CAPÍTULO 3
Sei que demorei, mas isso é porque acabei perdendo o acesso a esse perfil por conta da nova política de segurança do wattpad.
Vou tentar publicar capítulos mais vezes na semana, mas não posso prometer nada.
Espero que gostem do capítulo. Deixe sua opinião que é muito importante!
Saio do carro ajeitando o vestido que Clára me obrigou a usar. Observo ela sair do carro junto com Apolo. Minha paciência já estava praticamente esgotada.
— Se eu soubesse que você me obrigaria a vir aqui não teria desmarcado meu cinema. Pensei que faríamos algo só nós duas! — Reclamo quando Clara chega perto de mim.
— Relaxa, Cléo, eu não vou sair de perto de você.
— Eu duvido muito! — Digo olhando para Apolo.
— Eu prometo! — Prende o braço no meu como se quisesse me fazer acreditar em sua promessa.
Entramos na casa de Apolo que se encontra lotadade adolescentes. Provavelmente a maioria dos alunos da minha escola estão aqui.
A casa de Apolo não é muito grande, bem simples, até. Por conta disso me sinto sufocada pela grande quantidade de pessoas.
— Você tem que se animar um pouco, Cléo! — Clara reclama ao me ver de braços cruzados apenas observando todos se divertirem. Mas para mim, nada estava divertido.
— Querem uma bebida? — Apolo corta meus pensamentos. Respondo sua pergunta com um balançar negativo de cabeça.
— Trás para mim, por favor! — Diz Clara ates de ver o namorado caminhar para longe de onde estamos. Logo ela pousa seu olhar em mim. — Não vou aceitar que você fique com essa cara de morta a festa toda… Vou pedir para Apolo trazer algo para você beber, talvez você se anime um pouco.
— Você sabe que é não bebo, e você deveria fazer o mesmo.
— Ah! As vezes você é entediante. Ninguém merece! — Balança a cabeça em gesto de negação. — Se eu não tivesse te trago aqui você estaria assistindo desenho animado com seus amigos.
— Nós iríamos assistir um filme de ação. Aliás… Preferia estar assistindo desenho animado a estar aqui. — Olho em minha volta não me sentindo nada confortável.
— Fala sério! As vezes penso que não temos o mesmo sangue… — Murmura fazendo diversas lembranças tomarem conta de minha mente.
Quantas vezes eu já me fiz essa mesma pergunta. Não só por conta de nossa aparência, isso era explicado pelo fato de que eu puxei as características físicas de papai, enquanto Clara puxou minha mãe. Talvez seja por isso que minha mãe me odeia tanto, sempre que ela me olha deve lembrar de meu pai, e sei que o fato de ele ter nos deixado a magoa bastante.
Tem horas que me pergunto se sou realmente o motivo de meu pai ter nos abandonado. Eu praticamente não convivi muito tempo com ele, mas as lembranças que tenho com ele são as melhores possíveis. Ele sempre me dava a atenção que minha mãe nunca me deu. Eu era muito nova, e na verdade, não lembro se Clára recebia essa mesma atenção dele.
— Papai! olha o passo novo que aprendi! — praticamente gritei quando cheguei em casa. A escolinha de balé era uma das coisas que eu mais gostava quando tinha aquela idade, e meu pai sempre me apoiava e demonstrava seu agrado ao me ver praticar.
— Você está maravilhosa, minha filha. Sua mãe com certeza adoraria te ver dançar assim! — Seus olhos brilharam ao proferir aquela frase.
— Vou mostrar para ela. Será que ela vai gostar? — Aquela pergunta pareceu ter o pegado de surpresa, porém não prestei muita atenção.
— Claro que sim... — Mal esperei que ele terminasse a frase e fui correndo até a sala.
— Mãmae… Olha o passo que a professora me ensinou hoje! — Exclamo assim que encontro minha mãe e dou um giro um pouco desajeitado, já que tinha apenas cinco anos.
