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Sete dias poderia ser uma eternidade ou passar em um piscar de olhos. Depende do ângulo pelo qual se olha e se, por acaso, espera-se por algo. Afinal, qualquer tipo de espera gera uma ansiedade, ainda mais, se não há prazos ou garantias de que, um dia, essa espera poderia acabar, apesar de ses a única coisa que você se importa ou espera. 

Sete dias era o número de dias no qual Stacy tinha sumido de suas vistas novamente depois de ter fugido na Itália e o número de dias no qual Bucky mal conseguia dormir. Por Deus, nunca, em toda a sua vida, achou que perderia mais que uma noite de sono por Stacy, mas já era a sétima e ele não sabia mais o que fazer para solucionar isso. 

Então, enquanto fazia carinho na barriga de Dory, que dormia sobre suas pernas, com as quatro patinhas para cima, Bucky soltou um longo suspiro, olhando a lua que brilhava sobre a cidade de Nova York. Estava cansado e se sentia apático e sem energia, quase entediado, na realidade. 

O clima na casa não era dos melhores. Rebecca mal queria comer e passava os dias tão apática quanto ele se sentia naquele momento e Steve estava uma pilha de nervos por ter mais problemas do que poderia suportar por causa dos Vingadores, então, Bucky acabava ficando sozinho a maior parte do tempo. 

Estava de madrugada quando o telefone de Steve começou a tocar, fazendo Bucky e Dory levarem um susto. Afinal, Steve mesmo não estava em casa naquela noite. Tirando a filhote do colo, com todo o cuidado apesar dela estar acordada já, Bucky a colocou em cima do próprio travesseiro e levantou para olhar a tela. 

Era um número privado, mas mesmo assim, Bucky decidiu atender, se sentando novamente na cama e sendo atacado por lambidas animadas quando Dory começou a pular em volta dele, abanando o rabo caramelo e peludo. 

-Alô? 

-Steve? É a Serena… 

Bucky franziu a testa, encarando a tela. Não conhecia nenhuma Serena, mas Steve também tinha os próprios segredos, então… 

-Desculpe, não. O Steve deixou o telefone em casa. Quer deixar algum recado? 

Um momento de silêncio tenso pôde ser ouvido na linha e, por fim, a mulher perguntou: 

-Você é o Bucky Barnes? 

-Provavelmente. 

Mais silêncio. Bucky observou Dory pular da cama no chão, as orelhas peludas balançando no ar como se ela estivesse prestes a voar por alguns segundos, antes de pousar no chão e saltitar para fora do quarto. 

-Pode ser com você mesmo, Senhor Barnes! Não tem problema! 

- Certo. - Ele assentiu, soltando o ar retido nos pulmões. - Diga. 

Bucky deitou na cama e olhou para o teto, pondo o braço atrás da cabeça. 

-É que… Bem, sabem aquela Vingadora que desapareceu? 

O coração de Bucky deu um salto e ele se sentou junto, sentindo a pulsação acelerar. 

-A Stacy?! 

-Sim! A loira… 

-Sei, claro! O que tem? 

-Como eu posso saber cem por cento que achei ela? 

Bucky analisou a voz da mulher, atrás de qualquer vestígio de brincadeira ou algo assim, mas não achou nada a não ser um sotaque do interior forte. 

-Ela tem uma tatuagem nas costas. Ou melhor… Três. São bem escondidas, não daria para qualquer pessoa ver. 

Silêncio. Bucky ouviu uma movimentação no telefone e, por fim, a mulher perguntou: 

-Passarinhos, patinhas e "ignite"? 

Bucky hesitou, se dando conta que se fosse uma armadilha, o pessoal da KGB poderia saber. Então, ele arriscou mais uma coisa. 

-Ela está aí? 

-Sim. Na minha frente. Mais especificamente? No sofá… 

-Certo. Ela tem… Ham… Uma Cicatriz na clavícula. Você pode verificar? 

Mais silêncio. Por fim, a voz da mulher pareceu confusa. 

-Tem. 

-Certo. - Bucky respirou fundo e continuou. - E parece com…? 

-Com uma marca de dentes… - Serena fez uma pausa e franziu a testa, confusa. - Céus! É uma mordida mesmo?! Esa menina foi atacada por canibais, é?! 

-Deus! 

Bucky deixou o corpo cair na cama de novo e a tal Serena continuou falando. 

