Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 34 - Último

Que o medo de cair mais uma vez não te impeça de viver mais uma linda história de amor.

Della sentou-se à máquina de costura, pregando com cuidado a gola de um vestido.

Tentava com todas as suas forças concentrar-se no que fazia para não pensar na noite anterior, mas apenas conseguia constatar que isso era impossível. Depois de permanecer acordada durante quase toda a madrugada, oscilando entre esperança e desolação, perdera toda a perspectiva. Não sabia o que esperar e essa incerteza a deixava maluca.

A ansiedade a forçara a se levantar da cama bem cedo e ela passara as últimas duas horas costurando, esperando que o trabalho tomasse toda a sua atenção.

Porém a tentativa mostrou-se frustrante.

Terminou a costura, cortou os fios e colocou o vestido na tábua de passar. Levantou-se e esticou o corpo para aliviar a tensão nos ombros e pescoço, depois decidiu que era hora de fazer um café. Apagou a luz do galpão e dirigiu-se à cozinha.

Acabara de pôr a água no fogo quando alguém bateu na porta dos fundos. Della foi atender, certa de que, àquela hora da manhã, só poderia ser Domingas. Porém levou um susto ao abrir a porta.

Quem estava lá era Alessandro e parecia óbvio que viera para uma visita pouco amigável.

Ele tinha o rosto sério e os músculos tensos. Seus olhos pareciam cortá-la com seu brilho gelado e havia algo ameaçador na maneira como ele apertava os lábios. Della teve a sensação de que, se não houvesse atendido logo, ele derrubaria a porta. Tentando ignorar as batidas aceleradas de seu próprio coração, ela recuou e fez-lhe um sinal para que entrasse. Deu um sorriso para disfarçar a apreensão e o encarou.

— Chegou na hora certa. Eu estava preparando um café.

Ele entrou e bateu a porta com mais força do que seria necessário.

— Não vim tomar café. — Alessandro tirou o casaco, jogou-o sobre uma cadeira e colocou as mãos nos quadris. — Você desapareceu bem depressa ontem à noite. Pensei que havíamos concordado em conversar. Não gostei de ser usado e descartado dessa maneira.

— Eu não podia ficar... — Ela explicou. — Não achei que seria certo deixar Generosa sozinha com as crianças.

Ele continuou a observá-la em silêncio, com uma expressão glacial.

— Será que eles não foram apenas uma desculpa conveniente? — Indagou, por fim.

Della percebeu alguma coisa parecida com incerteza no rosto dele e experimentou uma súbita esperança. Desejando romper a tensão e a distância, aproximou-se dele e sorriu.

— Ter três crianças e uma babá esperando em casa não é bem uma situação conveniente, Alessandro. E eu não o usei e jamais o descartaria. Eu o amei e desejei cada toque de ontem.

Alessandro a fitou por um segundo e, então, sua expressão alterou-se e ele a puxou para seus braços.

— Desculpe Della. É que eu acordei, vi que você tinha ido embora e fiquei nervoso. Me senti estranho e...

— Sinto muito... — Ela murmurou. — Eu não queria sair de lá, mas não havia outro jeito. Sabia que, se acordasse você, seria ainda mais difícil.

— Está bem, mas não faça mais isso de novo. Detesto fazer amor com você e acordar sozinho. Além disso, você sabia que eu queria falar com você. — Ele murmurou, abraçando-a com mais força.

— Eu achei que você iria entender...

Alessandro a calou com um beijo longo e ardente. Depois, aninhou a cabeça dela junto ao peito e afagou-lhe ternamente os cabelos.

— Della, por que você nunca me telefonou durante todo esse tempo?

— Eu tentei. Mas ficava sempre com medo e desligava antes mesmo de acabar de discar. Eu não sabia o que dizer ou o que fazer. Reconhecia que você estava certo a meu respeito, mas não sabia como mudar o meu jeito.

Ele a fitou com os olhos cheios de emoção e acariciou-lhe o rosto.

— Eu não quero que você mude. Nunca quis isso, Della. Eu só queria que você precisasse de mim e aceitasse a minha ajuda. — Enxugou as lágrimas que se juntavam nos olhos dela e a puxou mais para perto. — Você parecia tão indecisa que tive medo de que não levasse nosso relacionamento tão a sério quanto eu. Só quando tive tempo de raciocinar com calma percebi como havia pressionado você. Aí, tive de voltar.

— Alessandro, eu não sei o que teria feito se você não tivesse voltado. Preciso tanto de você...

Ele a segurou pela nuca e a beijou com paixão. Della apoiou-se nele, sentindo o desejo amolecer seu corpo. Por fim, Alessandro afastou os lábios dos dela e a fitou. Sua boca curvou-se num sorriso ao ver-lhe o rosto vermelho por causa do roçar da barba por fazer.

— Olhe só o que fiz em você. — Murmurou, tocando-lhe a pele delicada.

— Não faz mal. Eu já sobrevivi a coisas piores.

— É; eu sei... — Ele declarou com seriedade. — Eu agi muito mal com você. Me desculpe, é que as vezes eu fico inseguro e acabo agindo sem pensar direito.

— É verdade, mas eu também faço isso. — Della concordou, sorrindo, numa tentativa de não deixar a atmosfera ficar tensa. Seu esforço foi recompensado ao ver o rosto de Alessandro assumir uma expressão mais relaxada. — Mas eu nunca fui do tipo de guardar ressentimentos.

Ele riu e a apertou contra si.

— Não sabe como eu fico feliz por ouvir isso. — Havia um calor intoxicante em seus olhos ao fitá-la. — Será que você poderia passar algumas horas comigo hoje?

— Até o dia inteiro, se você quiser.

— Eu quero.

Um intenso magnetismo uniu seus olhares e Della não desejava mais nada além de perder-se no conforto dos braços dele e deixar a natureza seguir seu curso. Porém, com Generosa dormindo na sala, seu desejo tornava-se impossível e ambos sabiam disso. Ela respirou fundo para controlar as emoções.

— Você arrancou os botões da minha blusa ontem. — Ela comentou, fingindo um tom acusador.

— Eu estava com pressa. E você deixou marcas por toda as minhas costas, então estamos quites.

— Eu percebi. Sorriu ela preparando o café.

— Só que não vou ter pressa nenhuma hoje! — Ele garantiu, dando-lhe um beijo carinhoso.

— Isso é uma promessa?

Dirigindo-lhe um sorriso irresistível, Alessandro segurou-lhe o rosto e tornou a beijá-la, dessa vez com mais devagar.

— É, é uma promessa sim!... — Murmurou de encontro aos lábios dela.

Della fechou os olhos, deliciando-se com o calor que lhe percorria o corpo. Devagar, Alessandro levantou a cabeça e pareceu hesitar. Por fim, acariciou-lhe o rosto e sua voz soou vacilante, mas cheia de sinceridade.

— Eu te amo, Graciella. Amo-te tanto que tenho até medo.

Della ficou tão emocionada que não pôde responder. Esperava que seus olhos conseguissem transmitir toda a alegria que aquela confissão lhe causava.

Sem deixar de encará-la, Alessandro segurou-lhe a mão e levou-a aos lábios.

— Se a pedisse em casamento, você aceitaria?

Por um instante, Della não acreditou no que acabava de ouvir. Então, sentiu uma felicidade tão intensa que parecia não caber dentro de si.

— Sim.

— Quando?

— Amanhã.

Ele riu e a envolveu com braços protetores.

— Impossível.

— Por quê?

— Porque eu não quero uma cerimônia rápida no cartório. — Ele murmurou. — Quero algo mais significativo. Um casamento na igreja, na presença de nossa família e amigos.

— Ah, mas vai demorar tanto tempo para organizarmos tudo isso... — Ela comentou relutante.

— Acha que dá para aguentar dois a três meses? Isso nos dará tempo suficiente para cuidar dos preparativos e para você arrumar um vestido e outras coisas necessárias. Sei que preferiria não esperar, mas fará isso por mim?

— Contanto que você não fique muito longe nesse meio tempo. Preciso de você junto de mim, Alessandro.

— Eu vou grudar em você como cola... — Ele prometeu, sorrindo.

Della fechou os olhos, com a realidade nublando parcialmente sua alegria.

— Espero que isso não mude nunca. Você terá que assumir certas responsabilidades, se quiser mesmo ficar comigo.

— Della, se está se referindo a seus filhos, eles não é problema. É claro que eu terei de me adaptar, mas eles também. Sei que tudo sairá bem. Não se preocupe, eu não vou tentar substituir o pai deles. Mas eu quero fazer parte da vida dos três e ensinar o que o meu pai me ensinou.

Percebendo como Alessandro se sentia em relação a Estevão, Della sabia que fazer aquela promessa não era fácil para ele. Sabia também que chegaria o momento em que ela teria que correr um risco.

E aquele momento chegara. Precisava confiar nele.

— Alessandro?

— Sim?

— Eu gostaria que você tentasse.

— O quê?

— Gostaria que você tentasse substituir o pai deles.

— Como assim? — Ele indagou, em suspense.

— Quero que você sinta que tem direitos paternos, quero que me ajude a criá-los. Eu desejo que eles cresçam como você, e não como o pai deles.

— Tem certeza? — A expressão de Alessandro era de cautela.

— Absoluta. Meus filhos desejam isso também, eles querem apagar todas as lembranças ruins que o pai deixou neles.

— O que acha da idéia de me deixar adotá-los então? Quero que os três tenham o meu sobrenome e sejam os meus herdeiros. E caso, tenhamos outros filhos, que eles se sintam iguais.

— Na hora que você quiser.

— Eu os quero agora, Della... — Ele afirmou emocionado, seus olhos brilhavam com as lágrimas.

— Então eles são seus!... — Della respondeu, com um sorriso trêmulo.

Alessandro a fitava como se não acreditasse no que ela estava lhe dizendo.

— Está mesmo falando sério?

— Claro que sim. Assim como eu também sou completamente sua!...

Ele a analisou por mais um instante e então começou a rir enquanto a abraçava com tanta força que mal a deixava respirar.

— Della, você não sabe quanto me faz feliz!

— Espero que ainda se sinta assim daqui a seis meses, depois que vir as contas do supermercado.

Ele sorriu e a fitou com carinho.

— Pare de se preocupar. Eu darei um jeito daqui pra frente.

Della tocou-lhe a boca e sacudiu a cabeça.

— Não, Alessandro. Nós daremos um jeito. Não vou jogar tudo nas suas costas.

— Você não precisa trabalhar. Se não quiser, pode voltar a estudar ou se aprimorar em algo.

— Mas eu quero. Sinto-me bem trabalhando. Quando termino um vestido e vejo que o resultado de meu esforço foi compensatório, fico mais segura em relação a minhas potencialidades. Mas, talvez faça um curso de especialização em moda.

— Bem, se é assim que você quer... — Ele cedeu. — Quanto à adoção, acho que devíamos conversar sobre isso com as crianças. Preciso ter certeza de que é isso que eles desejam.

— Aposto com você que não vai nem ter chance de iniciar o assunto... — Ela comentou, sorrindo.

— Como assim?

— A primeira coisa que vão querer saber é se você será o pai deles. Depois vão atormentá-lo para lhes dar dois cachorros e um gato.

— Ah, ótimo! Mas onde vamos colocar três crianças e dois cachorros, mas um gato?

— Alessandro, nós podemos ficar no chalé? Eu acho aquele lugar tão aconchegante... —

Ela pediu, beijando-lhe o nariz.

— Por que não? Posso até dividir meu armário com você. Mas podemos expandir a minha casa. Vou usar os teremos que adquiri a frente.

— Isso é tudo o que eu vou ganhar? Uma parte de seu armário? Espera os lotes em frente a sua casa, são seus?

— E o lado que você escolher da cama também... — Ele respondeu, com um olhar sedutor. — Vamos construir uma casa bem maior, expandir o nosso jardim. Talvez fazer um pomar para os nossos filhos, uma casa na árvore ou quem sabe um mini parque para eles e...

— Amor, qualquer coisa que você fizer para eles vão os deixá-los felizes.

Della fechou os olhos, sentindo novamente a excitação apoderar-se de seu corpo.

Alessandro murmurou seu nome e baixou a cabeça para tocá-la com a boca quente e úmida, enquanto a puxava para mais perto de si. Della entreabriu os lábios, respondendo ao beijo com paixão.

— Opa! Bem, bom dia para vocês. Estou a caminho do banheiro e garanto que sou totalmente cega antes de tomar meu banho matinal, e sou completamente surda antes do café da manhã.

Alessandro começou a rir e virou-se para Generosa, que atravessava a cozinha em direção ao banheiro.

— Bom dia, Generosa.

— É um pouco cedo para uma visita, não acha? — A adolescente comentou provocativa.

— E é um pouco cedo também para ouvir insolências de adolescentes rebeldes. — Alessandro revidou, fazendo uma careta bem-humorada.

— Será que isso significa que eu vou ter de ajudar a fazer algumas modificações na sua casa daqui a alguns dias?

— Certamente.

— Então talvez seja uma boa hora para eu reivindicar um quarto; só meu. Sabe eu quero um contrato vitalício, assim vocês dois já garantem os meus serviços para os seus futuros filhos. E que tal um aumento de salário?

Alessandro apertou os olhos, fingindo estar considerando a idéia.

— Bem, já que você é a primeira a fazer tal pedido, acho que é possível negociarmos.

— Ótimo. Não quero passar o resto de minha vida dormindo no meio de uma sala de estar. De lá a gente ouve os menores ruídos, até mesmo respirações ofegantes. Recomendo colocarem isolamento acústico no quarto.

Com o rosto enrubescido, Della lançou um olhar de repreensão à garota. Alessandro, porém, dirigiu-lhe um sorriso.

— Nós estávamos com respiração ofegante? — Ele indagou, rindo quando Della escondeu o rosto em sua camisa.

Generosa parou à porta do banheiro e fitou-o com uma expressão marota.

— Não fui contratada para fazer esse tipo de observações. Mas Alessandro, você não tem um irmão ou um primo para me apresentar, não?...

— Sinto informar que sou o caçula da minha família e os meus primos estão todos casados.

— Droga eu nunca dou sorte mesmo!... — Ela voltou a sorrir e entrou no banheiro.

Alessandro baixou os olhos para Della e acariciou-lhe as costas.

— Vou ter de largá-la agora, mesmo contra minha vontade. Estou ouvindo a voz dos meninos. — Ele lhe deu um último beijo e afastou-se com alguma relutância. — Talvez seja melhor eu ir para casa fazer a barba e dar um jeito nos meus cabelos.

— Fique, Alessandro. Se um dia você conseguir tirar Generosa do banheiro, há lâminas de barbear no armário e, se quiser, pode tomar um banho.

— Quente?

— Sim, meu amor, um banho quente.


Demétrio foi o primeiro a aparecer na cozinha e parou com um largo sorriso no rosto ao ver Alessandro.

— Ei, Régis! Alessandro está aqui!

Régis veio correndo, com o pijama meio vestido e o cabelo em total desalinho.

Arregalou os olhos e fitou o irmão, o qual lhe respondeu com um rápido levantar de ombros.

— Por que você veio aqui? — Ele perguntou a Alessandro. — Veio tomar café conosco? Ou voltou a namorar a nossa mãe?

Alessandro recostou-se a pia e colocou o braço nos ombros de Della, puxando-a para junto de si.

— Eu vim falar com sua mãe e vou ficar para o café. E também voltamos a namorar sim! Os dois não vão exigir que eu peça a mão de sua mãe em namoro?

— Somos crianças e nossa opinião não vai mudar o que a minha mãe sente por você. Disse Demétrio pensativo. — Nós dois só queremos que você a faça feliz e cuide de nossa irmã.

— E vocês, eu posso cuidar também?

Demétrio os examinou com um olhar desconfiado e passou a mão pelo cabelo.

— Você vai se casar com a mamãe?

— Vou, Demétrio.

— Você vai ser nosso pai? — Régis indagou, com os olhos brilhando de entusiasmo.

Alessandro deu uma risada para Della e voltou sua atenção aos meninos.

— Vou tentar. Pois eu também preciso aprender a ser um pai, por isso, conto com a ajuda dos dois.

— Grande! E podemos ter dois cachorros?

— Sim, vocês podem ter dois cachorros!... — Alessandro respondeu, abraçando Della com mais força.

— Oba! Dois cachorros! Que nome vamos dar para eles, Demétrio? — Régis nem deu tempo para o irmão responder e já tinha outra pergunta engatilhada. — Você vai nos ensinar a dirigir caminhão?

— Talvez. Mas isso só quando tiver idade.

Régis deu um pulo de alegria e saiu correndo para a sala. Demétrio continuou fitando Alessandro com uma intensidade que não condizia com sua pouca idade.

— Nós vamos ser seus filhos agora?

Alessandro tirou o braço dos ombros de Della, caminhou até o menino e abaixou-se em frente a ele.

— É o que mais desejo sim, Demétrio. Quero que sejamos uma família de verdade, isto é, se vocês também quiserem assim. Você me aceita como o seu pai?

Esforçando-se para se comportar como adulto, Demétrio continuou encarando Alessandro com firmeza.

— Vocês vão ter mais filhos e...

— Se Deus nos abençoar, sim, teremos e iremos amá-los tanto eu os amo agora. Todos seremos uma família e você vai me ajudar a cuidar de todos. Pois você será meu primogênito, meu herdeiro. Demétrio, você aceita usar o meu nome? Aceita ser um Montserrat?

— Sim, é assim que eu quero. — De repente, Demétrio deixou escapar um soluço e abraçou Alessandro. — Eu quero isso mais do que tudo.

Emocionado, Alessandro fechou os olhos e apertou o menino de encontro a si.

— Eu também, Demétrio.

Régis reapareceu na porta trazendo uma Nádia sonolenta pela mão.

— Olhe Nádia! Eu não lhe disse? Alessandro está aqui e vai ser nosso pai. Nós vamos morar todos juntos e ele vai nos dar dois cachorros.

Nádia olhou para Alessandro com uma expressão de incredulidade. Mas, quando ele lhe estendeu a mão, seu rosto se iluminou e ela correu para o abraço. Della nunca esperara presenciar tal demonstração de confiança por parte da filha e mal podia disfarçar o alívio.

Alessandro jamais rejeitaria o amor e o carinho de Nádia.

— É verdade, Alessandro? — Nádia perguntou.

— É, sim, querida.

Com um grito de entusiasmo, Régis juntou-se aos irmãos no abraço de Alessandro. Della tinha os olhos tão cheios de lágrimas que já não conseguia enxergar.

Alessandro virou-se para trás e estendeu-lhe a mão.

— Venha, Della.

Ele a acolheu junto a si e envolveu toda aquela família, que agora também era dele, num abraço afetuoso e protetor. Della sentiu que, naquele instante, os pedaços de sua vida juntavam-se numa unidade perfeita.

O café da manhã foi barulhento e animado. Combinaram um jantar de comemoração naquela noite que incluiria a família Mendonça e Generosa. As crianças estavam tão excitadas que foi difícil tirá-las de casa, mas por fim Della conseguiu mandar os meninos para a escola.

Nádia foi passar a manhã com Domingas.

Assim que fechou a porta, Della virou-se para Alessandro com um sorriso.

— Espero que você esteja preparado para ver as novidades espalhadas pela cidade até á hora do almoço.

— Quer dizer que ainda temos tempo para uma comemoração íntima?

— Se Domingas Mendonça não chegar aqui antes...

— Então é melhor decidirmos rápido em que quarto; vamos comemorar ou prefere na sala mesmo. — Ele sugeriu, com um olhar provocante e sensual.

— No seu.

— Certo, vamos embora. — Ele pegou o casaco e a chamou em direção à porta.

— Alessandro! — Della levou a mão à boca, como se de repente houvesse lembrado algo importante.

— O que foi?

— Esqueci de tomar precauções ontem.

— E quais eram as probabilidades de você engravidar? — Ele indagou, fitando-a

com seriedade.

Della o encarou com uma expressão impotente, desejando poder dar uma resposta mais satisfatória.

— Muitas.

Ele ficou pensativo por um instante e, então, sorriu e afagou-lhe os cabelos.

— Bem, se eu resolvi dar o mergulho, que seja até o fundo então...

— Tem certeza, Alessandro?

— Tenho. — Ele a abraçou com força de encontro ao peito. — Tudo isso há assusta um pouco?

— Não, agora não. Eu sei que você vai estar sempre á meu lado. Alessandro, agora eu sei o que é confiar em alguém.

Ele segurou o queixo de Della e beijou-a com carinho.

— Isso era tudo o que eu queria ouvir de você.

Della fechou os olhos, desfrutando o calor do abraço de Alessandro. Ao fundo, as badaladas melodiosas do relógio de sua avó no silêncio, como que abençoando o amor.

Fim

3298 Palavras

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro