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Capítulo 29

Que o medo de cair mais uma vez não te impeça de viver mais uma linda história de amor.

Caminhou para o sofá e sentou-se, sem confiança na capacidade de suas pernas a sustentarem. Recostou-se e ficou esperando que ele falasse.

Ele a fitou brevemente e depois virou-se para a estante. Com um ar preocupado, pegou um enfeite de porcelana e passou o dedo pelos contornos da figura antes de recolocá-lo no lugar. Então, com as mãos novamente nos bolsos, voltou a encará-la.

— Algumas coisas que foram ditas hoje ficaram fora de contexto e eu acho que lhe devo uma explicação.

— Você não me deve nada. — Ela baixou os olhos e começou a arrumar as pregas da blusa.

— Claro que devo. Tem coisas que você não sabe sobre mim.

— Que diferença pode fazer uma explicação nesse momento? — Della levantou a cabeça, com uma súbita onda de raiva.

— Talvez eu não queira deixar você com idéias erradas sobre mim ou sobre o meu antigo relacionamento.

— Não tenho idéias erradas! — Ela revidou irônica. — Não estou procurando por refeições grátis, Alessandro. Não me venderia a nenhum homem, por quantia nenhuma. Só estou tentando levar a minha vida da melhor maneira que posso. Não ando à procura de um pai relutante para meus filhos, nem de alguém que me salve cada vez que cair de cara no chão! Não sou capaz de enganar ou trair ninguém!

— Era esse tipo de idéia errada que eu queria evitar.

— É mesmo, Alessandro? — Ela se pôs em pé, furiosa.

— É. É isso mesmo! O que eu vivi no passado me machucou muito. Tive que recomeçar a minha vida e preferi fazer isso longe da minha família. E isso deixou eles apreensivos e magoados. Como o filho que eles mais amavam e protegiam preferiu confiar em desconhecidos e não neles enquanto estava sofrendo.

Incapaz de ficar sentada por mais tempo, Della levantou-se num movimento brusco e apoiou as mãos os quadris.

— Você sabe muito bem que está falando bobagens. Está sempre pronto para me condenar por ter mantido meu casamento, pelo que meu falecido marido fez a Nádia, por minha incapacidade de dar condições adequadas de vida a minha família. Muito bem, eu aceito o fato de que não mereço nenhum troféu por meu desempenho, mas pelo menos estou tentando não me enganar. Você não hesitou em mostrar que eu não estava sendo completamente honesta comigo mesma e tinha razão. Mas será que não é hora de dar uma boa olhada para si mesmo? Será que você está sendo completamente honesto?

Surpresa pela própria explosão e sentindo-se trêmula, Della recuou e apoiou-se na mesa da sala. Alessandro a fitou com uma expressão fria.

— Você se importa em explicar-se melhor? Estamos falando de mim e não de você agora.

Ela respirou fundo e segurou com força a borda da mesa, tentando readquirir seu autocontrole.

— Como você se sente em relação a crianças, Alessandro? ― Della o observou com atenção.

Ele a encarou por alguns instante com o rosto duro e inescrutável, depois se virou para a janela e ficou olhando para fora. O silêncio era tão tenso que Della sentia-se a ponto de estourar.

Quando ela tornou a falar, sua voz soou baixa e controlada.

— Alessandro, eu tenho três filhos. Há coisas que posso mudar, mas outras são irreversíveis. Não o culpo por estar hesitante a este respeito. Eu também estaria se a situação fosse inversa. Concordo que é uma grande responsabilidade. Mas eu nem ao menos sei o que você sente de fato quanto a isso. Não sei como eu me encaixo no seu esquema de vida. Pelo o que a sua irmã insinuou você mesmo afirmou que jamais teria filhos ou se envolveria novamente com uma mulher. — Ela apertou com mais força a borda da mesa, sabendo que estava arriscando tudo. — Eu lhe disse uma vez que o amava. Disse também que não esperava nada em troca e estava falando sério.

— Aonde você quer chegar me dizendo tudo isso?

— Não espero que você assuma qualquer compromisso duradouro comigo.

Ele aproximou-se de Della com um jeito quase ameaçador. Parou em frente a ela e colocou as mãos nos quadris.

