve que exercer tal função tipicamente feminina.

— O que eu devo fazer, Taylor? — Bufou inconformado, puxando uma cadeira logo atrás da moça.

— Meu Deus, Davies! Quanto drama! Pedirei apenas para me ajudar com os grampos. É difícil prendê-los na parte de trás. — Começou a enrolar algumas mechas de cabelo, prendendo-as no topo da cabeça.

Albert, com aqueles dedos grandes e largos, descobriu que não levava o menor jeito naquela função. Mal sabia como manusear o tal grampo; um objeto tão pequeno e tão complicado.

— Aí! Cuidado! — reclamou Joan, mais uma vez, quando Albert espetou o coro cabeludo dela.

— Eu não tenho culpa se não sirvo para isso! — resmungou Davies, ainda tentando ajustar o acessório no cabelo da moça. — Ao contrário de você, Taylor, eu não tenho o menor interesse por atividades do gênero feminino.

A moça foi rápida ao rebater aquela frase inapropriada:

— Atividades, sob a minha perspectiva, não devem ter gêneros. Qualquer pessoa pode interessar pelo que for mais conveniente. Essa pejorativa de que algo é de mulher ou de homem é um tanto sexista e ultrapassado.

Albert se calou, não tinha argumentos contrários para contestar aquela fala. Em certo ponto, ele até concordava com ela.

Joan, ao notar o silêncio que se abateu entre ambos, logo disse:

— Acredito que o senhor jamais imaginou que eu pudesse vencê-lo nessa aposta. — Os lábios dela se curvaram em um meio sorriso.

— De certo que não. De alguma forma eu sabia que tinhas a habilidade de atirar, mas não esperava que fosse tão boa. Na verdade, não esperava que qualquer pessoa pudesse quebrar meu recorde, seja homem ou mulher. Foi um feio incrível, Taylor.

— Foi mesmo. Por um momento achei que não fosse capaz! — Joan sorriu, toda orgulhosa de suas habilidades.

— Com quem aprendeu a atirar? — indagou Davies, curioso, tentando, com muito esforço, prender mais um grampo nas mechas escuras dos cabelos dela.

— Com meu irmão. — Sorriu ao se lembrar do duque. — Ele me ensinou a atirar, mesmo sabendo que minha mãe fosse tremendamente contra. Devo confessar, que eu me tornei melhor que meu instrutor.

Aquela era a primeira vez que ambos conversavam sobre questões pessoais e Albert, secretamente, ansiava em conhecê-la melhor.

— E seu pai? Como ele lidava com essa situação?

— Papai não se importava muito com minhas ações, mas também não as estimulava. Ele era completamente leal a minha mãe, por essa razão, em relação a minha educação, fui obrigada a aprender todos os dotes necessários para ser uma boa esposa, embora, obviamente, nunca tive a pretensão de me casar. No fundo, mamãe sempre soube disso, apenas não queria que o futuro se tornasse real.

Aquilo era realmente intrigante. Albert logo soube que Taylor fora algo além de uma mera serviçal. Viera de uma boa família, aquilo era óbvio. Taylor fora instruída para ser uma lady, mas só Deus sabe como havia se tornado uma criada em navio. Talvez a família tivesse falido após a morte do pai? Sim, aquilo era uma teoria bastante plausível. Muitas famílias se encontravam endividadas após a morte do patriarca, sendo obrigados a venderem seus bens e recomeçar. Havia algo mais na história de Taylor; algo que ela escondia e Albert descobriria todos os segredos dela, por mais enterrados que eles estivessem.

Joan, ao perceber que havia falado demais, rapidamente levantou-se, um tanto agitada e encerrou o assunto.

— Que tal estou? — Girou o corpo, rodando o simples vestido vinho.

— Está absolutamente linda, milady! — elogiou, com toda sinceridade, sabendo que, apesar da simplicidade, e mesmo que os traços dela fossem completamente comum, Taylor era, de alguma forma, a mulher mais linda que ele já viu.

— Cuidado, Devil. Quase acreditei que o elogio é real. — provocou, tentando dissipar o estranho desconforto que lhe atingiu.

Davies, contudo, aproximou-se da moça e levou a mão ao queixo dela, fazendo com que seus olhares se fixassem e falou em um tom rouco:

— Embora, eu deva acrescentar que ficaria melhor sem roupa.

Joan sentiu as bochechas corarem em um misto de vergonha e desejo. Ainda muito sem graça, ela se afastou.

— O senhor é realmente um pervertido, Devil. — Levou a mão a maçaneta e abriu a porta.

Albert gargalhou alto, fazendo um arrepio percorrer por todo o corpo da moça. Ambos evidentemente estavam atraídos pelo outro, só eram teimosos demais para revelar.

— Devo lhe a acompanhar, milady?

Joan meneou a cabeça, fitando-o e respondeu:

— Óbvio! Mas, por favor, tire esse avental. Toda humilhação tem limite, afinal!

Rapidamente o conde se livrou daquele traje, e rindo, caminhou ao encalço dela.

_____ 🚢_____

Lá estava Joan Morrison, completamente à vontade naquele salão de jantar luxuoso, repleto de pessoas ricas e esnobes. Seus escuros olhos ágeis percorriam a letra elegante do menu a procura de algo novo a experimentar. A postura dela estava perfeitamente ereta, como se estivesse habituada aquela situação.

Ao observá-la em silêncio, Albert soube que suas suspeitas tinham fundamento. A moça de fato já pertencera à alta camada social. Apenas uma lady de berço estaria confortável naquele lugar e naquela situação. Taylor não estava atuando, pois aquele já fora seu habitat natural.

Então, interrompendo aquelas reflexões, o garçom se aproximou para anotar o pedido.

— Já fez sua escolha, milady.

— Sim. Hoje decidi provar os frutos do mar. Optei por uma porção de ostras e uma taça de Cabernet Sauvignon. — pronunciou ela, em uma dicção perfeita.

O garçom anotou o pedido e virou-se para Davies.

— E para o senhor?

— O mesmo da senhorita.

O homem assentiu concordando e então se afastou.

Estranhamente, ambos permaneceram em silêncio enquanto aguardavam pelo pedido. Joan não tinha muito o que dizer e Albert, discretamente a analisava, tentando desvendar todos os segredos que ela escondia.

Para alívio da moça, a refeição logo foi servida.

Joan, como se costume, sorveu um longo gole do vinho, realmente apreciando degustar de algo bom. Infelizmente, para ela, o status social havia mudado radicalmente, porém o paladar ainda permanecia seletivo demais para o novo padrão de vida. Por mais que negasse, Joan sentia falta de alguns privilégios aristocratas.

Todavia, após apreciar a bebida, o pânico a atingiu. Com uma expressão nada amigável, ela encarou aquelas conchas de aparência desagradável e empunhou o garfo e faca nas mãos, como se fosse cometer um ataque contra a refeição. Por fim, respirou fundo e torceu os lábios em uma expressão contrariada.

Albert foi obrigado a esconder o riso ao perguntar:

— Alguma vez já provou ostra Taylor?

Joan desviou a atenção do prato e depositou os olhos em Davies.

— Acho que está mais do que evidente que não, jamais provei tal iguaria. — Voltou a olhar para as conchas perfeitamente alinhadas formando um círculo. — Jesus, isso é horroroso! — exclamou, franzindo o cenho.

Albert riu alto.

— Garanto que o gosto é melhor que a aparência. Vamos, Taylor, não seja medrosa. Prove! — incentivou-a cheio de empolgação.

Joan, por sua vez, espetou o garfo no interior branco da concha, certificando-se de que o troço estava morto.

— Não sei como se come isso. — revelou, quase perdendo a coragem de mandar o molusco goela abaixo.

— Vou te instruir. — disse Davies, levando a mão ao faca. — Deves raspar a extremidade, soltando a carne. — Manuseou o talher com muita habilidade.— Quando estiver completamente solta, basta espremer algumas gotas de limão e degustar a iguaria. — Levou a ostra a boca e a engoliu de uma só vez. — Perfeito! — exclamou satisfeito.

— Não precisa mastigar? — Joan indagou curiosa.

— Só se você quiser, mas já logo aviso, não tem uma textura muito agradável na boca.

Joan lançou um olhar mortal para o prato, respirou fundo, porém, muito insegura, decidiu pegar uma concha. Realizou as ações conforme Davies instruiu. Ainda reticente, ela levou o molusco aos lábios e o engoliu de uma só vez. Ao terminar de degustar, os olhos dela brilharam extasiados.

— É maravilhoso! Quero mais!

Davies abriu um largo sorriso de satisfação ao ver a moça devorar as ostras com muita avidez. Era prazeroso vê-la tão à vontade, como se nada no mundo importasse a não ser apreciar aquela refeição. Quando ela levou a última ostra aos lábios, Davies perguntou antes que ela a comesse:

— Sabia que ostras são alimentos deveras afrodisíacos?

— Afrodi... o que? — ela questionou intrigada.

— Afrodisíacos. — silabou pausadamente. — Quer dizer que estimulam o aumento da libido, fazendo as pessoas terem maior desejo sexual.

Joan, assustada, tirou rapidamente a última ostra, ainda intacta, dos lábios. Agindo como se aquilo fosse um veneno mortal.

— E o senhor só me diz isso agora? — Lançou um olhar desesperado para as sete conchas vazias.

— A senhorita estava se alimentando com tanto vigor, não quis interrompê-la. — E degustou de mais uma ostra. — Não vai comer a última? — Apontou o último molusco solitário no prato da mulher.

— Acho melhor me precaver de futuros imprevistos. — resmungou ressabiada.

Albert soltou um riso bem-humorado.

— Um pouco tarde para isso, Taylor! Já comeu sete ostras, uma a mais não fará diferença.

Joan semicerrou os olhos desconfiada.

— E se o senhor estiver me enganando? Talvez sete ostras não seja o suficiente para despertar comportamentos inapropriados, mas oito delas sim. Melhor não arriscar.

— Se esse é seu posicionamento final, então não se importará que eu a coma. — Esticou a mão, pegando a ostra do prato dela.

Joan, muito inconformada, observou Davies saborear aquela iguaria, nutrindo muita inveja dele, desejando, intimamente, que o homem tivesse mantido aquela boca grande fechada. Irritada, ela bebeu o restante do vinho em um só gole e soltou uma bufada repleta de frustração.

Então, subitamente, o nervosismo voltou a esgueirar a mente dela.

E se ela fosse possuída pelo tal afrodisíaco e se lançasse para cima de Davies ali mesmo, naquele salão repleto de gente?

Desesperada, Joan ergueu a mão, chamando o garçom que rapidamente veio ao encontro dela.

— Pode fechar a conta, por favor?

— Mas eu nem terminei, Taylor! — pontuou Davies, indignado.

— E nem terminará. Pode fechar. — Ordenou ao homem que permaneceu em pé, apenas acompanhando o diálogo de ambos.

— O número da cabine, por gentileza?

Joan rapidamente informou os dados de Davies o qual obviamente seria responsável pelo pagamento daquele jantar.

Tão logo o garçom se afastou, a mulher levantou-se em um sobressalto e disparou apressada para fora do salão de jantar.

Davies, sem entender nada, acompanhou-a com suas passadas largas. Ela parecia estar fingindo algo, Albert só não sabia do que.

Sem dizer nada, e um tanto apavorada, Joan adentrou a cabine e tentou fechar a porta na fuça do conde, mas ele impediu segurando-a com sua mão grande.

— É melhor o senhor manter a distância. Ao menos nessa noite. — Anunciou, toda agitada.

— Por que, Taylor? — Albert estava impaciente com aquelas ações inexplicáveis.

— Não é óbvio? — expressou em um tom de voz estridente.

— De fato não é! Do que está fugindo, Taylor?

— De você, oras! — exclamou exasperada. — Eu posso ser possuída por esse tal afrodisíaco a qualquer momento. Santo Deus, homem! O que ainda está fazendo perto de mim?

Albert gargalhou alto, jogando a cabeça para trás. Aquela mulher era realmente uma figura única.

— Nesse caso, Taylor, devo dizer que, para despertar os estímulos afrodisíacos, a senhorita, primeiramente, deve nutrir um desejo por mim, caso contrário, estará completamente segura na minha presença.

Joan engoliu a seco e sentiu as mãos transpirem excessivamente. Claro que ela nutria desejos reprimidos por aquele conde de um figa, algo que, infelizmente, ela não conseguia erradicar. Todavia, Joan preferia morrer ao ter que confessar aquilo.

— Óbvio que eu não sinto nada por você. Isso seria um absurdo. — Abriu a passagem da porta. — Entre, Devil.

Com um sorriso malicioso esboçado nos lábios, o conde adentrou na cabine.

— E já que está aqui, preciso que busque uma garrafa de uísque e também uma caixa de charuto.

— A senhorita realmente vais usufruir de tudo que tem direito, não é mesmo? — Houve um leve tom de diversão na voz dele.

— Claro! Essa é uma oportunidade única. Longe de mim desperdiça-la.

Abert, portanto, saiu pela porta e Joan finalmente respirou aliviada, sabendo que, por alguns minutos, estaria completamente segura.

_____ 🚢_____

Quando Davies retornou a cabine em posse dos itens solicitados, ele teve uma agradável surpresa ao se deparar com Joan, completamente confortável em sua cama, trajando uma larga camisa branca e um calção da mesma cor; vestes estas, que lhe pertenciam.

Um sorriso da mais nítida satisfação ocupou os lábios dele antes de dizer:

— Vejo que senhorita realmente gostou das minhas roupas.

Joan desviou o olhar do livro que segurava nas mãos e declarou:

— São realmente confortáveis, milorde.

Aquela era de fato uma visão maravilhosa. Nada poderia deixar o conde mais feliz do que ver tal mulher, exatamente daquela forma, tão livre e sem qualquer receio, na cama dele; na companhia dele.

— Aqui está seu uísque, milady. — Entregou o copo contendo o líquido âmbar.

— Obrigada.

Joan, muito ávida, levou a bebida à boca e gemeu de prazer ao sentir o líquido quente descer pela garganta.

Albert, por sua vez, teve que pensar em milhares de coisas repugnantes para conseguir evitar que a rigidez se formasse no meio das pernas quando ouviu aquele gemido pecaminoso.

— Deseja o charuto, Taylor? — indagou, tentando ocupar a mente com alguma função.

— Por favor!

Agilmente, o conde abriu a caixa, retirou a ponta do charuto e entregou a mulher que o segurou entre os lábios. Davies, muito prestativo, acendeu a chama do isqueiro ajudando a moça a degustar daquele hábito tipicamente masculino, mas que pareceu tão certo — e tão sensual—, sendo realizado por ela.

Joan, imersa na leitura do livro, começou a degustar o charuto, intercalando com curtas goladas de uísque, franzindo o cenho vez o outra quando se deparava com um trecho deveras interessante a respeito da anatomia dos cavalos.

O conde, por sua vez, sentou-se confortavelmente na cadeira colocada propositalmente aos pés da cama e observou, sedento de desejo, todas as ações da mulher.

Era estranhamente prazeroso vê-la ali, tão imersa no mundo dela, desfrutando dos prazeres mundanos, completamente alheia ao mundo a sua volta.

Albert, incapaz de se controlar, sentiu, mais uma vez a rigidez o massacrar. Afrouxou a grava no pescoço e abriu dois botões da camisa. O corpo ardia em desejo. Aquela mulher iria levá-lo a loucura. Ironicamente, o feitiço havia se voltado contra o feiticeiro. Foi Albert quem fora possuído pelos lascivos estímulos afrodisíacos. Era de fato muito azar.

Tentando dissipar aquele desejo feroz de ter Taylor em seus braços, Davies, muito agitado, começou a andar de um lado para o outro da cabine, pensando em todos os problemas que teria de resolver quando chegasse a Nova York. Aquilo foi o suficiente para acalmar seus ânimos.

Joan, ao notar a agitação do homem, resolveu ser amigável, e após muito refletir, falou:

— Venha, Devil. Faça-me companhia! Não serei capaz de ler se você ficar gastando o chão dessa cabine de tanto andar.

Albert abriu um largo sorriso e rapidamente se ajeitou na cama, antes que ela mudasse de ideia.

— Aceita uísque? — ela ofereceu amistosamente.

— Com prazer, milady.

Joan despejou o líquido no copo e entregou ao homem.

— Charuto?

— Sim, por gentileza.

A moça entregou a caixa a Davies que pegou um charuto e levou ao nariz inalando a sua fragrância maravilhosa antes de acendê-lo.

— Podes ler para mim, Devil. Eu gosto da sua voz. — Entregou o livro ao homem e sorveu mais um gole do uísque.

— Cuidado, Taylor! Quase acreditei que o elogio é real. — provocou, exibindo um leve sorriso de canto.

Taylor fitou aqueles lábios perfeitamente desenhado abaixo do bigode bem aparado e sorriu antes de dizer:

— Não se acostume, Devil. Eu ainda sou uma megera.

Albert apenas sorriu. Megera ou não, de alguma forma, ela o conquistado. Albert estava, indubitavelmente, atraído por aquela mulher. Quem diria?

_____ 🚢_____

Olá, ladies!

O capítulo demorou, mas saiu. 

Sou professora de Educação Especial, e no final do ano, há muita documentação escolar para colocar em ordem, então nem sempre tenho tempo de escrever, e ás vezes quando eu consigo escrever o capítulo, não consigo revisar, por isso, sempre em final de bimestre, fico um pouco enrolada com as atualizações. Mas elas sempre saem!

Ah! Se preparem que o próximo capítulo está QUENTE, fofo e cheio de babados!!!!

Bjus e até breve!!!!

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