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Capítulo 3

Que o medo de cair mais uma vez não te impeça de viver mais uma linda história de amor.

O relógio de pêndulo bateu sete horas e Della ouviu distraída o som melodioso, imaginando se as crianças demorariam a acordar. Há tanto tempo levantavam-se com ela ao romper da manhã que não costumavam mais dormir até muito mais tarde.

De fato, haviam enfrentado uma dura e ingrata rotina. Fora logo após Nádia nascer que Estevaõ, finalmente, arrumara um emprego fixo numa fazenda na região da Bahia. Haviam se mudado para a casa apertada que era cedida aos trabalhadores locais assim que Della saíra da maternidade. Por pior que fosse, era o primeiro lar de verdade que conseguiam ter.

Ela sentira-se tão esperançosa com o emprego, convencida de que Estevão se daria bem ali.

Mas em seis meses ele já se desinteressara pelo trabalho e retornara aos eternos rodeios pelo brasil a fora. As únicas ocasiões em que permanecia na fazenda eram durante o plantio e a colheita; no restante do tempo, a responsabilidade pelas tarefas recaía sobre Della.

Felizmente para ela e as crianças, Mário Basurto, seu patrão, não se importava muito com quem se encarregava do trabalho, desde que este fosse feito. Fora um tempo difícil, em que precisava levantar de madrugada para alimentar o gado, limpar o estábulo e o chiqueiro, recolher grãos para alimentar as galinhas, porém era a única maneira de garantir casa e comida para sua família. O salário mal dava para vestir e alimentar a todos, mas pelo menos conseguiam sobreviver, e era isso que importava para Graciela.

Então, descobrira que Estevão vinha dormindo com a esposa do patrão, a famosa madame La Rive, desde que haviam se mudado para lá e pensou que iria enlouquecer. Nunca se sentira tão amargurada em sua vida.

Quatro meses depois, Estevão aparecera bêbado num rodeio e insistira em fazer sua prova de qualificação para a disputa num dos touros mais ferozes e rápidos que se encontravam disponíveis.

Seu marido, que continuava perseguindo sonhos e apostando na sorte grande, fora atirado para longe do animal logo no início da prova e morrera em questão de segundos pisoteado pelo animal em fúria.

Mário permitira que ela ficasse na fazenda pelo menos até receber o pequeno seguro de vida a que tinha direito. Mas então ele descobrira sobre Estevão e sua esposa e dissera a Della, numa entrevista humilhante para ela, que dirigia uma fazenda e não uma casa de caridade e que ela tinha o prazo de um mês para sair de lá. Felizmente o seguro fora liberado dentro desse prazo, ou ela teria de partir sem um centavo no bolso.

— O que foi mamãe?

Della virou-se e encontrou Demétrio fitando-a com ar intrigado.

— Nada, meu querido. — Ela respondeu, sorrindo. — Só estava pensando.

— No papai?

— Sim, no seu pai... — Ela confirmou; um pouco hesitante. Observou o filho em silêncio, atenta. Ficara preocupada pelo fato de os meninos terem demonstrado tão pouco sofrimento pela morte do pai. Na verdade, Estevão nunca havia sido duro com os garotos.

Deixava que fizessem tudo o que tivessem vontade. Felizmente para Della, Estevão ficava tão pouco em casa que ela tivera oportunidade de contornar a excessiva permissividade dele, conseguindo que as crianças desenvolvessem um sólido senso de responsabilidade.

Nádia, por outro lado, queria desesperadamente agradar o pai, embora ele sempre houvesse deixado bem claro que não a suportava. Vivia chamando a filha de bebê mimado e essa rejeição tornara a menina tímida e insegura. O seu marido sempre deixou bastante claro para todos que quisessem ouvir que nunca desejou ter uma filha mulher. Era estranho como os sentimentos se desenvolviam, Della pensou. Apesar de tudo, Nádia era quem mais sentia falta do pai. Os meninos, principalmente Demétrio, haviam reagido à morte de Estevão com uma emoção semelhante a ódio, como se aquilo houvesse sido mais uma decisão do pai para aborrecê-los.

Della entrou na sala, colocou a xícara sobre a mesa e agachou-se em frente ao filho.

— Você sente falta dele, Demétrio?

— Não!... — O menino respondeu, sacudindo a cabeça e baixando os olhos.

— Não há nada de mal em conversar sobre isso. — E pousou o queixo sobre as

mãos.

