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Você tem que se decidir

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ALYSSON CHOI


Fazia um bom tempo que eu não participava de uma aula de educação física, para deixar bem evidente como eu cheguei ao fundo do poço só para não ficar sentada ao lado de Edward sem falar nada uma aula toda.

É difícil me concentrar no jogo nos primeiros minutos, pensando que o rapaz está logo atrás de mim podendo ver cada movimento que faço e que é impossível ser sexy dessa forma. Ou eu jogo ou eu mostro a bunda. Como ele deixou claro que não vai me tocar nunca, decido jogar.

Vôlei é o único esporte que eu suporto e ouso dizer que sou muito boa nele. Estou um pouco sem prática, mas fico atenta à bola sempre que ela chega na minha direção. Queria jogar com meu amigo, Franklyn, mas, por algum motivo tolo, os times não misturam os sexos. A parte boa é que eu não fui colocada com um bando de garotas incompetentes, e sim com aquelas que são tão competitivas quanto eu.

Fiquei como ponta, ajudando Mirela Odair em cada um de seus ataques e me impressionei no quão boa aquela garota era, uma máquina. Me foquei tanto no jogo que até me diverti, os nervos ficaram a flor da pele e eu também gritei contra injustiças. Meu time estava mais marcando pontos do que deixando os outros marcarem e isso me deixava feliz o suficiente para abraçar as garotas com quem eu tenho pouca ou nenhuma intimidade.

Em pouco tempo, eu estava transpirando feito uma porca. Tive que ser muito rápida ao tirar a blusa de frio branca porque a bola estava vindo na minha direção e acabei me atirando no chão com a blusa restringindo os movimentos dos meus braços só para levantar a bola outra vez. Joguei a blusa do lado de Edward no banco e me recusei a olhá-lo, ainda confusa e irritada com ele.

— É isso aí, meninas, tá tudo lindo! Continuem assim!— as meninas comemoraram ao marcar mais pontos e eu ri com elas, recebendo inesperadamente alguns tapas na bunda de aprovação. Eu não costumo interagir muito com as atletas do colégio, mas sempre fui muito bem recebida quando o fiz. Ainda bem que Lindsey me diz que a quadra e o bar são os melhores lugares para começar boas brigas e boas amizades.

Quando a aula e a partida estavam acabando, meu coração batia forte como se eu tivesse corrido uma maratona, dando pancadas furiosas nos meus tímpanos. Minha boca estava seca. O mundo girava de um jeito enlouquecido e minha visão ficava turva porque não comi nada no café da manhã. Ou na janta do dia anterior. Não tinha ficado parada um minuto que fosse e isso estava acabando comigo só que, outra vez, a bola vinha em minha direção.

Agindo com o impulso e acreditando que eu tinha a chance e o tempo perfeitos, pulei alto e devolvi a bola, roubando a vez da levantadora do meu time e quase encostando na rede que nos separa do time rival. Assim que meus pés encontraram o chão, eu não me aguentei de pé e caí sentada de lado, minha visão foi escurecendo, só que eu percebi, feliz, que nenhuma de nossas inimigas tinham conseguido pegar a bola.

O apto soou, anunciando o fim do jogo e eu me deitei no chão frio com os braços estirados acima da cabeça, tentando controlar a respiração debilitada. Me senti fraca, a adrenalina deixou o meu corpo feito uma traíra covarde. Eu poderia ter imaginado que acabaria assim, só que não imaginei.

— A gente venceu, Alysson!— Mirela disse, agarrando meu braço e me sacudindo. Quis vomitar, mas não tinha nada no estômago para pôr para fora— Alysson...— o tom da garota mudou de alegre para preocupado rapidamente— Você está pálida e gelada.

— Eu só estou um pouco cansada— digo em voz baixa— Me deixa quieta um momentinho.

— Você precisa de água— ela rebate e me puxa para que eu me sente, segurando minhas mãos com força para me dar apoio— Swan!— ela chama e não demora nada até que Frank venha correndo até nós, se abaixando na minha frente. Sua mão tocou meu joelho nu e nossas peles se grudaram feito chiclete. Nós dois estamos suados pra cacete. Mirela vem para o meu lado e coloca o joelho contra as minhas costas. Me apoio nela da forma mais suave que posso, não quero derrubá-la.

