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Um pouco de paz, pode ser?

Tudo que Vergil gostaria era um dia longe da rotina caótica com seu irmão e, enfim, ter o merecido descanso de suas bobagens para desfrutar da leitura sem preocupações supérfluas, mas parece que seus planos não saem como esperado.

[Vergil centric | Diva&Vergil&Dante | Dinâmica Familiar]

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Diva estaria ausente pelas próximas horas, apesar dela ser uma companhia melhor do que todos os indivíduos que perambulam pelas dependências da loja do irmão – incluindo seu gêmeo – apreciava a solidão. Desfrutando de uma boa xícara de chá morno recém preparado, o meio-demônio lia uma coletânea de grandes clássicos de William Blake com interesse, sendo seu autor favorito acabava relendo algumas de suas obras com mais frequência que os demais.

O silêncio estabelecia um clima ideal para que sua experiência fosse mais proveitosa possível assim como, também, proporcionar mais imersão na leitura para captar os simbolismos ocultos nas entrelinhas – um aspecto que valorizava nos monólogos escritos.

Desejava ter mais momentos assim durante a semana, contudo, seu irmão – um degenerado incurável – empregava suas horas ociosas o importunando como uma criança irritante, com quase quarenta anos, Dante agia com a imaturidade infantil de sua adolescência. Seus comentários pouco produtivos, senso de humor barato, gostos vulgares e hábitos alimentares duvidosos o faziam questionar como possuíam a mesma variação genética e suas personalidades se antagonizavam tanto a ponto de serem polos opostos. De todo modo, preferia a calmaria de ter a agência ausente de vida e agitações desnecessárias, solvendo um pouco da bebida cálida com o aroma doce e com nenhuma preocupação com perturbações alheias e provocações mundanas.

Após alguns minutos, uma presença irrompeu pelo escritório com a cadência de uma tempestade, a voz feminina e colérica preencheu a quietude com resmungos e sentenças que sugeriam uma ameaça toda direcionada à Dante – para variar. Com feições contorcidas de antipatia, a jovem marchou até Vergil como se estivesse prestes a lançar alguma maldição a plenos pulmões. Ela aparentava ter uma idade semelhante a de Diva, talvez um pouco mais nova, os cabelos loiros ondulados se içavam sobre sua cabeça com o rabo de cavalo e os olhos azuis faiscantes transmitiam elevado nível de raiva. Sem perder tempo, ela pisou firme e iniciou uma sequência inconveniente de reclamações.

– Qual é o seu problema? Custa atender minhas ligações? – berrou, cruzando os braços. – Achei que fosse ficar feliz por me ver depois de tantos anos e nem pra vir a minha festa? Qual é a sua desculpa, Dante?

Vergil ergueu o rosto do livro com uma expressão endurecida e pouco amigável, o que assustou um pouco a invasora – um efeito que causava a qualquer um sem o mínimo esforço. Detestava o fato das pessoas, por uma mera casualidade, confundir ele com seu gêmeo. Compartilhar uma quantidade razoável de características físicas não os tornavam cópias um do outro, sobretudo, por diversos fatores primordiais que os distinguiam com facilidade. Relevou a confusão, não querendo contato com a garota que, agora, se mostrava genuinamente perplexa.

– Não sou Dante, ele não está aqui. – disse com frieza e retornou sua atenção a página que lia antes da interrupção.

– Você é parecido com o Dante... – sussurrou incerta, temerosa. – A diferença clara é que Dante não lê livros, geralmente só revistas e algumas são de conteúdo impróprio...

– Agora que sabe que meu irmão não se encontra, pode se retirar e vir em outra hora. – cortou o diálogo, sem permitir que a loira convertesse a situação em uma conversa enfadonha de uma fútil jovem adulta a respeito do comportamento de Dante.

Conhecia muito bem seu gêmeo e tal sabedoria lhe conferia uma lista completa de defeitos pelos quais a maioria se queixava.

– Irmão? Não sabia que ele tinha um. – comentou, indiferente a falta de cortesia do mestiço. – Se não se importa, vou ficar esperando por aqui. Assim fica fácil encontrar ele para que não escape.

Vergil não deu uma resposta. Ele não se importava com a decisão da menina contanto que não atrapalhasse seu período de descanso. Sentia o olhar dela o encarando fixamente, o examinando de longe e vigiando suas ações – se era por curiosidade ou medo, não soube definir. Diva costumava aconselhá-lo a desenvolver a capacidade social, devido aos anos aprisionado e morto acabou se defasando ainda mais, porém não tinha uma vontade real para tal feito e seu círculo quase se limitava a meia dúzia de pessoas que iam desde demônios puros a entidades dimensionais reduzidas a forma humana. Prosseguiu sua leitura indolente a moça, esperando que não tivesse mais ninguém disposto a uma visita surpresa e, para seu desgosto, não tardou a aparecer e, dessa vez, uma face conhecida.

Lady entrou sem cerimônias, vasculhando o perímetro com o olhar afiado e preparada para caçar. Com as passagens esporádicas da caçadora, deduziu prontamente que seu objetivo seria cobrar seu irmão da imensa dívida que o tolo contraiu. Quando se tratava de farejar dinheiro, a mulher era rápida e certeira.

– Oh, Patty. – saudou surpreendida. – Faz um bom tempo.

– Lady! – levantou de sobressalto e a abraçou. – Quanto tempo!

Vergil fechou os olhos, reflexivo. Estava tolerando a situação com bastante paciência, ignorando a interação animada das duas mulheres que trataram de acomodar por ali. Seu chá já esfriara e sequer chegou na metade do livro. Não era ingênuo em pensar na possibilidade de que aquilo não aconteceria, só esperava que não fosse tão cedo, onde não usufruiu da paz de estar em sua própria companhia.

– Olá, Vergil. – Lady cumprimentou vagamente, não se atendo em aborrecê-lo visto que estava a par de seus costumes.

Assim que se levantou para se resguardar em seus aposentos, o demônio que as duas aguardavam ansiosamente chegou com toda serenidade do mundo e franziu o cenho ao vê-las, intrigado com a recepção nada calorosa.

– É meu aniversário ou fiz algo que não estou sabendo? – indagou em tom mordaz. – Se for dinheiro, podem esquecer. Estou duro.

– Por que não atendeu meus telefonemas? – a loira gritou enraivecida.

Subiu para o quarto escutando a algazarra no andar inferior se formar como um presságio ruim. Se concentrou no trecho que correspondia a página que lia anteriormente, usando toda disciplina que desenvolveu conforme crescia em um ambiente inóspito para se centrar na atividade. Estava habituado com o caos ao redor e compreendia que, tudo que envolvia direta ou indiretamente o irmão, se transformava em um circo no qual não queria, de modo algum, participar. Bastava conviver com um homem que mal administrava o próprio estabelecimento, deixando de prover o básico para manter o lugar funcionando adequadamente. Se acreditasse no conceito de carma, enxergaria sua estádia em Devil May Cry como um castigo muito maior que qualquer pecado que cometera em vida, pesar tudo em uma balança moral e o preço que pagava diariamente não lhe soava uma condenação justa.

Os minutos se arrastaram breve feito o ressoar da brisa taciturna que adentrava pela janela entreaberta do recinto, logo se transfiguraram em horas anômalas com o silêncio sepulcral de companhia. À princípio estranhou a falsa alusão a paz que percorria os centímetros do espaço que jazia, sua audição ainda fora capaz de assimilar ruídos no andar de baixo, porém nada devastador a um nível que carecia de intervenção e seu bom senso concluiu que valeria mais realizar uma vistoria rápida para garantir que nada, além de Dante, estivesse destruído.

No instante que desceu as escadas, se arrependeu de imediato: os móveis revirados, sujeira pelo piso e alguns dos seus livros jogados pelos cantos se apresentaram como uma peça malsucedida do que supôs ser o cenário de uma briga pouco convencional.

Como ele conseguia causar tanto estrago em poucas horas?

– Finalmente saiu do reino da solidão. Eu estou bem, obrigado pela preocupação. – Dante zombou ironicamente.

– Irmão... – Vergil começou, sacando a Yamato. Seu olhar tão feroz quanto perverso. – Vou te mostrar o real significado de desespero.

Diva abriu a porta, esbanjando bom humor e paralisou ao ver – o Lendário Caçador de Demônios – Dante trajando o seu avental com estampas de cereja e portando uma vassoura. A imagem em si não somente remetia ao cúmulo do bizarro, visto que o mestiço geralmente nunca se importara com tarefas domésticas, mas também ao alívio cômico. Seu cérebro demorou para processar o que seus olhos impressionados viam a medida que uma gargalhada irrompia pela garganta.

Vergil estava prostrado poucos metros do irmão com a postura rígida de um soldado treinado supervisionando o subordinado. O azul cobalto de seus olhos reluziam afiados semelhante a lâmina de uma poderosa katana.

– O que houve? – inquiriu, levando as compras para cozinha.

– Não queira saber, doçura. Não queira saber.

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