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Impressão sua

META DE COMENTÁRIOS PARA ATUALIZAÇÕES: 50

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Eu acordo todos os dias antes das cinco da manhã.

O cuidado com minha aparência é uma luta constante e cansativa, mas que vale a pena. Por isso, eu esfolo minha pele com certos produtos de beleza e depois a acaricio com produtos parecidos. Eu preciso estar perfeita todos os dias, e sempre me assusto quando vejo olheiras no meu rosto.

Na quinta feira, eu estava com outras coisas em mente. Tinha demorado a conseguir dormir porque estava concentrada demais nos barulhos que meu estômago fazia de pura insatisfação.

Fiquei me encarando no espelho por vários minutos, apertando minhas bochechas e esticando o rosto para me livrar da gordura. Mamãe está certa, eu estou parecendo uma lua cheia.

— Ok, maquiagem.— resmunguei e comecei a me maquiar, desesperada para cobrir todas as imperfeições com mais uma camada de corretivo.

Depois que fiquei pronta, minha melhor amiga chegou para me buscar e eu não parei de me olhar no espelho retrovisor do carro de Lindsey mesmo depois que já tínhamos descido do mesmo no estacionamento do colégio.

— Meu Deus, Alysson, você ouviu uma palavra do que eu disse?— a loira reclamou e eu a olhei, ajeitei a postura, tirei a tipoia do braço e a joguei no banco do passageiro do Fox, exatamente como no dia anterior.

— O que foi?— fechei a porta do carro depois de colocar a minha mochila rosa pastel no ombro bom.

— Isso tudo é para o Cullen?— me perguntou, cruzando os braços e levantando a sobrancelha. Fui me lembrar dele só nesse instante.

Abri um sorriso malicioso.

— O que acha?— abri um pouco o zíper do meu casaco rosa, exibindo o decote da blusa branca de baixo.

— Uau, e por quê?

— Quero ver se ele presta mais atenção nos meus peitos do que nas minhas bochechas enormes.— inventei e a desculpa foi tão perfeita que eu mesma acreditei.

— Suas bochechas não são enormes.— Lindsey fez careta para mim como se eu não tivesse dito algo que faz total sentido.

— Que isso, olha essas coisas pelancudas, West!— quase gritei com ela. Não precisava que me falasse o contrário por pena ou pela nossa amizade. Na verdade, fiquei com raiva de Lindsey por não ter me avisado antes que eu estou engordando de novo. Ela nunca me avisa!

Estressada, segurei meu rosto como se quisesse mantê-lo no lugar.

— Imagine como ficarão caídas quando eu ficar velha!— a ideia me deixa horrorizada.

— Se fosse o seu caso, eu diria que ficaria uma fofura, mas você não tem bochechas grandes, Alysson!— Lindsey balançou a cabeça, me encarando com os olhos cerrados.

— Não me olhe como se eu fosse idiota— reclamei.

— Você está falando coisas idiotas.

— Oi, meninas!— Georgia se aproximou antes que eu rebatesse Lindsey e veio beijar nossos rostos em cumprimento— Parece que os gostosões não virão hoje— a garota suspirou e eu imediatamente olhei  para a vaga que andava sendo ocupada pelos Cullen. Ela não estava ocupada nesse dia.

— Pode ser que só estejam atrasados— Lindsey trancou o carro e nós três fomos andando em direção a entrada do prédio de artes que era uma das poucas aulas que meu grupo e eu dividiríamos esse semestre.

— Ou não vejam necessidade de marcar presença na semana de boas vindas— retrucou Georgia, sensata. Eu voltei a fechar o zíper do meu casaco. Se Edward Cullen não ia ver meus peitos, então ninguém mais iria— Bem, de qualquer forma, pode até ser melhor, aí podemos todos falar deles sem medo que eles possam ouvir.... e você, bonita, é verdade que conversou com o Edward Cullen ontem?— Georgia agarrou meu braço e me balançou, cantarolando— Por favor, me diz que ele tem um sotaque britânico extremamente sexy.

— Não, Georgia, ele não tem sotaque nenhum. Totalmente americano— não pude deixar de sorrir com sua animação infantil. Os ombros dela caíram.

— Certo, tudo bem, ele não fica menos lindo sem isso... quase. E aí? Sobre o que vocês falaram?

— Nada demais, na verdade— resmunguei, revirando os olhos, voltando a ficar frustrada por ter sido largada pelo Cullen sem mais nem menos.— Também soube que ele fugiu de mim logo em seguida?

— Ah, sim, mas estava esperando que você me contasse uma história diferente...— ela coçou a nuca, sem jeito— Como você deixou ele escapar, hein?

— Ninguém nunca escapa da Alysson— Lindsey respondeu assim que eu abri a boca— Ele só a driblou por um tempinho, ela vai agarrar ele de novo em breve.

— Com certeza— concordei.

— Se interessou por ele de verdade?— Georgia levantou as sobrancelhas pretas e lindamente arqueadas que mostravam que ela não é uma loira natural— Devo começar a chamá-lo de cunhado?

— Seria um bom começo— eu ri— Estou precisando desencalhar e ele se tornou o candidato perfeito para o cargo. Estamos a altura um do outro, não estamos?

— Se você não conseguir, ninguém consegue, Aly. Estou torcendo por você.

— Muito obrigada!

Ela se afastou para cumprimentar outros amigos e Lindsey veio ocupar seu lugar, enlaçando nossos braços.

— Fura olho— ela cantarolou baixinho e eu ri.

— Eu sei.— a imitei e nós entramos na sala de aula.

╔══ ≪ ❈ ≫ ══╗

Levou mais três dias até vê-lo novamente e claro que eu não perderia a oportunidade de ficar perto dele que nem uma idiota esperando que ele conversasse comigo.

Era a primeira aula de educação física e esta era a primeira vez que eu tinha a desculpa perfeita para me sentar no banco. Edward Cullen estava sentado à minha esquerda, calado e observando os outros se movimentando atentamente. Eu usava o uniforme para a quadra mesmo que não fosse jogar porque pretendia mostrar minhas pernas, mas ele sequer espiou.

Eu estava usando a tipoia, mas ele, novamente, não viu e nem perguntou nada. Não tinha mais ninguém no banco ou nas arquibancadas atrás de nós. Ele podia conversar comigo, mas não se mostrava nem minimamente interessado em quebrar o gelo nos primeiros vinte minutos.

Eu fiquei calada, me segurei, mas, Deus, como me irritava aquele silêncio pacífico de Edward.

Os garotos jogando vôlei se distraiam ao me olhar e me lançar sorrisos, mas quem eu queria não me olhava nem uma vez que fosse. Depois de quase meia hora, eu comecei a me sentir bastante humilhada e uma voz veio na minha cabeça: ele não deve gostar de meninas gordas.

Faz sentido.

Preocupada, comecei a me analisar, minha blusa era tão justa quanto o meu short e de repente eles pareciam pequenos demais para o meu corpo. Não de um jeito bom. Olhei para as minhas coxas enormes e flácidas e comecei a desejar que meu short se transformasse numa calça larga, pronta para esconder toda essa feiura. Comecei a passar mal. As coisas mudaram na minha cabeça e eu pensei que os garotos não estavam sorrindo para mim, mas que estavam rindo de mim. A balofa pensando que é gostosa.

Tirei a tipoia do braço abruptamente e a larguei no chão. Atraí o olhar de Edward, mas não aproveitei a chance. Queria que ele parasse de me olhar imediatamente. Queria que voltasse a fingir que eu não estava ali. Passei as mãos nas minhas bochechas como se pudesse espalhar a gordura ou me livrar dela numa massagem. Comecei a baixar o short e ajeitar a blusa para descolá-la do corpo.

Edward ficou me encarando só depois que eu comecei a me sentir mal porque ele não estava me olhando. O que será que está vendo? Uma coisinha patética? O que será que está pensando?, eu me perguntava.

Para de me olhar, porra.

— Choi?— sua voz era agradável quando me chamou. Olhei em sua direção, seus olhos claros me fitaram com preocupação. Seria isso pena?— Tá tudo bem?

Meti um sorriso no rosto, sentindo vontade de vomitar. Ainda bem que não estou com nada no estômago.

— Claro, por que?— quis saber, reprimindo a intensa vontade de começar a bater o pé.

O que foi que você viu?

— Você parece agitada.— ele disse, apoiando as mãos no banco. Ele está a um metro de distância. Parece um quilômetro.

— Impressão sua— soprei uma risada forçada e encarei o pessoal treinando, sem deixar de sentir que Edward ainda estava me olhando. Passados alguns segundos, o olhei de volta e percebi que ele estava esperando por uma resposta séria— Eu tô bem— afirmei, forçando outro sorriso.

Nós ficamos nos encarando. Ele não tinha pressa para falar.

— Você não mente tão bem quanto pensa— ele conclui e vira o rosto para a quadra, com um ar indiferente. Agora eu que o fico encarando. A forma como ele disse isso me irritou.

Cerro os dentes e me retiro, o deixando sozinho e imperturbável como um buda. Que merda que ele sabe? Que merda ele pensa que sabe? Vou direto para o vestiário e troco de roupa sem ter que tomar banho, uma vez que não fiz exercício algum. Cubro meu corpo horrendo e volto para a quadra. Quando olho para o banco do outro lado, Edward Cullen ainda está lá, mas eu não sinto nenhum alívio com isso.

— ALYSSON, CUIDADO!— alguém grita, e quando me viro, em questão de segundos, percebo uma bola de vôlei vindo em minha direção e nem penso direito antes de usar meu braço ruim para rebatê-la.

Dói muito. Dói demais.

É extremamente difícil disfarçar o meu sofrimento, tanto que só consigo fazer isso por uns dez segundos antes dos meus olhos se encherem de lágrimas e eu sentir uma necessidade de me curvar.

— Puta merda.— sibilo, segurando meu braço.

— Alysson!— reconheço a voz de Frank e o vejo correndo em minha direção, o seu uniforme cinza e azul manchado de suor.— Tá tudo bem?

Não confiei em minha voz, então apenas balancei a cabeça, afirmando.

— Tá de sacanagem? É óbvio que não tá tudo bem.— ele me olhou torto ao perceber uma lágrima escorrendo pela minha bochecha, lágrima esta que ele secou com o polegar. Suas mão são macias, mãos de quem nunca trabalhou pesado na vida. Acho que as mãos de Frank são as únicas coisas nele que eu nunca coloquei defeito— Nem pra você ter deixado a bola acertar sua cara, Alysson!

— Claro, porque seria muito melhor!— digo entre dentes.— Aposto que foi você quem fez essa proeza.

— Óbvio que não— ele fica claramente ofendido— Eu sei jogar. Agora vem, deixa eu te levar para a enfermaria, você precisa de uma droga ou uma compressa, sei lá.

— Eu não estou aleijada, sei chegar lá sozinha— resmungo e me afasto dele, encolhida.

— Minha nossa, Alysson, sabe que você nunca vai ganhar o prêmio de miss simpatia, né?— ele grita pelas minhas costas e eu lhe mostro o dedo por cima do ombro.

Quando estou chegando perto da porta de saída, Edward Cullen aparece na minha frente, me barrando. Por que é que ele usa lentes de contato coloridas?, eu me perguntei, certa de que seus olhos são castanho escuros e não âmbar que era a cor que estavam nesse dia.

Ele piscou algumas vezes e baixou a cabeça.

— Aqui— ele me estendeu minha tipoia e eu a peguei, respirando fundo.

— Obrigada— resmunguei, por um momento, havia me esquecido totalmente dela.

— Eu não sou nenhum médico nem nada, mas você não devia ficar tirando isso— ele recomendou. E o que isso te interessa, gatinho?

— Sim, você tem razão— sorri amarelo e balancei a cabeça. Edward assentiu e deu dois passos para trás. Não me olhava mais nos olhos, como se tivesse perdido a coragem.

— Se cuida, Choi.

Não negligenciei a tipoia até não precisar mais dela, um mês depois deste dia. Também não troquei mais nenhuma palavra com Edward Cullen nesse meio tempo.

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