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Capítulo 21

Que o medo de cair mais uma vez não te impeça de viver mais uma linda história de amor.

Domingas observou com atenção o rosto da Della enquanto esta colocava as roupas na máquina de lavar. Franziu a testa, tentando decifrar qual seria a mudança sutil que percebia nela. Havia um retraimento estranho e incompreensível, como se Della estivesse com algum problema muito pessoal e inquietante. Gostaria de ajudar a amiga, mas não poderia fazer nada enquanto ela não resolvesse falar. Neste ponto, Della era muito parecida com Doralice: mantinha a boca fechada quando havia algo perturbando-a.

Sem perceber o olhar atento de Domingas, Della fechou a máquina e sentou-se, evidentemente cansada. Puxou os cabelos para trás e sorriu sem muito entusiasmo.

— Acho que estou ficando velha. Tenho andado tão desorganizada que é um milagre eu conseguir dar conta das tarefas de casa.

— Não é um problema de idade, Della. Você está acumulando tantos trabalhos que eu não entendo como consegue conciliar todos. Eu já teria morrido de exaustão.

— Eu não consigo Domingas. Vou levando do jeito que posso.

— Mas foi isso que acabei de lhe dizer! — Domingas retrucou. Tomou um gole de café e voltou a observar a amiga. — Você não vai me perguntar por que eu não estou em casa assistindo algum novela qualquer?

— Está bem. Por que você não está em casa assistindo a uma novela qualquer?

— Porque eu tenho uma proposta séria para lhe fazer, Della. Minha irmã, Lúcia, telefonou esta manhã e...

— Não me diga que ela pediu as roupas de volta? — Della brincou.

— Muito engraçado! Agora fique quieta e ouça o que eu tenho a dizer. Ela ficou impressionada com aquele vestido que você me fez para o casamento de nossa prima. Acontece que ela acabou de descobrir que seu costureiro vai mudar para outro Estado e mandou perguntar se você poderia fazer algumas roupas para ela.

— Claro!

— Ah, Della! Não é para responder ainda!

— Desculpe. Retiro minha resposta então... — Della declarou, sorrindo.

— Muito bem. Agora vou terminar de contar os fatos. — Domingas lançou-lhe um olhar de reprovação e prosseguiu entusiasmada. — A neta mais velha da Sra. Valverde vai se casar e está procurando alguém para fazer o vestido de casamento. Ela me perguntou sobre você e eu lhe disse que não sabia se você tinha tempo disponível.

— Aonde quer chegar, Domingas? Tenho a nítida impressão de que está tramando alguma coisa. e não sei se vai ser bom.

— Bem, mais ou menos. Quando Lúcia telefonou e perguntou se você costuraria para ela, eu há sondei um pouco e fiquei espantada ao saber quanto ela paga pela confecção de suas roupas. Aí, comecei a pensar. Se você arrumasse uma ou duas clientes como minha irmã, poderia sustentar a casa apenas com esse trabalho. E não há outra costureira num raio de quilômetros agora. Você poderia transformar a costura num negócio muito lucrativo.

— Nada feito. — Della respondeu, sacudindo a cabeça. — Nunca fiz alta-costura e nem saberia como começar. Além disso, não tenho material e instalações necessárias.

— Você poderia conseguir.

— Como?

— Com um empréstimo.

— E como acha que eu conseguiria isso? Subornando o gerente do banco?

Domingas abriu a boca para responder, mas mudou de idéia. Observou a amiga com ar pensativo por alguns instantes e, então, levantou os ombros em um gesto conformado.

— Você faria algumas costuras para Lúcia?

— Claro!... — Della respondeu, com alguma cautela. — Mas é melhor avisá-la de que eu certamente não sou do mesmo meio que o costureiro dela.

— Está bem, eu direi. Pode deixar comigo. — Domingas concordou, com uma expressão inocente demais.

— Não gosto desse seu olhar, Domingas Mendonça.

— Pare de ser tão desconfiada! Esse é o meu melhor olhar! Afirmou sorrindo estranhamente.

— Acho que tenho boas razões para desconfiar. Principalmente depois desse sorriso aí. — Della revidou, tentando decifrar a expressão enigmática da amiga.

— Se você vai me tratar assim, prefiro ir para casa e me divertir com as minhas novelas.

— Bom proveito então.

— Sabe qual é seu problema, Della? Você não tem romance na alma. Mas eu sim, transbordo de imaginação e romance.

Por alguma razão, aquela brincadeira inofensiva atingiu um ponto fraco e afetou Della de uma forma que não gostaria de admitir.

Uma onda de desânimo abateu-se sobre ela depois que a vizinha foi embora. Teve de se disciplinar para cumprir a lista de tarefas domésticas que a aguardava e já passava da meia-noite quando deu o trabalho por encerrado. Embora estivesse exausta, sabia que não iria conseguir dormir.

Fazia muito tempo que não desfrutava o prazer de um banho longo e sem interrupções. Abriu as torneiras para encher a banheira, mas viu-se invadida por uma repentina solidão. A luz do banheiro não chamaria Alessandro naquela noite. Os caminhões da firma estavam em atividade fora da cidade e ele só voltaria dentro de dois ou três dias. A ausência dele a afetava de modo impressionante, deixando-a com uma sensação de perda que nunca a abandonava.

Precisando de algo para elevar seu espírito, Della despejou um pouco de shampoo na banheira, como um substituto para um banho de espuma. Então, soltou os cabelos, despiu-se e entrou na água perfumada. Fechou os olhos, tentando distrair-se com pensamentos alegres, mas certas preocupações não a deixavam em paz.

Tornara-se vulnerável para um tipo de decepção que poderia afetá-la pelo resto da vida. Sua relação com Alessandro era a coisa mais maravilhosa que lhe acontecera e ela queria agarrar-se a isso com todas as suas forças. No entanto, a convivência com Estevão a ensinara a ser realista e ela via nitidamente os obstáculos que existiam em seu caminho.

O primeiro era o fato de Alessandro ter deixado claro que era cauteloso em assumir qualquer tipo de compromisso. Embora isso a houvesse magoado um pouco, não chegara a surpreendê-la. A circunstância de ele ter trinta e oito anos e ainda ser solteiro revelava muito a seu respeito.

Indicava que ele não era inteiramente governado pelos sentimentos e nem dado a atitudes impulsivas. Na verdade, ela o respeitava por isso. Se algum dia Alessandro confiasse seu futuro a uma pessoa, seria um compromisso para durar a vida inteira. Isso ela tinha certeza!...

Além disso, havia a sua própria situação. Tinha três filhos que dependiam dela e esse já era um fator suficiente para afugentar qualquer homem. Não havia muitos homens dispostos a assumir a responsabilidade de criar os filhos de outro e isto era perfeitamente compreensível. Ela também agiria com muita cautela se estivesse do outro lado do problema. Mas não era apenas esta a questão. Existiam ainda outras considerações e a que mais a preocupava era ter percebido por que nunca abandonara Estevão.

Suspirando, ela ensaboou-se e em seguida lavou os cabelos. Gostaria de perder a sensação de que vivia uma situação provisória com Alessandro, de que seu prazo para estar com ele logo chegaria ao fim. Não acreditava que poderia se recuperar se ele resolvesse sair de sua vida. Só de pensar nisso, sentia-se vazia por dentro.

1178 Palavras

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