Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

CONFERINDO O ROMANCE POLICIAL

Um escritor não pensa só no que vai escrever, mas também em como vai escrever. (1)

Em 1841 Edgar Allan Poe dava início a um dos estilos literários mais vendidos do mundo com "Os Assassinatos da Rua Morgue". Embora alguns estudiosos duvidam da qualidade literária do Romance Policial, que por vezes cometeu o pecado de permitir que a preocupação com o suspense fosse mais importante do que a preocupação com a escrita de uma narrativa que preservasse elementos essenciais para a construção de uma boa trama, o Romance policial conta com diversas obras-primas nacionais e internacionais (2).

Vamos dar uma lembrada em quais são os elementos essenciais em uma narrativa com os elementos do texto narrativo:

Ao falarmos em narração, logo nos remete à ideia do ato de contar histórias, sejam estas verídicas ou fictícias.

E para que essa história seja dotada de sentido, ela precisa atender a critérios específicos no que se refere aos seus elementos constitutivos. Dentre eles destacam-se:

Espaço - É o local onde acontecem os fatos, onde as personagens se movimentam. Existe o espaço "físico", que é aquele que caracteriza o enredo, e o "psicológico", que retrata a vivência subjetiva dos personagens.

Tempo - Caracteriza o desencadear dos fatos. É constituído pelo cronológico, que, como o próprio nome diz, é ligado a horas, meses, anos, ou seja, marcado pelos ponteiros do relógio e pelo calendário.

O outro é o psicológico, ligado às lembranças, aos sentimentos interiores vividos pelos personagens e intrinsecamente relacionados com a característica pessoal de cada um.

Personagens - São as peças fundamentais, pois sem elas não haveria o próprio enredo.

Há a predominância de personagens que se destacam pelos atos heroicos, chamadas de principais, outras que se relacionam pelo seu caráter de oposição, as antagonistas, e as secundárias, que não se destacam tanto quanto as primárias, funcionando apenas como suporte da trama em si.

Narrador - É aquele que narra a história, atuando como um mediador entre a história narrada e o leitor/ouvinte. Classifica-se em três modalidades:

Narrador-personagem - Ele conta e participa dos fatos ao mesmo tempo. Neste caso a narrativa é contada em 1ª pessoa.

Narrador-observador - Apenas limita-se em descrever os fatos sem se envolver com os mesmos. Aí predomina-se o uso da 3ª pessoa.

Narrador Onisciente - Esse sabe tudo sobre o enredo e os personagens, revelando os sentimentos e pensamentos mais íntimos, de uma maneira que vai além da própria imaginação. Muitas vezes sua voz se confunde com a dos personagens, é o que chamamos de Discurso Indireto Livre.

Todos estes elementos correlacionam entre si, formando o que denominamos de enredo, que é o desencadear dos fatos, a essência da história, a qual se constituirá para um desfecho imprevisível que talvez não corresponderá às expectativas do leitor. Este, portanto, poderá ser triste, alegre, cômico ou trágico, dependendo do ponto de vista do narrador. (2)

NARRATIVA DE ENIGMA, ROMANCE POLICIAL OU NARRATIVA POLICIAL?

Romance policial e narrativa policial são praticamente sinônimos, com a diferença de que o termo "narrativa policial" pode incluir também pequenos contos policiais, que não são propriamente "romance". Narrativa de enigma seria um tipo particular de romance policial.

Devido a sua época de surgimento, o primeiro tipo de narrativa policial produzido foi a narrativa de enigma. Posteriormente outros gêneros dentro do romance policial vieram a se estabelecer, como a narrativa de suspense e o romance negro. Nesses outros gêneros, alguns elementos ou características são diferentes, como, por exemplo, as características dos detetives, seus métodos de investigação, a forma de contar a história, etc.

As narrativas de enigma têm estado presente ao longo dos anos, sendo "puras" ou não - nas quais o enigma e a adivinhação dão lugar ao suspense e à ação. Por exemplo "Mr. Josias Amberley" é uma história que não tem tanta ação e suspense. O foco central é o raciocínio dedutivo que Sherlock Holmes usa para resolver o caso, ou seja o enigma. Já "O Gênio do Crime", livro juvenil do Brasileiro João Carlos Marinho, tem um tanto de suspense e ação na descoberta do crime e do criminoso.

O ponto de partida de uma narrativa de enigma já sabemos que é o enigma - geralmente um crime não resolvido a ser elucidado gradativamente por um investigador, que formula várias hipóteses sucessivas e vai descartando as que se mostram menos prováveis.

Há um crime, uma vítima, alguém que solicita investigação, alguém que se propõe a investigar, suspeito/s e um culpado que será desmascarado. O leitor tenta resolver o caso, assumindo, assim, à ótica do detetive. Há um conjunto de possibilidades - o autor vai espalhando pistas (falsas e verdadeiras) ao longo da história -, sendo que as possibilidades menos prováveis vão sendo descartadas.

A arte da escrita de uma narrativa de enigma está no tênue limite entre oferecer pistas verdadeiras e falsas e ir desenvolvendo a história até o final com coerência. Não se pode dar uma solução mágica no final, lançando mão de uma quantidade muito grande de elementos que não foram citados anteriormente na história, pois isto frustraria os leitores.

Para poder desvendar o caso ou acompanhar o raciocínio do detetive, o leitor deverá estar atento aos pequenos indícios que podem conduzi-lo a resolução, sem se deixar levar pelas aparências, geralmente evidenciadas nos primeiros capítulos da história, nem pelas armadilhas, mentiras e falsas provas. (1)

AGORA VAMOS PRATICAR?

Hey escritor, comece a pensar no desenvolvimento de sua trama policial com algo simples só para praticar mesmo. Por exemplo: Que motivos levariam alguém a roubar os jornais da cidade? Faça tópicos com as possibilidades e depois junte tudo como se fossem peças de "quebra-cabeça".

Pense e destaque alguns pontos importantes. Vamos lá:

1 - Quem narra a história?

2 - Qual é o enigma a desvendar?

3 - Quem é (ou são) a/s vítima/s?

4 - Quem são os investigadores oficiais?

5 - Quem é o investigador principal?

6 - Quem é o assistente do investigador (se houver)?

7 - Quais são as pistas (falsas e verdadeiras)?

8 - Quem são os suspeitos? Descreva os motivos.

9 - Quem são os prováveis culpados? Descreva os motivos.

Defina cada passo que o seu personagem principal deverá dar. Exemplo: Comece apresentando ele, descrevendo as características físicas, dando pistas do seu psicológico, atributos, habilidades, vida pessoal - como vimos nos capítulos anteriores a respeito da importância das personagens. Após, escreva sobre o caso a desvendar que seja em torno de um crime, uma circunstância embaraçosa, uma omissão que deixa lacuna, entre outros; ou seja, algo que precise ser investigado, podendo ou não ter como personagem principal um detetive profissional ou qualquer cidadão que queira destacar para investigar e assim por diante, seguindo os tópicos acima.

Observe ao seu redor, procure casos policiais em jornais, livros, internet... Embora as narrativas policiais sejam ficcionais, elementos da realidade aparecem com frequência nelas (1).

QUE TAL LERMOS UM POUCO TAMBÉM?

Lembre-se que a leitura é essencial para um bom escritor. Vamos lá!

Histórias Extraordinárias – Edgar Allan Poe;

A grande arte – Rubem Fonseca;

O cão dos Baskervilles – Arthur Conan Doyle;

Assassinatos na Rua Morgue – Edgar Allan Poe,

A mão misteriosa – Agatha Christie (2).

Lendo os romances policiais, desvendando a vida de seus escritores, atento ao que está por trás de cada trama, pode ter certeza que as ideias vão lhe brotar aos montes e a próxima história chegará. Quem sabe não será você um best-seller?

1 - BARBOSA, J.P. Narrativa de Enigma. São Paulo: FTD, 2001

2 - Educação, Mundo, disponível aqui

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro