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🌑 - fifth

O dia pareceu adivinhar perfeitamente o mar de confusão que habitava dentro dos corpos dos jovens. O céu estava completamente cinza, tomado por nuvens carregadas que ameaçavam os moradores de chuva a qualquer momento que fosse. Em casas diferentes, suas emoções e reações estavam ainda mais do que iguais. Levantaram sem disposição, colocaram a primeira calça e moletom que acharam, calçaram seus tênis e comeram menos do que o habitual.

Saíram de casa, coincidentemente, no mesmo horário. Andando de cabeça baixa, não perceberam quando seus corpos se chocaram. Foi inevitável não pararem o tempo para se encararem, com os olhos culpados de Harry olhando-o de cima a baixo a cada brecha que encontrava. Determinado, Draco levantou o olhar e passou a caminhar sozinho, deixando o amigo para trás. O último citado nem mesmo fez menção de tentar uma nova aproximação, ainda abalado pelo corte seco e abrupto, mas ainda por saber que, se seu peito doía, o de Draco doía ainda mais.

Andando na frente, Malfoy chegou mais rápido e se enfurnou em uma das cabines do banheiro masculino. Sua mente estava pesada, dividida entre conversar calmamente com Harry ou continuar fugindo dele como diabo foge da cruz. Sinceramente, a primeira opção lhe parecia mais viável. Não só por não suportar ficar longe do cara que seu coração escolheu amar com todas as forças, mas também por sentir que merecia explicações.

Soava como algo dramático e sem sentido, mas ele tinha motivos para se sentir tão... traído. Eles estavam se envolvendo. Ainda não completamente, mas estavam, não é? Não era justo da parte de Harry dar tantas esperanças de um romance correspondido quando na verdade ele não tinha intenção nenhuma de fazer aquilo se tornar verdade.

Também podia estar sendo precipitado quando julgava Potter daquela forma. Ele realmente não parecia alguém que se envolvia com duas pessoas ao mesmo tempo, nunca pareceu. Mas tinha um motivo por trás daquela aproximação tão repentina, e se tratando de namoro ou não, Draco era seu melhor amigo e não sabia de nada. Nunca soube, nunca ouviu nada vindo de sua boca sobre ninguém, ainda mais sobre aquele garoto desconhecido.

A verdade era que, mesmo sabendo que era o certo a se fazer, ele não sabia se queria ir conversar com Harry. Tinha medo do que poderia ouvir, medo de saber a verdade. Não acreditava que era da índole do mais novo, mas suas inseguranças amarguradas sempre lhe faziam recorrer a ideia que não passava de um brinquedo para Harry. Sendo levado a passeios, ganhando doces, por que ele não faria isso? Era estúpido.

Ou seus pensamentos dolorosos que eram?

Talvez as ideias que ele mesmo pensava o machucavam ainda mais. Podia não ser nada - torcia para que não fosse -, mas a sua mente perturbada o arrastava para milhares de hipóteses assustadoras que ele não gostava nem um pouco. O medo de ficar sozinho novamente lhe assombrava. O medo de seu mundo se tornar cinza novamente.

Não é engraçado? Draco tem cores para dar e para vender. Seu cabelo podia ser mais colorido que um arco íris depois de um dia chuvoso, mas ele sentia que precisava de Harry para ter cor.

Tão imerso em seus pensamentos, só percebeu que o tempo passou quando ouviu o sinal tocar, barulhento como sempre. Recolheu sua mochila jogada no chão e respirou fundo, lavando o rosto antes de deixar o banheiro, apressando os passos para não se atrasar. Não sabe dizer se sentiu alívio ou pesar quando percebeu o seu lugar ao lado de Potter ocupado, mas sabe com certeza que isso o deixou magoado porque, assim que passou pela porta, percebeu o olhar esperançoso do moreno se tornar vazio.

Com o único propósito de ignorar a própria explosão de sentimentos, ele fingiu não se importar com a distância incomodadora quando se sentou em uma das cadeiras vazias. Mesmo depois da aula ter se iniciado, sentiu um olhar queimar a lateral do seu corpo. Não precisava ser um gênio para saber que era Harry, mas a confirmação veio mesmo assim quando o professor pareceu se irritar com a falta de interesse nítida.

— Harry Potter! Você perdeu algo em Draco? Enquanto eu estou aqui, em pé, incansavelmente aplicando e repassando meus inúmeros anos de estudo você parece não dar valor algum. Gostaria de nos dizer o porquê dessa expressão tão deprimida enquanto o encara? Seu namoradinho te deu um pé na bunda? — Seu tom era rude, áspero.

Draco percebeu o rosto de Harry perder a cor enquanto suas mãos se tornavam rosadas a medida que ele apertava a mesa em sua palma. Briga nenhuma faria Draco gostar de vê-lo sendo tratado daquela maneira - ainda mais sabendo como seus sentimentos eram facilmente magoados - e foi por essa razão que ele decidiu se pronunciar também, o mais educadamente possível.

— Com todo respeito, professor, acredito que esse não seja o tom apropriado para uma sala de aula. Peço gentilmente que torne a trabalhar incansavelmente em prol do nosso promissor futuro.

E assim a aula teve continuidade. Ninguém ousou abrir a boca durante todo o resto de aula e o silêncio permaneceu até que o intervalo chegasse. Com sua comida em mãos, Draco observou Harry comer sozinho e respirou fundo antes de sentar na sua frente.

— eu mereço explicações. — Foi só o que disse, sem parar de encarar o seu rosto esperançoso e corado em nenhum momento.

— Merece! — Ele ajeitou-se sobre o banco e já estava prestes a falar quando Draco percebeu que não estavam mais sozinhos.

— Harry, eu estava pensando. Devíamos ficar hoje após a hora da saída? Da última vez foi tão bom. — Provocativo, o rapaz que Draco reconheceu ser Cedrico Diggory falou. Ou insinuou.

— Eu pensei que merecia uma explicação, mas agora eu não quero nem mais saber. — Irritado, Draco levantou, saindo em passos firmes do refeitório. Terminou de comer sentado embaixo de uma árvore no pátio.

O resto do dia se passou de maneira solitária e monótona. Harry não tentou mais nenhuma aproximação depois do decepcionante acontecido no pátio e não foi Draco que tentou reconciliar as coisas. Também não viu mais Cedrico e agradeceu por isso porque, mesmo que não fosse a favor da violência, talvez fosse bom experimentar novos ares por agora.

Já no fim da aula, Diggory passou em frente a sala de aula com a diretora ao seu lado. Seu braço estava roxo e aparentemente seu rosto ensanguentado. Os boatos que passaram a ser circulados pela escola inteira foi que ele bateu em um colega até que ele desmaiasse sem nenhum motivo aparente e que foi suspenso por isso.

Desanimado como passou durante todo o dia, Draco reuniu seus materiais e guardou dentro de sua alegre mochila. Plugou os fones que estavam em sua mochila no celular e ativou qualquer uma de suas playlists, colocando as mãos no bolso e começando a caminhada. Até que seu ombro foi brutalmente puxado.

— Draco, vamos conversar. Por favor! — E lá estava ele, com os seus famigerados olhos culpados.

— Não, Harry. Não tô no clima. Me deixa quieto. — Tentou puxar seu braço mas ele apertou ainda mais, colocando-se na sua frente.

— Por favor, me...

— Você me chama de melhor amigo. Todos os dias durante os últimos anos eu tenho sido a pessoa que você denomina como melhor amigo, mas agora, algo tão importante você esconde de mim? Ou você planejava que eu nunca saberia sobre seu relacionamento? — Empurrou o seu peito de leve para que ele se afastasse, mas ele não pareceu se abater.

— Draco, me escuta...

— Não! Parece besteira, mas não é! Eu confio em você de olhos fechados, você sabe tudo sobre mim. Estamos nos envolvendo agora e o mínimo era que eu soubesse das coisas!

— Então me deixa explicar! Você quer saber, então me escuta agora e me deixa falar! Você só cria hipóteses, só fala de como você confiou em mim mas eu estou na sua frente agora implorando para que você possa me escutar! — Àquela altura, não se sabia quem falava mais alto. Ou quem machucava mais o outro.

— Será que eu não te deixo explicar por que quando eu pensei ter sido um mal entendido o seu namorado veio e esfregou na minha cara o rolo de vocês? — Amargo, Draco tornou a andar. — Me deixa em paz!

Harry não tentou mais aproximação. Se afastou dele e continuou andando do outro lado da rua. Draco estava de cara fechada e raramente ele ficava assim, ele estava magoado e irritado.

Chegando em casa, foi rápido em se esquivar das perguntas preocupadas de seus pais. Tomou um banho e comeu no quarto, deitando na cama e ficando imóvel por horas. Não dormia, não tinha fome, nem vontade de ir ao banheiro. Não estava disposto, não queria fazer nada. Só queria acordar e perceber que era tudo um pesadelo perturbador.

Provavelmente era meia noite quando um barulho chato de pedra batendo em algo foi ouvido. Draco estava quase pegando no sono depois de horas na tentativa e se irritou completamente.

— Pirralhos desgraçados.

Levantou-se em um pulo só, abrindo a porta da varanda e olhando para baixo. Não era criança, nem adolescentes. Era Harry Potter, ali, parado.

O moletom grosso engolia seus braços e suas coxas. Seu cabelo estava molhado e ele encarava Draco. Pegou o seu celular e percebeu que Harry estava ligando-o.

— O que você quer? É meia noite.

— Abre a porta. Quero subir.

— Você enlouqueceu?!

— É sério. É importante. Me deixa subir. Eu vou continuar insistindo aqui até ser assaltado e você vai se sentir muito culpado por isso, então aconselho que desça e abra logo pra mim!

Com um rolar de olhos, desligou a ligação e desceu até o andar de baixo no maior silêncio possível. Abriu a porta e chamou Harry com as mãos. Deixou que ele subisse primeiro e trancou a porta, subindo logo atrás.

— Antes de você começar a falar, eu vou me explicar. — Sentado na cama, ele encarou Malfoy, que olhava para o chão. — Eu devia ter te dito, eu sei. Eu errei nisso. Mas eu e ele não temos nada, não somos namorados. Só ficamos algumas vezes a alguns meses, mas ele ainda gosta de mim e saber que eu tô gostando de você agora irrita ele, então ele quer destruir nós dois para que eu fique só. No dia que você viu nós dois eu não tava beijando ele nem nada do tipo, eu juro! Ele me encurralou na parede e tentou me beijar a força mas eu não quis porque eu gosto de você, Draco! Eu não quero ele, eu quero você. Eu sei que eu devia ter dito antes pra evitar qualquer confusão agora mas eu não imaginei que precisasse, não achei que seríamos incomodados por ele. — Ele suspirou, levantando e se aproximando, segurando seu rosto com as duas mãos. — Eu nunca me apaixonei tão rápido por ninguém, Draco. Você era só o meu melhor amigo, mas de repente você se tornou tão, tão mais que isso. Eu não sabia que precisaria falar sobre isso com você, mas me perdoa sobre isso. Por favor.

Um segundo. Um movimento. Bastou um piscar de olhos para que seus lábios estivessem colados em um selar tímido que se tornou algo mais significativo quando, carinhosamente, Draco deslizou a sua língua para dentro da boca de Harry.

Potter acariciou a mandíbula do mais alto, massageando seus lábios com a ponta de sua língua e falhando em conter um gemido quando Draco succionou a sua língua em resposta.

Quando o ar faltou, separaram seus lábios e colaram as suas testas, com as respirações ofegantes e os corações desalinhados.

— Hoje mais cedo seu cabelo estava cinza... Eu não consegui pensar em nada. O que foi? — Quando recuperaram as rédeas sobre as próprias respirações, Potter perguntou.

— Eu estava magoado. Muito magoado.

— Agora tá tudo bem? — Preocupado, ele acariciou seu rosto.

— Agora tá tudo bem. — Confirmou, sorrindo fraco e beijando a ponta de seu nariz. — Tá tarde. Quer dormir aqui?

— Vão pensar que eu teletransportei.

Com risadas baixas para não acordarem os pais de Malfoy, eles se alinharam embaixo dos edredons. O braço de Draco passou pela cintura de Harry, colocando seu rosto na curvatura cheirosa do pescoço do mais novo.

Finalmente estavam bem, um do lado do outro, de onde não deveriam ter saído.

Depois de um dia tão turbulento, eles encontraram no motivo do furacão a paz que precisavam.

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