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Capítulo 16

Las Vegas, Nevada, 5 anos atrás.

Lauren estava parada do lado de fora da casa que ela mal conseguia reconhecer. Diversas lembranças voltaram a sua mente criando um nó em sua garganta, mas não podia chorar, não agora. Então, Lauren respirou fundo e caminhou até a porta. Depois de pensar por mais alguns minutos, ela finalmente tocou a campainha. A menina ouviu passos se aproximando e a porta se abriu. Sua mãe olhou a garota como se não acreditasse que fosse ela, seu rosto pálido demonstrando surpresa.

"Oi mãe." Lauren sussurrou. Os lábios de sua mãe tremeram, mas ela não fez nenhuma menção de deixar a menina entrar. "Eu estou em casa."

"Quem é?" A voz autoritária de seu pai soou dentro de casa. Lauren viu uma sombra no corredor e em seguida seu pai apareceu. Sua expressão era semelhante à de Clara, mas apenas por alguns segundos, logo ele deu lugar à frieza.

"Oi, papa." Lauren disse.

"Eu não sei quem é você." Seu pai respondeu. "Feche a porta." Sua mãe olhou para ele, implorando-o com o  olhar para que deixasse sua filha entrar. "Feche a porra da porta!" E com toda sua raiva, seu pai fechou a porta causando um entrondo.

Lauren fechou seus olhos cheios de lágrimas e respirou fundo, engolindo o nó em sua garganta. Ela não ia chorar, afinal, ela já esperava por isso. A menina voltou para o seu carro e descansou a cabeça contra o volante. Minutos depois, ela ligou o carro e começou a dirigir, sem um caminho certo.

Claro que seu corpo iria levá-la para o único lugar que a fazia se sentir segura. Então, Lauren se viu estacionando em frente à casa de Camila. Ela não sabia se os pais da garota estavam em casa, ou se queriam vê-la. Talvez eles a culpassen por tudo o que aconteceu, mas Lauren não tinha para onde ir, então ela saiu do carro e tocou a campainha. A menina ouviu passos se aproximarem e a porta de abriu. A mãe de Camila estava ali, parada, com os olhos arregalados.

"Meus pais me expulsaram de casa." Lauren disse, sua voz trêmula e desesperada. "Eu não sei o que dizer." Sinu olhou para a menina por um minuto, antes de envolvê-la em un abraço apertado. A menina soluçou, deixando as lágrimas escorrerem de seus olhos.

Parecia que a morte de Camila havia sugado toda a energia daquela família. Lauren não havia pisado naquela casa desde o acidente, mas ela sabia que tudo ali havia mudado. Tudo parecia mais escuro, mais frio. Sinu e Alejandro pareciam mais velhos, seus cabelos estavam grisalhos, seus rostos pálidos e seus olhos mais opacos. Era por isso que Lauren evitou voltar para aquele lugar por tanto tempo. Ela odiava ver Miami sem Camila, era como se todas as coisas boas daquela cidade tivessem desaparecido.

"Onde você esteve? Seus amigos da escola estão muito preocupados com você." Sinu perguntou.

"Por aí...tentando seguir em frente." Lauren respondeu. A menina pôde ver nos olhos dos pais da menina que ela amava, que eles estavam tentando fazer o mesmo.

"Você pode ficar com a gente." Alejandro disse, tomando um gole de seu chá. Lauren assentiu.

"É só por alguns dias, depois vocês não vão ver nem a minha sombra." Sinu pegou a mão de Lauren, acariciando o anel em seu dedo anelar.

"Bobagem." Ela disse. "Você é da família."

Lauren se hospedou no quarto de Camila. Ela ainda podia ver seus momentos de carinho, seus beijos e declarações de amor por todos os lados e quando a menina sentiu sua garganta começar a fechar, ela engoliu em seco e tentou esquecer todas aquelas lembranças. A morena achava que estava pronta, mas estar de volta ao quarto de Camila, vendo todas as suas coisas arrumadas no mesmo lugar, como se ela fosse voltar a qualquer momento, trouxe de volta a dor que Lauren queria esquecer. Ela soube naquele momento que não estava pronta, que podia passar o tempo que fosse longe de casa, loge de todos e mesmo assim ela nunca estaria pronta para aceitar que Camila tinha ido embora para sempre.

"Você está bem?" Sinu perguntou.

"Sim." Lauren mentiu, sentando na cama de Camila. Ela podia sentir uma dor angustiante rasgando seu peito.

