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Capítulo 2

Fico muito tempo encarando a carta, sem reação. Sinto um pingo na minha mão e percebo ser lágrimas. Problemas? Que tipo de problemas? Não consigo evitar de me sentir traída. Sempre fomos tão companheiros e sinceros um com o outro, por que, de repente, nem isso conseguimos mais? Não tem sentido.

- O que aconteceu? - sussurro.

Limpo meu rosto. Não é hora de ficar chorando, Ana, você é forte, consegue enfrentar isso, lembro a mim mesma. Jogo a carta na minha bolsa e decido mandar mensagem para Margot, minha melhor amiga, a convidando para almoçar comigo:

Topa sair pra almoçar comigo?

Ela me responde rapidamente: Claro!!! Te encontro no nosso lugar preferido.

Finalmente, chega o momento de ir encontra-la e eu poder desabafar sobre Vitor (ou xingar). Chego 20 minutos antes do combinado e fico esperando minha amiga na mesa que o garçom me trouxe.

Margot e eu somos amigas fazem 10 anos, nos conhecemos na escola ao fazermos um trabalho de Biologia juntas. Ela hoje é psicóloga, profissão da qual combina com sua personalidade calma e controlada que contrasta com a minha personalidade teimosa. Ela é a minha paz no meio do meu caos.

Minha melhor amiga chega na hora combinada, com seus cabelos loiros bem curtos bagunçados por causa do vento frio do lado de fora. Ao me ver, sorri e vem na minha direção. Ela estuda meu rosto e estreita os olhos.

- O que aconteceu? - pergunta, sentando na mesa.

Pego a carta na minha bolsa e lhe entrego sem dizer nada. Minha amiga lê atentamente e ao terminar me olha com os olhos arregalados.

- O quê?

- Sou tão estúpida, nós deveríamos ter terminado quando Vitor foi para os Estados Unidos, tudo isso- aponto para a carta- teria sido evitado. Como eu pude pensar por um segundo que esse namoro a distância iria funcionar? - desabafo.

-Ana, escute, não tinha como você adivinhar que isso iria acontecer. Não tem nada de estúpido querer ficar com quem se ama.

Engulo em seco me forçando a não chorar.

- Tudo estava dando tão certo, eu me sentia completamente sortuda por ter encontrado o amor da minha vida tão jovem mas parece que eu estava enganada – suspiro, ainda tentando segurar o choro.

Nesse momento o garçom aparece e fazemos nossos pedidos. Quando o rapaz sai, Margot pega minha mão e diz suavemente.

- Nós podemos ter vários amores na vida, não tem nenhum problema nisso. Agora, tenho uma coisa para lhe entregar- ela vasculha a bolsa e tira uma folha- comprei ingressos para nós duas irmos em uma partida de tênis na sexta.

- Tênis?

- Não faça essa cara- me aponta o dedo- vai ser divertido!

Reflito por um momento. Pode ser legal sair para me distrair da fossa em que me encontro por, pelo menos, algumas horas. Mesmo não gostando de tênis, balanço a cabeça positivamente.

- Te pego às 19 horas- cedo

Margot bate palmas de tanta empolgação.


Sexta- feira chega mais rápido do que eu gostaria. Chego às 18 horas do trabalho, exausta da semana recheada de desafios sentimentais, afinal, Vitor era meu melhor amigo, não perdi apenas um namorado mas também um amigo. Sofro pelos planos que fizemos e nunca vamos realiza-los. Sofro pelo futuro que não existe mais. Sofro pelo buraco que ele deixou no meu coração e na minha vida.

Olho para uma fotografia de nós dois em um dos porta-retratos no meu quarto. Suspiro e sussurro:

- Sinto sua falta.

Léia vem correndo até mim abanando o rabo como uma hélice de helicóptero, acaricio sua cabeça.

- Ei, amiguinha. Você sempre é minha companheira fiel.

Vou até meu armário escolher minha roupa para o jogo de tênis. O que se usa para ir em um jogo de tênis? Depois de um tempo encarando minhas roupas, escolho um vestido florido azul e visto uma jaqueta jeans por cima, pois o clima está mais quente do que estava no começo da semana. Passo maquiagem, coloco brincos e deixo meus cabelos negros cacheados soltos. Acabo de me arrumar faltando 15 minutos para as 19 horas. Pego minha bolsa e saio correndo para a garagem do condomínio.

Chego na casa de Margot no horário combinado e embarcamos para o jogo de tênis. O lugar está lotado e acabo encontrando uma vaga apenas um quarteirão depois. A noite já começou boa, penso comigo mesma.

Corremos para dentro e o lugar está tão lotado que parece um show do Ed Sheeran. Parece que as pessoas gostam de tênis no final das contas.

- Onde vamos nos sentar? – pergunto.

- Nossos acentos são na área VIP. Vamos.

- Existe área VIP em um jogo de tênis? – digo com desdém.

Margot apenas revira o olho. Nos sentamos na primeira fileira bem na hora que os jogadores entram. Posso estar sofrendo pelo fim do meu namoro mas não sou cega, os dois jogadores são uns gatos. O primeiro jogador é bem forte, é loiro com os cabelos presos em um coque. Já o segundo jogador me chama atenção: é mais magro comparado ao primeiro mas o que mais me impressiona é o sorriso largo e genuíno que ilumina seu rosto. Seus cabelos pretos e curtos estão despenteados de um jeito atraente.

O jogo começa e eu fico completamente perdida cada vez que uma raquete acerta a bola. Tênis não é minha praia. Na verdade, esporte não é minha praia.

- Vou comprar pipoca- falo no ouvido de minha amiga.

Ela só balança a cabeça, concentrada no jogo. Me levanto, porém, uma nota de 10 cai do bolso da minha jaqueta, me agacho para pegar e é nesse momento que a vida coloca a cereja do bolo da minha péssima semana. Quando vejo o que vem na minha direção já é tarde demais e o mundo fica preto antes mesmo de eu acabar de arquejar de susto.

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