— Não espera?

— Não.

— Por quê? — Ele indagou. Della o fitou sem saber o que responder e isso deixou Alessandro ainda mais furioso. — Por que não pára de uma vez com seus joguinhos? e me diz o que está sentindo de verdade e pelo amor de Deus, pare de me comparar com o seu falecido marido. Nos dois não temos nada em comum, a não ser o fato de...

— Ah! — Ela exclamou, cheia de sarcasmo. — Está falando de meus joguinhos sexuais? Então acha que eu também estou jogando com os seus sentimentos agora?

Ele sacudiu a cabeça e deu-lhe as costas num gesto de desprezo.

— Você está tão repleta de idéias equivocadas que não temos condições nem de começar a discutir.

Della lutou contra a súbita vontade de chorar e sua voz soou mais fraca do que ela esperava.

— Foi você quem disse isso, não eu. Não coloque palavras em minha boca.

— E me arrependi no mesmo momento. Sabe muito bem que acabei lhe dizendo coisas que não estão em meu coração. Eu errei e já lhe pedi desculpas. Não deixe que as palavras da minha irmã a façam duvidar de mim. Perpétua só estava com ciúmes e nada mais. Ela também está preocupada comigo. — Ele a fitou e prosseguiu num tom resignado. — As crianças não são problema, Della. Na verdade, elas nunca foram o problema!... Tem razão, admito que a idéia de assumir uma família já formada é bastante assustadora e compreendo que é uma grande responsabilidade. É verdade também que analisei a situação por todos os ângulos. Afinal, não seria justo assumir alguma coisa da qual eu não conseguiria dar conta. E não quero começar um relacionamento que esteja fadado a desmoronar daqui a uns poucos anos. Isso não seria justo, nem com você, nem com as crianças e nem comigo também.

— Qual é o problema então?

— O problema, Della... O problema é você.

Ela continuou a fitá-lo, sentindo a pressão aumentar em seu peito.

— Acho que agora é sua vez de explicar melhor.

— Della, você mantém todas as pessoas a uma distância segura. Não deixa ninguém chegar muito perto de você. Eu não consigo chegar direito em você. Você mesma me afasta com certas atitudes, eu não sou como o seu falecido marido. Quantas vezes preciso lhe dizer isso afinal?

— Isso não é verdade, eu não faço isso. — Ela murmurou.

— É isso sim. E não adianta negar, é como se a cada passo que eu desse em sua direção e na direção das crianças, você esperasse o pior de mim. — Ele hesitou, depois voltou a encará-la com sinceridade. — Você teve alguma vez uma amiga íntima, alguém com quem pudesse se abrir, em quem tivesse plena confiança? Já deixou alguém se aproximar assim de você? Domingas ou eu, poderíamos ser seus amigos.

Della não respondeu. Apenas apertou os braços como se sentisse frio e desviou o olhar, tentando ocultar as lágrimas.

— Della, eu sei que disse muitas bobagens a você, mas isso aconteceu porque eu não conseguia compreendê-la. Eu também estava com medo, meus sentimentos por você e por seus filhos só aumentavam. No entanto eu acreditava realmente que poderíamos resolver os nossos problemas com diálogo.

— Mas a situação mudou, não é? — Ela perguntou, sem coragem de encará-lo.

Alessandro a segurou pelo queixo e a forçou a levantar a cabeça. Seus olhos azuis faiscavam com uma raiva renovada.

— Ouça, eu não quero passar o resto de minha vida com alguém que não precisa de mim para nada além de um bom parceiro de cama. Quero mais do que seu corpo, Della. Quero tudo de você. Quero compartilhar seus pensamentos, suas dúvidas, seus sucessos e principalmente seus sofrimentos, lutas e até mesmo as suas derrotas. Quero que você sinta a liberdade de me pedir conselhos, mas você não me pergunta sequer que horas são! Quero dividir as coisas boas e ruins com a mulher que amo!

— E o que espera que eu faça? Corra para você cada vez que alguma coisa dá errado? Peça-lhe para me comprar outro maldito aquecedor de água?

— Você sabe muito bem que o problema não foi o aquecedor. Foi a sua atitude, Della. O que você me respondeu quando eu lhe perguntei como iria fazer para substituí-lo? Disse que não era da minha conta. Droga, claro que é da minha conta! Qualquer coisa que afete você é da minha conta. Não acho que eu esteja pedindo demais. Quero apenas ter certeza de que você vai me procurar quando algo sair errado ou quando precisar de ajuda, ou mesmo só para conversar. Mas você não é capaz de fazer isso. Acha que é caridade. Será que não entra na sua cabeça que tudo pode ser somente uma questão de confiança? Podemos dividir tudo e não só as noites de sexo.

Sentindo o chão fugir de baixo de seus pés, Della apertou mais os braços, tentando conter o pânico.

— Será que você não ouviu nada do que eu lhe disse?

— Ouvi Della! Compreendo que você tem de superar esse medo, essa insegurança que carrega dentro de si. Posso não concordar, porém compreendo. Mas você parece não entender que não precisa fazer isso sozinha. Apoiar-se em alguém de vez em quando não significa que somos um fracasso. Mas você nunca vai esquecer seu maldito orgulho durante tempo suficiente para poder segurar algo muito mais importante. Eu não sou igual a ele, e jamais faria o que ele fez com você.

— O que você quer dizer?

— Sua avó nunca lhe contou aquele provérbio "Quem não arrisca não petisca"?

— O que você quer que eu faça? Esqueça a cautela e mande as consequências às favas? Que me atire ao desconhecido sem cuidado algum?

— Não, Della. Mas não iria morrer se baixasse á guarda de vez em quando e corresse alguns riscos. Ninguém pode se aproximar a menos que você permita. Mas você não deixa que haja reciprocidade. A vida não é uma rua de mão única, mas você insiste em fazê-la assim. Eu quero viver ao seu lado por inteiro, e não só por alguns momentos.

Della recomeçou a tremer, só que desta vez era de raiva.

— Mas há apenas uma direção, Alessandro, e é aquela que você estabelece. Você vê tudo através de sua própria perspectiva estreita. Toda vez que eu faço algo que você não gosta, vem para cima de mim com acusações. Você nunca me deu uma chance de procurá-lo.

— Mas você teria me procurado realmente? — Ele desafiou. — Teria vindo a mim pedir ajuda? Pode me olhar nos olhos e dizer que sim? — Alessandro esperou pela resposta e viu Della encará-lo. Ela estava determinada a provar que ele se enganava, mas algo mais profundo interferiu em sua decisão e ela baixou os olhos. — É, acho que não!... Você não consegue confiar em mim e nem nos meus sentimentos por você e por seus filhos. — Ele murmurou cheio de amargura.

Della não sabia o que estava acontecendo dentro dela. Talvez o fato de sentir-se encurralada por verdades tão dolorosas a houvesse feito reanimar-se para lutar por sua sobrevivência emocional.

— Não venha me falar de confiança. Já fui bastante estúpida no passado para confiar, para acreditar na fantasia infantil de que alguém gostava de mim de verdade, mas aprendi pelo jeito mais difícil que tudo isso não passa de ilusão. Meu pai me deu as costas, aí eu me apoiei um outro homem que jurou me amar diante de um altar e ele nunca esteve do meu lado. Por que eu deveria achar que você vai ser diferente? Não acredito mais em sonhos, Alessandro Montserrat. Nunca mais vou acreditar.

Ele a fitou por um instante sem dizer nada. Seus olhos estavam tão frios que pareciam cortá-la.

— Bem, acho que isso resume tudo o que eu preciso saber. Pois eu sofri uma desilusão igual a sua e nem por isso, deixei de acreditar que poderia ser feliz outra vez. — Ele deu um murro na parede, lançou a Della um último olhar de desprezo e encaminhou-se para a porta. — Obrigado por tudo... Mas não sou um homem de viver as coisas pela metade. — Ironizou. — Foi muito divertido enquanto durou.

Ao vê-lo sair e bater a porta, Della fechou os olhos, sabendo que acabara de perder aquilo que mais desejava preservar. Ou mesmo que havia sonhado a sua vida toda, o amor de um homem mais do que especial.

2110 Palavras

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