Cuidado com o que faz
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EDWARD CULLEN
É a pior ideia que eu já vi, penso, mal-humorado. Sequer tínhamos certeza de que eles viriam mesmo e ver Carlisle segurando aquela caixa térmica só deixava nosso cenário mais grotesco, como se fôssemos vendedores de órgãos ilegais se encontrando na clareira naquele início de noite.
Não queria estar aqui, mas eles precisarão de mim caso aquele trio de invasores invente de os atacar. Sem o dom de Alice para nos dizer exatamente como esse encontro se desenrolaria (ou se aconteceria) eles dependiam de mim para lhe avisar no último segundo. Foi uma grande discussão até eu convencer Jasper de ir vigiar Alysson, já que ele é o melhor lutador e é perigoso não tê-lo por perto nesse momento, mas estamos em maior número e Carlisle ousa ter fé de que ninguém morrerá essa noite.
Cacei há pouco tempo, então o desconforto em minha garganta se dava pelo veneno que eu engolia sem parar. Vai ser difícil manter o controle sabendo que Dexter abusou de Alysson antes de tentar matá-la. Mais do que nunca, quero acabar com a sua existência. A única coisa que lamento é que só poderei fazer isso uma vez.
Estava tão agitado que minha família toda se encontrava inquieta também. Eles todos me olharam por cima do ombro e eu parei de bater o pé, virando o rosto.
— Eu não acho que eles vão vir— anunciou Emmett, finalmente soltando o que estava o remoendo em pensamentos— Olhe só para nós, isso cheira a armadilha.
— Jasper seria muito mais útil aqui do que bancando a babá— Rosalie fala, me olhando torto— Poderia instigar a curiosidade deles até que ficasse irresistível.
— Eles saberiam que estão sendo manipulados e o fim seria o mesmo— Carlisle responde diante de todos, fiel ao seu papel de apaziguador— Talvez não tivessem certeza dos seus talentos, mas depois do que aconteceu, serão bem mais cuidadosos. Considerando o passado de Jasper, talvez seja melhor que ele não esteja aqui.
Dada a sua resposta, todos ficamos quietos e aguardamos. Felizmente, não demorou muito mais do que uns dez minutos até que eu ouvisse algo. Eles se aproximavam pelas nossas costas. Virei o rosto e identifiquei os pensamentos de Dexter, assistindo o caminho que fazia através dos seus olhos.
— Estão aqui— anunciei em voz baixa e a apreensão abraçou nossa família.
Edward, Edward, Edward, Dexter cantarolou em pensamentos, como se estivesse testando uma conexão de rádio. Eles sentiram nosso cheiro e se aproximavam sem medo. Queria poder saber se sua segurança se dava pelo fato dos nossos reis já saberem do que eu fiz. Apesar de tudo, não ouso me arrepender de ter matado Giulio. O que vi e ouvi nas lembranças de Carlisle mais do que bastou para que eu não me sentisse mal por tê-lo eliminado. Queria poder estar tão certo de que seus amiguinhos não são tão ruins quanto ele.
Nós nos viramos quando o trio já podia nos ver, lá do outro lado da clareira apagada pela noite. Dexter vinha no meio, caminhando descalço assim como os outros dois. Uma mulher loira e um homem albino de cabelos em forma de tigela o ladeavam, os narizes empinados os fazendo transbordar arrogância.
Dexter abriu um sorriso largo e os braços, como se fôssemos velhos amigos. Eles param a uma distância curta.
— Edward!— cumprimentou ele, muito animado— Que prazer encontrá-lo de novo, mas espero que agora haja uma rendição do seu lado. Ou melhor, duas, já que eu sei que você matou quem não devia, menino levado.
— É sobre isso que queremos falar— Carlisle veio para o meu lado e eu fiquei repetindo em meus pensamentos o que Alysson me disse, sobre o quanto Dexter poderia ser útil. Ele pode ser útil. Não vou matá-lo.
Farejo o ar discretamente, tendo certeza de que os três estão aqui e não é mais um truque de Dexter.
— Antes disso, quero ter certeza de que você não vai ficar lendo minha mente, seu intrometido— a mulher disse e estalou os dedos. Em seguida, eu ouvi o silêncio. Não. Não, não.
Eu tentei de tudo, mas só conseguia ouvir a minha própria ansiedade. Eu e Carlisle trocamos olhares, mas eu não sabia o que ele estava pensando. Balancei a cabeça e me distraí com a risada de Dexter.
— Ela é muito simpática, não é? Permitam-me apresentá-los, este é o Caim, não o da bíblia, é claro, mas seria bem legal se fosse— ele diz, puxando o albino para debaixo do braço. Ele não devia ter mais do que quinze quando foi transformado, era bem apático para quem tinha arrancado o braço de Emmett e o agredido com ele. Seu rosto não me entregava nada. É infernal não saber o que está pensando quando seus olhos vermelhos encontram meu irmão— E esta é a Lucille. Femme fatale.— ele aponta para a loira forçando um sotaque francês e o título parece perfeitamente justo para ela. Diferente de Caim, posso ver a sua irritação quando ela encontra Alice e Esme. As duas a deram trabalho até que conseguisse anular o dom da vidente e despistá-las na água. Vampiros, assim como os gatos, não gostam muito da água.
Continuamos em maior número, mas a confiança que eles exalam nos obrigam a deixar um pé atrás.
— Eu sou Carlisle, Esme, Edward, Alice, Rosalie e Emmett.— apresenta o patriarca, sem deter a atenção em ninguém.
— Onde está o outro? O soldado de Maria?— pergunta Lucille.
— Está cuidando de outras coisas.
— Chame-o para cá— ela ordena.
— Não— respondo, atraindo o seu olhar. Ela levanta as sobrancelhas, como se a minha audácia de respondê-la fosse realmente surpreendente.
— Não quero ter surpresas.
— Ele não poderá vir.— resisto, mantendo o contato visual com a vampira. Ela quase sorri.
— Ele está cuidando da nossa garota, Eddie?— Dexter pergunta, largando Caim— Aposto que sim, se eu fosse você, também iria querer o melhor lutador protegendo o que amo— eles estão a quatro metros de nós. Dexter se aproxima até ficar a dois metros— Olha, considerando a situação de merda em que vocês estão, realmente não vejo motivos para Alysson ficar de fora. Meus amigos já se alimentaram, mas eu estou me guardando só para ela. Que grosseria como anfitriões não me trazem um lanchinho.
Fico cego e quase avanço nele, só que Rosalie e Alice me empurram. Meus pés fincam no chão e levanto terra ao ser arrastado para trás.
Dexter continua a sorrir como se esse fosse um dos dias mais divertidos da sua patética vida.
— Cuidado com o que faz, Edward. Vai acabar como o seu pai se continuar me testando.
— Do que está falando?— Esme quer saber, preocupada, vai para o lado de Carlisle e segura o seu braço.
— Ah, não, não estou falando do papai Cullen— Dexter põe a mão no peito, dramático— Estou falando do pai dele. O verdadeiro.
— O pai de Edward morreu de gripe espanhola e não vem ao caso— respondeu Carlisle. O sorriso de Dexter se expandiu e ele balançou a cabeça, o olhar vidrado no meu rosto.
— Não, não foi bem assim. Eu sei que não. Afinal, eu que matei o meu irmãozão.
O mundo estremeceu desabou sobre os meus ombros. Eu perdi a força nas pernas e felizmente minhas irmãs pararam de me empurrar, todos olhando chocados para Dexter. Então, usando de seu dom, ele fez com que eu visse meu pai depois de tanto tempo. Ele estava ali, na minha frente, um buraco no peito e sangue cobrindo seu corpo. Foi ele. Foi ele.
— Conhece o mandamento: não cobiçarás a mulher do próximo?— o sorriso de Dexter desaparece conforme a ilusão de meu pai cai de joelhos na minha frente e penetra a terra. Meu coração estava destruído. Não paro de encarar o chão, esperando que meu pai se levante, saia dali. Nunca pensei que essas feridas doessem, tinha certeza de que havia me acostumado com elas até serem abertas com tamanha violência. Ele matou o meu pai. Ele matou o próprio irmão— Eu sempre odiei esses malditos mandamentos.
Lutei para me soltar de minhas irmãs e tudo desapareceu da minha frente. Só tinha Dexter. Eu vou matá-lo, eu vou matá-lo, eu vou matá-lo!
Rosalie e Alice continuaram a me arrastar para a direção oposta. Eu estava tão fora de mim que tudo o que aprendi com Jasper sumiu. Eu só queria atacar. Meu pai foi assassinado, a morte não veio por um infeliz acaso, mas por um vampiro. Fiquei com tanta raiva de tudo que sobrou até para Carlisle. Ele sabia? Eu estava condenado a virar um vampiro de um jeito ou de outro?
— O que tem nessa sua caixinha?— Lucille perguntou como se nada estivesse acontecendo, como se eu não estivesse sendo levado para fora da clareira feito uma criança em surto. Minha vida foi uma mentira.
— Me soltem, me deixem ir!— vociferei, sentindo-me apavorado com as mãos das minhas irmãs me segurando com força e de maneira restritiva. Apesar do ódio, me sentia muito triste.— Soltem-me!
— Edward, não foi para isso que nós viemos— Rosalie disse, lamentando.
— Ele matou o meu pai...
— Ele pode estar blefando!— contrapôs Alice— Pode estar mentindo só para te desconcentrar e fazer com que você piore a situação em que nós já estamos sem vantagem. Fique frio, nós dois já perdemos nossos dons, pode ser mentira dele...
— Como diabos ele ia saber como meus pais se parecem!?— vociferei. Nós tínhamos entrado na floresta e eu não ouvi os pensamentos de ninguém. Alice não tinha respostas para isso.
— Se concentra, Edward— Rosalie continua. Eu paro de lutar como se tivesse perdido as forças e desejo conseguir chorar. Mas nenhuma lágrima irá cair. As duas vampiras me soltam com cautela e eu me curvo pra frente como se fosse vomitar, ambas as mãos nos joelhos.
Eu pensei que.... eu...
Inesperadamente, Rosalie me abraça e por incrível que pareça isso só me deixa mais vulnerável.
— Pensa na Alysson— ela me recomendou, abraçada na minha cintura. Eu não retribuí o gesto, mas me curvei sobre o ombro de minha irmã e nós cambaleamos— A Alysson está aqui. Nós vamos protegê-la.
Tentei seguir seu conselho e foi uma das tarefas mais difíceis que eu já concluí. Ela está certa. Alysson está aqui, meus pais não. Já há muito tempo. Abraço Rosalie de volta e Alice dá uns passos na direção da clareira para ver o que está acontecendo.
Tenho que ficar calmo pela Alysson. Ela eu ainda posso proteger.
Não consigo tirar a imagem do meu pai de peito aberto da minha mente. Como... como Dexter pôde fazer aquilo com o próprio irmão?
— Ele pegou o sangue— Alice diz e Rosalie e eu desmanchamos o abraço para ir para o lado da vidente. Apoio a mão no tronco de uma árvore e me seguro ao máximo para não ir correndo na direção deles. Nunca tive tanto autocontrole em minha existência. Isso está acabando comigo.
A vários metros de distância, vemos as costas de Carlisle, Esme e Emmett. Dexter acabara de abrir a bolsa de sangue de Alysson e inspirou profundamente o cheiro, abrindo um sorriso duro. Ele é minha família. Ele matou a minha família.
Viro o rosto e fecho os olhos com força porque não vou conseguir fazer isso. Rosalie segura meu braço.
— Os outros não estão gostando disso— Alice sussurra para que só nós pudéssemos ouvir. Com muita força de vontade, espio os Volturi de rabo de olho. Lucille e Caim trocam olhares pelas costas de Dexter ao reparar o quão interessado ele ficou na proposta de ter a sua Cantante lhe fazendo uma doação de sangue. Fica bem evidente que estamos tentando nos livrar, mas como matei um Volturi, o mais importante deles, é óbvio que não há acordo no mundo que possa ser feito para que aqueles dois ignorem o fato e não reportem tudo para seus superiores assim que chegarem em Volterra.
Não preciso ler suas mentes para saber que eles entendem que estamos tentando trazer Dexter para o nosso lado.
— Precisamos nos espalhar— eu digo baixinho, atraindo os olhares das minhas irmãs.
— Ouviu alguma coisa?— Alice perguntou, ansiosa. Balancei a cabeça negativamente e tirei minha mão do fundo do tronco daquela árvore.
— Espalhem-se— repeti e fui para um lado, caminhando pela orla da floresta. As duas hesitaram atrás de mim, mas não demoraram demais a obedecer.
Passado o estupor, meus ouvidos captam as vozes deles.
— Devo dizer, essa garota é especial— Dexter fala para Carlisle.
— Ela quer a paz tanto quanto nós e está disposta a fazer isso para consegui-la.
— Uma garota muito, muito especial— Dexter leva o pacote à boca e bebe o sangue que tínhamos tentado manter quente até então. Cada detalhe importava. Lucille me escuta caminhando e olha na minha direção de rabo de olho. Sei que minha cara não é das melhores, mas não tento mudá-la. Permaneço com a carranca de assassino porque todos os meus desejos agora são de um assassino.
Quando o sangue terminou, Dexter ficou transtornado por uns segundos antes de conseguir voltar a si. Sugou o máximo que pôde e depois apertou o pacote como se fosse a coisa mais valiosa que já tivesse tocado. Será que foi assim que ele segurou o coração de meu pai antes de arrancá-lo de seu peito?
Dexter riu, apertando o pacote sob o nariz, os dentes manchados de vermelho.
— Vocês estão dispostos a qualquer coisa.— seu tom parecia um elogio— Mas depois do que fizeram a meu amigo, Giulio... isso não tem conserto, não mesmo.
Lucille olhou para Rosalie na direção oposta a minha. Ela tem os nossos dons. Não pode sair daqui com eles.
— Querem saber? Eu tô dentro— dizendo isso, Dexter se virou para Caim, pulou e fez com que o albino se contorcesse para trás. Emmett partiu para ajudá-lo a arrancar a cabeça do vampiro e Lucille atacou Carlisle, prendendo-o de maneira restritiva, torceu um braço dele nas costas e puxava os cabelos de meu pai para o forçar a encarar o céu salpicado de estrelas. Ela o usou de refém enquanto se afastava, recuando depressa.
Emmett e Dexter largaram Caim e este último continuou segurando a cabeça do vampiro ao apontá-la para Lucille que era cercada por mim e minhas irmãs. Quando Emmett entrou no círculo, Lucille ficou mais ainda na defensiva. Os olhos vermelhos da loira passando vidrados de um rosto para o outro.
— Não é muito educado anular o dom dos outros, querida— disse Dexter. Deve ter sido inutilizado também. Essa vampira está começando a me irritar.
— Ah, é?— seu tom era frio, ainda que sua tensão fosse palpável. Ela puxou mais os cabelos de Carlisle, fazendo-o soltar um gemido e rachaduras aparecerem no seu pescoço. Minha família e eu sibilamos como cobras prestes a dar o bote.
— Não precisa ser desse jeito— Carlisle disse com dificuldade.
— Me matem e jamais terão seus dons de volta.— Lucille fala sem se importar com o meu pai nas suas mãos— Vocês estão mortos de qualquer forma, não precisam dificultar as coisas. Ninguém tem chance contra nós.
— Querida Lucille— Dexter veio para meu lado como se confiasse em mim. Todos os meus instintos me diziam para atacá-lo— Me devolva o que me pertence— ele exigiu, mostrando os dentes.
— Posso dá-lo de presente para outro— Lucille diz colocando um sorriso no rosto, olhei-a e percebi que ela já me encarava— É muito simples, na verdade. Eu não deixaria ele viver, se fosse você. Ele vai acabar te traindo também.