— O que houve?— meu amigo pergunta, não tenho certeza se é para mim ou não. As coisas não paravam de girar e segurar minha própria cabeça não estava ajudando em nada.

— Ela está desidratada, me ajuda aqui— Mirela tenta me levantar, mas Frank a impede.

— Se ela ficar de pé, aí que ela vai desmaiar. Alguém tem água?— seu grito ecoa pela quadra e eu sinto o círculo se fechando ao meu redor, mas tenho receio de olhar. Não quero que me vejam fraca dessa forma.

— Eu consigo levantar— teimo e me esforço para ficar sentada ereta, mas Franklyn faz pressão nos meus joelhos, me imobilizando.

— Não fode, Alysson, fica quieta na sua— ele censura e passa a mão nos meus cabelos, tirando os fios do meu rabo de cavalo do meu pescoço. O Swan começa a me abanar e a soprar, como se eu já não estivesse fria o suficiente— Tem mais de quarenta pessoas aqui e ninguém tem água!?— o Swan se estressa.

— Ninguém gosta de compartilhar a garrafinha— brinco, soltando uma risada fraca e o Swan me olha torto. Ele é um bom amigo.

Levanto um pouco os olhos ao perceber a comoção nos alunos que me cercam e abrem caminho para Edward Cullen passar. Não sei o que ele continua fazendo aqui, nem porquê se aproximou, só sei que ainda estou chateada.

O Cullen de cabelos acobreados inclina a cabeça para o lado e eu demoro a ver que ele está estendendo algo para mim, focada demais em seu rosto angelical.

— Você precisa comer— ele disse, me estendendo uma barra de cereal.

— Eu não estou com fome.— meu estômago borbulha com raiva, dizendo o contrário, mas ninguém parece ter ouvido. Edward se abaixou ao lado de Frank e não deu a mínima para o garoto que com certeza estava muito surpreso com sua atitude. Isso vai dar o que falar no meu circulo de amigos, penso.

— Coma, senhorita Choi— Edward insistiu com uma voz gentil e encantadora, abrindo a embalagem rapidamente e a trazendo para perto do meu rosto.

Cogitei ser teimosa com ele por pura infantilidade, porque ele não tem o direito de me falar o que fazer depois de ter me dito que não podemos nem ser amigos. Mas eu estou com fome. Peguei a maldita barra de cereal e umas cinco garotas de times rivais estenderam suas garrafinhas de água na minha direção. Ficou bem óbvio que não estavam fazendo aquilo por mim, mas porque queriam mostrar à Edward que poderiam ser tão prestativas quanto ele. Só aceitei a água que um amigo de Frank ofereceu porque ele com certeza não estava me ajudando para parecer mais decente. Enquanto eu me alimentava e tomava água sentindo minha pressão voltar para os eixos, o círculo ao meu redor foi dispensado pelo professor e sua ignorância. Ele sequer fez questão de ver como eu estava, mesmo sendo parte do seu trabalho e não de outros alunos.

— Se precisa tanto ir para casa, Choi, está liberada— ele diz como se eu tivesse feito uma cena. Franzo a testa, confusa e indignada. Ele acha que eu estou dramatizando o quê?! A merda da aula já tinha acabado!

— Mas eu não...

— Eu tenho certeza de que ela não precisa da ajuda de todos vocês para ficar de pé— ele colocou as mãos em sua cintura quadrada, a barriga de cerveja mal cabia dentro da camisa. Mirela, Edward e Frank não saíram do meu lado, encarando-o sem lhe dar o mínimo respeito— Liberem a quadra, andem, andem!— ele sacudiu as mãos, estressado, e se afastou resmungando coisas ininteligíveis.

— Babaca— Frank revira os olhos e balança a cabeça— Você está melhor, Aly?

Eu sorrio sem mostrar os dentes e assinto.

— Isso não vai acontecer de novo, foi mal— digo para Mirela que sorri e estala a língua, fazendo pouco caso.

— Isso não é um campeonato. Poderia até ter desmaiado no meio do jogo que eu não ficaria zangada com você. O que você fez foi demais, agora, se tivesse sido uma inútil, aí que eu chutaria sua bunda branca daqui até a coreia.

Soltei uma risada e a garota de dreads me lançou uma piscadela.

— Bom, a madame já está corada de novo— ela belisca minha bochecha e se levanta em um pulo— Vou tomar uma ducha e te deixar com os seus namoradinhos, se cuida, Alysson.

— Eca— Frank faz careta. Depois que superou a paixonite por mim, ele começou a me tratar como se eu fizesse parte da sua família e eu fico mais do que feliz com esse cargo. Ele é meu cunhado, só não sabe ainda porque a tonta da Lindsey não tomou jeito. O Swan se levanta em um pulo e olha de canto para Edward, que até então não fez questão de fazer o mesmo. Fico surpresa quando o Cullen me oferece sua mão com a palma virada para cima. Um tremendo cavalheiro.

Eu fico de pé sozinha e ele me reflete, com muito mais elegância.

— Obrigada pela barra de cereal— digo, bufando. Franklyn une as sobrancelhas e me encara, questionando a minha grosseria, mas isso não é da conta dele.

— Tenho mais, se quiser— Edward diz, inabalado.

— Olha, você tem que se decidir!— reclamo sem conseguir controlar a língua.

— Eu...— Frank atrai a atenção de nós dois, recuando e apontando com os polegares por cima do ombro— eu acho que já vou.

Ele se afasta em direção ao vestiário e fica olhando para trás. Edward e eu voltamos a nos encarar.

— Se não quer ser meu amigo, não deve fazer esse tipo de gentileza— quase esfrego a embalagem na sua cara. Seus olhos estão escurecendo outra vez e eu não sei porquê, isso é outra coisa que está começando a me enlouquecer a respeito do Edward Cullen. Ele não consegue ser constante em nada!?

— Espera que eu simplesmente a ignore quando está prestes a desmaiar de fome?— ele levanta a sobrancelha e eu cruzo os braços, segurando-me para não lhe bater.

— Sim, é o que eu espero. Espero ser ignorada por pelo menos um mês antes de ter que interagir com você de novo.

Ele sorri, mas dá pra ver que ele queria mesmo era rir.

— O que há de tão engraçado?

— Nada, a sua forma de pensar é...

Argh!— o interrompo e lhe dou as costas, atravessando a quadra em passos apressados.

— Alysson!— ele chama e eu paro na porta do vestiário feminino. Edward me alcança e eu o olho por cima do ombro com raiva. Ele me estende uma barrinha de chocolate recheado com amendoim— Também não vou comer essa.

— Eu sou alérgica a amendoim— minto.

— Não, não é.

Levanto a sobrancelha e me viro totalmente para ele.

— Como você pode saber disso?

— É fácil dizer quando você mente.

— Não, não é.

Ele sorri, mas eu não posso enfraquecer. Não importa o quão charmoso ele seja, não importa a forma como está me olhando.

— Aceite o chocolate, Alysson.

Não sei mesmo dizer se prefiro que ele me chame de Alysson ou senhorita.

— Posso comprar minha própria barrinha.

— Também pode ter uma de graça— ele a balança diante dos meus olhos, provocando-me. Irritada, pego a barra de sua mão, roçando brevemente a sua pele fria.

— Minha mãe diz para não aceitar doce de estranhos.

— Sua mãe é uma— ele se interrompe de repente e eu franzo a testa— ... senhora... inteligente.

Não sei o que acabou de acontecer, mas decido ignorar.

— Você não é meu amigo, portanto, é um estranho. Sabe que é estranho, não sabe?

— Você não é a primeira pessoa a me dizer isso— ele dá de ombros e enfia a mão nos bolsos— Nem será a última.

Fico o encarando por uns segundos bem longos. Ele sustenta meu olhar, impiedoso.

— Disse que não quer ser meu amigo e o que está fazendo aqui ainda?

— Não disse que não quero, disse que não posso.

Suas palavras não tocaram meu coração.

— E por que não poderia?

Ele faz careta e vira o rosto.

— É complicado— sem me dar resposta alguma, ele começa a se afastar, como sempre, determinando quando a conversa começa e quando termina— Se cuida, Alysson.

Aí ele foi embora e eu fiquei balançando a cabeça, tentada a batê-la na parede para ver se assim eu consigo entender como esse garoto funciona. Como o chocolate que ele me deu e, Deus do céu, como eu estava precisando disso.


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NOTA DA AUTORA:

Ninguém perguntou, mas eu visualizo muito o Frank Swan como Jack Champion. Fico fraquinha 🫢

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