-Olha, Barnes… Não nos conhecemos mas sou neta da Peggy Carter e por isso, conheço o Steve. Sua amiga chegou aqui, na minha fazenda, há quatro horas, não fala coisa com coisa, parece ter batido a cabeça e eu só reconheci ela porque ela falou seu nome algumas vezes. Tem como vocês virem para cá?! 

Bucky concordou, é claro, e correu para pegar uma folha de papel e uma caneta no armário do amigo, tropeçando na gata no caminho, que claramente, se irritou com ele e saiu igual um foguete do quarto logo depois de entrar. 

Assim que encerrou a ligação, Bucky entrou por dentro do quarto de Rebecca e, para sua surpresa, Sam e ela estavam dormindo juntinhos. Franzindo a testa, Bucky não se lembrava de Sam estar no apartamento com eles quando foi dormir, então, logicamente, o homem chegou depois e escondido. 

Mas, ignorando esse fato por hora, Bucky começou a sacudir os dois e, assim que eles abriram os olhos e se deram conta de que era Bucky, ele nem mesmo tentou falar nada sobre aquilo, apenas exclamou; 

-Acharam a Stacy! 

-O que?! 

Rebecca pulou por cima de Sam, enfiando o joelho em uma parte sensível do homem, enquanto caía no chão, aos pés de Bucky, que apenas esticou a mão para ela e negou com a cabeça, suspirando, ao tirá-la do chão.

-Uma tal de Serena achou ela. Ou a Stacy achou a Serena. Não sei! Enfim… Sei que achamos ela e agora preciso que vocês liguem para a Nat e vejam se ela está com o Steve. Se tiver, manda eles virem para cá o mais rápido possível! E pelo amor de Deus… 

-Nada de John! 

Os dois irmãos falaram juntos e Rebecca passou apressadamente pelo irmão, saindo do quarto a seguir. Encarando Sam, que finalmente levou as mãos ao local dolorido fazendo uma careta de dor, Bucky ergueu uma sobrancelha. 

-Quer gelo? 

-Não, tudo bem… - Sam suspirou e o encarou, coçando a cabeça ao encarar o cunhado. - Eu… Ham… Estava por perto e… 

-Isso não importa agora, okay? - Bucky exclamou, puxando Sam para fora da cama e o arrastando para fora do quarto. - Vamos primeiro procurar a Stacy e depois conversamos sobre você invadir apartamentos alheios para dormir com a minha irmã! 

-Nossa! Botando assim… Parece até que eu sou um maníaco! 

Bucky ignorou aquilo já que se sentia mais ansioso do que em toda a sua vida inteira. 



*** 

Já tinha amanhecido no Estado de Nova York e, parada na janela do quarto que abrigava Stacy, ela penteava os cabelos médios e loiros, sentindo a cabeça doer e latejar. O céu estava azul límpido e não havia uma única nuvem, apesar de claramente ter muito vento.  

Era uma paisagem linda, para falar a verdade. Centenas de metros de verde misturado com o céu, algumas casas no horizonte e mais nada. 

No entanto, tinha uma coisa que não deixava a mulher relaxar, apesar do banho quente e longo que tomou assim que acordou: Ela mal se lembrava do próprio nome e que era da Suíça. O resto… 

A sensação era de estar vendo através de uma nuvem cinza e grossa: Ela conseguia vislumbrar seu passado, conseguia ver que tinha algo alí… Mas não sabia o quê. 

A senhora que a ajudou deveria ter por volta dos cinquenta anos e se chamava Serena. Stacy não fazia idéia de como tinha ido parar por lá e, a principio, não confiou muito nela, mas aos poucos, foi capaz de aceitar a ajuda dela. No entanto, quando foi levar o café da manhã dela, Serena avisou que havia chamado os amigos de Stacy e, por alguns segundos, ela entrou em pânico, achando que tinha que fugir antes deles chegarem, mas… 

Fugir de quem? E por quê? 

Não fazia muito sentido… 

Apesar disso, Stacy só se acalmou um pouco quando ouviu o nome "Rebecca Barnes". Tinha algo nesse nome em específico que era… Harmonioso. Quase famíliar. E Stacy seria hipócrita se não admitisse que estava ansiosa para ver essa tal de Rebecca e saber se, por acaso, se lembraria dela.

Quando seus cabelos já estavam mais do que penteados, Stacy aceitou as roupas que Serena alegou serem da filha dela e, fora umas blusas, deu perfeitamente em seu corpo. 

Então, ela viu o momento em que um carro apareceu no horizonte e foi seguindo na direção da fazenda de Serena. Seu coração acelerou e ela grudou o corpo na parede assim que estacionaram o carro, mas mesmo assim, naquele ângulo, ela conseguia ver o interior. 

De dentro, um homem loiro e bem forte saiu do motorista e, ao seu lado, do carona, saiu uma ruiva linda, segurando uma maleta. Então, enquanto Serena falava com eles, uma mulher morena e estranhamente familiar para Stacy pulou do carro para, a seguir, um homem negro e com um sorriso lindo (ela sabia porque ele estava rindo) e um homem alto e moreno, sairem logo atrás. 

Porém, foi o último deles que chamou a atenção de Stacy: Havia um braço de metal no lugar de um verdadeiro, escuro, com relevos em dourado. Além disso… Stacy sabia que conhecia ele, assim como sabia que conhecia a morena que, de repente, olhou diretamente para ela e sorriu, amplamente. 

No susto de ter sido pega observando o grupo, Stacy se afastou da janela com um pulo, deixando a cortina balançar e pender, com o coração acelerado e as mãos suando. Sua cabeça continuava latejando e Stacy sentiu suas mãos suarem, nervosa. 

Ela andou até a cama e se sentou, sabendo que logo seria chamada para ir até eles e, por exatos dois minutos, encarou a janela pensando em pular e fugir. Porém, quando ela finalmente decidiu que faria isso e chegou a se levantar da cama e ir até a janela, duas batidas soaram na porta e ela estacou na posição em que estava. 

-Querida, você tem vis… 

Stacy engoliu em seco, forçando um sorriso ao perceber que ainda estava com uma perna de cada lado da janela, quase saindo da casa. 

-Visita. Okay. - Stacy pulou para dentro novamente e se sentou na beirada da cama. - Certo, entrem. 

Serena balançou a cabeça e saiu andando, deixando apenas a mulher e o homem morenos. Claramente, eles eram irmãos. Isso, se não fossem gêmeos. O homem a encarou e, apesar de ela achar que ele começaria a chorar, na verdade, ele apenas perguntou: 

-Você ia pular a janela?! 

-O que você tem a ver com isso?! - Stacy perguntou, na defensiva. 

-Bucky, cala a boca! - A mulher morena exclamou, se virando para Stacy a seguir. - Sua vadia! Eu achei que você tinha morrido! 

Talvez, Stacy devesse ter ficado ofendida, mas… Não, ela não ficou. Não quando Rebecca (e ela sabia que era ela, apesar de não se lembrar) correu em sua direção e a abraçou com força. 

O abraço era famíliar e acolhedor e isso fez Stacy perceber que sim, comhecia eles e, principalmente, lembrava de Rebecca. Especialmente, na KGB. No entanto, assim como ela a conhecia, Rebecca também conhecia Stacy e, percebendo o desconforto dela com aquele abraço, Rebecca a soltou, recuando um passo. 

-O que foi? 

-Ah… Nada! Eu só… 

Stacy soltou um suspiro frustrado e caminhou até a cama, se sentando nela. Dava para perceber de longe que a mulher estava tensa e cansada. Abraçando os joelhos, ela observou os dois irmãos se, e confusos. 

-Nastya, qual o problema?! 

Stacy franziu a testa para ele, se perguntando porque diabos ele a chamou assim. Então, como se fosse mágica, a expressão do homem desanuviou e ele negou com a cabeça, tenso. 

-Não, não, não… Stacy, para de brincar! 

-O que foi?! - Rebecca perguntou, alternando o olhar entre eles. 

-Você acha que eu estou brincando?! 

-Eu gostaria que estivesse! 

-Bucky! Quer me falar o que houve?! 

Stacy desviou o olhar e se concentrou em uma tábua de madeira, no chão. A voz de Bucky soou em seu ouvido, tornando real o que ela achava que tinha passado quando ele disse: 

-Olha para o jeito que ela está olhando para gente! A Stacy não sabe quem nós somos, Becca. Devem ter feito uma lavagem cerebral nela… 

Stacy encarou a reação de Rebecca e por um segundo, ela parecia que poderia desmaiar. Mas apenas ergueu o queixo e murmurou um "já volto", saindo do quarto sem falar mais nada e deixando Stacy e Bucky à sos.

Por algum motivo, a loira estava nervosa e incomodada com a presença de Bucky. Quer dizer… Ela mal se lembrava dele apesar de reconhecer os traços do rosto de algum lugar, mas, claramente, ele a conhecia a ponto de, apenas olhando para ela, saber que ela não o reconhecia. 

Então, criando coragem, Stacy pigarreou, tirando a atenção dele do espelho ao lado da porta, perguntando, a seguir: 

-Então, nós… Hm… Nos conhecemos. 

-Há uns oitenta anos. - Bucky confirmou, enfiando as mãos nos bolsos ao encostar na parede para observá-la. 

-E somos amigos? 

-Não. 

-Ah… 

Stacy franziu a testa e tornou a observar ele antes de voltar a perguntar: 

-Então, somos… Parentes. Sei lá. 

-Não. 

-Inimigos? 

-Não mais. 

-O que somos, afinal?! 

Bucky abaixou a cabeça e encarou os próprios pés, murmurando um "Não sei". Isso fez Stacy bufar e murmurar que ele era burro e Bucky aproveitou para retrucar que, ao menos, ele sabia quem ele era. 

Isso fez um travesseiro voar direto na sua cara no exato segundo em que Natasha Romanoff e Rebecca Barnes voltaram ao quarto, olhando para os dois, incrédulas. 

-Nossa, Mulher! 

-Cala a sua boca se não vai dizer nada que preste, viu?! Idiota! 

-Mas com o que você já irritou ela?! - Natasha perguntou, segurando um frasco vermelho brilhoso em mãos. - Aliás, oi! Sou a Natasha, mas pode me chamar de Nat, viu? Deixa eu só… 

Enquanto Bucky murmurava que não tinha feito nada, recebendo um olhar mortal por parte de Stacy, Natasha quebrou o vidro entre suas mãos e, por um segundo, Stacy pareceu confusa, então… 

De repente, ela sacudiu a cabeça e pareceu acordar de um longo sono e, apesar da mente dela estar anuviada ainda, ela lembrou, com exatidão, os últimos dias, desde que tinha sido sequestrada e mantido refém. 

No entanto, quando encarou Natasha e Rebecca, ela sorriu, feliz por reconhecer elas, mas… 

Ainda não conseguia lembrar do homem na porta do quarto. Sabia que deveria. Mas não vinha nada à sua mente. E de tanto forçá-la de uma vez, Stacy soltou um gemido, levando os dedos à testa. Por fim, como se tivessem tirado uma bateria dela, a loira simplesmente desmaiou, caindo para o lado e, por estar na beirada da cama, indo com a testa direto ao chão. 

-Isso era para acontecer?! - Bucky perguntou, correndo até Stacy, junto com Natasha. 

-Bem… Depende! Mas… Bucky… 

Os dois colocaram Stacy de volta na cama e foi quando eles viram: Não devia ter sido apenas lavagem cerebral, mas sim, a eletroconvulsioterapia com lobotomia. Afinal, quando Bucky afastou o cabelo loiro da testa dela, as marcas deixadas pelos choques na pele estavam lá. 

-Me diz que isso é reversível! - Natasha pediu, quase em desespero pela mulher, enquanto Rebecca arfava, entendendo o que houve. - Bucky! 

Ele tirou os olhos das marcas vermelhas e encarou Natasha, engolindo em seco. 

-Se foi uma ou duas… Sim, é. Mas… Depende, quer dizer… Quanto maior o tempo após a lobotomia, mais as lembranças voltam. 

-Mas…? 

Bucky encarou Rebecca quando ela perguntou, séria. 

-Mas a cabeça dela está inchada. Deve ter sido uma concussão… - Bucky comentou, tirando a mão verdadeira de trás da cabeça dela, olhando para Stacy desmaiada mais uma vez. - Precisamos levar ela a um Hospital. 

Rebecca concordou e levantou da cama onde tinha sentado, murmurando que ia avisar ao pessoal. Enquanto isso, Bucky soltou o ar que prendia, torcendo para que ela não tivesse sido submetida a muitas seções de choques, mas achava que não era esse o caso, afinal, ela parecia querer se lembrar dele e, apesar de não reconhecer Rebecca, tinha acertado o contato. 

Tirando o cabelo de cima da testa dela de novo, Bucky suspirou e encarou a mulher, fazendo um leve carinho em cima da marca de mordida que, provavelmente, agora, não significava nada para ela, embora, para ele, significasse mais do que ele gostaria de admitir. 

Foi só quando ergueu o olhar que percebeu que Natasha ainda estava no quarto, sentada na beirada da cama, com um sombrancelha erguida em sua direção. O rosto de Bucky corou violentamente e Natasha soltou uma risada, desviando o olhar, enquanto falava para ninguém em específico: 

-Sabe? Achei que ia levar mais tempo para ver esse olhar aí, considerando o quanto você odiava ela. 

Bucky engoliu em seco e revirou os olhos, fixando sua atenção no céu azul matutino. 

-Que olhar? 

-Esse… - Natasha sacudiu a perna dele, até atrair sua atenção, e ela poder falar mais baixo. - Como se ela fosse a coisa mais importante do mundo e você a amasse. 

Bucky não respondeu absolutamente nada. Não quando sua garganta produziu um nó do tamanho de uma toranja e quando seu peito estava apertado de preocupação para saber o que aconteceu com ela e se era reversível. 

-Sabe? - Natasha voltou a falar, com aquele típico sorriso de lado que deixava claro que ela sabia mais do que falava. - Você deveria contar a ela. 

-O que?! 

-Que a ama. - Natasha falou baixo, de novo. - Vai passar a vida fingindo que não? 

Bucky suspirou e, abaixando o olhar para os próprios joelhos, sentiu as palavras serem arrancadas do peito quando murmurou: 

-É isso que eu tenho feito a vida toda, Nat. Fingindo que não a amo e escondendo até de mim. 

-E você acha justo? 

-E por acaso você acha que ela corresponderia?! - Bucky perguntou, levemente irritado, apontando para si mesmo. - Ela não me queria nem quando eu era uma pessoa normal, mulher! Imagina agora que não sou mentalmente estável e que não tenho um braço normal! 

-Ela também não é mentalmente estável… 

-E por acaso, você acha que sairia algo saudável daqui?! 

Natasha respirou fundo e encarou o teto, como se pedisse paciência aos céus, antes de se voltar para Bucky e suspirar. 

-Não estou tentando forçar nada. Não precisa fazer essa cara de velho turrão contrariado! 

Bucky revirou os olhos e intensificou o bico infantil que sempre ficava, focando o olhar em um ponto qualquer. 

-Só tô dizendo que, talvez, você se preocupe tanto em esconder o que sente que não percebe o mundo ao seu redor. 

-Como assim?! - Bucky negou com a cabeça, já tentando formular alguma frase e a única que conseguiu foi dita a seguir. - Não vem tentar me convencer que ela gosta de mim, Nat! Ela transou com o Steve e tentou ter um caso com o John antes dele virar um idiota com ela! 

-É… Ela teve envolvimentos carnais com os dois. - Natasha resmungou, não crendo no quão cego Bucky estava. - Ela queria transar e transou com o Steve. Nossa! Grandes coisas! Mas se ela não estivesse mesmo interessada em você, por qual motivo idiota ela disse para a Becca e a Yelena que só quer lances físicos porque já ama alguém, mesmo sabendo que nunca vai corresponder?! 

Bucky chegou a abrir a boca para falar, mas um momento muito específico veio em sua mente e ele franziu a testa, encarando Stacy, que continuava fora de si, desmaiada. 

Quando Sam foi sequestrado e eles estavam naquele galpão abandonado, no México, exatamente quando Bucky tentava entender se algum dia teria uma chance… Por um segundo, ele achou que ela teria dito um "Não quero ninguém que não seja você". 

Mas antes que ele pudesse dizer algo, o quarto foi invadido por Sam e Steve e Bucky precisou fingir que não estava lutando uma batalha interna entre "Ser racional e saber que era impossível que ele despertasse amor em alguém que o odiava" e "Ser emocional e, sentir, no fundo de si, como ele sentia quando era jovem, que no fundo, ela sentia algo por ele". 

E é claro que, enquanto Steve explicava que tinha conseguido ajuda com alguém específico, sem citar nomes, Sam percebeu que havia algo errado com Bucky, então… Puxou o cunhado pelo braço e começou a caminhar com ela pelo corredor, passando por Rebecca e Serena, que tomavam um chá no sofá, assistindo um programa de televisão de culinária, até eles saírem da casa e Bucky puxar o braço de volta. 

-Mas que porra, Sam! 

