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Capítulo 14

Norte do Estado, 5 anos atrás.

Havia uma linha tenuê entre esquecer e seguir em frente. Lauren aprendeu isso em Cape Cod. Esquecer era um band-aid e o que ela precisava era de pontos. Ela trabalhava duro na fazenda. Nos primeiros dias seu corpo doía inteiro pela manhã, mas ela estava acostumava com isso por ser líder de torcida. A velha Lauren teria se arrependido pelo simples pensamento de trabalho manual. A nova Lauren achava isso gratificante. Era a perfeita coisa para manter Camila fora de seus pensamentos durante o dia. Durante a noite, ela pensava um pouco nela antes dela ir pra cama e sentia que a cada dia que se passava a ferida cicatrizasse um pouquinho mais.

Claro que havia noites onde ela ainda ia se deitar e afundava sua cabeça no travesseiro chorando descontroladamente, mas esses momentos aconteciam menos e menos conforme as semanas iam se passando.

Harry e Marielle estavam felizes por ter Lauren por perto. Isso fazia Marielle ter mais tempo para ajudar na recepção do Motel, o que ajudava nas despesas de casa. Lauren tomava conta de Laney e levava Max até o ônibus escolar todas as manhã e depois voltava para ajudar Harry comos animais no campo. "Isso não é perfeito" Lauren pensava, mas ela sabia que era bom e sinceramente era melhor do que ela esperava. Por um bom tempo Lauren se sentia contente. Ela não estava feliz. Não. Ela não sentia felicidade desde que Camila havia morrido e ela realmente duvidava de que algum dia poderia voltar a se sentir assim, mas ela se sentia contente e isso era o melhor que ela poderia ter. Marielle, Harry, Laney, Max e até mesmo os cachorrinhos, se tornaram sua família agora. Ela não se esqueceu de sua velha família, Marielle se certificou de que Lauren ligasse toda a semana para avisar sua família como andavam as coisas.

Conforme os dias foram passando, o fim do verão se aproximava. No final de agosto Lauren já percebia as árvores se tornando vermelhas, amarelas e laranjas, sinalizando que o outono se aproximava. Seu coração batia pesadamente em seu peito quando ela se lembrava que ela teria que voltar para a casa. Conforme os dias iam passando Lauren sabia de uma coisa: Ela não estava pronta para ir.

- Então você já irá pra casa em uma semana, hm? - Marielle perguntou. Lauren provou sua sopa tristemente, não necessariamente com fome.

- Eu não quero ir. - Lauren disse.

- Querida, você prometeu aos seus pais. Eu não posso te manter afastada deles. - Lauren sabia que Marielle estava certa. Ela havia prometido a seus pais que ela voltaria para casa em setembro e essa data estava bastante próxima. Ela havia perguntado a sua mãe se era começo ou fim de setembro, sabendo muito bem a resposta.

"Você volta 1° de setembro." Desde então Lauren passou a odiar essa data. Lauren havia perdido a fome completamente e pediu licença para deixar a sala de estar. Max assistia TV enquanto estava sentado no chão, ele se sentia confortável ali, mas quando Lauren se aproximou ele a olhou confuso.

- É verdade? - Ele perguntou. - Mommy falou que você vai embora. Você não vai, não é mesmo, Lo?

- Eu preciso voltar para meu lar. - Ela se perguntou se ainda poderia considerar aquela casa seu lar, ela não sentia que podia.

- Mommy disse que você sempre terá um lar aqui conosco. - Ela acariciou os cabelos do menino.

- Vamos lá, é hora de dormir. - Ela sugeriu.

- Não. - Max pirraçou. - Eu não quero que você vá embora, Lo. - Ele começou a chorar. Lauren tentou acalmar o garoto mas ele estava inconsolável. Ela o deixou chorar em seu colo, suas pequenas mãos agarradas em sua camisa. Não demorou muito até ele chegar a exaustão e finalmente dormir em seu colo. Lauren o pegou no colo e o levou escada acima para a cama dele. Ele murmurou algo enquanto ela o cobria e ela deixou um beijo em sua testa. Ela olhou tudo em volta, sentindo um aperto no peito por ter que deixá-lo. Ela havia se tornado parte integral da vida dele, preparava seu lanche e seu almoço, o levava e o buscava no ônibus escolar, brincava com ele. Ela não pôde evitar sentir que estava abandonando ele.

"Como abandonou seus amigos?" Uma voz em sua cabeça perguntou amargamente. Lauren balançou a cabeça tentando se livrar daquele pensamento. Ela se lembrou do que sua mãe lhe havia dito em uma de suas ligações.

"Eles estão preocupados, Laur. Não podemos dizer a eles onde você está?"

"Não. Apenas faça como que eles saibam que estou viva." Lauren respondeu friamente.

"Porque você está fazendo isso? O que eles fizeram com você?" Lauren mordeu o lábio. Seus amigos não haviam feito nada, ela só não queria vê-los enquanto não tivesse seguido em frente.

"Eu não posso, ok? Eu sei que eles viriam atrás de mim." Especialmente Troy, aquele menino iria buscá-la no inferno se fosse preciso.

Lauren andou até o celeiro segurando Picasso firmemente contra seu peito. Ao sair de casa, Camren começou a seguí-la. Desde sua chegada ela havia criado um vínculo muito forte com o filhote. Depois de alguns dias Max contou a ela o por que escolheu aquele nome para a cachorra.

- Olha os olhos dela. - Max disse apontando para o filhote. Lauren olhou para a cachorra. Um de seus olhos era castanho e o outro tinha um tom de verde idêntico ao seu. - Você tem olhos verdes e Camila tem olhos castanhos.

Camren não gostava de ficar longe de Lauren. Ela a acompanhava durante todo o dia e às vezes dormia ao seu lado. Marielle pediu que a menina levasse a cachorra embora quando partisse se não a cadela morreria do coração. Lauren prometeu que assim que pudesse voltaria para buscá-la.

A menina abriu a grande janela e se sentou na beira do loft, deixando o pato desajeitado descansar ao seu lado, no mesmo lugar onde Camila havia sentado tanto meses atrás.

- Eu não estou pronta. - Ela sussurrou. - Já faz quase um ano, Camz, mas eu ainda não estou pronta para voltar para Miami. - A menina olhou para o pato.

- Você está pronta. - Lauren pulou ao ouvir a voz de Marielle. A mulher subiu as escadas e se sentou ao lado do bichinho de pelúcia.

- Escutando atrás da porta? - Lauren perguntou.

- Pessoas mais velhas não tem muita vergonha. - Marielle respondeu rindo.

- Velha? Eu diria que você está grávida de gêmeos. - Lauren brincou.

- Okay, mas só se você fizer o parto. - Marielle respondeu gargalhando. Lauren abaixou a cabeça.

- Camz fez todo o trabalho. - Ela disse.

- Querida, ela tremia o tempo todo. A única razão pela qual ela foi capaz de aguentar toda aquela confusão foi porque você estava lá segurando a mão dela. - Lauren olhou para a mulher e sorriu. As duas ficaram em silêncio, o ar frio do outono arrepiando a garota.

- Estou feliz por meu carro ter quebrado. - Lauren disse.

- Eu também. - Marielle passou o braço sobre o ombro da menina e a puxou, esmagando o pato entre os corpos. - Você está pronta. - Lauren suspirou. Ela esperava que a mulher estivesse certa.

Três dias antes de ir embora Lauren foi surpreendida por um contratempo. Ela estava arrumando suas malas e tentando não chorar, a morena ia sentir muita falta dos dias que passou naquela casa. A menina tentava ao máximo tentar arranjar uma desculpa para ficar e felizmente, ou não, ela conseguiu uma enquanto arrumava suas últimas peças de roupa.

- Oh droga! LAUREN! - Marielle gritou. Lauren parou o que estava fazendo e desceu as escadas correndo. Marielle segurava Harry pelos ombros, o homem exibia uma careta de dor e segurava sua perna direita. Parecia que alguém tinha dobrado seu tornozelo ao meio e uma poça de sangue já se formava no chão.

- O que aconteceu? - Lauren perguntou, correndo para ajudar Marielle.

- Aquele telhado de merda. - Harry reclamou. As mulheres sentaram o homem no sofá e Marielle correu para pegar uma bacia de água e algumas toalhas, voltando em alguns minutos depois e pressionando-as contra a fratura.

- E o telhado? - Lauren perguntou tentando fazer com que Harry se distraísse.

- Que se dane. Eu estava tentando consertar um buraco no celeiro. - Ele respirou fundo quando Marielle tentou colocar o osso no lugar. - Merda, Merda. E então escorreguei...

- Você teve sorte por não ter acontecido coisa pior. - Marielle disse.

- O que vamos fazer agora? - Harry perguntou. - A época de colheita está chegando. Eu preciso estar bem.

- Podemos chamar Keaton para nos ajudar. - Marielle disse.

- Ele tem que ir para a escola. - Harry respondeu. - Ele não pode nos ajudar.

- Eu vou tirar uns dias de folga do hotel. Querido, você não pode fazer nada.

- Eu vou ficar. - Lauren disse. Os dois olharam para a menina. - Eu vou ficar. - Sua voz era mais firme dessa vez.

- Não, você não vai. - Marielle respondeu, mas Lauren sabia que a mulher estava incerta.

- Eu vou ficar. Vocês precisam de ajuda.

- Seus pais. Você vai pra casa, Lauren. Não podemos te pedir para ficar. - Lauren olhou para Marielle com um olhar de 'Não discuta comigo.' - Mas seus pais...

- Eles vão entender. - Lauren mentiu. Ela sabia que seus pais falaram sério ao afirmar que ela não faria mais parte da família se não voltasse dentro do prazo. - Vou ligar pra eles. - A morena tirou o celular do bolso e discou o número do telefone de sua casa. Clara atendeu.

- Oi mãe.

- Lauren, como você está? Você vai voltar lra casa em breve, certo? - Lauren respirou fundo e se afastou da sala na tentativa de evitar que Harry e Marielle ouvissem a conversa cado desde tudo errado. Sei pai pegou o outro telefond no andar de cima.

- Laur?

- Oi, Papá.

- É bom ouvir a sua voz. Eu estava pensando se poderiamos ir jantar na sexta quando você voltar. - Ele disse e Lauren suspirou.

- Mãe, pai, eu não vou voltar pra casa na sexta-feira.

- Como é que é? - A voz do seu pai saiu trêmula.

- Harry sofreu um acidente. A perna dele quebrou e ele não pode trabalhar. Preciso ficar para ajudá-lo. Por favor, tentem me entender.

- Eu não me importo se a fazenda toda morrer, você vai voltar pra casa na sexta. - Sei pai gritou. Sua mãe continuava em silêncio. Lauren precisava insistir.

- Eu preciso ajudá-los.

- Não. Você quer ajudá-los. Eles estavam bem sem você e ficarão bem quando você partir.

- Eu vou ficar. - Lauren disse firme. Um longo silêncio se instaurou.

- Então você nào é mais nossa filha. Nós passamos muito tempo nos preocupando com você e você não se importa nem um pouco com o que nós sentimos. - A voz de seu pai era pura raiva.

- Filha... - Clara disse. Era evidente que ela estava chorando.

- Desligue o telefone. - Seu pai ordenou. - Desligue Agora! - Lauren ouviu um clique. - Nós não te conhecemos mais. - E a linha ficou muda. A mão de Lauren tremia enquanto ela guardava seu celular no bolso. Ela cobriu a boca com a mão tentando esconder o soluço.

- Lauren? - Marielle chamou enquanto se aproximava da menina. Lauren engoliu o choro. Ela respirou fundo e se virou, forçando um sorriso.

- Eles deixaram. - Mentiu. Marielle semicerrou os olhos, ela sabia que a menina estava mentindo.

- Laur... - Marielle disse aproximando-se. Lauren passou por ela e se sentou ao lado de Harry, tentando agir o mais normal possível.

- Vamos levá-lo a um hospital, ok? - Lauren disse e Harry assentiu.

Lauren se jogou de cabeça no trabalho, ela não queria pensar que não teria um lugar para ir quando Harry ficasse bom. Um mês depois Harry já caminhava normalmente. Lauren olhou o calendário e nele tinha um X sobre o dia 23 de outubro, a nova data que ela estipulou para voltar para Miami. Nesse disse ela partiria.

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Um dia antes de sua partida Lauren passou a tarde toda observando o rebanho e o céu escuro, tomado por nuvens. Os animais faziam o percurso perfeitamente seguidos pelo olhar atento de Camren, Mounty e deScala. Lauren suspirou, seu coração doía por saber que no dia seguinte ela saberia se seus pais estavam dispostos a aceitá-la de volta. Mas mais importante do que isso, ela precisava visitar o túmulo de Camila e ver se todo esse tempo longe realmente tinha feito a dor diminuir.

A menina começou a pensar em seus amigos. Onde eles estariam agora? Provavelmente na faculdade aproveitando todos os dias de suas vidas. Diferente drla, que nem sabia para onde ir.

Um forte trovão soou na propriedade e segundos depois a chuva despencou do céu. A morena pulou a cerca e correu para o celeiro. Quando estava a poucos metros do abrigo, Lauren viu a silhueta de duas meninas correndo em direção a velha construção. Seu coração errou a batida e ela afirmou para si mesmo que a chuva a estava fazendo ver coisas que não existiam. Mesmo assim a menina correu para o abrigo e escancarou as portas.

- Olá. - Gritou. Ninguém respondeu. Ela olhou em volta e uma sombra chamou sua atenção. Lauren se aproximou da parede do celeiro e um pássaro saiu voando daquele lugar. Ela engoliu em seco e entendeu sua mão para tocar a madeira, seus olhos fechados firmemente. Lauren tentou lembrar a sensação da pele molhada de Camila contra o seu corpo. Ela descansou a cabeça contra a parede.

- Camz. - Ela sussurrou. - Eu vou voltar pra casa. - A menina ficou ali por mais alguns minutos antes se ouvir Marielle chamar seu nome. Lauren saiu do celeiro com os braços abertos acolhendo a chuva, sua língua para fora saboreando as gotas da água que caíam do céu. A menina podia sentir suas lágrimas quentes se misturarem com a água congelante que descia pelo seu rosto. Um som rouco e embargado saiu de sua garganta e ela percebeu que estava rindo. Rindo de todas as casualidades que viveu. Ria de si mesma por ter sido tão boba. Ela apenas saboreava a sensação do riso.

No dia seguinte Lauren finalmente se sentia pronta para ir embora. A menina abraçou cada membro daquela família que a ajudou em todos os sentidos possíveis. Max pulou em seus braços e Harry teve que arrancá-lo do corpo da garota. Laney chorou quando Lauren a tirou de seu colo e a entregou a Marielle.

- Eu vou voltar. - Lauren prometeu. A mulher deu-lhe um beijo no rosto, seus olhos transbordando de lágrimas.

- Acho bom, caso contrário...

-Você vai mandar o Mounty me caçar. - Lauren terminou a frase sorrindo. Os lábios de Marielle tremeram e ela se inclinou para abraçar a menina mais uma vez.

- Cuide-se. - A mulher sussurrou.

- Pode deixar. - Lauren entrou no carro. Ela abriu a janela e começou a se afastar lentamente, acenando para a família. Seu tempo em Nova York tinha acabado. Era hora de voltar para Miami.

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