"Isso é errado." Ela sussurrou, após Sinu fechar a porta do quarto. Dormir na cama de Camila era errado. Dormir naquela cama sem Camila era errado. Lauren se deitou no chão, mas a dor não passou. Na verdade, tudo parecia errado. Estar naquela cidade, naquele quarto, com aquelas pessoas. Ela não podia ficar em Miami.

Lágrimas escorriam de seus olhos enquanto ela tentava com todas as suas forças não sentir o cheiro de Camila impregnado em cada parte daquele quarto, mas aquela era uma missão impossível.

Na manhã seguinte ela fez o anúncio.

"Eu vou embora." Lauren disse.

"Mas você acabou de chegar." Sinu afirmou.

"Eu sei , mas isso é demais pra mim. Eu tenho que ir."

"Pra onde você vai?" Alejandro perguntou. Lauren pensou por um instante e a imagem de uma bartender de cabelos espetados surgiu em sua mente.

"Quando você for maior de idade e estiver à procura de um emprego, venha falar comigo, okay?" Lauren fechou os olhos, recordando a proposta de Alexa. Como ela nunca havia lembrado daquilo antes?

"Eu acho que...eu acho que eu tenho uma idéia." Lauren respondeu. Por volta do meio dia a menina agradeceu a hospitalidade do casal e dirigiu para longe daquela casa cheia de lembranças.

O caminho até Nevada foi muito mais confortável e calmo do que o da sua viagem anterior. Lauren dormiu no carro todas as vezes que o cansaço a esgotava. Ela dirigiu o mais rápido que pôde, gastando quase todo o dinheiro que tinha com comida e gasolina. O céu estava escuro e uma forte tempestade desabava sobre ela quando a menina estacionou na frente da casa de Alexa. A morena correu em direção à porta, a chuva grossa a encharcando em poucos segundos. Ela deu três fortes batidas na madeira e esperou. Minutos depois Alexa apareceu.

"Pois não?" Ela disse.

"Oi, eu sou Lauren, você se lembra de mim?"

"Sim. É claro que sim." Alexa disse abraçando-a. "Como você está?"

"Melhorando." Lauren respondeu.

"Ok, entre! Espero que não se importe com toda essa bagunça." A menina assentiu e entrou.

Após tomar um banho e vestir roupas secas, Lauren se sentou no sofá segurando um copo de água em suas mãos. Alexa estava sentada a sua frente, fumando um cigarro e terminando de beber seu segundo copo de whisky.

"Onde está a Erica?" Lauren perguntou, olhando em volta.

"Nós terminamos há alguns meses atrás." Alexa respondeu. A boca da morena se abriu em um perfeito 'O'. "Ah, qual é, isso não é tão surpreendente assim. O que me surpreende é ela não ter me esfaqueado até a morte. Felizmente, não somos viciadas em heroína, então acho que isso ajudou bastante." A mulher disse sorrindo, mas Lauren não esboçou nenhuma reação ao que ela havia dito. Alexa observou a menina abaixar a cabeça, seu olhar perdido en algo que ela não sabia o que era. A mulher se inclinou e colocou o copo vazio de whisky em cima da mesa.

"O que foi?" Ela perguntou. Lauren balançou a cabeça. "Olha, Erica e eu não fomos feitas uma para a outra."

"Eu pensei que vocês estavam apaixonadas." Lauren murmurou.

"E estávamos, mas não estamos mais. Isso acontece com todo mundo." Alexa disse. "Onde está a morena que veio com você antes?" Lauren mordeu o lábio.

"Ela está morta." Imediatamente Lauren começou a contar toda a história. Ela começou falando sobre o acidente na piscina, sua viagem até Cape Cod e Nova York, as noites em que dormiu no carro para chegar até aquele lugar, porque seus pais a deserdaram e de como ela não conseguia esquecer Camila. Quando a menina terminou, Alexa estava inclinada para a frente, seus cotovelos apoiados em seus joelhos, olhando para o chão. Ela não se levantou para se sentar ao lado de Lauren. Ela não abraçou a menina e disse que estava tudo bem, não, isso não era o tipo de coisa que Alexa faria. A mulher nunca foi particularmente voa em situações como aquela, então apenas se levantou, encheu dois copos com whisky e ofereceu para Lauren.

"Eu ainda sou menor de idade." Lauren disse.

"E eu ainda não dou a mínima para isso." Alexa respondeu. Durante meia hora as duas ficaram ali, sentadas em silêncio, olhando para o chão. A mulher não sabia o que dizer, na verdade, a única certeza que ela tinha é que nada que ela dissesse diminuiria a dor que aquela garota estava sentindo.

"Está tudo errado." Lauren disse.

"Mas vocé voltou para Las Vegas." Alexa afirmou. "O que vai fazer agora?" Lauren deu de ombros, esperando que a oferta da mulher ainda estivesse de pé.

"Eu não sei. Virar uma mendiga?" Ela brincou. Alexa balançou a cabeça.

"Você lembra que eu te ofereci um emprego no meu bar?" Lauren assentiu. "A oferta ainda é válida. Você pode dormir no meu sofá até ter dinheiro para morar sozinha. Eu não posso deixar você trabalhar com bebidas até completar 21 anos, então seu trabalho por enquanto será de garçonete."

"Eu estava esperando que você dissesse isso." Lauren admitiu. Alexa sorriu e se inclinou para trás, espreguiçando-se.

"E quando você fizer 21 anos poderá trabalhar ao meu lado, mas vai ter que aprender sozinha porque eu não vou te ensinar. Não tenho paciência pra isso." Alexa bufou.

"Eu aprendo rápido." Lauren disse. "E se eu não fizer, você pode me mandar embora."

"É o que eu pretendo." Alexa disse. Lauren tomou um gole de whisky, fazendo uma careta. "Veja só, pelo menos na minha casa você pode beber."

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Lauren acordou na manhã seguinte com uma ressaca horrível. Sua cabeça latejava e ela prometeu a si mesma que nunca mais aceitaria nem um copo de água de Alexa. A mulher, a propósito, estava na cozinha cantarolando algo bem baixinho. A menina se sentou e o cobertor que envolvia seu corpo caiu. Ela olhou para baixo e ficou surpresa ao se encontrar de calcinha e sutiã.

"Bom dia." Alexa disse. "A aspirina está no armário a sua direita e a água você já sabe onde está." Lauren olhou a mulher de cima a baixo. Ela estava igual a menina, apenas de calcinha e sutiã. A morena se esforçou para tentar se lembrar da noite anterior mas nada veio a sua mente. Alexa deu uma gargalhada ao se deparar com o olhar confuso da garota.

"Relaxa, eu não faria isso." Ela disse. "Bem, não por enquanto."

"Porra." Lauren gemeu, se arrastando até o sofá.

Alexa se aproximou e jogou uma pilha de livros sobre a mesa no meio da sala de estar.

"O que é isso?" Lauren perguntou.

"Seu dever de casa. Eu quero que você memorize o primeiro livro até hoje a noite, e o segundo amanhã, e... a limpeza do bar começa às três horas da manhã, quero você lá pelo menos meia hora antes." Alexa ordenou.

"Que merda, você realmente vai me fazer trabalhar." Lauren disse.

"Com certeza. Não gosto de aproveitadores." Alexa sorriu e voltou para a cozinha.

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Dois anos depois...

Lauren se revelou uma ótima garçonete. Ela trabalhou muito, foi amigável e paciente com os bêbados que tentavam apertar sua bunda. Durante o primeiro ano de trabalho, a menina economizou o máximo de dinheiro que pôde até conseguir alugar um pequeno apartamento perto da casa de Alexa. Quando ela acendeu as luzes do lugar pela primeira vez, ela pensou: "Este é o meu lar. Este é definitivamente o meu lar." A garota gostava de trabalhar no bar e aguardava ansiosamente pelo dia que pudesse se tornar uma bartender. Ela já estava tendo algumas experiências na profissão, já que sempre que podia, pegava algumas dicas com Alexa. No final de cada dia, Lauren colocava a cabeça no travesseiro e reafirmava para si mesma que finalmente havia encontrado um lugar para chamar de seu.

Um ano se passou desde que Lauren começou a morar em seu pequeno apartamento. Ela estava longe de Miami há dois anos e constantemente se perguntavam como todos estavam. A menina estava mais velha, prestes a completar 21 anos e finalmente começar a ser uma bartender.

Era um dia de outono quando Lauren saiu pela porta do bar. Ela estava no turno da noite e caminhava em direção ao seu apartamento. Alexa tinha precisado sair mais cedo por conta de uma enxaqueca horrível e a menina não se importou em ir a pé. Era uma caminhada de mais ou menos uma hora e o clima estava agradável.

Lauren sorriu e olhou para o céu. Não havia estrelas em Las Vegas, mas ela gostava de olhar as nuvens. A menina tinha dinheiro no bolso, um emprego decente e um lugar para morar. Ela encontrou muitas pessoas maravilhosas em sua jornada. Vero, Marielle, Harry, Alexa e até mesmo Lucy. Todos eles foram bons pra ela e a ajudaram de alguma forma. Ela suspirou satisfeita.

"Parada." Uma voz ordenou. Os olhos de Lauren se arregalaram e seu batimento cardíaco acelerou. Um homem vestido de preto estava parado a sua frente apontando uma arma para sua cabeça.

"Pegue." Lauren disse, tirando sua carteira do bolso e entregando todo o dinheiro que tinha nela.

"Só isso?" O homem perguntou, claramente desesperado. Sua mão tremia violentamente e Lauren rezava para que ele não apertasse o gatilho acidentalmente.

"É o que eu tenho. Olha, você conseguiu 127 dólares, se contente com isso e vá embora." Lauren respondeu, tentando negociar sua vida.

"Me dê o relógio." O homem exigiu. Lauren obedeceu-o, sem tirar os olhos da arma apontada para sua cabeça.

"É um relógio barato, mas é seu. Pode pegar." Ela jogou o relógio para o homem.

"Seus sapatos." Lauren tirou os sapatos.

"Olha, quanto mais você ficar aqui, mais chances você tem de alguém passar e te ver. Eu estou limpa, okay? Não tenho mais nada."

"Cala a boca. Eu tenho uma arma."

"Sim, sim. Você tem, mas não precisa usá-la." Lauren suava. O homem olhou para a mão da menina.

"O anel." Ele disse. Lauren arregalou os olhos e congelou.

"Olha, esse anel deve custar 50 centavos. Ele não vale nada, eu juro por Deus." Ela respondeu.

"Me dê a droga do anel ou eu vou abrir um buraco na sua cabeça!" O homem gritou. Lauren deu um passo para trás.

"Não faça isso, não vale a pena. Eu juro por Deus, eu te dei tudo o que eu tenho." Lauren disse, dando mais um passo a trás.

"Me dá logo a porra do anel." Ele gritou. Lauren balançou a cabeça e saiu correndo. Ela ouviu três tiros, um a fez sentir uma dor insuportável em sua perna e o outros passou de raspão em seu braço direito.

E o terceiro atingiu sua cabeça.

Ela podia sentir seu crânio rachando. Lauren colocou a mão sobre o lado direito de sua cabeça, para alguns segundos depois ver seus dedos ensanguentados.

"Merda..." Ela disse, caindo na calçada. Sua respiração estava acelerada. A menina ouviu passos se aproximando e gritos de pessoas do outro lado da rua. Ela olhou para sua mão esquerda, o anel continuava firmemente colocado em seu anelar. Lauren suspirou e se esforçou para se manter acordada.

"Meu cérebro está esparramado na calçada." Ela pensou. "Droga..." Lauren ouviu alguém se aproximar e tentou esconder sua mão esquerda para que nenhum outro ladrão tentasse roubar seu anel.

"Merda, merda, merda!" Ela ouviu a pessoa dizer. "Por favor, chamem a polícia e uma ambulância."

A menina começou a sentir suas pálpebras pesarem, mas forçou seus olhos a continuarem abertos. Ela ouviu uma risada e se perguntou quem poderia estar rindo daquela situação. Lauren tentou virar a cabeça para ver quem era, mas não conseguiu se mover. A risada voltou a ecoar em seus ouvidos, mas desta vez, ela reconheceu a voz.

"Camz..." Ela sussurrou baixinho. Uma multidão começou a se juntar ao seu redor, mas ela não conseguia desviar sua atenção para nenhuma daquelas pessoas. Seu olhar se fixou em uma única figura. Uma menina de vestido amarelo e sapatos da mesma cor. "Camz..." Ela sussurrou novamente. A menina deu uma gargalhada.

"Você sabe quanto tempo eu esperei?" A garota com o vestido amarelo perguntou. Lauren não conseguia ver seu rosto, mas ela sabia quem era. Parecia que ninguém podia vê-la além da morena e só então, ela finalmente entendeu o que estava acontecendo.

"Eu estou morrendo..." A menina riu e desapareceu no meio da multidão. Lauren queria se levantar e correr atrás da garota, mas tudo começou a ficar escuro até o momento em que ela não pôde ver mais nada.

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