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- VIII -Comprar


Lino foi convocado para ir à sala de reuniões da faculdade, ele se dirigia até lá se perguntando por que seu orientador teria escolhido aquele local em vez de sua própria sala, onde ocasionalmente costumava ser chamado.

Antes que ele chegasse lá, um debate era travado no interior do ambiente reservado. Três representantes da Abin estavam presentes: a mulher era Marisa, psicóloga. O homem mais novo era Caio Rodrigues, um físico. O mais velho dos três era um diplomata. Tomás havia servido ao governo e resolveu entrar para a agência, pois durante sua carreira tomou consciência de que os debates relevantes estavam ocorrendo em outro lugar que não o Itamaraty.

Apesar de muitos funcionários que assessoravam o presidente perceberem cumprir funções figurativas, poucos eram os que viam na Abin um lugar onde conseguiriam mais poder.

O que se falava entre os entendedores era que o Brasil sempre investiu pouco em inteligência. Um renomado jornalista escreveu que os trezentos milhões que a Abin usava para pagar seus funcionários não eram nada perto dos investimentos declarados pelas agências dos grandes países.

Isso porque ele certamente não sabia dos bilhões que estavam passando como orçamento não declarado para desviar urânio dos centros de enriquecimento. É claro que eles usaram o limite que suas usinas supostamente conseguiriam consumir para projetar a quantidade de urânio que estava sendo produzido no país, mas isso não era nem um centésimo do que estava sendo de fato minerado e enriquecido.

— O estado das memórias de Lino é preocupante. Estamos chegando em um ponto em que ele inevitavelmente retomará algumas lembranças, e não sabemos quais podem ser. — falou a psicóloga. — Os efeitos do... do procedimento feito em Lino estão ficando cada vez mais ineficazes.

— O efeito vai decaindo com o tempo, como um elemento radioativo. — explicou o físico.

Do lado oposto da mesa ao dos três agentes, estava o orientador de Lino, a coordenadora do curso em que Lino estava matriculado e um homem bigodudo de boina.

— Esse é o motivo da oferta, precisamos ganhar sua confiança. — disse o diplomata Tomás. — Pensem no que ele tem guardado no fundo de sua mente, pensem no que ele pode ter presenciado no plano em que viveu, as tecnologias que ele conhece, suas qualidades, experiências, ambições de um Líder galáctico. — Ele passou a olhar fixamente para o reitor. — Pense no que poderíamos fazer se tivéssemos ele ao nosso lado.

— Ele já está ao nosso lado. — o reitor Abraão afirmou da ponta da mesa, se desviando daquela conversa.

— Será que ele estará ao nosso lado quando retomar suas memórias? — provocou Tomás.

Abraão se sentiu subestimado. Por fim, acenou afirmativamente com a cabeça.

— Estamos acertados, você também terá seu mérito. Todos aqui terão seus papéis reconhecidos. — o físico falou olhando inicialmente para o homem de boina que estava sentado na sua frente.

Lino bateu à porta.

— Olá, Lino. Pode se sentar. — falou a coordenadora do curso, indicando a cadeira vaga do lado dela na mesa.

— Olá! — ele disse enquanto caminhava, em seguida se sentou encolhendo-se na cadeira com certa timidez diante dos desconhecidos.

— Nós te chamamos aqui porque temos algumas coisas que gostaríamos de conversar com você. — começou Alessandra. — Mas antes, como você está se sentindo?

Lino não esperava aquela pergunta.

— Eu, bem... Estou bem. Muito bem, na verdade. E você? — Lino fez a pergunta automaticamente por educação, sem se dar conta de que talvez não coubesse.

A coordenadora sorriu.

— Estou bem, também. — ela disse sendo simpática. — Você se inscreveu para a visita técnica à usina nuclear de Angra. Está pensando em se especializar na área de energia?

— Não. Bem... Lúcia, você sabe... Ela fez trabalhos nessa área. — Lino se enrolou. — Nós estamos juntos. Ela tem me incentivado a pesquisar temas variados.

— Entendo. — Alessandra comentou, em seguida deu um olhar para o orientador de Lino.

Os três membros não foram apresentados como representantes da Abin.

— Eduardo e eu te chamamos aqui por um assunto que acreditamos ser muito importante para você. — continuou a coordenadora.

— Uma oportunidade única. — Eduardo continuou, tentou disfarçar seu entusiasmo.

— Você pode falar, Edu. Acho que é mais a sua área que a minha. — ela falou, sorridente.

O homem de boina pigarreou, chamando a atenção para ele.

— Claro, Estevão. — Eduardo, o coordenador, cedeu a palavra, indicando a mão a ele.

— À vontade. — Alessandra concordou.

— Lino, sei que talvez não me conheça, mas eu venho desenvolvendo um projeto de pesquisa sobre o que pode ser uma nova tecnologia. Ainda está na fase inicial, — ele mentiu —, então perguntei para Eduardo se algum dos alunos orientados por ele se encaixava nessa linha de pesquisa, e ele indicou você.

Eduardo piscou sorridente para Lino.

— Você fez uma pesquisa envolvendo painéis solares hiper-eficientes, estou certo?

— Sim, eu pesquisei um pouco sobre isso, mas quando descobri os impactos dos materiais usados nos painéis após o fim da sua vida útil, vi que não seria tão sustentável investir nessa tecnologia. Por isso não prossegui.

— Muito bem, vou te explicar o que viemos conversar com você. — Iniciou Estevão.

"Um grupo de estudos desenvolveu uma tecnologia que usa a luz para projetar um holograma feito de pequenas partículas. Acontece que os estudos estão se mostrando promissores, mais que o esperado. Conseguimos projetar a imagem de objetos com pouca massa e em seguida desintegrar o objeto originário."

— Você consegue pensar em algo que possa ser feito com isso? — Estevão perguntou.

— Bem... — ele pensou por um momento —, imagino que por você ter me selecionado, deva ter algum interesse no meu estudo sobre os painéis. Pelo que você falou... eu não sei... você poderia usar um painel de alta conversão para captar a imagem do holograma. Não quero parecer ambicioso demais, mas como você disse que consegue desintegrar o objeto originário, você deve ter energia de sobra, então tudo que resta é a imagem projetada.

— Lino, agora seja direto: O que isso significa? — Estevão indagou.

— O teletransporte.

— Exatamente. — Estevão falou entusiasmado. — Essa é a nossa oferta: escolhemos você para levar isso ao mundo.

Lino olhou para Eduardo e em seguida para Alessandra, e de Alessandra para Eduardo. Estava desconfiado daquela conversa toda. Eles queriam que ele representasse algo que ele não descobriu de fato, isso o incomodou. Ele pensou se deveria demonstrar sua insatisfação ou simplesmente relevar aquela proposta, mas resolveu ir adiante.

— E o que eu ganho?

— Você será o detentor da patente. — O físico da Abin anunciou.

— Poderá registrá-la e decidir quem poderá usar essa tecnologia. — Estevão esclareceu. — É um grande poder que eu tenho certeza ir além das suas expectativas.

— Eu agradeço por terem me escolhido. Mas e as pessoas que se dedicaram a isso? Elas vão prescindir do reconhecimento delas?

O reitor se apoiou sobre os braços da cadeira enquanto esperava dos presentes, que concordaram com aquela brilhante ideia, uma explicação satisfatória.

Por fim, Lino decidiu que aquelas pessoas estavam fazendo algo nem um pouco correto.

Ninguém, nem mesmo o reitor, parecia ter pensado na possibilidade de alguém recusar aquela oferta. Eles se entreolharam por alguns momentos. A psicóloga da Abin, então, levantou-se e foi até uma mesa no canto da sala, abriu uma bolsa cinza simples, sem nenhum adereço que indicasse que era uma bolsa feminina. Poderia ser uma bolsa usada por um agente. Ela se dirigiu até Lino e deu na mão dele um único comprimido ainda na embalagem.

— Tome isso. — Ela orientou.

Ele continuou segurando o comprimido, em seguida perguntou.

— Sou obrigado a tomar?

— É melhor para você mesmo que você tome. — O reitor disse em um tom amigável.

O orientador trouxe um copo d'água para Lino, que tomou o comprimido e colocou o copo vazio em cima da mesa.

Rapidamente o contraste diluiu-se e se distribuiu por seus vasos sanguíneos, para que seu corpo interagisse melhor com o reator, que começou a apagar sua memória quando ele saiu daquela sala.

Os contatos de Teresa informaram a ela sobre a recusa de Lino. Teresa não esperava por isso, planejava que futuramente ele descobrisse que foi ela quem o escolheu para ganhar a patente, e que assim ganharia a confiança e lealdade dele. Mas ela não se abalou. Começou a traçar novos planos.

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