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25






Acordar da criogênia era sempre desconfortável. Você nunca sabia se havia passado cinco minutos ou vinte anos, fora que levava tempo para que o frio parasse de fazer seus ossos tremerem e seus músculos funcionarem direito. 

Para Stacy, foi desconfortável, mas para sua tranquilidade, ao ser tirada da Câmara com o auxílio de dois enfermeiros, ela descobriu que passaram apenas seis dias. 

O alívio em seu peito tinha sido quase instantâneo e Stacy aceitou a colcha que estenderam em sua direção, se sentando na maca, enquanto esperava para ser examinada. 

Seus sinais vitais estavam ótimos e um tubo de sangue foi recolhido para ser examinada no laboratório. Ao constatarem que a Criogênia não a afetou em nada, Shuri entrou na sala com aquela super animação que lhe era comum. Porém, após uma longa conversa, Stacy preferiu que ninguém dissesse aos outros que ela havia acordado. 

Pensando bem, ela quis fazer uma surpresa para o pessoal, que ainda estava em Wakanda e sem previsão alguma de volta aos Estados Unidos, enquanto tentava se acostumar com todas as poucas lembranças que tinham retornado à sua mente. 

Portanto, ela passou mais três dias escondida num quarto da Clinica, enquanto Shuri utilizava de uma técnica que consistia em, com Stacy anestesiada, conectar eletrodos em sua cabeça e, com isso e o auxílio de um aparelho eletrônico, provocar leves choques em seu cérebro, visando recuperar o que tinha sido perdido. 

E para sua satisfação, na verdade, ela conseguia lembrar até mesmo de coisas que, antes, estava na dúvida de terem mesmo acontecido. 

No dia em que Shuri a liberou, finalmente, Stacy soube que teria uma festa no Palácio e seu convite tinha sido feito exclusivamente pelo próprio Rei. Inclusive, de presente, ele havia mandado a ela um vestido curto, vinho, com recortes no decote e ombros. As mangas eram longas e ele era colado no corpo. Era perfeito! 

Enquanto examinava o vestido dentro da caixa e lia o recado sobre usá-lo naquela noite, a porta do quarto de Stacy se abriu e por um segundo, ela levou um susto tão grande que chegou a ficar em posição de guarda. Porém, tudo que a mulher pôde avistar, foi a visão de Rebecca fechando a porta e hesitando ao entrar no quarto. 

As duas amigas se encararam por alguns segundos e foi a morena quem, em um fio de voz, perguntou: 

-Deu certo? 

Stacy soltou o vestido e sorriu, assentindo. Rebecca arregalou os olhos e as duas sorriram, enquanto corriam uma para a outra, se abraçando e dando gritinhos que eram para ser discretos, mas que de discretos não tinham nada. 

-Me conta tudo, Stacy! - Rebecca pediu, sendo guiada pela mão até a enorme cama macia bem no meio do quarto onde a amiga tinha sido alocada naquela manhã. - O que houve com você?! 

-Só se me contar o que aconteceu com a Alpine e a Dory! - Stacy pediu, abraçando um travesseiro e se sentando de buda para a amiga, bem de frente para ela. - Eu não consigo parar de pensar nelas e… 

- Calma! - Rebecca pediu, segurando as mãos dela. - O Bucky levou as duas para o Hotel quando viajamos atrás de você, mas ele já foi pegar as duas e elas estão aqui! 

-Jura?! 

-Sim! 

-Ah, graças a Deus! - Stacy exclamou, bastante aliviada. - Eu estava tão preocupada! 

-Não se preocupa! Ele é um bom pai! - Rebecca piscou, recebendo apenas um dedo do meio como resposta, fazendo ela rir alto. 

Então, depois de uns segundos de um silêncio levemente incômodo, onde as duas tomavam coragem para iniciar a conversa, Rebecca franziu a testa, olhando para o vestido e depois, para a amiga, enquanto pegava outro travesseiro e também abraçava ele, em seu colo. 

-Por que não deixou ninguém saber que você acordou? Estava todo mundo preocupado…

-Queria fazer uma surpresa. - Stacy respondeu, também olhando para o vestido  apontando para ele. - E já sei exatamente como fazer. Mas, respondendo a sua pergunta..

 

Rebecca a encarou, como se perguntasse qual a pergunta, mas se lembrando logo a seguir quando Stacy começou a contar que saiu, sim, da Shield para espairecer a mente um pouco enquanto lanchava, mas que quando estava chegando em casa, algo atingiu seu pescoço e logo, ela desmaiou. Provavelmente, um dardo com sonífero. 

