Capítulo Um
A vida nos reserva tantas emoções, que são capazes de nos arrebatar, tantas, que o viver, acaba se tornando quase uma montanha russa, e talvez... seja! E se for, naquele momento, estive parado no alto, observando a vida através do céu.
Foi em uma dessas emoções, que eu te encontrei. Você, era uma daquelas garotas diferentes, que só de olhar nos olhos, nos eleva a enésima potência. E eu? Ah, eu era apenas um garoto, cursando biologia, e com objetivos enaltecidos, eu não era um garoto bonito, mas, você, soube enxergar beleza em mim.
Naquela noite, eu a vi sozinha, sem amigos, e sem ninguém ao seu lado, para expressar, a dor que sentia no peito. Eu fui até ela, e sentei-me ao seu lado, mesmo com o som de suas palavras ecoando para eu ir embora, teu olhar, insistia para que ficasse.
Eu perguntei se estava tudo bem, e após perguntar-lhe isso, seus olhos, que estavam a lacrimejar, liberou todas as lágrimas que havia se esforçado tanto para segurar.
-Não, eu não estou bem!. -Suas palavras soaram sofridas. Ela me olhava intensamente, e foi aí, que percebi o quanto que seu olhar, era encantador, porém tão triste.
Naquele momento, eu não tive reação, então, apenas a abracei.
Acredito que era possível ouvi-la soluçar de longe! Estávamos em um bairro pacato da cidade, portanto, o único som ali ecoado, era seu choro.
-Perdoe-me, eu nem te conheço e já fui te fazendo refém das minhas lágrimas. -Ela falou, colocando as mãos sobre o seu rosto.
-Não se importe com isso, fiquei feliz ao ver que te ajudei a liberar suas lágrimas. Chorar, alivia a alma, não se prive disso!. -Ela enxugou as lágrimas, que ainda insistiam em rolar. -Deixe que eu me apresente, eu me chamo Luan Santana.
-Eu me chamo Anitta, obrigada por me ajudar!. -Ela sorriu, naquele momento, eu soube que me lembraria daquele momento para sempre. -Eu posso dormir na sua casa hoje?. -Meus olhos saltaram, ela com certeza tinha um espírito louco, porque em hipótese alguma, deve se pedir para dormir na casa de um total desconhecido.
-É... Claro que pode! Mas, deixa eu te fazer uma pergunta. -Assentiu, enquanto levantávamos do chão. -Você não tem medo? Eu posso simplesmente, ser um psicopata.
-Acredite, um psicopata, agora, não me importaria tanto!. -Ela abaixou a cabeça.
-Tudo bem... não vamos falar sobre isso agora. -A abracei.
As vezes, as pessoas não tem as palavras certas para se expressar, e cabe a nós, não exigirmos!
Cada pessoa, tem o seu momento crucial para falar sobre um determinado assunto, e nesse momento, ela não só vai falar, como também vai descrever de uma forma tão intensa tudo aquilo, que a machuca, ou, a faz feliz!
E eu, aguardava pacientemente, o momento em que Anitta, me descreveria as suas dores, e almejava, de todo coração, ajuda-la.
29-02-2020
(Ano Bissexto)
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