O segredo da senha
"Diva ponderou a respeito de um detalhe que lhe passou totalmente despercebido: esteve um bom tempo na agência, porém não fazia ideia de qual seria a suposta senha usada pra contratar o serviço de Dante"
[Diva e Dante | Comédia Nonsense]
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O calor opressor recaiu com toda sua vil influência sobre a infame Devil May Cry, obrigando os presentes a se refugiarem sob o ventilador de teto que não cumpria tão bem sua função como deveria. Era bastante incomum temperaturas elevadas assim, mas se tratando de um verão intenso sem previsão de chuva nos próximos dias, teriam que se acostumar a temporada mais seca e improvisar se quisessem se manter ativos. Atenta as mudanças, Diva comprou refrigérios doces para amenizar os efeitos do clima e ainda teria mais no estoque para garantir que Dante não devorasse tudo de uma vez como o ser voraz que era.
Embarcando em uma viagem só de ida ao vale do tédio enquanto degustava radiante uma generosa taça de sorvete de morango, Diva ponderou a respeito de um detalhe que lhe passou totalmente despercebido: esteve um bom tempo na agência, ocasionalmente auxiliando Dante nos serviços, porém não fazia ideia de qual seria a suposta senha que acionava a “hora do trabalho” para o caçador, o que, em teoria, poderia ser uma falta importante quando atendesse os telefonemas dos clientes.
— Ei, Dante. — chamou, cutucando com a colher a macia bolinha de sorvete.
— Hm? — respondeu, erguendo ligeiramente a revista que lhe cobria o rosto.
— Qual é a senha usada pra quem quiser te contratar? — perguntou em um misto de euforia e ansiedade.
— Eu nunca contei?
Negou com a cabeça.
— Nem nos jogos é mencionado. — esclareceu, meditativa.
— Se quiser saber, se aproxime.
— Atmosfera de mistério? — brincou com um sorriso travesso, acatando a sugestão de imediato.
Motivada pela curiosidade, se levantou do sofá e encurtou a distância entre ela e o meio-demônio, deixando a taça de lado. Dante se acomodou adequadamente, tirando os pés da mesa, e sussurrou contra o ouvido de Diva, transformando a composta jovem em uma massa maleável de puro constrangimento.
— Nem vem! Isso não é senha! — protestou, corada.
Dante gargalhou com a reação dela, tomando para si a sobremesa dela sem que a garota sequer notasse.
— É albatroz. — ele rematou, por fim.
— Nem fodendo!
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