Dalí em diante, ela se lembrava apenas da cadeira elétrica, dos comandos como Viúva Negra e de todo o resto. Não sabia onde estava, quem tinha a sequestrado… Ela só seria capaz de descrever os rostos que viu pelo caminho. 

Por fim, ela esclareceu que uma vez, Steve tinha dito a ela que se algo acontecesse, deveria ir para aquele endereço e, de alguma forma, ela chegou na fazenda de Serena, após ficar com aquela residência na cabeça por dias. 

Quando terminou de contar a história, quarenta minutos depois, as duas mulheres já estavam deitadas na cama, abraçadas, enquanto Stacy fazia pequenas trancinhas pelos cabelos escuros de Rebecca e, por alguns segundos, Rebecca não disse nada. 

Não era necessário dar detalhes das investigações sendo que, inevitavelmente, Stacy iria acabar sabendo depois. Então, decidiu focar em outra parte. Uma parte bem mais complicada, mas que Rebecca sabia que, do jeito certo, faria Stacy responder. 

Ao invés de ir direto no assunto, Rebecca engoliu em seco e, suspirando, atraiu a atenção da amiga, perguntando: 

-Como foi para você? Recuperar as memórias… 

-Estranho. - Stacy admitiu, em um fio de voz, pegando outra mecha de cabelo para trançar. - Na verdade… Eu me lembro até mais do que me lembrava antes. 

Rebecca virou o pescoço tão rápido que o som alto de um estalo pôde ser ouvido. Esfregando a nuca, ela perguntou, quase em êxtase: 

-Ah, jura?! Tipo o que?! 

-Tipo que você nunca me devolveu meu vestido creme com flores vermelhas que pegou emprestado para sair com aquele cara… Jacob, né? 

Revirando os olhos, Rebecca empurrou a amiga para o lado, rindo. Stacy também riu e deitou na cama a seguir, novamente, apoiando a cabeça na mão, com uma expressão levemente sonhadora. 

Isso fez Rebecca franzir o cenho e deitar ao lado da amiga, perguntando: 

-Esse sorrisinho aí… 

Stacy desviou o olhar para a janela e, como se estivessem arrancando a alma dela, apenas se virou para Rebecca e respondeu com outra pergunta. 

-O Bucky? 

-O que tem?

-Está bem? - Stacy perguntou, vermelha como um tomate. 

Rebecca estreitou os olhos e Stacy grunhiu, irritada, escondendo o rosto no travesseiro. 

-Annastacia! 

-Transamos! - Stacy admitiu, com a voz abafada. - Nunca foi só sonho, Becca… 

-AI, MEU DEUS! 

Rebecca caiu da cama, na empolgação, produzindo um barulho alto e fazendo Stacy gargalhar ao perceber isso. As duas levaram quase dez minutos inteiros para pararem de rir e voltarem a se sentar para que Stacy pudesse explicar que se lembrava de ter sido enviada em uma missão com o Soldado Invernal para matarem dois vereadores russos e, na volta, por algum descuido, eles passaram uma semana acordados e na mesma cela. 

Então, que tinha sido quase impossível frear um desejo incontrolável e quando, três dias depois, o Soldado a beijou, já a tomando para si, ela apenas se entregou a ele, mais de uma vez. 

E é claro que Rebecca deu um verdadeiro chilique, pulando na cama, berrando um "Eu sabia! Eu sabia! Eu tinha certeza!", igual uma líder de torcida. E apesar de ter ficado irritada com o escândalo gratuito, Stacy até estava achando graça da situação. 

Quer dizer… 

Era quase irônico. Chegava a ser ridículo pensar que, bastou perder a sanidade e o autocontrole, o senso crítico, e se entregou de corpo e alma pro cara que a odiava. 

Sem perceber que passava os dedos nervosos pela cicatriz em sua clavícula, Stacy foi surpreendida pela voz empolgada de Rebecca. 

- Você vai contar para ele? 

-Ficou louca, Becca?! 

-Por que não?! 

-Porque não vou dar o gostinho a ele de saber que eu… - Stacy se embolou nas palavras e grunhiu, irritada, apontando um dedo para a amiga. - Quer saber?! Cala a boca! Se você contar para ele, eu mesma te mato, ouviu?! 

Rebecca bufou, mas não discutiu. Sabia que se Stacy admitiu o que houve, então, algo tinha mudado e, fosse o que fosse, não era direito dela expor aquela intimidade e lembrança, apesar de achar que o irmão, na verdade, já sabia há muito tempo. 

Então, as duas voltaram a falar de outros assuntos conforme foram lembrando, como o fato de que Stacy havia esquecido o motivo da festa: O aniversário de Bucky. 

O homem, na verdade, estava bastante irritado com o Rei desde que a festa tinha sido anunciada. Afinal, ele não tinha dito para ninguém que seu aniversário estava chegando, mas de alguma forma, alguém lembrou e isso fez Tchalla planejar uma "Balada" para aquela noite porque, segundo ele, o Pantera Negra precisava de uma desculpa para curtir uma noite entre amigos sem tantas preocupações e cobranças. 

A irritação de Bucky, na verdade, era saber que ele não merecia uma festa mas que, por algum motivo, tinham decido dar e estavam obrigando ele a comparecer por ele ser o aniversariante. 

Um ano a mais, um a menos… Não importava muito mais para ele, que já tinha perdido as contas da idade e por isso, duas velinhas com pontos de interrogação estavam no bolo que ocupava o centro da mesa, naquela noite. Era enorme, com cinco andares e sabor Ameixa com chocolate. E estava delicioso. 

 Ele só sabia porque tinha, discretamente, enfiado o dedo na cobertura e lambido quando ninguém estava olhando. 

Quer dizer… Se ele era o aniversariante, tinha direito ao menos a enfiar um dedo na cobertura, certo? Ainda mais quando nem mesmo se lembrava quando tinha sido a última vez que tinha ganhado um bolo de aniversário. Com certeza, fazia mais de oitenta anos. 

O salão de festas tinha um palco, onde um DJ vestido de Tigrão se apresentava, uma pista de dança central onde muitos convidados dançavam, já. E também tinha mesas e cadeiras. Um bar improvisado se destacava na esquerda e, por fim, havia uma área com sofás. 

Bucky se encaminhou para a área dos sofás ao avistar Steve. Parando ao lado do amigo, ele logo foi abraçado pelo loiro que, dando uns tapas nas costas dele, exclamou: 

-Feliz Aniversário, Meu Grande Amigo! Espero que você seja muito feliz e ainda tenha muitos anos e… 

-Muito anos? - A voz de Sam apareceu ao lado de Bucky, fazendo o homem rolar os olhos, entediado. - Ele já tem 101! Já pode morrer! 

-Cala a boca! - Bucky reclamou, mas correspondeu o abraço de Steve e olhou ao redor a seguir, franzindo a testa. - Cadê minha irmã? 

Sam, que tinha acabado de pegar um copo de bebida de um garçom, deu de ombros. 

-Ela ia ajudar alguém a se arrumar. 

-Deve ter sido a Nat. - Steve comentou, enfiando as mãos nos bolsos. - Ela também disse que ia chegar atrasada. 

Os três homens suspiraram, levemente irritados com o atraso feminino e se sentaram em um sofá, observando a festa. Foi Sam quem comentou: 

-Quando o Tchalla disse que ia dar uma festa, eu achei que ia ser uma coisa mais formal e careta, na verdade. Mas confesso que ele sabe dar um festa! 

Steve e Bucky concordaram, mas eles não tiveram muito mais tempo para falar nada antes que um dos garçons tropeçasse no pé de Bucky, que estava esticado no meio do caminho, fazendo o rapaz derrubar bebida na roupa de Bucky e Sam engasgar de rir, enquanto Steve ajudava o garoto a se equilibrar. 

-Nossa! - Uma voz conhecida pela grupo se aproximou dos três e Sharon Carter esticou um guardanapo para eles. - Você tomou um banho, né? 

-A culpa foi minha mesmo! - Bucky exclamou, aceitando o papel para tentar absorver um pouco da umidade em seu peito. - Uau! Você está linda! 

Sharon ficou vermelha e deu de ombros, murmurando que não tinha sido nada demais, antes de perceber que, na verdade, ele tinha falado com Natasha, que vinha por trás dela. 

Isso só fez Sam rir mais ainda, principalmente quando, a seguir, Bucky acotovelou Steve e perguntou: 

-Não acha, meu amigo?! 

