Capítulo 17
05/2071 – Dez meses após o acidente.
Brenda cuidava de Arthur e Lino na sala. Os três eram os únicos na casa. Ela nutria em silêncio sua raiva por Ruth. Não queria discutir com Marcos já que ele, mesmo sem ter concordado que Ruth matou os gatos, ao menos a afastou dos serviços.
A campainha tocou e ela foi atender.
Abriu a porta e deparou-se com dois policiais.
— Bom dia, senhora Brenda. — o policial cumprimentou.
— Bom dia. — ela falou sem entender o motivo da presença dos dois.
— Será que podemos entrar? Queremos ouvir o seu depoimento. — ele anunciou.
Ela pensou por um instante demonstrando insatisfação.
— Podem. Podem entrar.
A policial e seu companheiro sentaram-se em um dos sofás. Brenda entrou e sentou-se em outro.
— Nós recebemos uma denúncia de ameaça, e ficamos preocupados ao assistir o vídeo que a senhora publicou. — a policial falou. — Queríamos saber a sua versão da história.
Brenda contou sobre os problemas que teve com Ruth, e os motivos que a levaram a ficar no estado de nervos em que gravou aquele vídeo. Explicou sobre os dois gatos que apareceram mortos, sobre ela ter negado o pedido de aumento. Sobre ter encontrado a vassoura com sangue e Ruth ter mentido, dizendo que não sabia, nem havia usado a vassoura.
Arthur e Lino continuaram quietos no tapete em frente a TV.
— Eles são uns anjos né, parecem não dar trabalho nenhum. — o policial comentou.
— Eles são, até demais. Já suspeitamos desse silêncio que eles ficam e levamos em uma fonoaudióloga, mas ela não soube dizer porque são tão calados para a idade deles. — Brenda explicou.
Os policiais se retiraram. Brenda esperou que Marcos a contactasse para contar sobre a visita.
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