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CAPÍTULO 11.

⚠️ ATENÇÃO: O CAPÍTULO A SEGUIR PODE CONTER GATILHOS⚠️

💡DICA DA AUTORA: Leia esse Capítulo ouvindo Train Wreck do James Arthur💡

Quando despertei, levei alguns segundos para entender onde estava, pois sabia que estava em um lugar diferente, e então vi uma foto minha e de Math num porta retrato na mesinha de cabeceira, e aí me lembrei onde estava e o porquê de estar lá, e então senti meu coração afundar ao entender tudo o que realmente tinha acontecido, ao tentar me sentar, senti meu corpo inteiro protestar de dor e me lembrei do que Math tinha dito no dia anterior sobre a dor, ao me sentar vi a luz do meu celular piscando incessantemente, indicando que tinha mensagens não lidas, ao desbloquear me deparei com 16 mensagens de Austin.

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“ Cadê você, Olivia?"

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“ Olivia, eu juro que quando eu te achar vai ser pior "

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“Vai fazer voto de silêncio realmente?"

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“ É melhor você me responder logo ou vou te achar e você vai se arrepender"

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“Desculpa Hase, eu acabei bebendo demais e perdi a conta"

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“ Me perdoa, foi sem querer isso nunca mais vai se repetir "

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“ Você sabe o quanto te amo certo? "

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“ Você é a pessoa mais importante para mim "

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“ Me perdoa, eu perdi a mão contigo "

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“ Vamos Hase, você sabe que nunca te machucaria por mal, eu bebi a mais do que devia e te ver tão feliz longe de mim, me deu raiva e eu fiz besteira, mas eu te amo "

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter 

“Onde você está, Olivia? Está com o seu amante?"

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“ Você deve estar com o seu amante, tenho certeza disso "

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“ Você está me testando Olivia "

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“ Você é uma vagabunda mesmo, quanto eu te pegar, vou fazer pior do que a noite passada"

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“ O que eu te fiz ontem, foi só o começo, vou te tratar como você merece "

De: Austin Gilbert
Para: Olivia Carter
“ Vou acabar com a sua raça, Olivia! "

Se antes eu estava achando que estava tudo bem, agora eu já não tenho tanta certeza assim, as novas mensagens do Austin tinham me assustado para caramba, e eu precisava conversar com o Math, ao me levantar eu senti as dores mais intensas, mas eram suportáveis para andar, mesmo que a cada passo sentisse todos os músculos se retraírem, eu não sabia que existiam tantos músculos assim no corpo humano. 

Ao me aproximar da sala percebi que Math não estava sozinho, mesmo que as vozes estivessem meio embaralhadas, podia ouvir na voz de Math um medo e ódio irracional, eu me aproximei da sala tentando fazer o menos de barulho possível para entender o que e com quem ele estava falando.

— … e ontem ela chegou aqui completamente machucada, você não tem noção do quão perto eu estava de sair daqui e ir lá acabar com a raça dele, o pior é que eu não sei a quanto tempo isso vem acontecendo. 

— E o que vamos fazer? —  E então tive a consciência de quem estava na sala com o Math, eu reconheceria aquela voz mesmo que passasse milhões de anos sem ouvi-la.

—  Eu quero levá-la ao médico e a delegacia Theo, mas não sei se vou conseguir convencê-la e eu estou muito preocupado com ela, eu nunca tinha visto ninguém tão machucado quanto ela, ela chegou aqui tão assustada, meu coração ficou quebrado ao vê-la daquele jeito — Eu ouvia a voz de Math angustiada, eu estava me sentindo tão mal, eu não queria trazer sofrimento para ele, então eu respirei fundo e entrei na sala, me encaminhei até o sofá e sentei ao lado dele —  Bom dia Bela Adormecida, como está hoje?

— Estou com o corpo todo dolorido, minha cabeça está explodindo, mas ainda estou viva — dou um riso frouxo pra Math.

—  Liv — ouço Theo me chamar e o olho de relance, quando ele vê o estado do meu rosto vejo um lampejo de ódio passar pelos olhos dele —  Precisamos te levar ao hospital e à delegacia —  Nego conforme ouço o Theo.

—  Eu não quero envolver a polícia nisso, ele me ameaçou, se eu for a policia vai ficar pior —  eles me olhavam como se eu estivesse dizendo a coisa mais absurda do mundo. 

—  Quando ele te ameaçou? —  Ouvi Math me perguntar e entreguei meu celular na mão dele, onde mostrava todas as mensagens que tinha recebido ao longo de duas horas —  Isso é muito sério, olha isso aqui, Theo—  Math passa o meu telefone para Theo, que vai lendo cada uma das mensagens e ficando mais e mais assustado —  Olivia, esse cara é louco, insano.

—  O que ele realmente acredita estar acontecendo? —  Theo me questionou—  Eu preciso saber do que ele está falando —  eu olhei para ele, ele estava duvidando de mim, qual era a do Theo —  Eu não estou duvidando de você Olivia, mas eu juro que vou quebrar esse cara, eu só quero saber por qual motivo que ele vai morrer.

— Ele acha que tenho um caso com você, antes o alvo era sempre o Math, mas desde que você voltou o alvo é você e ontem ele ficou me esperando sair do barzinho, ele estava na porta—  Eu sentia as lágrimas transbordarem por meus olhos —  Eu não devia ter saído, nem ter dito as coisas que falei para ele, é tudo culpa minha, eu devia ter agido de uma forma diferente, eu não devia ter feito nada disso — eu não consegui mais segurar as lágrimas e elas transbordavam pelo meu rosto, senti Math me envolver em seus braços, enquanto eu chorava novamente. 

—  Olivia, você não tem culpa de nada —  Math dizia enquanto fazia carinho por meus cabelos, enquanto eu manchava sua blusa com minhas lágrimas  —  Você não é culpada de nada, você é apenas mais uma vítima—  Ele beijou meus cabelos, eu nunca tinha me sentido tão indefesa em toda minha vida. 

—  Liv, a gente precisa te levar no médico, por favor, precisamos ter certeza que nada tá quebrado dentro de você, e temos que ir a delegacia denunciar o Austin— tenho certeza que o olhar que eu dei para Theo denunciou meu medo— eu sei que você está com medo, até eu estou com medo do que ele possa fazer contigo—  enquanto Theo falava, ele não tirava os olhos de mim e se aproximava devagar—  vamos lá, a polícia vai fazer uma ordem restritiva, ele não vai poder encostar em você novamente, se mesmo assim você ficar com medo, a gente te leva para Boston pra ficar com seus pais, ou você fica comigo ou com o Math, nós vamos dar um jeito —  Theo se aproximou e se abaixou na minha frente de forma que ficássemos na mesma altura e segurou minhas mãos que estavam juntas e em cima das minhas pernas. —  Por favor, Olivia, eu não quero que nada de mau te aconteça. 

—  E se nada adiantar? E se mesmo assim ele continuar me encontrando e me ameaçando? —  Perguntei ao Theo. 

—  A gente foge,  vamos morar numa ilha deserta —  Ao ouvir Theo falar aquilo, dei um sorriso fraco.  — só por favor, deixa eu cuidar de você—  Acabei assentindo com o que Theo falava, o que fez ele dar um pequeno sorriso —  Você vai tomar um café reforçado, enquanto você toma banho, vou comprar uns donuts para você e acho que hoje seria um ótimo dia para chocolate quente, certo? —  Apenas assenti com a cabeça, ele me deu um singelo sorriso —  Vou tentar arranjar algo para você comer enquanto toma banho, Math seria bom fazer um café bem forte também, vou trazer algo pra gente, já volto—  Theo deu um beijo na minha cabeça e saiu para trazer comida pra nós. 

— Bom vamos começar aqui antes que o senhor mandão volte e me estrangule —  Ele deu uma risadinha para quebrar a tensão —  Obrigado por ouvi-lo, nós vamos cuidar de você, não se preocupe —  Ele beijou minha testa —  Vai lá tomar banho que vou ajeitar algo aqui pra gente— Ele ia se levantando quando me olhou  —  Você ainda gosta de Waffle, né? 

—  Waffle eu gosto, eu não gosto daquele negócio horrível que você faz e chama de Waffle —  dei uma risada fraca e sem humor.

—  Assim você machuca meus sentimentos, Olivia, — ele levou a mão ao peito como se estivesse sentindo dor — mas sério eu melhorei muito, vou fazer pra gente e você vai me pedir desculpa de joelho.  —  Ele sorriu e saiu em direção a cozinha. 

Após um tempo sentada, eu decidi que já devia me levantar e ir pro banheiro antes que Theo voltasse com a comida, mas aí me lembrei que estava sem roupa limpa, o Math que me perdoe mas vou catar uma roupa dele, me encaminhei para o quarto onde passei a noite e abri o guarda roupa, peguei a menor blusa que achei, ela ainda iria ficar enorme em mim, mas eu podia pegar um dos moletons dele e estava tudo certo, peguei uma calça de moletom, que cabia três de mim dentro dela e com a blusa que eu peguei emprestada das coisas do Math, me encaminhei para o banheiro, quando ia começar a me despir, ouvi uma batida tímida na porta.

— Liv, posso entrar? — Ouço a voz de Theo.

— Pode sim Theo — Vi ele abrindo a porta meio tímido, sorrindo meio sem graça.

— Eu imaginei que você não tivesse trago roupa então, comprei essas peças de roupa pra você, tem um conjunto de moletom e roupas íntimas — Vi ele esticando a mão com um saco de uma lojinha que tinha aqui perto, peguei a sacola da mão dele, e murmurei algo como um agradecimento, e Theo saiu fechando a porta. 

Tomei um banho o mais rápido que pude, após me enxaguar bem, saí do banho e coloquei as peças de roupa que Theo tinha comprado pra mim, as peças ficaram um pouco folgadinhas do jeitinho,  mas eu gostava delas assim, após me arrumar, coloquei as roupas do dia anterior dentro da sacola para jogá-las fora, nunca mais ia querer usar aquelas roupas na minha vida.  

Me encaminhei até a cozinha os meninos estavam conversando sobre a namorada do Theo, mas o assunto morreu assim que entrei na cozinha e me sentei ao lado de Theo, que sorriu ao me ver com a roupa que ele tinha me dado, que consistia em um conjunto de moletom básico rosa bebê. 

— Olivia, sei que deve ser a última coisa sobre o que você quer conversar, mas você precisa nos dizer há quanto tempo isso vem ocorrendo — Math falou sem rodeios, direto no ponto, e logo se sentou à minha frente na mesa. — Sei que você não gosta de falar disso, mas vamos à delegacia e nós precisamos saber todos os detalhes possíveis. — Eu respirei fundo olhei pros meninos sentindo minhas mãos ficarem geladas, mas eu precisava contar aquilo. 

— A primeira vez que aconteceu foi logo depois de você viajar Math, estávamos em casa e eu fiz Mac ‘n Cheese, ele não gostou e me deu um tapa,  mas eu relevei porque ele estava alcoolizado, e eu já sabia que ele  não gostava, e fiz mesmo assim— ao dizer isso vi Math passar as mãos pelo rosto, meio revoltado— depois foi quando eu disse que ainda estava muito nova pra ser mãe, eu acabei de me formar, eu ainda tenho muitos objetivos, ele é mais velho, mas eu me sinto muito nova para ter um bebê, eu não quero isso agora, eventualmente eu vou querer um filho, mas não agora, eu estou errada por isso? Eu estou sendo egoísta? — minha voz saiu embargada, as lágrimas começavam a se acumular nos meus olhos, e ao piscar elas desciam, sem qualquer tipo de controle, eu olhava para Math e Theo esperando que eles dissessem o que eu já sabia, que eu devia ter um filho mesmo sendo contra minha vontade. 

— Olivia, você não está errada em não querer um filho agora, ou optar por não ter nunca, essa é uma escolha sua, isso não é egoísmo, é escolha— Math me dizia enquanto passava as mãos no meu rosto com cuidado para não tocar onde estava machucado— é o seu corpo, e as regras são suas, a única coisa que você não deve fazer, é ter um filho para deixar o outro feliz e você se sentir infeliz Olivia, jamais faça isso. — Enquanto ele dizia, ele fazia carinho pelo meu rosto. 

— Então por quê eu me sinto culpada por não querer um filho agora?  Por que ele, simplesmente, não pode ser quem eu pensava que ele era? — Eu sentia as lágrimas escorrerem pelo meu rosto sem controle algum. — Eu escolhi alguém que estava destruindo minha vida, alguém que sentia prazer em me machucar, que me ameaçou de morte — Olhei pro Theo, quando uma dúvida surgiu na minha cabeça, uma conversa que tive com Math quando estávamos em Boston, há anos atrás veio a minha cabeça — Theo, ele teve algo com a sua partida? Ele te fez algo ou te forçou ? — Vi Theo me olhar meio desnorteado com uma sobrancelha arqueada. 

— Que? Do que você tá falando , Liv? — Ele me olhava como se eu tivesse com 5 cabeças ao invés de apenas 1.

— Ele fez algo que te fez ir para a Califórnia? — Eu vi uma ponta de clareza passar pelos olhos dele— Ele te forçou a ir embora?

— Desculpa, Liv, mas ele não teve participação nisso, eu fiz minhas próprias escolhas — Ele me deu um sorriso fraco, apenas assenti  para Theo. 

— Um dia você me explica o real motivo de você ter ido embora? — Ele me olhou, fez carinho nos meus cabelos, desviou o olhar para onde Math estava. 

— Um dia, eu prometo que um dia te conto. — Ele apenas sorriu para mim, e deu um beijo na minha testa — Termina de comer, te trouxe seu chocolate quente do jeito que você gosta, nunca será o da nossa cafeteria preferida, mas é até gostosinho, e um donut que está com uma cara maravilhosa, acho que seria ótimo você comer.

— Mas eu ainda não terminei de falar — Eu falei tentando fazê-lo mudar de ideia quanto a me fazer comer. 

— Acho que já ouvimos demais, e a minha vontade é ir lá quebrar a cara dele — Theo me olhou apontando para o chocolate e para o donut, vi Math sorrir ao eu olhá-lo também. — Vamos apenas focar na sua recuperação agora. 

— Creio que mais tarde você vai precisar passar em casa, certo? Pegar algumas coisas, tipo roupa, objetos pessoais, em quanto tempo você acha que faz isso? — Math me perguntou. 

— Em menos de meia hora, mas ele não vai estar lá, ele estava com uma viagem de trabalho marcada, então não preciso voltar para cá, posso ir para um hotel dependendo de como a polícia vai agir. — Falei apenas dando de ombros. 

— Você não vai ficar num hotel Olivia, não podemos te deixar sozinha, se você não quiser ficar aqui, posso te levar pra Boston, para onde você quiser, mas não posso te deixar sozinha — Math falou em apenas uma lufada de ar, eu sorri ao ouvi-lo, mas sabia que eles não iam poder me esconder para sempre. 

— Math, eu aprecio o que você quer fazer — Eu olhei diretamente para ele — Mas também sei que a sua vida não pode parar, uma hora vou ter que voltar para minha rotina, eu não posso viver com medo para sempre, nem posso pedir para você parar com a sua vida por minha causa, preciso caminhar com minhas próprias pernas, sair da confusão que me meti sozinha— Eu respirei fundo e continuei a dizer — Mas antes de tomar qualquer tipo de decisão preciso ir à delegacia, certo?

 
— Certo, assim que você terminar de tomar café, nós vamos — Apenas assenti ao ouvi-lo, voltei a tomar o chocolate quente e comer o que o Theo tinha trazido e os meninos conversavam sobre algo banal, talvez para amenizar o clima que estava. 

Terminei de tomar café, fui até o banheiro, encarei meu reflexo por longos minutos, e aquela pessoa que estava ali, nunca foi eu, aquele reflexo me mostrava uma pessoa, que  estava toda machucada, que não tinha mais nenhum brilho no olhar, dava para notar que já se sentia morta por dentro, e eu sabia, que em breve, eu poderia estar realmente morta. 

Quando sai do banheiro os meninos já me esperavam, só tive que pegar meus documentos e as chaves tanto do carro quanto do meu apartamento, eu desci escoltada pelos meus dois amigos, enquanto Theo ia na minha frente, Math ia nas minhas costas e ele me conduzia até o carro de Theo, eles acharam que seria mais fácil, caso Austin viesse até aqui, ele iria achar que estou no apartamento ainda. 

Ao entrarmos no carro, assim que Theo deu a partida, nos levando para a Delegacia, Math tratou de ligar o rádio, já que estávamos todos em silêncio, pelo que pude reparar o carro devia ter um cd ou pen drive com as músicas preferidas de Theo, já que começou a tocar “Train Wreck - James Arthur”, quando tocou os primeiros acordes, eu dei um sorriso triste, eu amava essa música, eu cantarolava a mesma baixa, enquanto olhava os prédios passando por mim, me atrevi a olhar pro Theo algumas vezes durante o percurso, e o via cantando também, até quando estávamos longe o nosso gosto musical era parecido, se fosse há alguns anos atrás, com toda certeza eu ia estar gravando Theo dirigindo enquanto cantava, como queria que a vida ficasse descomplicada, como queria isso. 

Math às vezes dava umas olhadas para mim e Theo, enquanto cantávamos a música, dava uma risada e balançava a cabeça meio que em negação, mas não falava nada.

Como primeiro fomos a delegacia Math tomou a frente de tudo, ele sabia o quanto odiava estar ali dentro, e creio que fez para que pudesse ser o mais rápido possível, logo estava sendo encaminhada para onde seria ouvida e logo fui chamada, entrei sozinha e tive que  contar para o detetive o que tinha me acontecido com detalhes, eu me senti vulnerável, totalmente exposta e  impotente, após contar cada uma das agressões que vinha sofrendo e mostrar as mensagens que tinha recebido de Austin, tive que pedir uma  medida protetiva, eu podia estar correndo risco de vida por causa do meu, agora, ex-namorado. 

Logo após o meu longo depoimento, Math também foi chamado para depor, já que ele foi a única pessoa que me viu após a agressão, ele entrou sozinho e eu fiquei do lado de fora com Theo, que parecia um pouco melhor, já que estávamos na delegacia, como se só aquilo fosse me manter viva, eu esperava que sim, depois de um tempo, Math saiu da sala de depoimentos e eles nos encaminharam onde eu faria o exame de corpo de delito.

O exame levou um bom tempo, já que estava com escoriações por todo meu corpo, mas a perita tentou deixar o exame o mais tranquilo possível, acho que desde que cheguei na delegacia foi o momento em que mais me sentir acolhida, tive que enviar todas as mensagens e correios de voz que recebi do Austin para o detetive e as roupas do dia anterior tive que deixar com eles. 

Eles me disseram como iria ser encaminhado a partir de agora, primeiro chamariam o Austin para que ele fosse depor e, provavelmente, o Math teria que ir depor novamente, eles disseram que em torno de 48 horas eu teria a medida protetiva, disseram para que eu não respondesse o Austin  se ele me  mandasse mais mensagens ou me ligasse e os acionasse  imediatamente, caso  eu o visse por perto. 

Fui aconselhada a ir ao hospital para conseguir comprar remédio para as dores e ter a certeza que nada foi quebrado, já que Austin tinha me machucado tanto. 

Quando sai da sala os meninos já me esperavam, agradeceram aos policiais que nos atenderam e Theo nos levou diretamente ao hospital, ao chegar lá mais uma vez ele tomou a iniciativa, eu odiava estar tendo que passar por isso, ter que falar que eu tinha apanhado do meu namorado, ainda mais por saber que a culpada de tudo aquilo fui eu, apenas eu era a culpada de estar toda roxa. 

Logo estava sendo encaminhada para onde seria atendida e não demorei para ser chamada, entrei sozinha, já seria constrangedor o suficiente que só a médica me visse semi nua e completamente roxa, não deixei que os meninos entrassem, após ela me examinar e ver que eu estava completamente roxa, ela ficou com uma cara de que estava em dúvida, por mais claro que estivesse que aquilo ali não tinha sido nenhum tombo.  

— Como você conseguiu todos esses roxos ? — A médica me interrogou sem rodeios. 

— Noite passada fui espancada pelo meu namorado, meus amigos me ofereceram abrigo e me trouxeram hoje ao hospital para termos certeza que não estou com nada quebrado — tentei fingir que aquilo não era nada demais, mas meu coração batia descompassado, eu estava muito nervosa.

— Vou passar alguns exames para termos certeza que nada foi fraturado, okay? — Apenas assenti, fiquei esperando alguém chegar para me levar para fazer os exames. 

Depois de um tempo chegou uma enfermeira e ela me encaminhou para onde eu ia fazer os exames, fiz todos os exames que a médica solicitou, e logo voltei para a sala com os todos exames em mãos. 

— Temos uma boa notícia, nada foi quebrado, mas você vai precisar de remédios para dor e precisa ficar uns dias em casa, o certo seria eu te internar, mas creio que você não vá aceitar, então vou te receitar alguns medicamentos, você precisa deles e repouso por pelo menos 1 semana — Apenas assenti— Caso sinta náuseas ou as dores forem muito intensas, peço que retorne, aqui está os exames que foram feitos, você trabalha? — Apenas assenti— Aqui está um para levar pro seu trabalho. — Fiquei imensamente feliz e grata pela médica ter me ajudado. 

Ao sair de dentro do consultório vi os meninos sentados, enquanto Theo estava no telefone, falando com alguém, Math digitava algo no telefone. 

— Meninos, vamos? — Os dois me olharam e andaram comigo em direção a saída, Theo desligou a ligação, sem dar uma palavra, entramos no carro, e fomos em direção ao meu apartamento, num silêncio, até confortável, mas sabia que cada um de nós estava preso em sua própria mente.

⚠️ ATENÇÃO: CASO ESTEJA SENDO VÍTIMA DE AGRESSÃO DOMÉSTICA OU QUALQUER TIPO DE AGRESSÃO, DENUNCIE!!!⚠️

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