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ESCREVENDO ENIGMAS - O Ponto Alto Nos Concursos de Escrita no Suspense

"Enigma: s.f. Proposição obscura, para ser decifrada ou adivinhada; aquilo que é difícil de compreender; coisa obscura. (Do latim aenigma)." - Dicionário Brasileiro Globo, 1997.

Contos de Enigma

O romance é uma narrativa um pouco mais longa que o conto. Os romances podem se configurar de diferentes maneiras e alguns apresentam características específicas, como o romance policial, o romance de aventura, o de ficção científica, entre outros. No entanto, há contos ou romances, que se destacam, em particular, por conter um enigma.

Em geral, os contos de enigma "apresentam" ao leitor algumas informações iniciais relacionadas ao tempo e ao espaço da narrativa.

As narrativas de enigma se caracterizam, entre outros elementos, por apresentar um crime ou um mistério a ser desvendado. Por esse motivo, essas histórias, geralmente, apresentam a figura de um detetive ou de alguém que desempenha o papel de esclarecer o enigma, tornando-se um herói após desmembrar todo o "problema".

Alguns elementos do gênero:

* Há sempre um mistério a ser desvendado.

* A investigação do enigma corresponde ao foco principal da história.

* Caso o mistério corresponda a um crime, no início da narrativa são apresentados alguns indícios deixados pelo culpado.

* Conforme surgem pistas sobre o crime, possíveis culpados e novos suspeitos ganham destaque na narrativa.

* Os enigmas são desvendados por meio de raciocínio lógico.

* O suspense, o medo e o desejo de saber são ingredientes importantes na trama.

* Os romances e os contos de enigma estabelecem um jogo entre o leitor e a narrativa.

* Por meio do texto, o leitor assume uma postura investigativa. (1)


Mais definições da palavra Enigma:

1: "m. Descrição metafórica ou ambígua de uma coisa, tornando-a difícil de ser adivinhada. Aquilo que dificilmente se compreende. Coisa obscura: o coração da mulher é um enigma. Adivinha: passavam o serão a decifrar enigmas. (Gr. ainigma)" - (3)

2: é um substantivo masculino da língua portuguesa e significa algo ou alguma coisa de difícil compreensão, difícil de definir ou de conhecer a fundo, e que é caracterizado por ser ambíguo ou metafórico. O enigma está relacionado com o obscuro, o desconhecido e com as trevas. Relacionado com o que é enigmático. (4)


O Cão dos Baskervilles

[...] "Onde está ele?", cochichou Holmes, e eu vi pela expressão de sua voz que ele, o homem de ferro, estava abalado até a alma. "Onde está ele, Watson?"

"Lá, acho eu." Apontei para a escuridão.

"Não, lá!"

Novamente o grito de agonia passou pela noite silenciosa, mais alto e muito mais perto do que nunca. – E um novo som misturou-se com ele, um troar sussurrado e diminuindo como o murmúrio baixo e constante do mar.

"O cão!", exclamou Holmes. "Venha, Watson, venha! Deus nos livre de chegarmos tarde demais!"

Ele havia começado a correr rapidamente pela charneca, e eu o seguia nos seus calcanhares. Mas agora, de alguma parte por entre o terreno irregular imediatamente à nossa frente, veio o último grito desesperado e depois uma pancada forte e ensurdecedora. Paramos e ficamos ouvindo. Nenhum outro som rompeu o silêncio da noite sem vento.

( Sir Arthur Conan Doyle. "O Cão dos Baskervilles". Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1987)

Enredo, personagens e narrador

A narrativa de enigma tem como personagens o criminoso, a vítima, os suspeitos e o detetive. Analise o trecho "o homem de ferro estava abalado até a alma". Veja como ela indica uma característica fundamental de Sherlock Holmes: seu jeito de ser que nunca demonstra medo ou descontrole emocional. Assim costumam ser os detetives das histórias de suspense e enigma (ver capítulo "Desenvolvendo um Detetive").

A narrativa se desenvolve a partir de um crime cometido, e o leitor acompanha todos os procedimentos da investigação, por meio do olhar do narrador. Uma das características da narrativa de enigma é o fato de que a história da investigação é frequentemente contada por um amigo do detetive, no papel de narrador. Esse, na maioria das vezes, reconhece estar escrevendo um livro e, assim como o leitor, desconhece o que vai acontecer, ao longo da história - o que ajuda a criar o suspense...

A Linguagem

Repare como, no trecho selecionado "O Cão de Baskerville", adjetivos e locuções adjetivas auxiliam na caracterização do ambiente sombrio:

* homem de ferro,

* grito de agonia,

* novo som,

* grito mais alto,

* grito muito mais perto,

* último grito desesperado,

* noite silenciosa,

* troar sussurrado,

* grito desesperado,

* murmúrio baixo e constante do mar,

* pancada forte e ensurdecedora,

* noite sem vento.

Observe também o papel dos advérbios: rapidamente, imediatamente; que dão à cena rapidez nas ações de investigação por parte do detetive e seu ajudante.

Analise ainda a escolha de termos que ajudam a criar o suspense: "cochichou Holmes"; "nenhum outro som rompeu o silêncio da noite". Veja que "cochichar" indica que os dois personagens estão em uma situação em que os mínimos gestos são importantes. No uso do verbo "romper" há a ideia de que o silêncio pode ser prenúncio de ataque, de morte, mas nada é forte suficientemente para "romper com o silêncio", para acabar com ele. (2)

Se aprofundando no termo enigma

Em um sentido figurado, a palavra enigma é usada para caracterizar uma frase ou texto obscuro, de teor malicioso ou com intenções desconhecidas.

O enigma também pode estar relacionado com o místico, o inexplicável ou o sobrenatural. Algo misterioso, que não possui vestígios claros para que seja desvendado.

Os enigmas e as charadas são associados por possuírem ambos um sentido de adivinhação.

Na Bíblia Cristã, a palavra "enigma" aparece 14 vezes, principalmente no livro de Juízes, que conta a história de Sansão e Dalila. De acordo com as escrituras, Sansão lançou um enigma para os convidados do banquete de seu casamento, em troca de trinta lençóis e trinta mudas de roupa.

Um enigma figurado é um exemplo de adivinhação ou charada, onde imagens e figuras substituem os textos e números. (4)

O Enigma de Sansão

[...] Enquanto seu pai estava em Timna para o casamento, Sansão ofereceu uma festa ali, como era costume entre os noivos. Quando os pais da noiva o viram, escolheram trinta rapazes da cidade para o acompanharem na festa.

Sansão lhes disse: "Vou lhes propor um enigma. Se conseguirem decifrá-lo durante estes sete dias de celebração, darei a vocês trinta camisas de linho fino e trinta conjuntos de roupa. Mas, se não conseguirem decifrá-lo, vocês me darão trinta camisas de linho fino e trinta conjuntos de roupa".

"Está bem", concordaram eles. "Proponha seu enigma."

Ele disse:

"Do que come veio algo para comer,

do que é forte veio algo doce".

Três dias depois, eles ainda tentavam encontrar a resposta. No quarto dia, disseram à esposa de Sansão: "Convença seu marido a explicar o enigma; caso contrário, queimaremos vivos você e sua família! Você nos convidou à festa só para nos deixar pobres?".

Então a esposa de Sansão lhe disse, aos prantos: "Você não me ama! Você me odeia! Propôs um enigma ao meu povo, mas não me contou a resposta!".

Ele respondeu: "Não revelei o enigma nem a meu pai e minha mãe. Por que deveria contá-lo a você?". Ela chorava cada vez que estava com ele, e assim continuou até o último dia da festa. Por fim, de tanto importunar Sansão, no sétimo dia ele lhe contou a resposta. Então ela explicou o enigma aos rapazes.

Antes do pôr do sol do sétimo dia, os homens da cidade vieram dar a resposta a Sansão:

"O que é mais doce que o mel?

O que é mais forte que o leão?".

Sansão respondeu: "Se vocês não tivessem arado com minha novilha, não teriam resolvido meu enigma!".

Então o Espírito do Senhor veio com poder sobre Sansão. Ele desceu à cidade de Ascalom, matou trinta homens, tomou seus pertences e deu as roupas deles aos homens que haviam resolvido o enigma. Contudo, ficou furioso com o que tinha acontecido e voltou a morar na casa de seus pais. A noiva de Sansão foi dada como esposa ao rapaz que o havia acompanhado na cerimônia. [...] (5)

O Enigma da Esfinge

O famoso enigma da Esfinge está presente na lenda de Édipo, filho do rei Laios, que viveu na região de Tebas.

De acordo com a lenda, uma criatura alada, com corpo de leão e cabeça de mulher, se instalou na entrada da cidade de Tebas, causando o terror entre os moradores. A esfinge não deixava ninguém entrar ou sair da cidade, desafiando a todos com o seu enigma que, caso a pessoa não adivinhasse a resposta, seria imediatamente devorada pela criatura.

O enigma da esfinge era o seguinte: "Que animal anda pela manhã sobre quatro patas, a tarde sobre duas e a noite sobre três?" Como ninguém conseguia desvendar o mistério, todos estavam sendo devorados pelo monstro.

Édipo, no entanto, conseguiu enfrentar a esfinge e resolver o seu enigma. A resposta é "o ser humano", pois "engatinha na infância, anda ereto na idade adulta e necessita de bengala na velhice".

Segundo a lenda, a esfinge sofreu uma profunda depressão e se matou, atirando-se de um penhasco. (4)

Vamos praticar? Leiam o seguinte trecho:

[...] Informados pela polícia de todos os fatos relativos ao roubo do diamante, Holmes volta com capitão Watson para o hotel e, refestelando-se na poltrona, acende um charuto e põe-se a fazer considerações sobre o caso.

— Como é possível que a polícia ainda não tenha chegado ao criminoso?

— Como assim, Holmes?

— É porque as pessoas não dão a devida atenção aos detalhes....

— Não vá me dizer que você já descobriu o culpado, sem ao menos investigar? - indagou Watson incrédulo.

— Meu caro, é elementar. Para que você possa também exercitar sua mente, vou lhe dar alguns elementos, que juntos levarão à resolução deste caso. Pense num motivo. Todo crime tem que ter um motivo. Pense que alguém que rouba um diamante precisa ter alguém para vendê-lo, pois do contrário ficará com uma preciosidade que não lhe valerá nada ou será pego pela polícia ao tentar vendê-lo a qualquer um. Isso provavelmente elimina as camareiras e os seguranças do andar. Neste caso, pode ser também que o interesse principal não seja vender, mas receber o prêmio do seguro. Agora, procure lembrar da antiga profissão da Sra. Krúdy. Depois, pense no local do crime: com toda a vigilância existente, um estranho não poderia entrar, mas poderia sair... Juntou as partes do quebra-cabeça?

— Não. Algumas peças ainda estão soltas, Holmes. Consigo até entender o motivo, mas o que tem a ver a antiga profissão da mulher com isso e o fato de não se poder entrar, mas se poder sair do local do crime?

— Watson, meu caro, você hoje está um tanto desatento. O motivo, como você já deve ter percebido, foi...


Qual será a resolução desse caso? Respondam nos comentários! Levem em consideração esses tópicos para vos ajudar:

Qual o enigma a ser resolvido?

Quem são os prováveis suspeitos?

Qual seria um motivo provável para o crime?

Levando em conta as circunstâncias do crime, como você acha que o roubo pode ter sido realizado?

Levando em conta o que você já viu nos filmes ou leu nos livros, cite alguns elementos e/ou características de uma narrativa de enigma ou romance policial que, na sua opinião, estão presentes na situação acima criada. (6)

Leitura recomendada

Leiam os livros de Sherlock Holmes disponível em nossa lista de leitura aqui.

Referências:

1: "Contos de Enigma" disponível aqui;

2: "Narração de enigma" disponível aqui;

3: "Como escrever enigma" disponível aqui

4: "Significado de Enigma" disponível aqui;

5: Livro de Juízes capítulo 14, a partir do versículo 10. Pode ser lido aqui;

6: BARBOSA, J.P. Narrativa de Enigma. São Paulo: FTD, 2001

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