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Edward Anthony Masen

META DE COMENTÁRIOS: 90

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O chão vibrava sob meus pés descalços e eu me apoiava nas paredes enquanto Edward levava os meus saltos nos dedos. Sua mão livre estava nas minhas costas enquanto eu o guiava pelos corredores da casa dos Kyle.

— É aqui— eu disse, parando de andar e apontando a suíte da senhora Kyle. Edward colocou a mão na maçaneta e eu segurei seu pulso— Espera, e se tiver alguém usando?

— Eu saberia, Choi— ele responde tranquilamente. É um lembrete que ele não lê apenas a minha mente.

— Ah... sim...— o soltei.

Nós entramos, ele fechou a porta atrás de si e me acompanhou até o banheiro. Edward se ajoelhou, deixou meus saltos no chão e pegou o kit médico no armário abaixo da pia, bem como eu lhe contei que tinha.

— Devia lavar suas mãos— ele recomenda e eu obedeço. Ou, ao menos, obedeceria, se minhas mãos não estivessem escorregadias e meladas de sangue e eu conseguisse abrir a torneira sozinha. Edward se levanta e a abre para mim.

— Obrigada— resmungo, colocando a mão cortada debaixo d'água e tentando controlar a careta. Edward abre o kit e retira as gazes e as ataduras. O antisséptico— Não vai precisar— falo, me referindo ao último— Eu odeio antisséptico.

— Senta aí— Edward fala, me ignorando. Soltando um suspiro e me sentindo um pouco zonza, fico na ponta dos pés e me sento na pia de mármore. Meu vestido preto sobe um pouco e minhas pernas se arrepiam de frio. Edward tira a jaqueta puffer preta que está usando e a estica na minha direção. O vampiro não parece que vai aceitar um não como resposta então eu aceito e me visto, sentindo seu cheiro de maçã e canela penetrar minhas narinas. Fecho o zíper da jaqueta até o queixo e Edward fecha a porta do banheiro antes de pegar minha mão e jogar antisséptico nela, nem consegui me defender! Meu corte ardeu como o diabo e sangrou mais um pouco, eu fecharia a mão, mas o Cullen não deixou— Fica quieta.

— Já te falaram que você está muito mandão hoje?— reclamei, a voz arrastada.

— Fica parada— ele diz, secando o redor do meu corte com uma gaze cuja embalagem ele abriu com os dentes. Franzi o nariz e lutei para controlar a língua. Edward era ágil e preciso no que fazia, como se já tivesse feito isso várias vezes.

— Poderia ser médico como seu pai— quebro o gelo, observando-o imerso nos seus cuidados.

— Eu já sou médico— ele respondeu e eu franzi a testa. Edward deixou uma gaze limpa na minha mão e começou a passar a atadura envolta dela.

— Não, não é.

— Quer ver os meus diplomas também?— o rapaz levantou a sobrancelha. Ele evitava meu olhar enquanto eu procurava o seu a todo custo. Vampiros são imortais, eu me lembro só agora desse detalhe pequenino das histórias.

Você é imortal? Quantos anos você tem, Cullen?— pergunto baixinho. Ele pega o antisséptico e o espirra nos meus joelhos ralados— ai! Porra!— eu agarro a sua camisa branca com força  e ele continua limpando minhas feridas como se não houvesse nenhuma resistência da minha parte.

— Meu último nome é Masen, na verdade. Meu nome completo e verdadeiro é Edward Anthony Masen e, sim, eu sou imortal— ele diz e meu queixo cai por um momento— Nasci em Illinois, Chicago, em 1901 e eu ia morrer de gripe espanhola em 1918, se Carlisle não tivesse me transformado em vampiro... a pedido da minha mãe.— seu tom ficou mais frio no final da fala.

1918, repito em pensamentos.

— Você é velho— digo e ele sorri de canto.

— Tenho dezessete anos.

— Há muito tempo, aparentemente— respondo, Edward continua com os olhos baixos, agora recolhendo as gazes sujas que usou no meu joelho, as jogando na privada para dar descarga logo em seguida. Ficamos calados por um momento.

— Pensei que fosse ter algo a dizer sobre minha idade— ele diz. Era sua vez de quebrar o gelo.

— Você é velho— repito.

— Pois é.

Que bom que não parece um velho.

Edward levanta as sobrancelhas e os ombros.

— Não posso mudar isso. Vou ficar assim para todo sempre— ele apontou para o próprio rosto.

— Você não gosta de ser vampiro— observo suas feições desgostosas.

— Nenhum de nós gosta, ninguém da minha família quis ser essa coisa, não tivemos nem a chance de descobrir sobre a verdade antes de sermos transformados. Se fosse mais fácil nos matar, nenhum de nós estaríamos aqui.

Naquele momento, não entendi o que sua fala queria dizer. Uni as sobrancelhas e esperei que ele explicasse com maior clareza, mas ele não o fez e nós caímos no silêncio outra vez, aquele abafado enquanto a música tocava no andar de baixo.

— Eu vim aqui hoje...— ele começa de novo— porque precisava falar com você.

— Sobre o que?

Ele toma um tempo e eu espero.

— Eu não sou melhor do que o Dexter— ele admite, encostando-se na parede à minha frente. A cabeça baixa como se estivesse com vergonha— Sei que a senhorita queria explicações, algo que te fizesse entender o que eu já fiz, mas não há nada que justifique, me santifique ou me livre dos meus pecados. Já está feito. Minhas mãos estão sujas de sangue e eu entendo que isso a enoje. Enoja à mim também...

Apertei os lábios, mas não falei nada.

— Quando eu era mais jovem, um vampiro recém criado, éramos só Carlisle e eu.— Edward segura a própria mão e eu reparo no seu bracelete, encaro a figura curiosa no mesmo, aparentemente feita de prata. Nunca tinha prestado atenção nele antes embora soubesse que Edward não o tirava do pulso direito. No brasão, é como se estivessem jogando uma mão para um cão demônio e eu não podia adivinhar o que aquilo significava. Muito menos aqueles três trevos aos pés do cão— Carlisle sempre foi alguém decente, nunca feriu nenhum humano e ele deve ser o único da nossa espécie a nunca se alimentar de uma pessoa sequer.— pisquei algumas vezes e voltei a prestar atenção no que o Masen me dizia— Ele é diferente de nós. Melhor.

Me lembrei da forma que reagi com o doutor no hospital, quando ele ofereceu uma carona. Ele não tentou nada e ainda assim não foi menos educado com minha amiga e comigo durante o caminho até a casa de Georgia. Ele deve estar me odiando agora.

— Ele não a odeia, Alysson. Ele entende seu medo— Edward me esclarece e eu o olho como um cachorrinho que caiu da mudança— Todos nós entendemos.

Assenti e o deixei continuar sua narrativa.

— Eu não o entendia muito bem, no começo. Me irritava a forma como ele queria me educar e houve uma época em que me rebelei contra ele, contra a dieta que tentava me ensinar para que eu não fizesse nada de que fosse me arrepender... mas eu fiz mesmo assim. No começo, depois que nos transformamos, é difícil controlar a sede. Eu nunca fui capaz de me acostumar com o cheiro dos animais e, depois de nos encontrarmos com antigas amigas de Carlisle, e eu entender que elas tinham uma dieta diferente da nossa— Edward umedeceu os lábios e balançou a cabeça— eu quis aquilo para mim. Eu quis ser o que é considerado normal para nós e por um tempo, supostamente, eu fui um vampiro normal. Me afastei de Carlisle por uns anos porque ver a decepção dele era insuportável, mesmo que ele não me dissesse nada em voz alta ou nos seus pensamentos... eu sabia que ele não suportava me ver agir como um monstro.

Ele faz uma pausa e eu me abraço, observando-o atentamente. Eu mal piscava. Acho que a dor do antisséptico me deixou um pouco mais sóbria. A minha ferida latejada, meus joelhos ardiam.

— As pessoas que eu... Eu não... eu não matei aleatoriamente, Alysson. Não, eu tinha um dilema: eu não me alimentaria de pessoas inocentes. Achei mais decente ir atrás dos caras maus. Achei que estava limpando o mundo e protegendo os mais fracos, afinal, eu podia ler os pensamentos de todos eles, podia saber dos seus piores segredos se fizesse as perguntas certas, poderia interromper seus planos perversos no último minuto— Edward cruzou os braços, apertando os lábios em uma linha fina— eu achei que era melhor do que eles. Tinha certeza que era. Mas fui só mais um assassino. Estava matando meus iguais.

Suas palavras pesaram entre nós, dando ao ar uma densidade tensa. Eu baixei a cabeça, meus cabelos caíram para frente, formando cortinhas ao redor do meu rosto. Apertei os olhos com força. As coisas ainda giravam e balançavam como se eu estivesse em alto-mar. Passei a mão nos cabelos para pô-los para trás, nada em mente.

— Se quer saber, prefiro quando você grita comigo— Edward me diz e nós nos olhamos, finalmente— Grite comigo, Alysson, por favor.

— Por que eu gritaria com você agora?

— Eu não sei, só sei que não suporto seu silêncio.— ele dá um passo a frente e coloca as mãos na pia em que estou sentada, uma de cada lado do meu corpo. Ele está tão perto que eu sinto meu hálito de bebida tocando seu rosto— Eu sei que me despreza, pode me dizer, se te fazer sentir melhor, só... diga alguma coisa.— ele suplicou.

— Eu não o desprezo, Edward...— murmuro, balançando a cabeça e me perdendo em seus olhos brilhantes— Queria poder. Mas não o desprezo.

— Seria mais fácil assim.

— Pode ser— minha voz sai rouca— Mas não é— tombei a cabeça para o lado e os olhos do vampiro desceram para os meus lábios. Fiz o mesmo que ele— Talvez se você fosse menos bonito— brinco, sei lá com que senso humor. Sorrio quando Edward olha nos meus olhos outra vez.

Ergo as mãos e seguro seu rosto como se ele fosse uma peça delicada, uma obra de arte cara que eu nunca poderia comprar. Passei os dedos pelas maçãs de seu rosto e sua mandíbula. Seu nariz, seus lábios cujo vestígio do meu sangue foi apagado antes de entrarmos de novo na festa. Por fim, deixei-as paradas em suas bochechas. Minhas mãos não estavam muito quentes, mas isso não o incomodaria.

— Eu sinto muito— ele diz— Queria ser diferente de Dexter, mas eu não sou. Quero que saiba que não merece nenhum de nós na sua vida, Alysson, eu sinto muito...

— Você é.— eu o interrompo— Você é diferente dele.— Edward começa querer protestar, mas eu me aproximo um pouco mais, tendo que abrir as pernas para que ele fique entre os meus joelhos— Você me salvou. Salvou Georgia. Você toma conta de mim o tempo todo e eu teria que ser cega para não perceber.... e você cometeu seus erros— não posso deixar de acrescentar— Mas não cabe a mim perdoá-lo. Só posso dizer que prefiro esse Edward— baixo a mão esquerda e a coloco no seu peito, sobre seu coração— Fico feliz em tê-lo conhecido.

Edward segurou minha mão enfaixada e apertou os lábios contra ela novamente. Um arrepio involuntário subiu pelo meu braço, meu coração batendo na minha garganta. Edward inclinou a cabeça para o lado e colocou uma mecha dos meus cabelos atrás de minha orelha. Olhava-me como se eu merecesse sua admiração.

— Talvez se você fosse menos perfeita.— ele murmurou.

Eu soltei um um sorriso.

— Não sou perfeita.

Edward Anthony Masen uniu as sobrancelhas e me olhou sério.

— Sim— ele disse com convicção— Sim, você é.

Fiquei parada, absorvendo. Não tem como colocar em palavras a forma como ele me balançou agora. Eu me penduro nele e escondo o rosto na curva de seu pescoço, fechando as pernas ao redor de seus quadris e juntando mais nossos corpos.

O vampiro ficou congelado feito uma estátua por um tempo, mas eu não estava com pressa. Suas mãos encontraram o caminho até minha cintura e foram contrárias uma a outra, se fechando ao meu redor. Ele me abraçou de volta e nós ficamos ali, quietos e entrelaçados. Com a mão enfaixada, brinquei com seu cabelo e fechei os olhos.

— Quero confiar em você— confessei em um sussurro. Edward acariciou minhas costas e tocou o topo de minha cabeça com os lábios.

— Não deveria.— ele respondeu no mesmo tom de voz. Gosto da sua voz. Enchi a mão com seus cabelos acobreados e soltei um bocejo

— Muito bem, então.... não irei.

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