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- VI -Diego

Diego estava no sofá do escritório de Widsom, que orientava um estagiário reprovado em uma prova teórica, ficando impedido de ser promovido para astronauta.

Enquanto Widsom fazia perguntas a cada um dos estagiários, Diego embromava e vez ou outra realmente verificava os convites de compromissos de Widsom e anotava os horários na agenda dele, seu orientador na AEB (Agência Espacial Brasileira).

Sempre que entrava um novo estagiário e começavam as novas perguntas, Diego tentava penetrar a mente do estagiário, para além de saber as respostas verbais, produzir uma análise mental de possíveis proficiências de interação a distância.

Para isso, ele se comunicava com o reator de fusão enterrado sob a central de lançamentos da Agência Espacial Brasileira (AEB), e então usava o campo magnético do reator para tentar induzir pensamentos na mente do entrevistado.

Quando identificava um potencial receptor, ele o forçava a dar respostas que levassem Widsom a crer que o estagiário seria mais bem orientado por Diego. Com essa atividade clandestina, Diego podia selecionar para si possíveis aliados influenciáveis, bons receptores para fazerem par com os bons emissários. Quando esses novatos estavam sob sua tutela, ele podia levá-los pelo caminho que fosse cômodo a ele.

O garoto que estava na cadeira frente a Widsom recebeu a notícia de que não teria nenhum tipo de facilitação para ir melhor quando fizesse a prova novamente. Diego não entendeu a resposta de Widsom, já que ele havia induzido o garoto a responder como sempre fazia quando desejava que Widsom o colocasse para mentorear alguém.

O aspirante a astronauta levantou-se e seguiu para a saída. Diego o acompanhava com o olhar, sentiu ter feito algo errado e perdido um soldado para o seu exército. Até que ouviu em sua mente:

"Cuidado pra ninguém descobrir. O que você me daria para não contar a ele o que está fazendo?"

Os dois ficaram se encarando enquanto Widsom estava de cabeça baixa analisando dados do próximo estagiário que receberia.

Diego ficou pasmo. Franziu as sobrancelhas.

"Pode pensar, a gente se fala. Isso não é uma ameaça. Gostei do que fez. Quero agilizar as coisas. Quero que você me deixe participar, seja lá o que for."

O garoto sorriu e fechou a porta, se despedindo de Widsom.

Diego continuou olhando para a porta e viu a sombra do garoto dirigir-se para o lado direito, em direção à saída do corredor dos alojamentos, então ele devia ser de outro alojamento que não era aquele prédio.

— Qual o alojamento dele? — Diego perguntou a Widsom.

— Não sei — Widsom levantou uma pasta que era a do recém-saído —, olha aqui.

Diego deu a volta no sofá e pegou a pasta.

Widsom atendeu uma estagiária enquanto Diego analisava o prontuário do aspirante que havia o encucado. O exame de ressonância magnética que Diego viu ao entrar no banco de dados do Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear (CNRMN) não deixava dúvidas, — Glândula pineal e coluna cervical com enraizamentos altamente desenvolvidos. O garoto muito provavelmente era hospedeiro de uma alma do Comando Superior.

Após a menina se retirar sem Diego nem sequer ter avaliado as respostas verbais, muito menos a proficiência de comunicação extrassensorial dela, ele sentou-se de frente a Widsom determinado a conseguir mais autonomia.

Queria liberdade de controlar os reatores, ou de lidar diretamente com os estagiários. Atirariapara qualquer lado. E naquele momento, ele atirou para o que mais o deixava abismado.

— Widsom, eu acho que perco um pouco da minha energia cada vez que um ano se passa e não são admitidos novos astronautas na mentoria. — Ele começou enquanto Widsom o escutava plenamente. — Todos esses anos na AEB, você poderia me fazer o convite.

Widsom negou educadamente, pois queria Diego como um aliado. Caso ele virasse um mentor, teria autonomia para se desvincular da AEB e servir a outro órgão, teria sua própria equipe e não seria mais um servo de dedicação exclusiva dele.

— Diego, você pode recorrer a mim sempre que necessário. Do que você está precisando?

— Às vezes eu encontro alguém que quer muito entrar, que merece, mas não é aprovado no concurso, então queria ter a chance de ajudar essas pessoas.

— Certo. Não cabe a mim te promover a essa vaga. — ele mentiu. — Mas de qualquer forma, me passe a inscrição dessa pessoa.

Diego enrolou dizendo que passaria no próximo concurso. Sentiu-se parcialmente derrotado, já que ainda precisaria do aval de Widsom, e não poderia colocar quem quisesse para dentro da agência.

Ele chegou tarde em casa. Sua mulher e filha dormiam. Jantou e dirigiu-se para um local proibido para qualquer pessoa, isso incluía sua própria mulher. Desceu ao porão, aposento muito incomum em casas cariocas.

Mas que ele fez questão de blindar com uma grossa camada de chumbo para bloquear interferências não só dos reatores de fusão, mas também para impedir que qualquer quantidade de urânio que ele precisasse manipular no interior do local não fosse detectada pelos dosímetros mais comuns.

No porão havia um armário de ferro com uma gaveta na parte inferior, grande como um caixão. Uma porta na parede ao lado, guardava um segredo obscuro, Diego vestiu um avental de chumbo e a abriu.

Em seu interior, uma mesa com monitor mostrava um software onde uma barra de carregamento exibia o valor cem por cento. Ao lado da mesa, havia um saco preto cobrindo algo. Um policial diria ser um corpo, sem sequer precisar desvendar a coisa. Diego puxou a lona preta, revelando um boneco marrom-claro, feito de sacos de pano. Os braços um sobre o outro na frente da barriga.

Diego removeu um cabo do objeto que carregava conectado ao computador, ele possuía inúmeros pregos na cor cinza, fixados em uma base redonda. Aproximou com uma cautela cerimoniosa o objeto da cabeça do boneco que jazia no chão, e então fincou os pregos na cabeça dele.

Os fiapos dos sacos, que eram a pele do boneco, arrepiaram-se de forma idêntica à dos humanos, com a diferença de que eram mais grossos, quebrados e irregulares, do mesmo tom marrom que o saco.

— Ele não aceitou me emancipar e me colocar na mentoria. — Diego disse ao boneco, que respondeu em sua mente:

"Então vamos fazer outras requisições. Os reatores de fusão são de extrema valia." Ouviu-se não somente em sua mente, mas também um som grave fazia vibrar a mesa do computador, a poeira no chão, as teias de aranha no teto e até mesmo as paredes de chumbo. A voz de Drak Nazar irrompia em um tom mais grave e amedrontador de dentro do boneco, fazendo tudo vibrar.

— Conseguindo a mentoria eu teria acesso irrestrito aos novatos e poderia ter minha própria equipe. Que outra coisa pode ser prioridade, além disso? — Diego indagou ao sinistro autômato místico.

"Sendo mentor você tem acesso aos jovens promissores e possivelmente a eventuais hospedeiros de seres do Comando Superior que arrisquem se aventurar por aqui. Todavia, com acesso à rede de reatores de todo o país, e dos países com adidância da Abin, você tem acesso a todas as mentes de todos os seres vivos do planeta Terra. Você não acha que talvez isso possa ser sua prioridade?"

Diego sentiu-se burro, julgando estar dialogando com uma inteligência artificial que reproduzia os raciocínios da alma do neutralizado Drak Nazar. O autômato estava certo. Ele tinha que tentar novamente.

Talvez tenha sido o próprio boneco quem o orientou a atirar para qualquer lado em busca do seu objetivo maior.

O autômato voltou a falar:

"Ainda que dividam o mesmo corpo, você não pode permitir que o ambiente ao qual Diego esteve inserido desvie os ideais de quem você verdadeiramente é: você era Rolderklás muito antes de possuir este corpo. Lembre-se que o ambiente influi no indivíduo e o indivíduo influi na realidade."

— Diego, você sabe do meu apreço por você, — Widsom começou —, mas não posso permitir que você acesse os arranjadores. Você é útil nas operações, você tem uma capacidade receptora ótima. Não faz sentido eu colocar você operando para que outros vão no seu lugar. Ninguém se sairia bem como você.

— Não gosto de ser tratado como uma ferramenta. — retrucou.

— Não, não. Isso é um dom, é um fator biológico que não sabemos explicar. Eu já provei que você pode realizar feitos como reproduzir o sinal que recebe do reator para uma segunda pessoa.

— Aquilo foi um desastre.

— Sua comunicação com Michel foi o melhor resultado que obtivemos em todos os testes de comunicação cerebral. Michel possui um organismo ativo e dificilmente conseguiria receptar um sinal a uma distância grande como aquele que você amplificou. Você não é bom apenas sozinho, é mais que isso, faz com que as outras pessoas consigam ser melhores com você.

— E se eu não estiver mais satisfeito com a minha função? E se eu quiser algo a mais, novos ares, voar mais alto. Como você pode me ajudar?

Widsom analisou, pensativo.

— Por exemplo: você vai às reuniões de seleção de bases receptoras. Eu gostaria de estar envolvido nisso.

— Você gostaria? — Widsom falou surpreso.

— Sim, é uma área que me desperta interesse.

— Isso está ao meu alcance. — respondeu contente em poder satisfazer a vontade de Diego. — Eu posso te inteirar dos meus rascunhos, minhas análises de localizações. Você pode ir comigo a uma reunião. Isso não depende apenas de mim, mas se o pessoal te aprovar, posso te colocar para me representar. Não vejo problema nisso.

— Isso melhora as coisas. Só... me... envie suas anotações para que eu chegue na reunião mais entrosado dos assuntos. — Diego solicitou educadamente.

— Isso... te deixa satisfeito? Você se sentirá melhor tendo essa função?

Diego estava olhando para o computador de Widsom. Na bancada, haviam pastas e documentos, imagens de satélite das estações que ele já havia xeretado previamente.

Diego olhou nos olhos de Widsom.

— Me deixa bem mais satisfeito. — ele falou e, por fim, sorriu.

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