Vermelho, o homem deixou o olhar percorrer o vestido de Natasha, preto, curto e colado, enquanto dava de ombros e gaguejava: 

-É.. Eu… Bem… Oi! Quer dizer, sim! 

Natasha sorriu e deu um oi para cada um, parando ao lado de Steve e comentando: 

-Sua irmã já deve estar vindo, aliás! 

-Okay! - Bucky concordou, levemente cansado. - Por quê demoraram tanto? A festa começou há uma hora! 

Mas Bucky foi ignorado claramente quando Natasha embolou o braço ao de Steve e, mesmo sob os protestos dele, o arrastou para a pista de dança. Trocando um olhar com Sam, os dois começaram a rir da cara de desespero do amigo e Bucky tornou a se sentar no sofá, do lado do amigo. 

Os dois observaram Steve arriscar alguns passos de dança, principalmente quando Shuri se aproximou deles. Olhando ao redor, Bucky franziu a testa, confuso. 

-Ué? Onde a Sharon foi? 

-Deve ter ido chorar no banheiro depois que percebeu que você elogiou a Nat, não ela! 

Bucku ficou vermelho, se dando conta de que tinha feito mesmo isso, mas Sam apenas riu e falou mais baixo: 

-Cara, quer saber? Você não precisa se envergonhar! Quer dizer… Com o jeito que você olha para a Stacy, a Sharon achar que ainda tem chance, é meio que burrice… Por falar em burrice, o burro mor chegou! 

Bucky e Sam reviraram os olhos ao verem John chegar, acompanhado de Lemar. Mas, para o alívio de ambos, apenas Lemar acenou para eles e John os ignorou, seguindo para o bar. 

Então, eles voltaram a olhar para Steve e Natasha, que dançavam agarradinhos, literalmente. Sorrindo, Sam perguntou, encostado ombro a ombro com o cunhado: 

-Percebeu uma coisa? 

-Hm? O que? 

-Cada um de nós tem uma Viúva Negra. Eu tenho a Becca. O Steve, a Nat. E você…! 

-Nem completa essa frase! - Bucky o interrompeu, socando a perna dele. 

-Ai, seu estúpido! - Sam revirou os olhos e esfregou o local dolorido da pancada. - Já não disse que me bater só quando estivermos pelados? 

-Cala a boca, seu idiota! 

-Não vou calar, não! 

Bucky encarou Sam, sério. 

-É melhor você não estar falando sério ou vou socar a sua fuça! 

-Quero ver você tentar, Barnes! 

-Ah, quer ver, é?! 

Bucky fez menção de se levantar e Sam foi mais rápido, realmente levantando a seguir e mantendo uma distância de uns quatro passos. A seguir, os dois ouviram: 

-Se bater no meu namorado, eu vou te bater! 

Bucky encarou Rebecca e rolou os olhos assim que Sam exclamou: 

-Viu? Você não pode me bater! - Se virando para Becca, ele sorriu. - Oi, Minha Musa! 

-Oi, Minha Paixão! 

O som de um selinho sobressaiu ao da festa e Bucky fingiu que ia vomitar, tornando a rolar os olhos, enquanto falava: 

-Ai, meu Diabet…! 

No entanto, ele perdeu a fala a seguir. Bem, na verdade, de repente, a festa inteira pareceu parar e encarar a porta da frente, onde uma mulher loira apareceu, de braços dados com Tchalla, rindo de algo que ele tinha dito. 

O coração de Bucky saltou no peito e ele deixou o queixo cair ao ver Stacy, mas disfarçou o possível ataque cardíaco assim que Rebecca exclamou: 

-Ela está linda, não acha, maninho? 

Dando de ombros, ele negou. 

-Normal. Igual todo santo dia! 

Sam e Rebecca reviraram os e, finalmente, Tchalla e Stacy pararam perto deles. Sam foi o primeiro a abraçar Stacy e Steve apareceu logo em seguida, também a abraçando. 

Então, por fim, os olhos de Stacy encontraram os de Bucky e, de novo, aquele mesmo olhar de quando ela estava dançando na boate, quando ele perdeu a dogtag, apareceu em seu rosto e ela empinou o nariz, disposta a não corar. 

-Ah, Lobo Branco! Aposto que está pensando no mesmo que eu! - Tchalla exclamou, sorrindo. 

-Tô? 

Bucky, lentamente, tirou o olhar de cima de Stacy e encarou o Rei. 

- O quanto essa moça está linda essa noite! 

-Está mesmo! - Steve concordou e encarou Bucky. - Não é? 

Engolindo em seco, ele deu de ombros. 

-Não vi nada demais. - Bucky mentiu. 

-E tá me olhando assim por quê, então?! 

Stacy arregalou levemente os olhos quando percebeu que tinha falada alto demais e, mais ainda quando Tchalla engasgou com uma taça de champagne e Sam e Rebecca começaram a rir. 

A pergunta tinha saído sem querer, mas mesmo assim, ela não teve resposta. Bucky apenas bufou e cruzou os braços, desviando o olhar para qualquer lugar que não fosse aquela mulher maravilhosa na sua frente, ou acabaria beijando Stacy na frente da festa inteira. 

-Bem, com licença… - Stacy pediu, sorrindo. - Vou aproveitar a festa já que, pelo menos, para fazer aniversário, esse energúmeno serve! Parabéns pelos quase trezentos anos de idiotice, Barnes! É um recorde, eu acho! Ninguém nunca viveu tanto sendo tão burro! 

Bucky estreitou os olhos para Stacy, mas ela saiu mais rápido do que ele reagiu. Levando um tapa na orelha, Bucky percebeu que Tchalla o encarou, como se dissesse "Vai atrás dela!" e por dois segundos, ele pensou em ir. Mas… 

Assim que Stacy se sentou no balcão de bebidas, Sharon, Lemar e John cercaram ela, então, ele desistiu. 

Na verdade, depois de quarenta minutos, onde passou comendo, bebendo, conversando e, de esguelha e furtivamente, olhando para Stacy, ele vasculhou o lugar com os olhos, atrás dela. Mas… 

Nem John, nem ela, estavam em lugar nenhum. E sinceramente, Bucky encarou isso como um sinal de que tinha perdido a chance dele. Mas não queria falar com todo mundo ao redor dele para o possível fora ser ainda mais vergonhoso. 

Então, apenas pegou um copo de uísque e se afastou um pouco do pessoal, observando Wakanda pela janela enorme do salão. Olhando para o copo, ele sentiu muita saudade de ficar bêbado e virou o copo de uísque de uma vez, sentindo o líquido amargo descer pela garganta. 

Naquele tempo em que Stacy ficou congelada, ele fantasiou que, magicamente, eles iam parar de se odiar e ele poderia contar a ela o que, realmente, sentia. Mas aquela festa foi mesmo para mostrar que seria impossível e ele se iludiu à toa. 

-Achei que ia gostar de saber que o John levou um fora colossal da Stacy.

Levando um susto, Bucky franziu o cenho e encarou Lemar, que apareceu ao seu lado, oferecendo mais um copo de bebida a ele. Arregalando os olhos, Bucky negou com a cabeça e perguntou: 

-Como?! 

-O John acabou de se declarar para ela. - Lemar fez uma careta e balançou a cabeça. - Uma cena ridícula na minha opinião… E ela… Bem, digamos que ela deixou bem claro que, além dele ser mimado e não saber receber um não, ela meio que confirmou que ele não é e nunca vai ser o suficiente porque não é você. 

Bucky franziu a testa, pensando que, talvez, Stacy pudesse ter dito isso apenas para despistar John e fazer ele entender que ela não o queria. Mas uma parte dele, a parte emocional e que estava abalada desde que ela tinha voltado, praticamente, berrava para que ele fosse atrás dela. 

O homem pegou o copo que anteriormente tinha rejeitado e o virou de uma vez, fazendo Lemar rir e acotovelar ele. 

-Acho que ela disse que ia dormir. Você, talvez, devesse ir implicar com ela, sabe? Ou dar os parabéns por ela ter enfiado um soco na cara do John… 

-Ela fez isso?! - Bucky perguntou, surpreso, arregalando os olhos. Quando Lemar confirmou, ele riu alto e balançou a cabeça, ainda em dúvida. - Eu não sei, Lemar… 

Sua cabeça dizia para ficar na festa. Para não se expor daquela forma porque ele iria acabar saindo magoado e que o que sentia por ela não era do tipo "Preciso levar um fora para seguir em frente". Era mais do tipo "Se eu for rejeitado, vou continuar amando ela em segredo, enquanto sofro". 

Porém, seu coração sabia que, provavelmente, ela estava chateada e aborrecida por causa de John. Sabia que Stacy ficava abalada com ele. E por que não aproveitar o assunto para tentar abalar ela e provar, inclusive para ele, que ela sentia algo por ele? 

-Tá pensando demais, Barnes. - Lemar revirou os olhos e saiu de perto dele. - Anda logo! 

Bucky, então, engoliu em seco e olhou ao redor. Não queria que ninguém soubesse o que faria, mas não sabia o quarto dela, então, pegou o celular dentro do bolso e tentou uma coisa. 

Digitando uma mensagem para o número antigo de Stacy, Bucky esperou por quase dez minutos que ela respondesse onde estava e em qual quarto. 

"Por quê? Algum problema urgente?" 

Stacy finalizou com essa última pergunta, fazendo Bucky digitar de volta: 

"Eu tô chegando aí, já! Precisamos conversar sobre nós". 

Do outro lado do Palácio, Stacy se sentou no colchão macio da cama, onde Alpine dormia enrolada, enquanto Dory estava em seu colo, dando várias lambidas em seu rosto, animada. 

"Precisamos conversar sobre nós", era uma frase que a loira achava que nunca ia ouvir na vida. Então, soltou o telefone e começou a pentear os cabelos úmidos pelo banho qie tinha acabado de tomar e soltou um suspiro, cansada. 

A briga com John tinha sido o auge do esgotamento dela e, mesmo tendo planejado, no final da noite, ir implicar com Bucky e o provocar já que sua interação com ele tinha sido apenas duas frases, Stacy decidiu que o melhor a se fazer era sair de perto daquela agitação toda. 

Quando finalmente tinha tirado o roupão e posto um pijama para dormir, emprestado por Rebecca, ela se aconchegou a Dory e cobriu o corpo, fechando os olhos. Porém, para o seu desagrado, Bucky estava mesmo falando sério e bateu na porta algumas vezes, chamando por ela. 

-Nastya! Oi! Abre a porta, por favor! A gente precisa conversar! 

Stacy suspirou e murmurou um "Já vai" enquanto Dory latia, empolgada, pulando da cama. As orelhas balançaram conforme ela caía e, dois segundos depois, ela já pulava na porta, latindo e se abanando inteira. 

Stacy pulou a cachorra e abriu apenas uma fresta da porta, vendo o estado de Bucky. Ele tinha os olhos vermelhos e estava descabelado, além de feder a álcool tão fortemente que Stacy nem mesmo se lembrou do metabolismo acelerado quando supôs, de cara que ele estava bêbado. 

E é claro que, "para ajudar na situação", ela perguntou: 

-Meu Deus… Quanto você bebeu?! 

-Isso não importa! - Bucky resmungou, urgente, empurrando a porta e entrando no quarto. - Preciso falar com você! 

Dory pulou nas pernas dele enquanto Bucky, finalmente, percebia que ela vestia apenas um shortinho de cetim e uma blusinha de alcinhas. Engolindo em seco, ele desviou o olhar. 

-Olha, sem querer ser chata, Bucky… Mas tive um dia difícil… Ou melhor, um mês difícil! 

-Eu sei! 

-E você bêbado dessa forma… Eu acho que seja o que for, pode esperar para amanhã. 

Bucky franziu a testa e entendeu que ela estava o expulsando do quarto quando apontou para a porta. Então, rapidamente, ele negou: 

-Não estou bêbado! 

-Certo, e eu sou o coelhinho da Páscoa! 

-Stacy, me escuta! - Bucky pediu, fechando a porta a seguir. - Eu preciso te contar uma coisa! 

Stacy suspirou, percebendo que ele não ia recuar. Então, ela apenas respirou fundo e o encarou, pondo as duas mãos na cintura. Elevando o olhar para ele, Stacy franziu a testa ao ver um corte no supercílio masculino. 

Antes que pudesse raciocinar, seus dedos tocaram o corte e saíram ainda com sangue, mostrando que era recente. 

-O que aconteceu contigo, homem? 

-Eu… - Bucky franziu o cenho e desviou o olhar, sorrindo sem graça. - Digamos que eu estava com tanta pressa que não reparei que a porta era de vidro… 

Stacy soltou uma risada, mas mordeu a boca se controlando a seguir, enquanto revirava os olhos. Erguendo uma sombrancelha, ela perguntou: 

-Tem certeza que não está bêbado, é? 

-Ah, cala a boca! - Bucky reclamou, a olhando nos olhos. - Stacy? 

Ela assentiu e murmurou um "Sim?", esperando. Estavam tão perto que ela sentia o hálito dele. Era uma mistura de uísque e bala de hortelã que fazia Stacy sentir a própria boca salivando, implorando para provar aquele gosto. 

-Eu amo você. 

Stacy levou dois segundos para assimilar a frase. E aí, sim, ela teve certeza absoluta de que ele estava bêbado. Então, deixando os ombros caírem, ela perguntou: 

-Era isso? Você veio aqui, fedendo a álcool dessa forma e garantindo que não está bêbado, apenas para falar "que me ama"? 

Bucky sentiu o coração apertar no peito, mas percebeu que Stacy realmente achava que ele estava bêbado e não o rejeitando quando ela simplesmente o pegou pelo braço e murmurou: 

-Olha, muito maneiro e obrigada! Mas amanhã de manhã, quando você acordar e ainda se lembrar disso, a gente conversa, Bucky. 

-Eu não tô bêbado, Mulher! 

-Se não está mesmo, então, amanhã, a gente conversa. Vem, vou te levar para dormir! 

Bucky puxou o braço e bateu o pé, irritado. No entanto… Ele teve uma pequena ideia, afinal, realmente, se percebesse que Stacy não o correspondia, ele podia continuar botando a culpa na bebida. Então, negou e apontou para a cama dela. 

-Quero dormir aqui! 

-Mas essa é a minha cama! 

-Sim! 

Stacy respirou fundo e coçou o ossinho entre os olhos, encarando o teto. Se aproximando dele, ela segurou os ombros de Bucky e o olhou nos olhos, pronta para dar algum sermão nele. Mas tudo que ela pôde fazer foi lutar contra o impulso de beijar ele. 

De uma vez só, Bucky a puxou pela cintura e se inclinou para frente, fazendo Stacy recuar de susto, confusa e nervosa. Porém, ele acompanhou o movimento dela e andando até fazer ela bater com as costas na parede do quarto, ele sussurrou: 

-Não! Fica aqui! 

-Bucky… 

-Me deixa te abraçar, Nastya… - Bucky sussurrou, sentindo o cheiro levemente âmbar dela, correndo o nariz pela pele do pescoço, fazendo a mulher se arrepiar e, claramente, derreter entre os seus braços. - Me deixa sentir seu cheiro… Seu toque… 

Stacy fechou os olhos e apoiou a cabeça na parede, lutando contra o impulso quase feroz de beijar o homem, de sentir o gosto e os carinhos dele. Era quase como se ela não tivesse mais o controle do próprio corpo quando ele beijou sua clavícula, bem em cima da marca de mordida. 

Gemendo, ela usou as mãos para tentar afastar ele pelo peito, mas nem mesmo fizeram cosquinha e Bucky voltou ao ouvido dela. 

-Eu quero tanto beijar você!

-Isso é… Errado… Bucky… 

Ele recuou. O suficiente para olhar nos olhos dela e saber que, apesar de precisarem conversar seriamente, ela queria aquele beijo tanto quanto ele. A respiração acelerada, a boca entreaberta, as mãos dela agarrando sua camisa e o peito que subia e descia em expectativa… Tudo nela gritava "Me beija". 

-Diz que não me quer. 

-Eu… Eu não… 

-Fala só uma vez. E eu saio daqui. 

-Bucky… 

-Annastacia, você quer ou não?! 

Stacy não respondeu. As mãos dela tornaram a se fechar sobre a camisa dele e, mesmo sabendo que era errado, ela pensou um "Ah, que se foda!" E o puxou contra si. 

Suas bocas se encaixaram com uma pressão urgente apesar do beijo ser exatamente o contrário do que eles idealizaram: Era firme e forte, mas era calmo e longo. Molhado. Apaixonado. 

As mãos de Bucky agarraram a cintura de Stacy fortemente, se cruzando em suas costas, como se tivesse medo de soltá-la enquanto as mãos dela subiram direto para seus cabelos. Aqueles em que ela sonhava dia e noite passar os dedos e bagunçar, prender entre eles e puxar, arranhar sua nuca… 

O beijo tinha mesmo gosto de uísque e menta e Stacy nunca tinha provado algo tão deliciosamente viciante e tentador em toda a sua vida. 

Suas línguas se chocaram e se acaríciaram lentamente, fazendo os dois soltarem um gemido involuntário de prazer. Eles se moviam desajeitados no início, mas aos poucos, pegando um ritmo mútuo que tornou tudo mil por cento melhor. 

Quando Bucky subiu as mãos pelas costas de Stacy, agarrando a base do cabelo dela, o peito dela se esfregou contra o dele, roçando os mamilos sensíveis e fazendo Stacy sentir que estava muito, muito excitada. A tal ponto de, se Bucky começasse a tirar a roupa dela, Stacy não teria resistência alguma. 

Então, unindo toda a sua força de vontade, ela finalizou os beijos com selinhos, recuando, o que fez ele ficar confuso. 

-O que foi? 

-Eu… - Stacy respirou fundo, sem fôlego. - Amanhã, Bucky. Vamos dormir? 

Bucky sorriu de lado e beijou a boca dela mais uma vez, vendo resistência nenhuma. Então, a soltou e assentiu, beijando sua testa. 

-Dorme comigo, Meu Amor? 

Stacy fechou os olhos e soltou o ar, assentindo, apesar de ter ficado com um olhar um pouco triste a seguir. 

-Durmo! Claro! Eu só… Bucky, por favor… Me promete uma coisa?.

Ele assentiu, sério. 

-Tudo que você quiser! 

-Se quando a gente acordar, você tiver se arrependido disso ou… Ter feito só por estar bêbado, sei lá… Por favor, não toca nesse assunto nunca mais. 

Bucky fechou os olhos e assentiu, segurando o rosto de Stacy com todo o cuidado para beijá-la mais uma vez. Era viciante, muito melhor do que se lembrava que pudesse ter sido na Hydra e agora, não sabia mais como poderia ficar sem sentir o beijos dela. 

Morreria antes de se arrepender porque agora que tinha provado dela, parecia que nunca tinha existido o sentimento de ódio, que nunca tinha existido o medo da rejeição. Porque, no fundo, sua parte emocional sempre, desde que era apenas um rapaz apaixonado pela melhor amiga da irmã, sabia que alguma parte dela pertencia a ele, assim como ele todinho pertencia a ela. 

-Eu nunca vou me arrepender, Sua Babaca! 

Stacy riu e deixou a testa cair sobre o peito dele. 

-Olha aí… Parece que alguém está ficando sóbrio… Vem logo, antes que você mude de ideia. 

As borboletas no estômago de Stacy fizeram uma festa quando suas mãos se tocaram, produzindo choques por todo o seu corpo. Os dois se jogaram na cama e, sem nem mesmo dizer uma palavra sequer, Stacy pegou a minhoca de cabelo ao lado da cama e amarrou nos pulsos dos dois, como se fossem as algemas, deitando a seguir, juntos, enquanto ela apoiava a cabeça no peito agitado dele. 

Dory e Alpine dormiram agarradinhas e emboladas nos pés dos dois, enquanto Stacy e Bucky dormiam agarrados e embolados embaixo dos lençóis, sem ligarem para o fato de que a ausência deles foi bastante comentada, principalmente na hora do Parabéns, cujo aniversariante, estava faltando. 





Oiie, Meus Amores! ❤

FINALMENTE EU TROUXE O CAPÍTULO MAIS AGUARDADO DA FANFIC INTEIRA E, ESPERO EU, QUE TENHA SIDO O SUFICIENTE PARA COMEMORAR OS 15K VISUALIZAÇÕES

🥳🥳🥳❤🥺🤏🏻😭💖💫

Ai, gente... Eu não sei vocês, mas eu amei demais esse capítulo e posso dizer que foi um dos primeiros beijos que eu mais amei escrever, de verdade! Até porque, eu tive a ideia dele quando eu tava no capítulo sete ainda... Ou seja, eu precisei escrever dezoito capítulos para poder chegar aqui e no capítulo da semana que vem, que também é um dos meus favoritos!

Agora, eu preciso saber: Quantos mais vocês acham que vão ser até o hot?? Valendo um spoiler, hein LKKKKKkk O primeiro que acertar, ganha 🤭💖 (E eu tô falando sério)

Bem, espero que vocês tenham gostado! Ah, e por favor, não problematizem a Stacy beijando o Bucky mesmo achando que ele não estava sóbrio, os dois queriam e precisavam disso e talvez, se ela não pensasse que ele podia esquecer depois, ela não o beijasse hein 😫🤦🏻‍♀️😒

( Até porque, quando ela percebeu que estava intenso demais, ela mesma parou )

Enfim...

Até o próximo!

Beijos! 💋💋

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