Os olhos de minha mãe ficaram atentos em mim até eu terminar. Seu olhar era sério, não expressava nenhum sentimento. Mas assim que meu pai apareceu ao seu lado, ela abriu um sorriso estranho, que não entendi direito o motivo.
— Muito legal. — Disse apenas antes de se virar e voltar a assistir televisão.
— Este é para você. — saio de meus pensamentos quando Apolo para em minha frente me estendendo um copo. Olho para o lado e observo Clára bebendo algo.
— Eu disse que não quero beber nada! — Relembro.
— Relaxa… isso é só suco. — Chega o copo para mais perto de mim, me dando uma piscadela. Pego e observo o líquido amarelo, me decidindo se deveria ou não tomá-lo. — Não tem porque ficar desconfiada.
— Bebê logo isso e deixa de ser chata! — Clara reclama por minha demora. Decido tomar o suco de uma vez, até porque não me faria mal algum.
— Satisfeitos? — Pergunto devolvendo o copo agora vazio para Apolo. Ele dá um sorriso torto antes de se afastar, o que me faz revirar os olhos.
— Seu namorado é um pouco estranho… — comento com Clára que começava a dançar no ritmo da música que tocava.
— Sério? ele também acha isso de você. — Diz naturalmente. — Agora vamos lá dançar. — Pega em minha mão enquanto eu relutava.
— Não quero, Clára. Vai sozinha!
— Nada disso! — Seu tom de voz estava mais alegre que o normal, e com certeza o que resultou isso foi a bebida. — Você me fez prometer que não desgrudaria de você em momento algum. Não vai me fazer quebrar essa promessa! — Me puxa para o meio da sala contra a minha vontade.
Enquanto a música tocava eu apenas ficava observando Clára dançar, até que ela pegou em minha mão e me obrigou a me mover.
— Você gosta tanto de dançar, mas fica desse jeito.
— Já disse que não quero dançar, você deveria respeitar isso. — Reclamo me soltando dela.
Caminho para longe de minha irmã, tentando fazer o possível para que ela anão me alcance. Começo a sentir um calor estranho por todo meu corpo.
Levanto meus olhos no intuito de encontrar algum lugar para me sentar, porém minha visão começa a ficar turva. Aperto meus olhos duas vezes seguida e não consigo melhorar a situação. A música que toca começa a ser praticamente insuportável para meus ouvidos. Eu podia ver os vultos das pessoas dançando, mas parecia que eu apenas assistia a tudo, sem realmente fazer parte daquilo.
Começo a andar novamente mesmo sem estar enxergando praticamente nada. Acabo sentindo uma dor chata em meu pé, o que me faz saber que acabei batendo-o em algum móvel. Tento ignorar aquela dor e continuo a andar.
— Está tudo bem? — ouço de longe alguém falando, mas quando sinto uma mão em minhas costas, percebo que a pessoa está mais perto que eu imaginava. Tento responder mas não consigo falar com absolutamente nada, o que me faz entrar em desespero.
A voz fala mais alguma coisa comigo, ainda não consegui identificar quem é, apenas que se trata de uma voz masculina. A pessoa começa a me conduzir para um lugar e eu não consigo impedir, por mais que tenha tentado, não tinha mais o menor controle sobre meu corpo. De repente a música fica menos barulhenta, mas esse fato não impediu que minha cabeça começasse a lateja.
Sinto meu corpo repousar em algo macio, me permito fechar os olhos para descançar e ver se aquela sensação super estranha para. Até que algo encosta em meu braço, abro os olhos para saber o que é, porem ainda só conseguia ver vulto, mas sabia que tinha alguém ali. Pisco diversas vezes enquanto vejo aquele vulto se aproximar, mas meus olhos começavam a ficar pesados.
— O-o que… — Minha voz sai grogue, mas sou impedida de terminar a frase quando algo tapa minha boca.
— Shhii! não estrague minha diversão.
É a última coisa que ouço antes de apagar completamente.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro