Capítulo 4
Capítulo 4: As ondas do mar sempre nos levarão para o outro.
O rosto de Mu Qing e Feng Xing empalideceu ao ouvirem o nome dito.
— Como isso é possível? Você não- Ele não deveria estar morto? — perguntou Mu Qing.
— Deveria. Eu não tenho total certeza se era ele, mas, usava a mesma máscara.
— Poderia ser alguém querendo copiar aquele maníaco? — Feng Xin perguntou, seu rosto demonstrava preocupação enquanto ele olhava Xie Lian.
Ao ouvir o que o namorado havia perguntado, Mu Qing encarou Hua Cheng.
— E esse cara? Foi ele que chegou na cafeteria com o Xie Lian nos braços. Ele é um completo desconhecido para nós, quem garante que não foi ele que fez isso?
— Obrigado pela preocupação, Mu Qing. Realmente, pode ter sido qualquer um. Mas acredito que não tenha sido o San Lang.
— Como pode ter tanta certeza?
— Não sei, eu… apenas sinto que não foi ele.
Ao escutar isso, Hua Cheng ficou um pouco surpreso.
Alguém confia em mim…?
Ele sentiu o peito aquecer com aquelas palavras.
— Por sinal, obrigado San Lang. Se não fosse por você, eu não teria saído de lá tão cedo.
— Não precisa me agradecer, apenas fiz o que qualquer um faria.
A pequena Ban Yue desceu da cama em que Xie Lian estava e foi em direção a Hua Cheng, segurando a barra de sua blusa.
— Obrigada por trazer o meu pai de volta, tio bonito.
Hua Cheng sorriu levemente e afagou os cabelos da garota —Deixo ele em suas mãos agora.
Antes de sair da sala, Hua Cheng dá uma última olhada em Xie Lian, que também estava olhando pra ele com um sorriso gentil.
Hua Cheng podia jurar que sentiu suas bochechas esquentando.
Depois disso, Mu Qing e Feng Xin tentaram conversar com Xie Lian, mas o mesmo parecia não prestar atenção nas perguntas que faziam. Ele não sabia dizer se era o medo de se encontrar com aquela pessoa mascarada novamente ou medo de nunca mais falar com Hua Cheng.
Sabendo que havia alguém perseguindo Xie Lian, talvez Hua Cheng não chegaria mais perto do mesmo por medo de se encontrar com o mascarado também. Essa era uma possibilidade que assustava um pouco Xie Lian, ele não sabia dizer o porque aquele jovem chamou tanto a sua atenção.
Mas ele sentia, que ele era de certa forma especial. Diferente de todas as pessoas que já conheceu.
Dois dias depois, Xie Lian teve alta do hospital. Com medo de que a pessoa soubesse onde ele morava, decidiu ir para a casa em que morava na sua infância.
Ele dificilmente ia pra aquela casa, não gostava de se lembrar de certas coisas. Mas era uma situação necessária.
— Uau, que casa bonita! — disse Ban Yue, saindo do carro com sua pelúcia de baleia nas mãos — Olha Willy! Essa é a casa que nós vamos ficar.
— Você gostou? Papai morava aqui quando era criança.
—Sério? Então essa era a casa do vovô e da vovó?
— Hmn — concordou, um pouco triste.
Xie Lian caminhou pela casa, sentindo um pouco de nostalgia. Seja na decoração que nunca mudou em todos esses anos, nos quadros que estavam pendurados, na brisa do vento que entrava pelas janelas.
Xie Lian queria chorar, mas não o fez.
Sim, ele tinha memórias que não gostava de se lembrar. Mas aquele lugar sempre foi bom para ele, cheio de memórias alegres que aqueciam seu coração.
•°•°•°•°•°•°•°
Depois de limpar toda a casa, Xie Lian pensou em fazer algo para comer com Ban Yue. Mas acabou queimando a comida e teve que sair pra comprar mais ingredientes.
— Desculpe querida, eu sempre queimo a comida.
Ban Yue segurou forte a mão de seu pai — Não faz mal, é engraçado quando papai faz isso.
Xie Lian não sabia se ria ou chorava.
Não era todas as vezes que isso acontecia, mas já havia acontecido bastante. Ban Yue começou a achar graça disso com o passar do tempo, muitas vezes dando beijinhos para animar seu pai e convencê-lo a tentar cozinhar novamente — algo que sempre funcionou.
Depois das compras, eles caminharam juntos pela areia da praia. Ban Yue pegava algumas conchinhas do chão, enquanto Xie Lian cantarolava uma música.
Como será que ele está? Eu não consegui pegar o seu número no dia. Também não consegui pedir pra A-Xuan.
De certa forma eu queria vê-lo mais uma vez…
Xie Lian saiu de seus devaneios quando Ban Yue começou a correr .
— Ban Yue, não corra! Você va — ele parou. A pequena Ban Yue correu na direção de alguém que estava sentado em uma pequena ponte de madeira. Quanto mais perto Xie Lian se aproximava, ele podia sentir seu coração bater mais forte.
— Tio bonito! — gritou Ban Yue, pulando na direção de Hua Cheng, o mesmo a abraçou.
— Pequena, o que faz aqui?
— Eu e o papai estamos dando uma volta — ela disse, apontando para trás.
Hua Cheng se virou, olhando na direção apontada pela criança. Sua respiração trancando um pouco.
— San Lang!
— Gege, não esperava te encontrar aqui.
— Digo o mesmo, o que San Lang está fazendo aqui? Tão longe da cidade.
— Eu estou de folga do meu trabalho, vir passar uns dias na minha antiga casa.
— Oh! Eu também — Xie Lian se aproximou, sentando ao lado de Hua Cheng — Se não se importa, eu poderia perguntar no que San Lang trabalha?
— Claro. Eu sou fotógrafo.
— Incrível! Esse trabalho combina com você.
— Gege acha? — ele sorri — Lhe trarei algumas fotos para Gege ver um dia desses.
— Obrigado! Tenho certeza que são muito bonitas.
Ambos conversaram até o sol sumir no horizonte e a Lua assumir o seu lugar no céu. Nesse ponto, Ban Yue dormia sobre os ombros de Xie Lian. O mesmo caminhava pela rua, rindo e brincando com Hua Cheng.
— Gege posso te fazer uma pergunta?
— Claro!
— Se nós ainda estivéssemos na praia, e por um acaso eu encontrasse um tesouro, e a senha para abrir ele fosse o seu número de telefone, qual seria?
Xie Lian parou seus passos, encarando Hua Cheng. Ele não aguentou, gargalhando alto logo em seguida. Hua Cheng ficou encantado com a risada do outro.
— Venha comer na minha casa, que eu conto a você qual é a senha.
Agora foi Hua Cheng quem acabou gargalhando.
— Haha, claro!
Ambos sorriem um pro outro. Era reconfortante, pensaram.
Pela primeira vez em suas vidas, eles viram o quão fácil era se divertir na parecença um do outro.
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