Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

02 - Stalkeando o crush

Rolo o feed do Instagram entediada. Estou quase desistindo da rede social quando passa uma foto interessante, volto um pouco, encaixando direitinho na tela. Sinto um friozinho na barriga, como se ele tivesse sorrindo diretamente para mim. Nem percebo que também estou sorrindo, até minha amiga enxerida se aproximar curiosa. Bloqueio a tela rápido.

— Falando com o crush?

— Queria eu. Só zanzando pelo insta mesmo.

— É...? — Pergunta desconfiada, a sobrancelha direita erguida. — Então por que bloqueou a tela?

— Foi só um reflexo.

— Umhum, sei... Tava no insta, né?! — Balanço a cabeça confirmando. — Então tava stalkeando o crush, né?! É a única explicação pra esse sorriso de gato da Alice.

Aperto os lábios, tentando não sorrir e ela toma o celular da minha mão, tento pegar mas ela foge de mim e desbloqueia. A foto ainda está na tela e Cecília sorri.

— É impressionante como ele consegue ficar mais bonito a cada dia. Deus tava inspirado quando criou esse menino — comenta, mordendo levemente a boca.

Tomo o telefone dela, fazendo careta.

— Não precisa fazer essa cara que eu não quero nada com ele, só sei apreciar as belas criações de Deus.

Suspiro olhando a foto, como a boba apaixonada que sou. Me jogo na cama e ela senta ao meu lado.

— Você não é tímida como eu, por que não toma a iniciativa?

Mexo a boca de um lado para o outro, pensando na possibilidade.

— Não — respondo por fim.

— Por que não? Eu vi os olhares dele pra você durante todo o último ano. E tu vivia babando nele — cutuca minha barriga com o indicador. — Deveria arriscar. Ele é gato, super gato, e não é galinha.

— Por que mesmo você tá me jogando pra cima dele? Até onde eu sei, no início do ano passado ele era seu crush.

Dá de ombros.

— Percebi que você gostava mais dele do que eu e que formavam um belo casal. Na verdade eu nem gostava pra valer dele, era só um crush, mas você sim gostava dele. Você gosta dele, e deveria fazer alguma coisa em relação a isso. Estamos entrando no último ano, é sua última chance de tentar antes que a gente se forme e perca o contato com todo mundo. É tua chance de viver um dos meus clichês favoritos: romance no ensino médio — abre um sorriso engraçado e meio sonhador. — Realiza o sonho da sua amiga de ver isso acontecer na vida real — empurra meu ombro com o seu.

— Por que você não tenta viver um romance desse? É teu clichê favorito, não meu.

— Porque romance do ensino médio normalmente não dura na universidade.

Levanto a sobrancelha esquerda.

— Então por que você quer que eu namore no ensino médio?

— Porque seus pais ainda são casados, acho que você poder ter mais sorte nesse tipo de romance do que eu...

— Ah, nada a ver — interrompo.

— Tudo a ver. E, como eu dizia, eu quero me apaixonar na universidade, as chances de dar certo são maiores. E eu tenho que conhecer alguns países e beijar algumas bocas antes de encontrar o amor da minha vida.

— Ha, ha, ha! Até parece! Nós duas sabemos que você é romântica demais pra sair por aí beijando algumas bocas.

Faz um bico e se joga para trás, deitando na cama.

— Eu sou boba, não é?

— Não, só assistiu mais comédias românticas do que era saudável. E talvez Gian Carlo tenha um pouco de culpa.

— Nem me lembra daquele projeto de Satanás, às vezes...

— Meninas? — Taylor, a arrumadeira que vem uma vez por semana, nos chama.

— Pode entrar!

Ela coloca apenas a cabeça para dentro.

— Christiny mandou avisar que a comida tá pronta.

Levanto animada e ela dá uma risadinha. Me animo ainda mais ao chegar na cozinha e encontrar salada e peito de frango grelhado. Me sirvo praticamente saltitando.

— Não revira os olhos pra mim — reclamo para Cecília, que tem um ar zombeteiro por causa da minha irritação.

— Okay, Christian Gray — brinca.

Eu amo comer, isso não é segredo para ninguém. Comer é minha coisa favorita da vida e olha que nem sou taurina. Também não sou ligada a signos, Cecília gosta disso mais do que eu.

Não consigo segurar o gemido de prazer ao comer uma garfada. Frango e salada, minha combinação favorita do mundo.

— Isso aqui tá muito bom! — Falo para Christiny, a cozinheira.

— É só galinha, Giulia. — Cecília, chata como sempre, solta seu comentário desnecessário.

— Pra você. Pra mim é a oitava maravilha do mundo. E nem vem, não falo da sua obsessão por livros e você não fala da minha comida.

Faz um bisco desdenhoso e começa a comer. A ignoro, voltando novamente minha atenção para minha deliciosa comida.

Falamos pouco durante a refeição, dedico minha atenção a aproveitar minha saborosa comida e Cecília tem o olhar perdido, o sorrisinho e as caretas que faz de vez em quando me leva a acreditar que está com o pensamento em algum livro. Ela tá sempre lendo algum livro.

Do nada ela se agita e abre um sorrio gigante, balança a cabeça para cima e para baixo e murmura alguma coisa que não consigo entender.

— O que deu nela? — Taylor pergunta para Christiny, ela começou a trabalhar aqui há pouco tempo e ainda não viu Ceci vezes o suficiente, então não sabe que é comum ela ficar perdida no mundinho que existe dentro da sua cabeça.

Chris sorri para minha amiga com carinho, me deixando um pouco enciumada.

O quê? Ela é a minha Chris. Cecília já tem a dela.

Bem... Ela se chama Norah não Chris, mas dá no mesmo.

— Essa menina sempre foi assim, vive mais dentro da própria cabeça do que fora dela — Chris explica.

Taylor continua encarando minha amiga com estranheza, então complemento a explicação:

— Ela deve estar pensando em algum livro.

A cara desconfiada continua ali.

— Eu hein! Essa gente que lê...

Deixa a frase morrer e Cecília parece despertar.

— O que tem essa gente que lê?

— São estranhos.

— Ei! Não somos não. Somos é apaixonados em viajar sem sair do lugar.

Concordo, mesmo não sendo nem de longe uma leitora tão devota quanto ela.

Taylor ri sem humor.

— Isso deve ser ótimo pra quem é pobre, mas vocês duas, mesmo tão novinhas, são podres de ricas, não precisam dessa coisa de viajar sem sair do lugar.

— Um avião nunca vai me levar pra Hogwarts, nunca vai me dar a oportunidade de participar de uma seleção em um castelo pra casar com um príncipe gentil e encantador, nenhum, repito nenhum, avião e nenhum dinheiro vai me dar a experiência que um livro dá. Já dizia R.R Tolkien: “ Eu vivi mil vidas e amei mil amores. Andei por mundos distantes e vi o fim dos tempos, porque eu li” — sorri. — Vou tatuar essa frase quando fizer dezoito anos.

— Por que só com dezoito? Sua mãe não deixa?

— Deixa, o insuportável do meu pai é que não quer deixar e ela acatou.

— Cecília! — Chris e eu repreendemos e ela revira os olhos.

— Menti?

— Não importa o que ele fez, ainda é seu pai — Christiny rebate.

— Não quero falar sobre isso — pega o celular e volta a comer nos ignorando.

A separação dos pais de Ceci mexeu muito com ela. Eram uma família unida e muito próxima, ela sempre foi apaixonada pelos pais, mas a separação e as coisas que aconteceram depois parecem ter aberto uma cratera entre eles. E fez minha amiga ficar sempre na defensiva, às vezes até contra mim.

Após o almoço, voltamos para meu quarto. Tento puxar assunto, mas não tenho muito sucesso, então decido deixá-la em paz com os próprios sentimentos. Eu sei que se insistir muito ela vai só se fechar mais ainda nessa concha, mas se der espaço, daqui a pouco ela se acalma e tudo volta ao normal.

Não é uma maneira saudável de lidar com as coisas, mas é a maneira dela e eu respeito.

Já é quase hora do jantar quando nossas mães voltam. Estou na cama assistindo A Culpa é das Estrelas pela milionésima vez e Cecília está jogada no tapete felpudo, lendo um dos livros que comprou hoje cedo.
Minha mãe me entrega duas sacolas de papel azul escuro com a logo da escola e deixo sobre a cama, avisando que experimento depois.

— Vocês vão jantar conosco? — Dona Jade pergunta.

— Eu não tô com fome — minha amiga responde.

— Eu também não, Jade — tia Júlia fala.

— Tudo bem, então vou levar vocês até lá embaixo.

As duas saem do quarto juntas e Cecília e eu vamos atrás.

Quando as portas do elevador se abrem, Cecília me abraça.

— Eu te amo, tá?!

Sussurra com a voz embargada. Esse é seu jeitinho de pedir desculpas por ter sido uma grande chata o dia todo.

— Eu também te amo, sua chata.

Sorrimos uma para outra e elas vão embora.

Meu pai chega meia hora depois e jantamos juntos. Eu adoro assistir a interação dele com minha mãe. Estão juntos há dezenove anos e ainda são completamente apaixonados um pelo outro. Não têm um casamento perfeito, mas isso só torna o amor deles ainda mais bonito.

Me despeço fazendo careta quando começam a lavar as pratos juntos. Eles sempre ficam se agarrando e não é bom de assistir, me traz lembranças traumatizantes.

Pego as duas sacolas de papel azul e abro meio ansiosa. A escola disponibilizou dois modelos de uniforme — que são pagos — um conjunto é um blazer azul escuro com saia de pregas e estampa xadrez azul claro e o outro é azul claro com uma saia de corte reto e estampa xadrez azul escuro.

Tiro das sacolas dois conjuntos azul escuro e um azul claro. O mocassim preto e a blusa social branca completam o look. Tem também a gravata e a meia longa, os dois das cores de seus conjuntos, mas o uso é opcional. Eles também disponibilizam um suéter, perfeito para o tempo mais frio, mas eu só quis um porque já tenho dois moletons dos times da escola que comprei ano passado.

Experimento os três, percebendo que gostei mais dos dois conjuntos escuros, o contraste com a minha pele levemente bronzeada ficou melhor. Tiro a roupa e procuro na internet como fazer nó em gravata. Passo um bom tempo treinando e quando estou praticamente expert no assunto, deixo tudo na lavanderia, tomo um banho e falo um pouco com Cecília antes de ir dormir.

Encaro nossa foto na mesinha de cabeceira e peço a Deus que esse último ano seja incrível.

_______________

P.S.: A Giulia da vida real ama mesmo frango com salada.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro