Capítulo 8
Águas de Mira Estrelas
O outono despontou muito agradável naquele ano de 1863.
Sanem amanheceu particularmente feliz no primeiro domingo da nova estação. Juan estava na propriedade ao lado, a festa de aniversário seria em poucos dias e Omije estava bem.
Não conseguira sua botica, era verdade, e não tinha mais economias, mas tinha uma família maravilhosa que a ajudara ao menos a conseguir comprar os ingredientes que precisava, não na quantidade que pretendia antes, mas já era um começo. Com a ajuda de Omije, tudo fluía mais rápido. A jovem se revelara uma excelente aprendiz, muito esforçada e curiosa.
Sanem apressou-se para fazer sua toalete assim que despertou, não tinha tempo para devaneios matinais naquele domingo, não podia se atrasar de modo algum dessa vez, precisava ficar pronta o quanto antes para incentivar Omije a ir à congregação com ela e a família. Mas infelizmente ela estava irredutível, não queria sair de casa.
Todos já estavam a caminho da charrete quando Sanem resolveu falar com Omije mais uma vez.
— Tem certeza, Omije? Os membros da congregação são pessoas muito amáveis, ninguém a tratará mal — Sanem tentava um último argumento.
Omije passou a mão na cabeça, usava uma touca de algodão, com rendas nas extremidades, que Sanem havia feito para a convalescente.
— Tenho sim, Sinhazinha. Vão melhor sem eu.
— Omije, o que eu falei sobre me chamar de Sinhá?
Omije não disse nada, apenas lançou à sua resgatadora um olhar servil como pedido de desculpas. Além de ainda não estar segura com a sua aparência, não queria que a família fosse apertada na charrete por sua causa, provavelmente as crianças precisariam ir no colo.
Já na entrada da congregação, Sanem admirava, satisfeita, a fonte que havia a alguns metros. Através dela, o centro de Mira Estrela era abastecido com água, pois havia pontos de bombeamento. Do rio para a fonte, da fonte para os pontos instalados e dos pontos para as casas.
Dando-se conta de que muitas outras pessoas já haviam chegado, Sanem procurou a presença de Juan entre os que conversavam ou raspavam a sola dos sapatos — sujos pelo barro da estrada — na elevação de ferro que havia próximo à entrada para esse fim.
— O que olha tanto, querida Sanem? — perguntou Odete Fabri.
A jovem de cabelos negros como a noite estava acompanhada de Luzinete, sua sombra. Eram irmãs. Luzinete era apenas um ano e dois meses mais nova do que Odete, as duas regulavam em idade com Sanem. Uma fizera dezoito no mês anterior, e a outra faria dezessete anos no mês seguinte. As outras duas mais novas jogavam pedrinhas na água da fonte que ficava diante da igreja.
— Verificando quem são os que vêm a pé, mesmo morando longe, para riscá-los da lista de possíveis pretendentes? — continuou ela, apontando na direção daqueles que raspavam as solas do sapato.
Solas muito sujas era sinal de que a pessoa não tinha nem ao menos uma mera carroça, e não ter meio de locomoção significava que a pessoa não era um pretendente adequado, afinal, não podia manter sequer um cavalo, quanto mais uma esposa.
Sanem agradeceu em secreto por Omije não ter ido, esquecera-se das línguas mordazes daquelas duas, e a nova amiga ainda não estava recuperada o suficiente para ter de lidar com tamanha impertinência.
— Sanem não quer pretendente que raspe o pé na frente da congregação — disse Luzinete, escondendo a risada com seu leque de tecido, recebendo o riso da irmã mais velha como apoio.
Luzinete não saía sem seu leque, achava que dava a ela ares de moça da Corte, além disso, usava-o para códigos de flertes.
Para não revidar a afronta, Sanem expeliu o ar pelo nariz na tentativa de aliviar a sua indignação. Não adiantou. Então versejou em seus pensamentos para distrair-se: Serpente venenosa é a língua ruidosa. Para acabar com este mal, acerte-lhe a cabeça com um pau.
Sorriu por dentro. Estava mais calma. E sabia que não devia levar em conta o que Luzinete dizia, estava sempre proferindo tolices, tinha uma conversa torpe e infantil.
— Não quer um solado raspado, mas sim os intactos pelo conforto de uma bela carruagem — debochou Odete. — Oh, querida Sanem, está certa, deixe esses que raspam os pés como candidatos para a pobrezinha da Felícia, que já não pode muito escolher aos vinte e três anos. São para moças desesperadas e...
A Benedict teve o impulso de chamá-las de tolas, mas lembrou-se dos ensinamentos dos santos Evangelhos. Não sabia ao certo onde estava a passagem, mas sabia de uma que dizia que quem chamasse um irmão de tolo, ou de algo semelhante, seria réu de juízo.
— Não deixe que essas duas tolinhas a aborreçam, Sanezinha, vamos entrar — interrompeu Anna, que chegara sorrateiramente, puxando o braço da amiga.
As irmãs correram atrás de Anna, dando a desculpa de que apenas brincavam, que não as levassem a mal, mas Anna não fez caso delas, conduzindo a amiga ao assento da frente, da fileira da direita, destinado à família Camponelle, o que fez as Fabris morderem os beiços de inveja.
— Anninha, não deveria ter dito aquilo, não quero que seja réu de juízo como está nos Evangelhos — disse Sanem à amiga.
— No Evangelho Segundo o Apóstolo Mateus, capítulo cinco, versículo vinte e dois, diz "aquele que disser louco ao seu irmão sem motivos", mais ou menos isso. Oras, julga que foi sem motivos? — defendeu-se Anna.
— Tem certeza que está escrito "sem motivos"?
Anna pensou um pouco.
— De qualquer forma, a ofensa se quebrou pelo carinho do diminutivo. Hei de estar perdoada por esse ato de complacência.
As duas riram.
Anna não era uma estudiosa aplicada como Sanem, mas desde muito nova tinha como uma de suas lições recitar capítulos inteiros dos Evangelhos, principalmente o de Mateus, que era o primeiro deles. Decorara o de Mateus, e as passagens que se repetiam nos outros ela apenas as recitava sem decorar as diferenças sutis. Não via mal nesse pequeno atalho.
Durante o sermão, era possível ouvir o vento forte que soprava. Antes de o culto terminar, as águas de março já caíam forte.
Águas de Mira Estrela.
Julino tranquilizou a todos, dando os devidos comandos. Remanejaram alguns bancos e serviram o almoço dentro do templo, não fora tarefa muito fácil, uma vez que os bancos eram de madeira maciça e compridos, cabiam em média umas seis pessoas de porte médio em cada, mas nada que alguns pares de braços fortes não resolvessem, como os da família Tabajara.
Almoçaram, fizeram reuniões, ensaiaram hinos para o domingo seguinte, resolveram pendências, jantaram à tardinha as poucas sobras do almoço, divididas com a modéstia de Cristo ao partir o pão na Ceia, e nada da chuva passar. Ao cair da noite, deram-se conta de que pernoitariam ali. Alguns, os que moravam por perto, se aventuraram na tempestade, contudo, mulheres e crianças permaneceram na congregação, assim como idosos e boa parte dos jovens, pois viram naquele pernoite uma grande aventura, muito maior do que chegarem em casa um tanto molhados por conta de uma chuva forte. O Sr. Fabri, preocupado que estava com sua mercearia, optou por partir.
— Papai, sabe quantas horas levei para fazer este penteado? — protestou Odete Fabri — Levantei hoje antes do sino tocar, antes das seis da manhã. Não arredarei pé daqui até esta chuva tenebrosa passar. — Ela cruzou os braços, reforçando a decisão tomada.
As Fabris mais jovens se posicionaram ao lado da mais velha, demonstrando que também não estavam dispostas a encararem a chuva.
— Pois fiquem, eu e Fabrício vamos cuidar da mercearia.
O Fabri mais moço deu um meio passo vacilante em direção ao pai e ao irmão, revelando sua indecisão sobre ir ou ficar.
— Fique e cuide de suas irmãs — disse o Sr. Fabri ao filho caçula, ajeitando o chapéu na cabeça.
O rapaz sorriu, satisfeito por poder ficar.
O delegado, como guardião da cidade, assim se intitulava, havia partido no meio da tarde, alegando que o dever o chamava, pois precisava averiguar se tudo estava bem e remediar o que estivesse ao seu alcance. Não exigiu que sua filha partisse consigo, afinal, Felícia tinha uma saúde frágil na percepção dele. A moça ficou aos cuidados de Emília Benedict, que assegurou ao delegado que cuidaria de Felícia como se fosse sua própria filha, o que o deixou mais tranquilo para partir.
No primeiro par de horas após o anoitecer, foi divertido para os jovens, eles se revezavam em anedotas — sem extravagâncias, já que o reverendo Julino estava sempre atento às interações e pigarreando por vezes para sinalizar alguma reprimenda, também fizeram declamações e cantaram hinos. Anna Camponelle insistiu repetidas vezes para que Sanem se juntassem a eles na competição de rimas, que consistia em criar versos com temas propostos, mas Sanem preferiu trabalhar ao lado de Juan na organização para o pernoite, e Samuel acabou por acompanhar a irmã, mesmo sob os protestos de Anna, que insistira para que ele permanecesse ao seu lado e participasse das brincadeiras, mas ele não se sentiu confortável ao ver os adultos trabalhando enquanto ele se divertia. Jesuíno, o caçula dos Camponelles, aproveitou o ensejo e foi com Samuel, sentia-se desconfortável com aquelas interações, sempre ficava deslocado, seu mundo eram os livros, e longe deles, assim como da possibilidade de usar seu tempo com estudos, preferia se ocupar de algum trabalho, dessa forma não precisaria ter que contar anedotas ou conversar.
Com o avançar das horas, e a fome saudando a todos, preparam-se para dormir. Mulheres para um lado e homens para o outro. Os cavalheiros cederam as suas casacas para as damas, e as cortinas foram retiradas para servirem de lençóis. Sanem deu um jeito de tomar a de Juan para si, não deixaria uma oportunidade dessa passar, claro. Havia também algumas trouxas de roupas para doação que usaram como travesseiro. Foi a partir desse evento que os Camponelles decidiram investir em uma casa paroquial maior, a que era usada pelo reverendo que assumia a congregação de Mira Estrela era pequena, não caberia um terço daquela gente em uma situação de necessidade, como era o caso naquele momento.
— Há de nos cair um raio na cabeça — apavorou-se a caçula das irmãs Fabris, acompanhada por exclamações de medo da outra, que ainda também era apenas uma menina.
— Não há de se passar nada — disse Odete, aninhando as duas mais novas embaixo de suas asas.
— Promete, Detinha? — disse a caçula.
— Decretado e assinado. Quando eu não cumpro uma promessa?
As duas meninas olharam para Luzinete dormindo, ela prometera que não dormiria enquanto as mais novas não pegassem no sono, contudo, sabiam que Odete era diferente, de fato nunca deixava de fazer aquilo que prometia, de um jeito ou de outro, sempre conseguia, e isso as deixou menos apreensivas. Mas a tranquilidade se esvaiu com um novo trovão, fazendo as meninas estremecerem, e então a voz suave de Odete ecoou pelo ambiente pouco iluminado por algumas velas, uma tentativa de restabelecer a calma das irmãs e quem sabe fazê-las adormecer, algo que fizera algumas vezes após a morte da mãe há cinco anos.
Sanem acompanhava toda a cena. Assim como a outra, também amparava as irmãs mais novas, e os sobrinhos, já que a mãe ainda ajudava algumas mulheres com crianças a se acomodarem, com o pouco de ingredientes que havia na cozinha, fizera, com a ajuda de Gertra e de Rosa Tabajara, uma fornada de pão para dar às crianças.
Com todos já dormindo, Sanem, que acordara após um cochilo, olhou para as janelas sem cortinas e viu que o céu se abrira. Levantou-se e foi até a janela. Um grito quase escapou de sua garganta, mas ela o abafou a tempo.
Juan estava no canto da soleira.
— Sem sono? — perguntou ele.
— As estrelas sussurraram em meu ouvido — respondeu ela, ajeitando a casaca de Juan sobre seus ombros, esforçando-se para recuperar a compostura, embora o aroma de almíscar e sândalo que vinha do traje dele a desconcertasse.
— E o que disseram?
— Reivindicavam admiração. Depois da tempestade, parecem ainda mais lindas, não acha?
— Decerto que sim. Não é à toa o nome Mira Estrela.
— De onde estou é possível ver melhor. — Sanem olhou para o céu, aproveitando para desviar os olhos dele, daqueles dois faróis escrutinadores.
— Daqui contemplo perfeitamente — respondeu Juan, com os olhos fixos em sua companheira de insônia. — Notei que a senhora cuida de suas irmãs com muita dedicação — mudou de assunto para não a constranger, pois tinha ciência de que a encarava por tempo demasiado, e ainda mais do que isso, ele a contemplava, como se ela fosse uma obra de arte viva, em movimento.
— Então estava a nos observar... — Ela o encarou.
— Não há muito o que ver preso aqui.
— Folgo em saber que as minhas ações esta noite tenham servido para a sua distração.
— Se a ofendi, perdoe-me. É a última coisa que desejo, acredite-me — as últimas frases saíram em um tom mais rouco.
Sanem sentiu como se os dedos de uma labareda tocassem em sua espinha ao ouvi-lo falar em desejo. Sabia que não era no mesmo sentido que a audição dela recebera, mas não pôde evitar aquela sensação. Cada gesto ou palavra de Juan a afetava de modo diferente, e isso era algo que ela não conseguia ter controle. Soltou o ar devagar pelo nariz antes de responder, em uma tentativa aguerrida de não deixar transparecer o estado de seu interior.
— De modo algum, pelo contrário — falou pausadamente. — O senhor deve estar acostumado com os grandes espetáculos da Europa e da Corte, com grandes escritores e dramaturgos, então me é lisonjeiro que tenha se ocupado de mim por alguns breves momentos. Espero não o ter entediado.
— Garanto ser impossível, ainda que a senhora ficasse imóvel como a estátua de Vênus de Milo.
Ainda que as palavras de Juan fossem um tanto galantes, não surtiram nela o efeito que Juan esperava, que seria a Benedict enrubescida e agradecendo tímida o elogio.
— O senhor já a viu pessoalmente? — Entusiasmada, ela deu meio passo em direção a ele.
De repente, os olhos de Juan ficaram como mortos, como uma bandeira a meio mastro proclamando luto ou alguma tragédia. E de seus lábios escaparam:
— Vênus Hotentote...
Sanem não entendeu aquelas palavras balbuciadas, então repetiu a pergunta.
Juan sacudiu de leve a cabeça, como se espantasse lembranças sombrias. Depois trocaram breves impressões sobre a estátua, sobre Michelangelo, Leonardo da Vinci e alguns escritores contemporâneos, principalmente os da Corte.
— Pelo que vejo, a senhora teve uma boa instrução — disse Juan num timbre que revelava admiração.
— Os estudos e a leitura são o exercício da mente. O cérebro precisa ser cuidado assim como qualquer outro órgão. Não acha?
Antes que Juan pudesse responder, Sanem se sobressaltou com um ruído vindo da ala feminina. Era uma de suas irmãs se remexendo.
— É melhor eu ir. Boa noite — despediu-se ela.
Juan fez uma reverência com a cabeça, observando-a se distanciar na penumbra da luz tímida das estrelas.
Na manhã seguinte, deram-se conta dos estragos.
As movimentadas ruas de Mira Estrela, com seu costumeiro frenesi de charretes, segues e pares de pernas indo e vindo, encontravam-se desertas e enlameadas, repletas de detritos. Algumas casas estavam com boa parte das telhas de barro faltando, principalmente as que não tinham beira; outras, as que tinham eira, beira e tribeira, apenas as telhas do alpendre haviam se danificado. Contudo, todas permaneciam de pé. Eram estruturas de tijolos e não de taipa de pilão, construções mais comuns em regiões do interior.
Na praça central, as únicas perdas mais significativas foram o estrago no canteiro, que estavam enlameados; e coreto, com uma das colunas quebrada e parte do telhado faltando. Os bancos, apesar de sujos, estavam inteiros.
A delegacia, com telhado de quatro águas, exceto pelo mastro quebrado da bandeira do Império, não sofrera praticamente dado algum, o que foi muito útil, já que as duas celas foram usadas como abrigo provisório para aqueles que estavam com suas casas em piores condições, ao todo quatro famílias.
Infelizmente, a estribaria da cidade não tivera a mesma sorte, para suplício dos cavalos, que passaram a noite na chuva, uma vez que o telhado de sapé fora levado pela ventania.
Apesar do estrago geral significativo, ninguém daqueles que moravam mais afastados retornou para suas casas até que tudo estivesse devidamente reparado e limpo. Com os pontos de água instalados em Mira Estrela, fora muito mais fácil a limpeza. Fizeram um mutirão para encher dezenas de baldes e limparam tudo, repararam os telhados usando a reserva de telhas armazenadas no fundo da igreja, as reservas daqueles que não tiveram seus telhados danificados e ainda o estoque da fábrica da cidade.
A propriedade mais afetada fora a dos Fabris, além do telhado destruído, algumas janelas também estavam quebradas, o que acabara por afetar o armazém, que ficava no primeiro andar.
— Veja como uma oportunidade de renovar o seu guarda-roupa — disse Sanem à Odete, tentando consolá-la diante de boa parte de seus vestidos destruídos. A parte mais danificada do telhado fora justamente no quarto de Odete.
— Como se papai não tivesse mais três filhas para vestir. — Ela fungou, limpando as lágrimas com seu delicado lenço bordado com suas iniciais. — Não temos uma boutique, muito menos sou uma modista — alfinetou.
— Bem, estou prestes a finalizar um vestido muito bonito e...
O choro de Odete cessou e ela se virou para a Benedict imediatamente.
— O quanto bonito é?
— Oh, não deixa a desejar aos vestidos da Corte, Anna viu e disse que parece ter sido feito em Paris ou por uma modista francesa da famosa Rua do Ouvidor.
— Sou muito esbelta, elegante, decerto precisará de ajustes.
— Sei perfeitamente das suas medidas, farei os ajustes...
Os ombros dela voltaram a cair.
— Não sei se papai terá dinheiro para comprar vestidos novos por agora — lamentou-se ela, olhando a possível benfeitora de esguelha. — Que má sorte a nossa. Reparou que algumas casas sem eira nem beira permaneceram quase intactas? Já nosso pequeno prédio, mesmo reforçado como é, foi o mais castigado de todos. Oh, Céus! Estamos falidos! — exagerou.
— Não se preocupe com isso, é presente.
Por um instante, Sanem teve a impressão de que a moça iria lhe saltar ao pescoço, mas então ela disse com ares de quem estava fazendo um favor e não recebendo:
— Sabe que qualquer vestido fica muito melhor em mim, então será muito vantajoso para a loja Benedict, serei uma vitrine para o trabalho de vocês. Você não me engana, Sanem Benedict, sei o quanto é ardilosa, uma negociante nata. Por certo as vendas aumentarão e...
Pacientemente, Sanem ouvia Odete se gabar, e concordava, por vez ou outra. Era melhor vê-la assim do que deprimida pelos cantos.
No meio da tarde, com tudo já muito bem adiantado, aqueles que não moravam na cidade, pegaram a estrada, era o caso dos Camponelles e dos Benedicts. Com exceção de Julino, todos partiram. Foram pela estrada principal, a que ligava Mira Estrela a Belomar, julgaram que estaria em melhores condições após aquela torrente de águas revoltas.
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