-Achei que você precisava tomar um ar, Parceiro. - Sam bateu nas costas dele, sorrindo para Bucky. - O que houve? 

Bucky negou, olhando ao redor. Rebecca estava muito perto, do outro lado da parede, e poderia ouvir. Então, Bucky maneou com a cabeça e começou a caminhar até próximo do Quinjet, parando perto de uma macieira e pegando uma maçã Vermelha e brilhante. Ele esfregou a fruta na camisa e encarou Sam, sério. 

-O que a Rebecca fala sobre… Sobre a Stacy, em relação a mim, Sam? 

-Por que a pergunta?

-Porque… A Nat me falou uma coisa e… Não sei… Eu realmente pensei em… Sabe? Me afastar dela e deixar o John tentar. 

-Que?! Por que, homem?! O Stee sabe disso?! 

-Só você. - Bucky encostou na árvore e mordeu a maçã com um barulho alto. - O Stee não é muito um exemplo de conselhos amorosos. Não acha? 

Sam riu e sacudiu o tronco da árvore até uma segunda maçã cair do galho e ele a pegar, limpando na blusa também. 

-Não vai dizer para ela que te contei? 

-Nem uma vírgula! 

-Certo. - Sam mordeu a maçã e engoliu, antes de, casualmente, falar. - A Becca diz que a Stacy realmente te odiava, mas que ela não sabe se, o ódio virou paixão, ou se ela te odiava porque era apaixonada por você! 

Bucky suspirou, coçando a nuca, enquanto Sam continuava falando entre uma mordida e outra. 

-Mas… De qualquer forma, uma coisa é certa para a Becca e o Stee, Bucky. A Stacy sente algo por você! 

-E se for só… Como a Nat tinha dito? Algo carnal? 

Sam fixou o horizonte, sério. Bucky esperou, olhando para o mesmo ponto e pensando que, embora fosse um lugar bom para relaxar, talvez, ele não quisesse morar em uma fazenda. 

-Se eu te contar uma coisa, você promete, nunca, em toda a sua vida, contar que eu te contei? 

Bucky encarou Sam, sério, percebendo que ele estava tão sério quanto ele. Então, Bucky assentiu. 

-É claro que não vou falar! 

-Tem certeza? Porque nesse momento, eu tô traindo a confiança de uma pessoa que gosto para cacete! 

Bucky assentiu, ansioso. Estava quase dando uns tabefes para Sam parar de mistério e dizer logo. 

-Certo. - Sam coçou os olhos e o encarou, sem nenhum vestígio de brincadeira. - Você lembra quando a Stacy chegou aqui e ela tinha uns… Pesadelos, sabe? Pouco depois de resgatarmos a Becca, quando a Shield ainda estava sendo fundada e saíamos quase todo fim de semana? 

-Lembro. Fala logo, homem! 

-A Stacy pediu ajuda para a Wanda. Você sabe… Para entrar na cabeça dela e tentar se livrar dos pesadelos. 

-Certo. 

-E a Wanda viu. A Stacy entrou em desespero por causa disso, mas como a Wanda disse que não pretendia contar a você… 

-Contar o que, homem?! 

-Que ela é apaixonada por você desde adolescente. - Sam confessou, parecendo meio arrependido a seguir. - Por favor, Bucky! Você não soube isso por mim! Nunca! 

Bucky assentiu, sentindo tanta coisa naquele momento, que era difícil assimilar. Animação, paixão, empolgação… Medo, angústia, desespero… Ele parecia prestes a explodir quando Steve apareceu na porta da casa e gritou por eles, avisando que a ajuda estava a caminho. 




Oiie, Meus Xuxus! ❤

Finalmente, tivemos o TÃO esperado reencontro da Stacy e do Bucky, né? Hehehee mas de novo, com certeza, não foi o que vocês esperavam hehehe 🤭

NÃO PRECISAM MATAR A AUTORA

Eu juro que tem motivo para isso e vocês vão AMAR e me agradecer hein! Confia na titia aqui porque é ela quem está escrevendo a fic 😉

Bem, apesar disso, finalmente, Buckyzinho lerdinho entendeu que a Stacy tá apaixonada por ele, amém, aleluia!

Porém, ainda temos um looooongo caminho a percorrer porque Stacy tá mais desmemoriada que o próprio namorado, então...

Até domingo que vem!

Espero que tenham gostado desse capítulo!

Beijos 💋💋

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