Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 22

Que o medo de cair mais uma vez não te impeça de viver mais uma linda história de amor.

A manhã seguinte não começou de forma muito auspiciosa. Fora uma boa idéia ter tomado um banho demorado na noite anterior, pois talvez tivesse sido o último. O aquecedor de água apresentava sintomas de colapso iminente. A princípio, ela pensou que alguém houvesse mexido no regulador de temperatura e foi verificar. Mas quando descobriu a poça de água sob o reservatório antiquado e emprovisado, percebeu que ele não aguentaria por muito tempo mais. Nem imaginava quanto custaria substituí-lo.

Quando entrou na loja para pedir informações sobre um novo aquecedor, viu-se invadida pela familiar sensação de desespero. Não pensava que poderia ser tão caro. Além disso, precisaria trocar toda a turbulação e a caixa de água, por não haverem mais aquecedores daquele modelo, o fabricante havia parado de produzi-los a pelo menos quinze anos. Toda a casa de sua avó, era na verdade muito velho e antiquado.

Para substituir o velho equipamento precisaria de uma profunda reestruturação financeira ou, então, de um milagre. Ambas as soluções pareciam impossíveis.

Tentou não pensar mais no assunto durante o dia. À noite, depois de colocar as crianças na cama, sentou-se na mesa da cozinha diante de uma xícara de café e algumas folhas de papel em branco e começou a fazer cálculos, tentando encontrar uma maneira de contornar aquela nova crise.

Acabara de reformular o orçamento semanal e se preparava para somar a quantia economizada quando ouviu uma leve batida na porta da frente. Terminou a conta rapidamente e soltou um suspiro de desânimo. Por mais que fizesse contas, demoraria pelo menos dois meses para juntar dinheiro suficiente. Tomou um gole de café, ajeitou o cabelo atrás da orelha e levantou-se. Só lhe faltava ser alguém pedindo donativos. Pois faltava pouco meses para o Natal e a igreja local estava arrecadando alimentos para famílias em risco.

Della abriu a porta esperando pelo pior. No entanto, foi recepcionada por um belo sorriso e um par de cativantes olhos azuis.

— Oi... — Ele disse. — Tem uma xícara de café para um viajante cansado?

— Alessandro! — Ela exclamou, rindo de alegria enquanto se atirava nos braços dele.

— É melhor ir com calma, Della. Eu estou muito sujo. Passei as últimas horas carregando e descarregando os caminhões.

— Estou tão contente por vê-lo aqui que não me importo.

Sorrindo, ele a abraçou e acariciou-lhe o rosto. Ao fitar-lhe os lábios, o sorriso desapareceu dando lugar a uma expressão de intenso desejo. Murmurando-lhe o nome, ele baixou a cabeça e a puxou mais para perto. O beijo foi quente e convidativo e Della sentiu-se fraquejar em contato com o corpo dele. Pelo menos ali, segura nos braços de Alessandro, as ansiedades pareciam ficar de lado e ela podia perder-se na magia daquelas carícias.

Alessandro levantou a cabeça e tocou-lhe a face com extrema gentileza. Seu olhar parecia inflamado de paixão.

— Você não imagina quanto eu precisava disto.

— Eu sei. Eu também precisava e muito! — Della murmurou radiante.

— Depois de uma recepção destas, você fez por merecer às seis horas da viagem.

— Não esperava que voltasse tão depressa. — Ela comentou, notando o cansaço evidente no rosto dele.

— Nós começamos a ter problemas com um dos caminhões e eu vim para trocar pelo do Ezequiel.

— Quer comer alguma coisa?

— Esta foi à melhor sugestão que recebi hoje. Estou faminto.

— Então vamos até a cozinha. Tenho sopa, torradas e um pouco de carne assada.

— Espere um pouco. — Ele murmurou, segurando-a junto de si. — No momento, o que mais preciso é abraçar você. — Com um suspiro de cansaço, ele recostou a cabeça na dela e fechou os olhos.

Della acariciou-lhe as costas, massageando os músculos tensos. Ambos permaneceram em silêncio e o único ruído na sala era o suave tique-taque do relógio de pêndulo. Pouco a pouco, Alessandro foi relaxando e Della percebeu que ele estava mesmo exausto. Afagando-lhe os cabelos, soltou-se do abraço e o encarou compreensiva.

— Por que não deita um pouco no sofá enquanto eu preparo seu jantar?

— Não posso Della. Minha roupa está cheia de cimento e areia. Além disso, tenho receio de me deitar e apagar de tanto sono.

— Eu vou cobrir o estofado com alguma coisa. — Ela foi até a lavanderia e pegou um lençol na cesta de roupas lavadas. Em seguida retornou à sala e estendeu-o sobre o sofá.

— Pronto. Agora venha deitar-se. Você mal se agüenta em pé e deitar por um tempo vai lhe fazer bem.

A oferta era por demais tentadora para que Alessandro resistisse. Ele tirou o casaco e as botas e dirigiu-se para o sofá. Ao se deitar, segurou o braço de Della e puxou-a.

Ela apoiou o joelho na borda do assento e deixou que ele a levasse. Alessandro beijou-a nos lábios e soltou um suspiro profundo, apertando-a de encontro a si.

— Você não sabe como isto é bom. Senti muito a sua falta, Della.

Della percebeu que ele estava vulnerável demais naquele momento e que bastaria um pequeno estímulo para que Alessandro lhe dissesse mais do que tinha intenção de dizer.

Era bastante tentadora a idéia de descobrir o que ele realmente sentia, mas seria quase desonesto aproveitar-se daquele tipo de vantagem. Sentindo-se ela própria mais vulnerável do que pretendia, levantou a cabeça e sorriu para Alessandro.

— Sentiu quanto?

— Acho que o suficiente para merecer um jantar. — Ele respondeu, rindo.

— Está bem, desta vez eu vou ser boazinha.

Della fez menção de levantar-se, mas Alessandro a segurou e passou de leve os dedos

por seu rosto.

— Ah, Della...

— Não, Alessandro... — Ela murmurou, roçando seus lábios nos dele. — Este não é o momento adequado para começar alguma coisa.

— Eu te desejo tanto. — Ele a segurou pela nuca e a beijou com avidez, moldando-lhe o corpo de encontro ao seu. Por fim, afastou os lábios dos dela com a respiração ofegante. — Della, você me deixa louco de tantas formas diferentes que nem sei lhe explicar.

Fechando os olhos, ela tentou ignorar as batidas aceleradas do próprio coração.

— Da próxima vez serei mais cuidadosa. — Ela murmurou.

— Pare com isso. — Ele riu e puxou de leve os cabelos dela. — A culpa também é minha. Mas o que importa mesmo é ter a chance de passar algumas horas com você. Foi apenas isso que me animou durante essa longa viagem.

— Isso vale um banquete então. — Ela brincou, com o intuito de aliviar a tensão do momento.

— Certo! Então é melhor você ir logo buscar esse jantar, antes que eu desista dele e não a deixe mais sair daqui.

Della sentia as pernas moles e precisou de muita força de vontade para afastar-se dele. Depois de se levantar, inclinou-se e deu-lhe um beijo rápido na boca.

— Não vá embora. Volto já.

Alessandro a puxou e roçou seus lábios nos dela uma última vez antes de deixá-la ir.

— Vou ficar aqui mesmo não se preocupe.

Ela sorriu e foi para a cozinha. Recostou-se na geladeira por um momento para recuperar o total controle de seus sentidos. Então, respirou fundo e colocou a sopa e a carne para esquentar.

Enquanto isso mexeu na cesta de roupas lavadas à procura de duas camisas e uma calça de Alessandro, as quais trouxera para consertar. Encontrou as roupas e estendeu-as no encosto de uma cadeira.

Della olhou para o relógio. Não usava há várias horas a água quente e talvez a caixa d'água estivesse cheia. Se esquentasse mais um pouco de água no fogão, conseguiria o suficiente para a banheira.

Quando retornou à sala, Alessandro adormecera com o braço sob a cabeça e o rosto virado para o encosto do sofá. Della o fitou com ternura, amando-o mais do que julgara possível. Se pudesse enxergar o futuro e saber que aquele homem faria parte de sua vida, teria forças para enfrentar quase tudo. Quanto mais tempo passavam juntos, mais vital ele se tornava, mais sua existência centrava-se em torno dele.

Como se sentisse sua presença, ele se espreguiçou e virou-se para ela. Ao vê-la, abriu um largo sorriso.

— Venha aqui.

— Não. Venha aqui você.

— Não seja ruim.

— Eu não sou. Estou apenas sendo sensata.

— Mães são sensatas. Amantes devem ser impulsivas e quentes.

— Eu sou mãe.

— Venha aqui, Della... — Ele insistiu sedutor.

Ela sabia que cometia um grande erro, mas não pôde resistir ao encanto daqueles olhos azuis.

Logo que se aproximou, Alessandro segurou-a pelo braço e a puxou para cima de si.

Della sentiu seu corpo responder de imediato ao contato. Fechou os olhos, lutando contra a onda de desejo que começou a aquecer-lhe o sangue. Era como se houvessem se passado meses, e não apenas uns poucos dias, desde a última vez em que haviam estado juntos.

— Que coisa, Della! Você vive fazendo isto comigo, — Ele murmurou.

— Eu tentei avisá-lo...

— Eu sei. — Ele a fitou com olhar conformado e a ajudou a levantar do sofá. Depois a abraçou de novo e deu-lhe um beijo rápido. — Você só me causa problemas, sabia?

— Se você me ouvisse, isto não aconteceria.

— Ah, Della! Eu não sei se estrangulo ou arrasto você para a cama! — Ele exclamou, rindo.

— Eu posso sugerir? — Ela indagou deliberadamente provocativa.

— Não se arrisque tanto, meu amor. A noite ainda não acabou e não sei até quando poderei responder por meus atos. — Alessandro segurou-a pelos ombros e conduziu-a para a cozinha.

— Eu achei que talvez você quisesse tomar um banho antes de jantar, então enchi a banheira.

— Posso tomar uma ducha rápida.

— Sinto muito, mas não pode. A não ser que goste de banho frio. — Ela o empurrou para o banheiro e foi até o fogão buscar uma grande panela de água quente.

Alessandro estava tirando a camisa quando ela entrou no banheiro. Tentando ignorar a visão do peito nu e bronzeado, ela despejou a água na banheira.

— Você estava brincando sobre a ducha fria, não é?

— Não. Hoje eu descobri que meu aquecedor está quebrado.

— Ah, não! — Alessandro começou a desabotoar o cinto e sua voz era convidativa e sensual ao fazer um gesto em direção à banheira. — Você quer vir comigo?

— Você está louco, Alessandro Montserrat. — Ela respondeu, rindo e afastando-se com a panela. — Eu sei quando recuar.

— Ainda bem. Eu contava com o seu bom senso.

Com o coração acelerado, Della mandou-lhe um beijo de longe e saiu do banheiro, fechando a porta atrás de si. Verificou a comida no fogo e, então, pegou uma chaleira com água fervendo e as roupas limpas de Alessandro. Respirando fundo para fortificar-se, tornou a entrar no banheiro. Alessandro encontrava-se dentro da água, com os olhos fechados e a cabeça apoiada da borda da banheira.

Abriu os olhos quando a ouviu entrar no banheiro enfumaçado. Ela colocou as roupas sobre o banquinho e depois despejou a água, devagar, nos pés da banheira.

Pousou a chaleira vazia ao lado das roupas, cruzou os braços e o observou pensativa.

— Sabe, você com um charuto e um chapéu ficaria perfeito para estrelar um filme de gângsteres.

Alessandro sorriu e a segurou pelo punho.

— Eu queria que essa porta tivesse um trinco bem grande.

Cedendo à pressão, Della ajoelhou ao lado da banheira e Alessandro levou à mão as costas dela, puxando-a para baixo. Della inclinou-se e recebeu um beijo suave e amoroso que fez seu corpo amolecer.

— Você percebe como seria fácil eu puxar você aqui para dentro? — Ele murmurou.

— Você percebe que está brincando com fogo? — Della revidou, sentindo-se subitamente quente.

Alessandro sorriu e continuou a provocá-lo com pequenos beijos que mal passavam de um simples roçar dos lábios.

— Você percebe que me deixa maluco?

Incapaz de suportar por mais tempo aquela tortura, ela segurou o rosto dele e moveu a boca de encontro à dele. O contato ardente a deixou tão tonta que o banheiro parecia girar ao seu redor.

— Ah! Como eu desejaria ter um quarto só meu neste momento, com uma porta trancada a chave!

— Eu sei querida, mas você não tem. E mesmo que tivesse, não sei se eu iria querer correr o risco de ver seus filhos presenciando algo que não deviam.

Della o fitou por um momento e, então, encostou a testa na dele com uma súbita vontade de chorar.

Percebendo que o humor dela havia se alterado, Grady a segurou pelo queixo e a

forçou a levantar a cabeça para dar-lhe um beijo carinhoso e apaixonado.

— Não fique assim, Della. Nós daremos um jeito de passar mais tempo juntos. — Ele tornou a beijá-la e, então, á sacudiu de leve. — Por que não vai ver o jantar, enquanto eu me visto?

— Está bem. — Della levantou devagar, lutando contra o desejo de ficar junto dele.

Quando ficou de pé, Alessandro segurou-lhe a mão e beijou-lhe de leve a parte interna do pulso. Della desviou o olhar e saiu depressa do banheiro. Era difícil resistir a ele.

Minutos depois, Alessandro apareceu na cozinha abotoando a camisa.

— Estas roupas me parecem vagamente familiares. Será que eu as esqueci aqui?

Della colocou os pratos sobre a mesa e olhou para ele com um sorriso nos lábios.

— Não, você não as esqueceu. Elas precisavam de pequenos consertos e eu as trouxe para arrumá-las.

Ele levantou as sobrancelhas num gesto de aprovação e ergueu o braço para verificar a costura nova.

— É verdade. Minha fada protetora está trabalhando bem.

Della fez uma careta e sentou-se, indicando a Alessandro a cadeira à sua frente.

Serviu a sopa e ambos comeram em silêncio por alguns minutos.

— Meus pais virão para o sítio da família do marido de uma das minhas irmãs no próximo fim de semana e minha irmã Tereza vai organizar uma reunião de família. — Alessandro disse, por fim. — Eu estava pensando se você gostaria de ir comigo.

Della ficou tão surpresa que não conseguiu responder de imediato. Mal podia crer no que acabara de ouvir. Não era difícil perceber que aquele convite era muito significativo.

Alessandro Montserrat não era o tipo de homem que levava qualquer mulher com quem estivesse saindo para conhecer os pais. Na verdade, quase podia apostar que ele raramente tomava tal atitude. Teria de ser alguém especial... E Alessandro a convidara.

— Se eu puder contar com Generosa para ficar com as crianças, terei muito prazer em ir com você.

— Não se preocupe com isso. Podemos levar as crianças conosco.

A surpresa foi maior ainda que no primeiro convite e Della sentiu o coração dar um pulo.

— Mas, Alessandro, três crianças...

— Não há problema algum. Minha irmã mais velha tem três e Vânia tem dois. Três a mais não farão muita diferença.

— Tem certeza de que não estarei sendo inconveniente? Posso chamar Generosa e...

— Não seja tola. Eles vão se divertir. Além disso, tenho certeza que eles vão se divertir e muito.

Sim, certamente vão se divertir, Della pensou. E ela teria um ataque nervoso com certeza. Conhecer os pais de Alessandro e as irmãs, talvez, até outros parentes... Será que ela estava realmente preparada para isso.

— Quer mais sopa?

— Não, obrigado.

2494 Palavras

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro