PRÓLOGO.
6 anos atrás...
Reino Unido.
Era mais uma tarde comum para Dashiell, sua rotina cansativa nunca mudara desde que se casou. Não que ele ache ruim ser casado, muito pelo contrário, a ama tanto ao ponto de trocar sua vida pela dela. Maitê conquistara o coração de pedra do Sr. Lysander apenas com seus olhos verdes e seu sorriso encantador.
Dashiell a descrevia como um anjo, pois, ela chegou em um momento um tanto quanto perturbador para ele, seus dias sombrios foram se tornando logíquos com a presença da mulher amada.
Dashiell se via ansioso para chegar em casa, precisava se jogar nos braços de sua esposa, onde sempre encontrava conforto, Maitê se tornara uma âncora para ele se manter de pé. Ele não tinha vergonha em dizer que sem ela, ele não era nada
Ao passar pela porta da frente, Dashiell notou que a casa estava mais silenciosa que de costume, todas as luzes apagadas e sem a presença de empregados. Imaginou que a esposa, Maitê, havia os dispensados. Ele sem se importar, retirou sua gravata, que já estava ao ponto de sufocá-lo.
Ele caminhou até o interruptor, e ligou o lustre de luz fraca da sala, dando um ar mais aconchegante na casa. Notou a falta da presença da amada em casa, então resolveu mandá-la uma mensagem, para que soubesse que ele, já havia chegado. Assim que apertou para enviar, ouviu um apito em cima da mesinha de centro de sua sala, viu o celular de sua esposa.
Dashiell entrou em um estado de transe, tentando raciocinar o porque de sua esposa ter deixado o celular em casa, mas foi retirado dele, assim que escutou uma ruído vindo do corredor dos quartos. Ele arqueou uma sombrancelha e olhou fixamente para o corredor escuro, aguçou seus sentidos, e escutou mais uma vez o mesmo ruído. Desconfiado, Dashiell segue por ele com cautela, o barulho fica ainda mais alto a cada passada, um estralo semelhante ao de um tapa lhe faz arregalar os olhos.
Apertando os passos, Dashiell para diante da porta do quarto deles. Seus sentidos se embaralham quando ouve gemidos vindo de dentro do cômodo. Novamente, ele entra em estado de transe, ele sabe de quem são os gemidos, os reconheceria em qualquer lugar.
Com as mãos trêmulas, ela coloca a mão na maçaneta da porta, e lentamente a abre. A respiração pesada, a nuca pingando suor de tanto nervosismo.
Ele não queria acreditar no que estava imaginando, mas ele não saberia a verdade, se não abrisse aquela porta.
Ele não se surpreendeu quando viu o que estava diante de sí. Na verdade, ele ficou decepcionado, não com a esposa, mas sim com seu irmão. A mão que estava na maçaneta, parou lado do corpo dele, ele estava ali, em pé como uma estátua. Seu coração se cumprimia a cada gemido deles. Ele tenta encontrar algo que em sua mente, algo que tenha feito de errado. Onde ele errou?
- Dashiell?! - Escutou a voz trêmula e surpresa de Maitê.
Seu irmão também se assustou, ao lhe ver ali, em pé, encarando os dois. Maitê, talvez por vergonha, se cobriu com os lençóis que estavam na cama.
- Por que? - Dashiell perguntou, sua voz não passava de um mero sussurro.
- Meu amor, eu...
- Por quê?! - Ele gritou.
A decepção estava dando espaço para o ódio, que rastejava por suas veias como prata líquida.
- Aonde foi que eu errei com você, Maitê?! - Ela ficou em silêncio. - Responda, caralho!
Maitê não fazia nada além de chorar, se perguntando também, o porquê de ter feito isso com sua vida. A culpa lhe corroía a cada mísero segundo, mas não era suficiente sentir culpa, nada mais era suficiente, talvez ela estivesse arrependida. Mas só talvez. Vincent, por outro lado, apesar de temer o que irmão poderia lhe fazer, tentou amenizar a situação.
- Irmão, me escute, por favor, ela... -
- A pergunta não foi para você! Então cala essa merda de boca, antes que eu faça algo para me arrepender. - Cuspiu as palavras, a raiva, o ódio, misturados como um só.
Aquele não era mais Dashiell.
Aquela era a versão obscura dele. Aquela que ele tanto temia voltar, estava ali, pronta para dar mais um rastejo por seu corpo, se apossar dos sentidos e trancafiar seus sentimentos.
- Em tudo, Dashiell! Você errou em tudo!
- Em quê? Não me venha, que foi por que eu trabalho demais, por que você se sentia sozinha em casa, não coloque a culpa em mim como sempre faz, porque isso aqui - Apontou para todos - É culpa sua! Eu não tenho culpa se você age feito a porra de uma vagabunda! Não fazer nada para se manter ocupada e me sugar como a droga de um vampiro é culpa sua!
- Isso é mentira. Dashiell, eu te amo!
- Ama? Aonde tem amor aqui, Maitê? - Riu amargurado. - Tudo o que eu recebi de você, além do falso amor, foi contas e mais contas. Você só não passa de uma sugadora.
Maitê não se afetou com suas palavras, até porquê, era tudo verdade. Ela então, começou a rir, não, ela começou a gargalhar. Dashiell e Vincent a olharam como se mais uma cabeça houvesse nascido em seu pescoço.
- É. - Ela limpou uma lágrima que caiu do canto de seu olho. - Você está certo, meu amor. Sou uma sugadora, uma mimadinha, e você, - Apontou para ele - caiu como um patinho. - Fez uma expressão de choro, e gargalhou novamente.
Dashiell calou-se.
- Você é muito burro, além de que, fode mal a beça. - Falou entre risos.
Vincent não tinha reação, ele não achava graça. Mesmo depois de tudo que fez, sentiu pena do irmão e ódio momentâneo da moça que estava ao seu lado. Ele pela primeira vez encarou nos olhos do irmão, e viu, que aquele, não era o Dashiell, seu rosto vermelho, e os olhos, que fuminavam raiva, as mãos em punho.
Dashiell, nunca que sairia por baixo disso.
- Não se preocupe, Maitê, sua boceta também não é uma das melhores. - Disse, com o semblante neutro, diferente dos olhos. - O divórcio estará em sua mesa em algumas horas.
Ele viu o rosto da garota empalidecer, quando mencionou o divórcio, riu por dentro, pois sabia que ela, não tinha direito à nada, eles não se casaram em comunhão de bens. Mais uma vez, Dashiell - como sempre - sairia por cima.
- O-o que? Dashiell, você não pode fazer isso comigo! - Nesse momento, até mesmo Vicente que estava impassível, arregalou os olhos.
- Não só posso, como vou. Pensasse nisso, antes mesmo de ir para a cama com meu irmão. E você - Apontou para o irmão mais novo. - Estou decepcionado, sinceramente? Esperava mais de você. - Vicente sabia a merda que havia feito, e ouviria qualquer coisa que saísse da boca de seu irmão mais velho, calado.
- Dashiell, por favor. Eu não tenho para onde ir, por favor!
- Eu estou foda-se para isso, Maitê, eu quero você se exploda. More debaixo de uma ponte, se vire, não tenho mais nada a ver com você. - Suspirou alto.
Vicente ficou horrorizado com as palavras do irmão, mas não ousou dizer uma palavra sequer sobre o quão isso era antiético, vindo de seu irmão mais velho.
[...]
- Isso mesmo, mamãe. Quero o desligamento de Maitê da empresa. Não quero ela trabalhando lá.
- Meu filho, você não está sendo precipitado? Pense direito.
- Ela não pensou antes de me trair, então não irei pensar, eu quero ela fora. Longe tudo, longe de nós. -
Dashiell estava completamente agitado, ele queria somente acabar com a vida Maitê, queria deixá-la sem nada. E não, ele não sentia o mínimo de remorso por isso.
- Tudo bem. - Sua mãe se deu por vencida.
- Mas que gritaria é essa daqui?! - Seu pai, Darius, descia às escadas com uma carranca no rosto. Se tinha algo que o Sr. Lysander odiava, era barulho.
- Peguei seu filhinho fodendo a minha ex-esposa, decepcionante. Como será que a nossa queridinha Sunny irá reagir quando souber, uh? - Subiu três oitavos de sua voz, deixando-a alta o suficiente, para que Vicente, que passava pela porta, escutasse. - Podemos ligar para ela, sim? - Brincou.
- Você não seria louco de fazer isso! - Vicente se agitou, pela primeira vez.
- O que foi, Vincentizinho está com medinho? - Fez uma careta, imitando voz de choro.
- Isso é verdade, meu filho? - O Sr. Lysander perguntou para Vicente, com uma ponta de desapontamento.
- Papai, eu... - Não conseguiu terminar a frase, e baixou sua cabeça.
- Inaceitável! Que tipo de educação eu lhes dei, Vicente? Onde foi que eu errei, meu filho? E o quê dirá a sua noiva? Céus, eu não sei mais o que dizer. - O Sr. Lysander se jogou no sofá, tentando entender o que há de errado com seus filhos. Porque eles não poderiam ser normais?
Aquele momento, Dashiell já não era mais o Dashiell, aquele, era somente o seu não eu. O homem vazio e frio, estava de volta. E com certeza ninguém, traria aquele homem doce e amigável de volta. Ou não.
Bom, meus amores, essa é a minha primeira história. Sou uma escritora amadora, então, por favor, caso haja algum erro ortográfico, me avisem, que irei corrigi-lo.
Eu não tenho uma opinião formada sobre meus personagens. Eles estão em construção por mim ainda. Mas eu garanto, que irão amar eles, assim como amarão a história em si.
Esse foi o prólogo. O motivo de o nosso Dashiell, ser quem ele irá ser, nos próximos capítulos.
Para melhor experiência, leiam em fundo branco🤍
Voltem, comentem muito e por favor, compartilhem!
Eu ficaria muito, muito agradecida se vocês, leitores, fizessem isso.
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