— Edward.— Alice me chamou como um alerta. Mas ela nem sabe o que vai acontecer. Viro-me para meu prezado tio e ele recua. Veneno enche minha boca.
— Garoto— ele inclina a cabeça para o lado e o medo passa pelos seus olhos, pintados com o sangue da minha Alysson. Nenhum de nós tem vantagens agora. Ele pode ser todo meu.
— Sem o seu dom, você é um inútil, querido— Lucille fala docemente— Por que mais eles vão te querer agora?
— Pensa direito, Edward— ele me pede, aumentando o tom de voz para superar o tom de Lucille— É só matá-la e nós temos tudo de volta, eu vou ajudá-los a iludir os Volturi o máximo possível. Ela está mentindo, não tem como transferir meu dom para outro! É meu!
— Quer me matar como você matou o pai dele?— Lucille provocou, a voz sedutora— uuh, não acho que tem como ter isso de volta. Vai conseguir trabalhar com o titio mesmo assim, telepata?
— Eu sou a única família que te restou!— vociferou ele, jogando a cabeça de Caim para o lado, na direção do corpo.
— Você não é nada para mim.— falei entre dentes.
— Edward!— Esme gritou quando pulei contra Dexter e nós dois rolamos no chão da clareira. Ao mesmo tempo, Lucille jogou Carlisle contra Emmett e atacou Rosalie, arrancando sua cabeça com um golpe. Dexter tentava se soltar de mim, e em meio ao surto eu só conseguia socá-lo.
Ele não podia me fazer ver coisas e eu não podia prever o que estava planejando.
Os outros desapareceram da minha mente e eu só queria matar. Segurei o pescoço de Dexter e bati sua cabeça na terra várias vezes antes de ele conseguir me empurrar para o lado. Ele se levantou e tentou fugir, mas agarrei sua perna e o derrubei outra vez.
O vampiro conseguiu ficar por cima e usou as duas mãos para empurrar meu queixo. Ele ia me decapitar bem mais facilmente do que eu consegui decapitar Giulio.
Bem, talvez ele conseguisse se eu não estivesse dominado pelo ódio. Dei uma joelhada na sua virilha e um soco na sua mandíbula. Ele não se alimentou o suficiente para uma briga. Eu sim.
Rolamos na terra outra vez e eu aproveitei a oportunidade perfeita de morder o seu pescoço. Meus dentes atravessaram sua pele com tanta violência que um buraco surgiu e ele soltou um grito, esperneando sob mim. Apertei meu joelho contra o seu peitoral, mantendo-o no lugar.
Aí seu corpo sem cabeça parou de lutar.
Eu estava ofegante e admirando o meu tio morto quando tudo perdeu o foco e uma visão de Alice me apanhou. Alysson estava no corredor do que parecia ser o colégio e com os olhos arregalados de pavor. Uma lágrima escorreu pela sua bochecha e ela tremeu. Eu não entendi o que estava acontecendo e a visão acabou poucos segundos depois. Foi cortada como se tivesse caído a energia e a televisão ficou preta.
Nossos dons voltaram.
Olhei por cima do ombro para a minha família. Emmett estava segurando Rosalie nos braços, ambos no chão, o corpo mole da loira tentando se conectar à sua cabeça ao fechar as cicatrizes no seu pescoço. Esme segurava o braço contra o ombro e Carlisle rasgava a própria camisa para enfaixar a mulher. Alice segurava a cabeça de Lucille e nós dois nos olhamos, ofegantes e cheios de adrenalina.
— Não precisamos dele por agora— ela apontou para Dexter e eu assenti, me levantando. As mãos dele se contorciam atrás da cabeça, longe de alcançá-la. Não precisamos dele agora, mas logo iremos. Acabamos de matar mais dois Volturi.
— Temos que queimá-los— disse Carlisle e eu olhei na direção em que deveria estar o corpo de Caim. Deveria, porém não estava.
Alysson.
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NOTA DA AUTORA:
Não, não é um crossover de Frios e CCUV, mas pode ter certeza que a referência foi proposital!
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