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Capítulo 18


05/2071 – Dez meses após o acidente.

Diego havia feito testes de resistência física em sua última ida ao complexo da AEB. Mergulhou do alto de um trampolim na almejada piscina em frente aos alojamentos. Correu até a exaustão em volta de uma quadra de futebol.

Nas duas semanas que se seguiram após as avaliações médicas, ele pensou diversas vezes durante almoços e jantares sobre contar aos seus pais que estava prestes a iniciar seu turno de estudos antes de ser enviado à estação de construção da cúpula. Ele sabia que isso causaria histeria.

Na noite anterior ao dia que teria seus primeiros treinamentos, ele não desceu para o jantar, era nesse horário que ele costumava se atualizar sobre as notícias. Planejou naquela noite sair todos os dias discretamente sem dizer para onde estava indo, mas sabia que um dia essa atitude teria que acabar.

Quando já havia se deitado, ouviu batidas na porta do quarto, ouviu a voz de sua mãe perguntando se ele estava acordado. Preferiu não atender.

Na manhã seguinte ele acordou e desceu cuidadosamente as escadas. Sua mãe não estava na cozinha. Lembrou-se que quando passou pelo quarto dos seus pais, no andar de cima, a porta estava aberta, logo, eles não estavam em casa.

Seu pai foi trabalhar, mas aonde sua mãe teria ido?

O ônibus levava Diego rumo ao seu primeiro dia de trabalho. Sentia-se animado para aprender coisas novas e receber seu treinamento de astronauta. Às vezes ele não acreditava que aquilo estava acontecendo.

Naquela altura ele chegava à Avenida Brasil, então levantou-se, pois seu ponto se aproximava. Foi possível perceber uma aglomeração mais adiante quando o ônibus chegava em frente à AEB. Não eram pessoas uniformizadas, algumas seguravam cartazes. O ônibus finalmente parou e ele desceu um passo de cada vez os degraus da saída.

Diego caminhou pela rua no espaço entre o ônibus e a calçada, até que ele partiu. Pessoas gritavam frases de efeito, uma mulher falava no megafone.

"Eles alistaram nossos filhos contra a nossa vontade.

Os levaram para esse mundo sujo sem Deus.

Eu li o material que meu filho recebeu! Eles propagam o ateísmo. E somos nós que pagamos o salário deles.

Nós! O povo de Deus!

E eles então criam uma gaiola para prender todos nós. Vocês foram consultados? Não! Eu não fui consultada, eles fizeram contra a nossa vontade!

Que mundo é esse? Onde está a democracia?!"

Diego continuou caminhando pelo canto da rua já que a calçada estava abarrotada de pessoas que ouviam a mulher protestar.

Ele teve a sensação estranha de estar sendo vigiado por alguém, olhou para trás. Olhou de volta para frente e deu o próximo passo. Foi quando ele se deu conta que algo estava muito errado. Ele girou o pescoço lentamente para trás e pôde se certificar de que tinha visto certo.

Sua mãe o olhava fixamente do outro lado da rua.

Ele a ignorou e continuou andando. Ela então, se adiantou para atravessar a rua. O motorista de um carro que chegava deu uma freada quando estava prestes a derrubar Rosa. Os manifestantes voltaram sua atenção para o carro que quase atingiu a mulher, assim eles invadiram a pista e cercaram o carro. O motorista levantou os vidros com medo, já que as figuras que se aproximavam não pareciam nem um pouco amigáveis.

Rosa prosseguiu implacável. Diego apertou os passos em direção às portas automáticas, até que finalmente passou pelos seguranças. Ao transpor a porta, viu sua mãe ser barrada.

Ele não conseguia ouvir o que ela dizia, mas por leitura labial, compreendeu em meio aos gritos vorazes:

"Vocês não podem me impedir!

Aquele é meu filho.

Saiam da minha frente!"

A multidão se amontoou forçando os seguranças a entrarem e trancarem as portas automáticas. Do lado de fora, podia-se ver o aglomerado se formando e pressionando a entrada.

Diego reuniu-se em uma pequena sala com garotos que ele ainda não conhecia. Todos trajavam uniformes brancos. Através de um vidro era possível ver o artefato em que cada um deles seria testado.

Observando pela vidraça, viam a sala grande e circular. Lá dentro, havia a centrífuga, que era um eixo central sustentando um braço giratório com uma cápsula, onde cada um deles entraria e, ao girar, sofreriam o efeito de uma força capaz de fazê-los perder a consciência por um breve momento.

Um homem uniformizado entrou segurando uma prancheta.

— Michel.

O homem chamou pelo primeiro nome e um garoto magricela levantou-se. O rapaz forte ao lado de Diego soltou risadas provocativas, cutucou as costelas de Diego com o cotovelo. O homem e Michel entraram na sala da centrífuga e a porta se fechou.

— Esse aí?! Não vai durar nada. Você não acha?

Diego estalou a língua soltando um "Tsc" de desaprovação.

Os garotos foram até a janela observar Michel ser colocado na cápsula. O rapaz levantou-se desagradado pela reação de Diego e cruzou os braços ao aproximar-se dos demais. Acima da janela, havia monitores que exibiam o interior da cápsula.

O braço giratório iniciou seu movimento e tão logo atingiu os níveis mais elevados de força quando Michel fechou os olhos. Os operadores deram o comando para a máquina desacelerar e o mesmo homem retornou para convocar o próximo.

Diego passou por Michel após ser chamado, viu que o garoto estava pálido e visivelmente desorientado. Pensou em perguntar se ele estava bem, mas teve medo da resposta que ia ouvir. A experiência não parecia ser nada boa.

O homem o ajudou a embarcar na cápsula, cintos foram afivelados e ela se fechou. Uma luz incidia direto nos olhos de Diego, o que já era um incômodo antes mesmo da centrífuga iniciar seu giro. Estar trancado ali lhe provocava claustrofobia, acompanhada de uma leve sensação de desespero. Diego concentrou-se para dar seu melhor e resistir, pegou-se preocupado em suportar mais tempo que Michel, ou isso seria motivo de piada para o garoto inconveniente. Ele então percebeu que os poucos minutos de convivência no mesmo ambiente que o tal rapaz já foi o bastante para nutrir um ranço.

A centrífuga iniciou seu giro. Diego controlou a respiração. Gradualmente a velocidade aumentou pressionando seu corpo contra o assento. Sua cabeça ficava cada vez mais pesada, o que tornava difícil mantê-la levantada.

Após alguns instantes, o controlador avançou o giro para o próximo nível. Os garotos viam o rosto deformado de Diego nos monitores. Dentro da cápsula, ele sentiu uma enorme pressão, até que tudo se apagou.

Após alguns segundos com os olhos fechados, ele ergueu a cabeça, demonstrando que estava consciente. Desembarcou da capsula que após a experiência era vista como um objeto de tortura consentida. Caminhou em direção a sala de espera, seguido pelo homem que acompanhava os jovens até a cápsula. Ao entrar no aposento, percebeu que um novo grupo aguardava junto aos demais.

— Breno. — O homem chamou e Diego viu o garoto intragável levantar uma das mãos.

Breno estava de pé conversando com uma garota cujo rosto Diego não conseguiu ver, já que ela estava de costas para ele.

— Quando eu voltar a gente conversa — Breno sorriu para a garota, em seguida passou sua mão pelo braço dela —, pode ser?

A garota olhou para seu próprio braço e se desvencilhou do toque. Diego demonstrou estar perplexo com a atitude de Breno e mais ainda ao perceber que a garota era Rebeca.

Breno andou em direção a porta que levava à centrífuga, esbarrou seu ombro no de Diego ao passar por ele. Diego não retribuiu.

Rebeca apressou-se sorridente em direção a Diego.

— Eu não acredito! — ela falou antes de o envolver em um forte abraço, que durou mais que alguns segundos.

Ao se separarem, ele percebeu que a garota estava radiante.

— Por que você não me contou que foi selecionado? Ah, eu também não contei pra muita gente. — ela mesma respondeu. — Como está se sentindo? Foi muito ruim lá dentro? Eu te vi no monitor. Você deve estar cansado, vamos sentar ali?

Diego não conseguiu segurar o riso após tantas perguntas. Os dois se sentaram nos assentos que ficavam encostados nas paredes. No monitor era possível ver a cápsula se fechando com Breno dentro.

— Esse garoto, Breno — ela sussurrou —, meio inconveniente. Chegou cheio de intimidade passando a mão no meu braço.

— Eu vi. Antes de você chegar ele já estava sendo babaca.

— Que bom que não fui só eu que achei.

Eles riram discretamente.

A centrífuga girava em alta velocidade. Os que observavam no monitor se surpreenderam com a desenvoltura de Breno. Ele já resistia a um tempo considerável, até que fechou os olhos e a máquina desacelerou.

Breno retornou à sala e deparou-se com Rebeca e Diego sentados lado a lado.

O homem convocou o próximo a ser testado e o último garoto se dirigiu à centrífuga, o homem o acompanhou.

Breno, seu semblante era o de quem acaba de descobrir uma traição, encaminhou-se até Rebeca.

— Se adianta, não vem se engraçar pro lado dela, eu vi primeiro.

— Qual é o seu problema, moleque? — Diego respondeu levantando-se.

— Deixa eu ver... — Breno olhou ao redor — Você!

Rebeca se levantou e colocou-se entre os dois.

— Cara, você não percebe que está sendo ridículo? Eu nem te conheço e você age como se eu fosse alguma coisa sua. — Rebeca disse.

Dois garotos aproximaram-se e afastaram Breno, que resmungou falando para não se meterem.

A centrífuga já havia finalizado seu movimento. O último garoto retornou seguido pelo homem com a prancheta.

— Bem, já tenho os resultados. — Ele falou analisando os dados nos papéis. — Michel e Diego, reprovados. Gabriel e Breno, aprovados. Os reprovados poderão fazer uma sessão de treino gradual para aperfeiçoarem a técnica de respiração. Como Breno foi o que resistiu sobre a maior força pelo maior tempo, esse grupo será o grupo do Breno.

A primeira pessoa do segundo grupo foi chamada. Michel se adiantou para a saída seguido por Gabriel.

— Onde fica o seu alojamento? — Diego perguntou a Rebeca.

— Seção 3C alojamento 23. E o seu?

— Seção 2B alojamento 16, fica em frente à piscina. Dá pra ir andando de lá até o seu.

Eles se fitaram por um breve momento em silêncio.

— Te vejo mais tarde.

— Quando eu sair te aviso. — Rebeca disse.

— Bom teste, espero que vá bem.

— Obrigada. — ela falou em despedida.

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