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Capítulo 26

Que o medo de cair mais uma vez não te impeça de viver mais uma linda história de amor.

O dia seguinte pareceu ser um daqueles em que tudo saía errado. Começou com Della quebrando um dos vasos de cristal da avó e terminou com a descoberta de que um de seus clientes havia deixado a cidade sem pagá-la. A única coisa boa foi Generosa ter limpado a casa e colocado a comida no forno. Della chegou exausta e agradeceu de coração a ajuda da garota.

— É só hambúrguer e macarrão requentado de ontem. — Generosa explicou. — Mas eu achei que seria melhor do que nada.

Della dependurou o casaco e tirou o elástico que lhe prendia o cabelo.

— O cheiro está ótimo.

— É melhor não dar sua opinião antes de experimentar. Minha mãe diz que sou péssima cozinheira!... — Generosa alertou. — Os meninos disseram que a comida estava muito sem graça, então eu coloquei bastante queijo derretido e migalhas de pão por cima. E um pouco mais de tempero...

— Você não devia dar ouvido a eles e muito menos a sua mãe. De qualquer forma, eles inundam tudo com catchup ou maionese. Quer ficar para jantar conosco, Generosa?

— Obrigada, mas hoje eu não posso. Tenho treino de volei às sete horas e preciso ir para casa trocar de roupa. Consegui entrar no time feminino da minha escola. — Generosa pegou sua mochila, prendeu as tiras nos ombros e arrumou os cabelos num rabo de cavalo rapidamente. — Você sabe que Demétrio e Régis estão na oficina do senhor Montserrat, não é?

— Sei. E onde está Nádia?

— Está no jardim brincando com seus brinquedos.

Della acompanhou a adolescente até a porta dos fundos e despediu-se com um sorriso.

— Obrigada, Generosa. Até amanhã.

— Se precisar de mim mais tarde, devo estar em casa lá pelas nove horas. Pode ser que Meirelles telefone para você trabalhar esta noite.

— Com a sorte que eu estou hoje, é capaz mesmo que ele ligue mesmo. — Della respondeu, com um suspiro resignado.

Antes de fechar a porta, ela deu uma espiada na mudança que havia feito no galpão onde ficava agora a sua oficina de costura.

Com exceção de uma mesa enorme de madeira, arrastara todos os outros móveis para o fundo e abrira um espaço para costurar. Já conseguira cortar dois vestidos, que se encontravam dobrados ao lado da máquina de costura, cobertos por um lençol fino. Uma simples proteção contra a poeira e possíveis acidentes, pois o telhado do galpão era bastante antigo.

Considerou brevemente a idéia de começar a montá-los, mas decidiu que não valeria à pena. Estava tão cansada que não conseguira fazer um trabalho bem-feito. E as suas clientes mereciam receber uma qualidade melhor em seus modelitos.

Retornou à cozinha, verificou a comida no forno e, então, olhou para o relógio. Tinha ainda uns vinte minutos antes que os meninos chegassem. Sentou-se junto à mesa e abriu o jornal local em busca de informações ultéis. Talvez houvesse aparecido alguma oferta de emprego naquela semana. Ou mesmo algum tipo de trabalho extra para costura.

Mal havia começado a leitura quando se lembrou de Nádia. Deixou o jornal sobre a mesa e foi até a janela. A menina estava sentada sob uma árvore com a boneca no colo e todas as roupinhas espalhadas pela grama. Della a observou por um instante e franziu a testa, intrigada. Nádia encontrava-se apenas sentada ali, sem fazer nada, como se estivesse esperando por alguém. Curiosa, achou melhor ir ver o que estava se passando.

No momento em que saiu na varanda, viu a porta da oficina de Alessandro se abrir e Nádia levantou-se no mesmo instante, tão excitada que deixou a boneca cair no chão.

Uma intuição perturbadora disse a Della que Nádia não estava esperando pelos irmãos.

Qualquer dúvida que pudesse ter foi dissipada no minuto em que Alessandro Montserrat pisou a calçada. Bastou olhar para o rosto de Nádia para ter certeza. Della apoiou a cabeça no batente da porta e fechou os olhos, angustiada. Desde o início tivera medo de que aquilo acontecesse; que Nádia começasse a idolatrar o único homem que realmente mostrara interesse por ela. Era inevitável e ela sabia disso, mas não tomara nenhuma precaução.

Agora era tarde demais. Della estava com medo, medo que sua pequena acabasse magoando novamente.

Suspirando, afastou o cabelo do rosto e recuou um pouco para que Alessandro não a visse. Pobre Nádia. Era tão carente que bastava um vidro cheio de formigas para cativá-la. Della respirou fundo e saiu de casa. Quando chegou ao jardim, a menina já se encontrava na calçada, com a atenção fixa no homem alto no outro lado da rua, à espera de um sinal, um gesto, um olhar dele. Della sentiu a dor aumentar em seu peito ao observar quanta afeição aquela menina tinha guardado dentro de si, quanto amor pronto para dedicar a alguém que substituísse o afeto que o pai se recusara a lhe dar.

Ela atravessou o jardim, agachou-se e abraçou a filha.

— Eu estou pensando em fazer gelatina de sobremesa. Quer vir me ajudar?

Nádia fez um sinal negativo com a cabeça, mantendo os olhos fixos em Alessandro.

Della sentiu as lágrimas lhe nublarem a visão. Era evidente que a menina estava louca para chamar Alessandro, compartilhar com ele alguma de suas histórias infantis. Queria que a notasse; que percebesse sua existência.

— Vamos entrar Nádia. Venha, por favor meu amorzinho e...

Mas Nádia tornou a sacudir a cabeça. Seu corpo estava tenso de expectativa nos braços de sua mãe.

Sem perceber o pequeno drama que se desenvolvia do outro lado da rua, Alessandro subiu no caminhão, manobrou para sair do estacionamento e virou para a rua. O veículo parou, sinalizou para a esquerda e Della pôde sentir a terrível decepção que Nádia experimentava. Alessandro ia seguir para o lado oposto de onde se encontravam. Della abraçou a filha com mais força, vendo que o caminhão começava a se afastar. Depois enxugou rapidamente as lágrimas e respirou fundo, tentando controlar a pressão no peito que quase a sufocava.

— Vamos entrar querida agora. — Murmurou. — Alessandro já foi embora, por que não vem me ajudar?

Della ia segurar a mão da filha quando Nádia soltou-se do abraço ao ouvir o veículo aproximando-se de ré. O caminhão estacionou do outro lado, Alessandro desceu e atravessou a rua em direção a elas.

— Eu ia para a cidade pegar a correspondência e pensei se Nádia gostaria de dar um passeio comigo. Eu estou lhe devendo um belo passeio e um lanche bem gostoso. Ele sorriu olhnado nos olhos da menina.

— Eu quero! — Nádia gritou, vibrando.

Della olhou para a filha e a dor em seu peito aumentou. Coisas tão pequenas como um sorriso masculino significavam o mundo para aquela criança. Sentindo que não poderia mais se conter, levantou-se e enxugou as lágrimas, desejando ir embora antes que Alessandro percebesse o que estava acontecendo. Mas assim que ela se virou, ele levantou a cabeça e apertou os olhos ao ver-lhe o rosto. Encarou há por um instante, depois franziu a testa e tornou a olhar para Nádia. Então compreendeu: a menina estivera esperando por ele. Fitou Della rapidamente, procurando uma confirmação. Em seguida, agachou em frente à criança.

— Régis me disse que você anda alimentando as formigas muito bem. Eu estou orgulho que seja uma menina tão responsável!

— Todos os dias, Sr. Montserrat. Elas vêm e carregam as migalhas!

Ele sorriu, mas sua voz soou um pouco tensa e um pouco emocionada também.

— Então vamos trazer alguma coisa para elas; certo? E que tal me chamar só de Alessandro? — Ele alisou o cabelo da menina com carinho e segurou-lhe a mão. — Voltaremos logo, está bem? Diga tchau para sua mãe.

Nádia concordou, os olhos brilhando, e Della soube que o último comentário fora dirigido a ela também. Incapaz de suportar por mais tempo aquela situação, correu para dentro de casa. Não tinha muita certeza se suas lágrimas eram por sua filha ou por ela própria.

Um bom tempo havia se passado quando ouviu o caminhão parar em frente à casa.

Tensa, foi até o banheiro e lavou os olhos vermelhos de tanto chorar. Tinha receio de encarar Alessandro, mas sabia que ele não deixaria Nádia até que ela aparecesse.

Encontrou-os no pátio dos fundos, agachados junto a um canteiro. Evitando encará-lo diretamente, falou com eles no tom mais natural que conseguiu.

— Como foi o passeio?

— Ótimo. Estou mostrando as formigas a Alessandro. Olhe para elas! — Nádia disse, remexendo a terra, com cuidado, usando um graveto.

Alessandro lançou um olhar rápido para Della e voltou a dar atenção à menina.

— Nádia queria que eu visse como seu desfile de formigas se deu bem aqui.

— Formigas imigrantes. Exatamente o que todo jardim precisa. — Della comentou, sorrindo com um pouco mais de naturalidade. Surpreendeu-se ao ver a expressão bem-humorada de Alessandro.

— Mães são mesmo chatas. A minha também detestava as minhas formigas de estimação, sem falar nas aranhas e lagartixas.

— Nem pense nisso, Alessandro Montserrat.

— Vixe, acho que estou encrencado, sua mãe acaba de falar o meu nome completo.

A menina riu de um amaneira que Della não via a anos. E ao perceber que Alessandro também sorria, Della relaxou um pouco e tomou uma boa dose de coragem. Olhou para ele, tentando ocultar o nervosismo.

— Generosa deixou comida para um batalhão. Por que não janta conosco?

Houve uma breve hesitação por parte dele, mas o rosto ansioso de Nádia o fez decidir rapidamente.

— É uma boa idéia.

— Estou ouvindo os meninos chegando. Podemos comer assim que você quiser.

— Entraremos logo, então... Nádia ainda vai me apresentar a sua boneca e seus vestidos. — Alessandro respondeu, sem levantar os olhos.

Della o fitou por um instante, apertando as mãos trêmulas, e então deu meia-volta e entrou em casa.

Esperava que Alessandro fosse arrumar uma desculpa para ir embora logo depois do jantar, mas isso não aconteceu. Enquanto tirava os pratos, ele permaneceu na mesa com as crianças conversando e falando de quando ele era uma criança, além de ensiná-los algumas brincadeiras diferentes. Quando Della despejou sobre a louça a água que esquentara no fogão, Alessandro apertou os lábios mas não fez nenhum comentário. Régis, porém, não perdeu a chance de contar as novidades.

— Vamos comprar um aquecedor segunda-feira. Mamãe vendeu o fogão velho e outras coisas que estavam no galpão e agora vamos ter casacos e botas novas para o inverno, e talvez até mochilas como as das outras crianças.

— Ah, que bom... — Alessandro comentou, sem entusiasmo, olhando diretamente para Della.

— É mesmo. Mamãe disse que tivemos sorte na venda.

Della virou-se para a pia, desejando ter um jeito de fechar a boca de Régis. Até seus próprios filhos contribuíam para agravar sua situação já tão complicada. Devia ter avisado a eles para não comentar o assunto, mas agora era tarde demais. Virou-se para pegar os copos e levou um susto ao deparar-se com o peitoral de Alessandro Montserrat bem diante de seus olhos.

— Eu enxugo, afinal eu acabei dando trabalho extra para você! — Ele declarou, pegando o pano.

— Não se preocupe. Eu posso fazer sozinha.

Ele a fitou e dirigiu-lhe uma tentativa de sorriso.

— Sua avó costumava dizer que o motivo pelo qual não se deve olhar os dentes de um cavalo dado é que ele pode nos morder.

— Ela também dizia que cavalos dados eram com frequência mulas disfarçadas. Disse ela se lembrando que esse ditado era dito principalmente em relação ao seu falecido marido.

O rosto de Alessandro adquiriu um ar sério e reflexivo.

— Ela falava também que não se pode julgar um homem até que se tenha caminhado um quilômetro com os sapatos dele. É a única maneira de descobrir que seu pé não era assim tão grande como se imaginava. Por isso, Della não volte a me comparar com o seu falecido marido. Eu jamais magoaria nenhum de seus filhos!

O significado ficou claro para Della e ela sentiu um nó na garganta.

— Alessandro, eu...

— Não diga nada, Della... — Ele interrompeu irritado consigo mesmo e com as palavras recentes ditas sem pensar. — Eu não tinha nenhum direito de julgá-la. Mas depois destes últimos dias que passei sozinho, percebi que nós dois precisamos de algum tempo para nos acertar. — Alessandro fez uma breve pausa. Com receio de chorar, Della baixou os olhos. Ele a segurou pelo queixo e fez com que o encarasse. — Nós dois estamos tentando lidar com essa situação da melhor maneira que sabemos e temos de resolvê-la do nosso jeito, mesmo que este não seja o mais prático ou o mais racional. E não é fácil. Nunca pensei que fosse me sentir assim em relação a você, a nós, às crianças. Nem sei bem o que estou querendo lhe dizer agora.

— Alessandro, o que você está tentando dizer?

— Eu não tenho certeza. Não sei de nada, a não ser que esse nosso relacionamento é a coisa mais importante de minha vida no momento. — Ele acariciou o rosto de Della, depois baixou a mão e desviou o olhar. — Mas há outras questões que preciso resolver antes de ter certeza de qualquer coisa. — Ele hesitou um pouco antes de prosseguir falando. — E você tem que ter certeza também.

— Como assim? — Ela murmurou.

— Della; precisamos ir um pouco mais devagar. Temos de conversar mais e... E nos tocar menos. Sei que o que sentimos é forte demais, mas precisamos cultivar outros sentimentos e conexões se quisermos que a nossa história dê certo.

Mesmo perturbada como se encontrava, Della riu e lançou-lhe um olhar pesaroso.

— Tem mesmo certeza disso?

— Não, não tenho certeza de nada. — Ele admitiu, afagando-lhe o cabelo. — Mas podemos experimentar. Sei que não somos dois adolescentes e nem podemos agir como se fossemos. Temos que pensar nas crianças também. Eu quero fazer as coisas darem certo.

— Mamãe, por que eu não posso comer o resto da gelatina? — Nádia reclamou. — Demétrio está dizendo que é dele, mas não é! Diga para ele que não é!

Della fechou os olhos e soltou um suspiro.

— Crianças! Não é de se admirar que eu já esteja com alguns cabelos brancos.

— Acho que eu também posso acabar ficando grisalho mais cedo daqui um tempo. — Alessandro murmurou, fitando-a com carinho. — Deixe que eu resolva isso.

Assim que ela assentiu Alessandro fez as crianças sentarem e dividirem a gelatina em pedaços iguais e sorriu quando cada um deles fez questão que o mesmo ficasse com um pedaço.

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