Capítulo Nove- I -
A parede cinza percorrida por eletrodutos pretos possuía uma moldura metálica de bordas arredondadas que se sobressaltava, como uma porta, mas não era possível enxergar nenhuma maçaneta ou fechadura, indicando que talvez ela só poderia ser aberta por dentro.
Um barulho mecânico de engrenagem soou com o início da abertura da porta. Ela se abriu até a metade, revelando um compartimento oculto, e continuou abrindo, até que encostou completamente na parede, emitindo um estrondo. No compartimento dormindo de pé, estava o corpo intacto de Teresa, vestindo uma roupa branca.
Uma máscara de oxigênio estava em seu rosto. Um cateter em sua veia permitia que uma substância incolor fosse injetada após percorrer pequenos tubos que saíam da parede. Atrás dela, um suporte metálico possuía saliências e cavidades com o formato de seu corpo, para sustentá-la em pé.
Teresa acordou dentro do equipamento em seu corpo clonado. Ela perdeu a proteção do cetro Dimfloat, mas conseguiu danificar permanentemente o corpo de Draknazar, o que ela considerava uma troca mais do que justa.
Ela chegou na casa de Maxílyan. Ele gritava no telefone com Iohan após ter visto na câmera de segurança que os três nada fizeram para impedir que Teresa fosse morta. Ela tocou a campainha.
— Que capangazinho de bosta você me arrumou, ele deixou Drak vir atrás de mim e me matar. E depois outro escroto apareceu com aquela vadia protegendo o cetro! — Teresa se exasperava.
— Como você está viva?
☢
Teresa desacelerara o carro, parando próxima à mulher, baixou o vidro e recebeu uma pasta da mão de sua informante.
Colocou a pasta no banco do carona.
— Querida, você, com certeza, merece sua aposentadoria.
— Seus objetivos não são só seus, pode considerar que eles são nossos. — Lúcia disse. — Enquanto Drak viver, eu estarei a postos para oferecer ajuda.
— Então, quem sabe no lugar de uma aposentadoria, podemos acertar uma promoção. — Teresa sorriu.
Lúcia retribuiu o sorriso.
— Em breve você receberá instruções. — Teresa disse por fim, antes de levantar o vidro e partir com o carro.
Logo que Lino conseguiu realizar o teleporte da formiga, Teresa pegou esses arquivos que ele escreveu e convocou uma equipe para criar uma máquina de clonagem que conseguisse transferir sua consciência para outro corpo, como um dispositivo de segurança que garantiria que ela teria uma segunda chance. A tecnologia era muito parecida com a do teleporte, eles não tiveram dificuldades.
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