— Não sinto falta dele, mamãe! — Demétrio repetiu, encarando-a. — Ele só fazia você sofrer e eu não suportava isso. — O garoto enxugou rapidamente uma lágrima antes de prosseguir: — Estou contente por termos mudado para cá. Ninguém vai rir de nós dizendo que temos um pai que só serve para se exibir em rodeios. Um pai bêbado e drogado, que nunca ligou para nós. Será muito melhor assim, mamãe. Sem ele em nossas vidas!

— Não vai ser fácil, Demétrio. — Della murmurou, abraçando-o. — Haverá ocasiões em que não teremos muito dinheiro.

— Eu sei. Mas com ele era bem pior!...

— Eu amo você, querido. — Ela o segurou mais algum momento depois se afastou e o encarou com uma expressão séria. — O que Régis pensa de tudo isso?

— Ele pensa como eu. Dá um pouco de medo mudar para um lugar novo, mas é emocionante também. É como começar a ler um livro de aventuras: a gente nunca sabe o que vai acontecer. Quando a gente morava naquela fazenda, era sempre a mesma coisa.

— Bem, acho que este livro vai ser mesmo interessante. — Della comentou, sorrindo.

A tarde já chegava ao fim quando Della resolveu fazer uma pausa no trabalho de limpeza e arrumação da casa. Deixou as crianças brincando no pátio e desceu a rua na direção da residência de domingas Mendonça. Acabara de entrar no jardim e fechar o portão quando Joaquim surgiu pela porta lateral, seguido por outra pessoa.


Della quase ficou sem ar ao reconhecer o estranho: era o mesmo homem que se zangara com ela na véspera, por causa do episódio com o pneu furado. Ela parou no mesmo instante constrangida. Por que não tivera o bom senso de manter a boca fechada?

Prendendo a respiração, permaneceu imóvel, parcialmente escondida atrás das plantas, até os dois sumirem de vista. Só se arriscou a sair do lugar após ouvir o carro de Joaquim afastar-se. Encontrou Domingas na cozinha, fazendo seus pães caseiros.

— Como vai, Della? Há café fresco na garrafa térmica. Sirva-se e fique à vontade enquanto me conta o que José Luis lhe disse ontem.

— Nada especial. Ele me chamou ao escritório porque eu precisava assinar alguns papeis. — Della contou, omitindo o problema dos impostos.

— José Luis é um bom homem. Pode confiar na honestidade dele.

— Ele me pareceu simpático. — Ela tomou um gole de café e pousou a xícara sobre a mesa. Tentando disfarçar a ansiedade, respirou fundo antes de prosseguir. — Quero vender meu caminhão. Será que José Luis sabe de alguém que possa estar interessado?

— Vender seu caminhão? Por quê?

— Eu não tenho condições de mantê-lo. — Della respondeu, procurando não demonstrar a real seriedade do problema. — Posso muito bem ficar sem ele.

Domingas a fitou por um instante, depois suspirou e retomou o trabalho de amassar o pão.

— Tenho certeza de que Joaquim também pode encontrar alguém que esteja interessado. Falarei com ele sobre isso.

— Obrigada. — Della tomou mais um gole de café antes de fazer a pergunta que a incomodava desde que entrara na casa de Domingas! — Seu filho Eric estava saindo quando eu cheguei. Quem era o homem que estava com ele?

— Ah, sim! — Domingas riu, com um brilho travesso nos olhos. — É Alessandro Montserrat, o proprietário da Alto Peças Veículos, aquela oficina quase na frente da sua casa. O casa de madeira naquela clareira do outro lado do nosso bairro também é dele. É o homem mais sexy que eu já encontrei. Toda vez que o vejo sorrir fico com as pernas moles.

— É mesmo? — Della perguntou, rindo. — E o que Joaquim acha dessa sua paixão platônica?

— Ah, isso eu não sei. Mas ele vive dizendo a Alessandro que ainda vai arrumar-lhe alguma mulher só para mantê-lo longe da nossa cozinha! — Domingas sorriu, espalhando mais farinha sobre a massa. — Eles se conhecem desde o tempo de escola e a Alto Peças Veículos trabalha para a Construções de Alexandria, e outras cidades de nossa região, enfim, eles abastecem vários locais. Joaquim e Alessandro são grandes amigos.

Della ouvia com uma aparência relaxada, mas por dentro sentia-se cada vez mais tensa. Ele trabalhava em frente à casa dela, vivia atrás de sua propriedade. Estava cercada por esse homem que fazia as pernas de Domingas amolecer e pensava que ela era uma feminista idiota. Mais dias menos dia acabariam se encontrando e essa ideia não agradava nem um pouco.

1450 Palavras

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