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NÃO CRIE UM PERSONAGEM DE PAPEL

Todos sabem da importância em se criar personagens atraentes em uma determinada história. Carisma é importante, mas a identificação com o público para o qual se está escrevendo é essencial.

O escritor, tradutor e professor Tiago Novaes fez um decálogo do que se precisa para escrever. Confiram:

1. Criatividade não é algo que se esgote. Quanto mais você usa, mais você tem;

2. Se esperarmos o momento em que tudo, absolutamente tudo esteja pronto, jamais começaremos (Ivan Turgenev);

3. Se você não está preparado para picar cebolas, não pretenda trabalhar numa cozinha. Se não está disposto a sofrer rejeições, não escreva livros;

4. Escrever é cortar. É limar aquilo que está ruim. Para escrever um bom livro, é preciso reconciliar-se com o fato de que muito do que vamos escrever vai ser uma porcaria. Não enfeite a porcaria. Não nutra afeição por ela. Aprenda a ceifá-la de seu texto. Aprenda a escrever mais e a reconhecer o que é bom de tudo o que se escreve;

5. Uma personagem é definida pelos desafios aos quais não pode se livrar. Escritores também;

6. O processo criativo é um processo de entrega, não de controle;

7. Tudo na vida é passível da palavra escrita se você tiver a coragem para fazê-lo e a imaginação para improvisar. O pior inimigo da criatividade é a dúvida em relação a si mesmo (Sylvia Plath);

8. Seja curioso. Não seja moralista (Walt Whitman);

9. Escreva sobre o que te perturba, o que você teme, do que você não está disposto a falar (Natalie Goldberg);

10. Escreva o livro que você gostaria de ler.

Temos percebido que muitos dos que nos escrevem, aqui no Wattpad, têm aderido a uma tendência. Por exemplo, se o momento esteja sendo o de escrever sobre relacionamentos entre vizinhos, muitos escreverão a respeito ainda que sem grandes cuidados quanto ao desenvolvimento do enredo e o mais importante (sim, o mais importante) das características que humanizam os personagens.

Atentem-se a esse trecho da organização Nova Escola, disponível em seu site oficial:

Não fiquem abalados, pois estamos falando de erros que mesmo escritores consagrados cometem. Criam uma história mirabolante, cheia de peças de quebra-cabeças e resoluções perfeitas, no entanto os personagens pouco interagem entre si. Por exemplo, em uma história de ficção juvenil, ainda que os personagens em questão sejam jovens e a trama central não seja o romance, mas a busca por um elo perdido, os jovens da realidade são humanos interagindo entre si com relacionamentos afetivos, discussão com os pais e tudo o mais que possa caracterizar a vida deles, no momento deles.

Vamos a algumas dicas que o blog autografia nos dá para a criação das características dos personagens de uma história de ficção, atenção especial ao item 9:

1. Descreva a origem do personagem: Definir o ambiente ou a cena inicial da sua história faz com que o seu personagem tenha um lugar para existir. Que lugar é este? Uma metrópole, uma cidade pequena, um apartamento de luxo, uma casinha no alto da montanha, as possibilidades são infinitas. O lugar de origem do personagem vai dizer muito sobre sua personalidade;

2. Dê a ele uma personalidade forte: Um erro bastante comum de muitos escritores é o medo de criar personagens que tenham personalidade e opiniões fortes. Isso porque, no mundo real, essas características são relacionadas com mau gênio e até mesmo arrogância. O que esses autores se esquecem, no entanto, é de que essas falhas podem ser ótimas tanto para o enredo quanto para a construção de um personagem do qual os leitores possam se identificar. Afinal, ninguém gosta de personagens insossos, que ficam em cima do muro e não conseguem se posicionar em determinadas situações e assuntos; 

3. Escolha o nome ideal: Pode até não parecer, mas a escolha do nome do personagem é muito importante para toda a narrativa do livro e pode ser um fator determinante para o seu sucesso ou fracasso. Um nome bem escolhido pode despertar certos sentimentos nos leitores antes mesmo de o personagem mostrar todas as características de sua personalidade. Isso acontece porque cada nome carrega consigo um peso diferente e pode revelar informações sobre o passado do personagem, sua religião, etnia, cultura e diversos outros elementos. É importante, também, escolher nomes adequados para o gênero de livro que está sendo escrito. Por exemplo, um livro de fantasia ou ficção científica pode comportar personagens com nomes mais exóticos, já um gênero de romance contemporâneo demanda nomes mais comuns do nosso dia a dia — o que também vai depender, é claro, da região onde se passa a história;

4. Adicione características incomuns: O que o seu personagem tem que o diferencia dos outros? Pode ser um poder, uma cicatriz, um jeito peculiar de falar ou andar, um objeto mágico, um segredo ou qualquer outra característica. Mas, atenção: o que diferencia o seu personagem precisa adicionar conflito à história. Tudo que gira ao redor do herói ou vilão precisa fazer sentido para a narrativa. Criar personagens é misturar elementos simples que irão compor algo complexo;

5. Descreva os aspectos físicos do seu personagem: A caracterização de um personagem vai muito além de seus trejeitos e está bastante relacionada com a sua aparência. Os leitores, inclusive, têm o hábito de associar características físicas com traços de personalidade. Por exemplo, um personagem que tenha um maxilar marcado e um queixo proeminente podem indicar personalidade forte e determinação. Já um nariz arrebitado pode sugerir arrogância ou imaturidade, ao passo que um nariz comprido pode indicar conhecimento e sabedoria. É por isso que é muito importante construir o perfil físico do seu personagem em consonância a sua personalidade;

6. Defina um propósito: O que move o seu personagem? O objetivo de vida deve ser simples e direto. Em histórias de terror a missão é sobreviver até o final. Em uma comédia romântica é conseguir o amor verdadeiro. Descubra o que o seu personagem persegue e coloque dificuldades em seu caminho. A motivação vai colocar a narrativa e a curiosidade do público em movimento;

7. Faça-o ser bom no que faz: Imagine se o Harry Potter, por exemplo, falhasse em todas as suas missões e fosse um bruxo nada habilidoso. Com certeza seu apelo pelo público seria outro, não é mesmo? Isso acontece porque as pessoas leem livros com histórias fictícias para fugirem da mundanidade de suas próprias vidas, elas querem ler sobre vencedores, não sobre perdedores. Não há necessidade, contudo, de pintá-los como heróis estereotipados, mas é preciso que eles tenham algo de extraordinário que os façam sempre vencer no final;

8. Dê uma casa para o seu personagem: Onde ele mora? Ele tem animais de estimação? A casa pode estabelecer muito sobre o personagem, como manias, nível socioeconômico, família, traumas etc. Tudo deve ser sugestionado, e não entregue de bandeja. Um quadro dos pais ou avós pode revelar muito sobre o passado, ou um espelho quebrado pode mostrar como o personagem se vê interiormente. Use a imaginação para construir uma extensão da vida em objetos a princípio triviais;

9. Trabalhe seus medos e fraquezas: Um herói pode ser alguém imbatível, mas como podemos nos identificar com uma pessoa perfeita e sem defeitos? Todos nós temos imperfeições e pontos fracos. O seu personagem também deve ter! Defeitos e falhas deixam os personagens mais realistas e próximos do público, além de adicionar tensão à narrativa. Além disso, para ter um melhor apelo com os leitores, uma dica é justificar esses defeitos com base em experiências e traumas do passado. Por exemplo, se um personagem masculino for descrito como um conquistador que tem dificuldade para assumir relacionamentos sérios, seria interessante que sua infância fosse marcada por um divórcio traumático de seus pais, esclarecendo assim a fonte desse comportamento errôneo;

10. Seja criativo: Nem todo personagem precisa ser uma pessoa. Em "O Senhor dos Anéis", a Montanha Caradhras (Montanhas da Névoa) funciona como um personagem. Não coloque freios em sua criatividade, pois as opções são compatíveis com a sua imaginação. O seu personagem pode ser um animal, um brinquedo, um ser mitológico, um local, uma construção etc. Tenha em mente que bons personagens definem se sua obra será um sucesso ou fracasso. Mas não se esqueça de que nem tudo precisa estar na história final. Você não precisa revelar o seu herói ou vilão por completo, mas, com certeza, precisa conhecê-lo melhor que qualquer um.


Então é isso! Foquem-se não apenas no enredo, mas nos personagens que irão compor suas histórias. Como perceberam, se os criarem bem eles indicarão muito da obra como um todo e prenderão o leitor de uma maneira que, talvez, nem ele consiga explicar tamanha sua afinidade com a leitura.

Lembrem-se! Personagem de papel, aquele que serve quase como uma "figuração" para os "grandes acontecimentos" e que não possui vida constituída é claramente deprimente e pouco atrativo.

Esperamos que este texto tenha sido útil. Até breve.

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