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Laços

Dante involuntariamente afagou a cabeça do garoto, não para bagunçar seu cabelo como fizera antes, mas como um gesto de carinho paternal.
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Imaginou como foi poder segurá-lo a primeira vez, sentindo o calor do seu pequeno e frágil corpo junto com o imenso amor que vem com a idealização do seu maior e mais difícil desafio, ser pai.

[Relação Pai&Filho | Dante e Gael]
C

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Nunca foi de seu feitio perder tempo arrumando a casa, geralmente deixava tal como sempre. Sua preocupação quanto as tarefas domésticas, além de inexistentes, não o impedia também de acrescentar mais lixo. Ninguém nunca reclamou, exceto Diva, nem mesmo Gael se incomodava - para o garoto, possivelmente tratava-se de um caso perdido, embora a expressão de repulsa ficasse evidente. E, como sempre foi a única em sã consciência que se disponha a pôr ordem no lugar, acabou tornando-se percursora indireta do atual surto de boa vontade do meio-demônio.

Estava tendo um pouco de trabalho para limpar tudo, sobretudo, para organizar. Seu armário, onde se concentrava uma quantidade caótica de sobretudos vermelhos amontoados, havia torres e mais torres de caixas de pizza misturados as roupas. Sentiu-se ligeiramente irritado consigo mesmo por permitir que sua bagunça chegasse aquele ponto decadente. Por um mísero segundo, ficou tentado a desistir. Comer o restante da pizza que guardou e relaxar, esquecendo, que um dia, pensou em dar um jeito na desordem em seu quarto. Mas, assim como, não era adepto a atividades domésticas que exigiam todo seu tempo produtivo, desistir não fazia parte do seu currículo.

Continuou revirando o armário, jogando para fora incontáveis peças de roupas e caixas de pizza. Entre os abundantes e chamativos tons de vermelho, um atraiu mais sua atenção; o antigo casaco sem parte da manga direita, fruto do embate com o irmão há anos. Chacoalhou-o para tirar o excessivo cheiro de poeira impregnado nele e sorriu ao ver que, apesar de todos esses anos esquecido, ainda mantinha a mesma tonalidade vibrante e a marca da sua rebeldia. Imediatamente, pensou em Gael - o futuro filho que teria com Diva, de uns vinte anos a frente. Eles tinham a mesma altura e estrutura física naquela idade, talvez serviria nele perfeitamente. Verificou uma última vez o grande casaco, sem evitar comparar seu antigo eu com seu atual; quantas coisas mudaram desde então.

Desceu as escadas, escondendo a ansiedade com seu sorriso característico. De certa forma, estava bastante animado para ver como o garoto ficaria usando seu antigo casaco. Gael sequer olhou para ele, mesmo sentindo sua presença. Ele conseguia com êxito ignorar as inúmeras tentativas e aproximação de Dante. Quem os visse, certamente não teria dúvida quanto ao fato de serem pai e filho, mas com a maneira que Gael agia com ele, essa certeza seria refutada.

Pigarreou.

Gael se desligou do livro que lia e encarou Dante com apatia, que fazia o meio-demônio lembrar do irmão. Sinalizou para que o seguisse, sendo prontamente atendido. Gael torceu o nariz ao testemunhar o auge do caos no cômodo, rapidamente disfarçando seu desgosto. Dante quase riu, pois até nisso, era parecido com Diva. Entregou o casaco a ele e se surpreendeu por Gael não rejeitar, ainda mais com o rosto levemente ruborizado tingindo a palidez saudável. Pensou se, na conturbada relação de ambos, tinha avançado algum passo, que através daquilo, ganharia um espaço, embora minúsculo no coração dele. Gostava da ideia de ter feito algo agradável para o garoto.

Não houve nenhum indício de indignação ou raiva, Gael aparentava estar muito confortável. Um sorriso iluminava suas feições usualmente sérias. Retirou o casaco branco e dourado que vestia e colocou o que Dante apresentou. Como suspeitou: coube nele. Encorajado pela aceitação do filho, mexeu os sedosos cabelos grisalhos e os ajeitou exatamente como ele aos seus dezoito-dezenove anos. Gael rosnou, afastando as mãos de Dante e censurando-o. Sem se deixar abater, Dante remexeu mais, deixando-o o mais idêntico a si. A genética favoreceu muito no aspecto físico.

Era como se olhar em um espelho que refletia o passado. Gael analisou o casaco, distraído. Dante involuntariamente afagou a cabeça do garoto, não para bagunçar seu cabelo como fizera antes, mas como um gesto de carinho paternal. Quantas vezes queria fazer isso? Quantas vezes imaginou ter um momento bom entre eles que não se limitasse a ajudá-lo em sua caçada?

Tinham tanto em comum, e, ainda assim, havia um longo abismo os separavam. Agora, no entanto, as diferenças foram parcialmente esquecidas podendo desfrutar da companhia um do outro.

Como pai e filho.

Dante imaginou como teria sido o nascimento de Gael. Se estava lá, assistindo enquanto Diva lutava para que ele viesse ao mundo, incentivando-a e torcendo pela nova vida que lhes fora presenteada. O milagroso instante que ouviu o choro estridente se orgulhando dos pulmões fortes e cheios de fôlego que o bebê possuía ao gritar a todos aqueles que estavam ali reunidos, que era saudável. E que depois poder segurá-lo, sentindo o calor do seu pequeno e frágil corpo junto com o imenso amor que vem com a idealização do seu maior e mais difícil desafio, ser pai.

Jurando por tudo que conhecia, que amaria e protegeria aquela criança com sua vida.

Observá-lo por minutos infindáveis, apreciando o primeiro contato, a construção do laço, e afagando com todo cuidado, como se fosse delicado o suficiente para feri-lo com um simples toque, o rostinho pálido levemente avermelhado igual ao de Diva. Vendo mais de si mesmo em cada mínimo traço do lindo bebê; o ralo cabelo claro, os olhos azuis que o encarariam de frente sem hesitar, mostrando desde cedo a personalidade determinada. E não menos importante: a força, principalmente quando ele apertar seu dedo inconscientemente.

Sem dúvida, sorriria toda vez que ganhasse uma reação diferente ao interagir com seu filho.

Seu filho. Soava tão bom aos ouvidos essas duas palavras. Preenchia seu peito com uma emoção inerente.

Teria tantas coisas que iriam explodir em seu coração, a mais grandiosamente prazerosa seria a felicidade. Com sua nova família. Gael chegaria para transformar radicalmente seu mundo e tudo que acreditou. Seria mais uma razão para voltar inteiro do trabalho.

De repente, se viu envolvendo-o em um abraço apertado. Sentiu o garoto paralisar contra si, sem correspondê-lo, sem esboçar qualquer ação.

- Por que isso agora? - a voz de Gael o despertou de seu devaneio.

- Por todos os abraços que, em todo esse tempo, você precisou e não pude te dar.

Gael demorou a ceder, retribuindo o abraço desajeitado e relutante. Dificilmente ele baixava a grande muralha que erguera entorno de si, mas, diante daquelas palavras, pôde momentaneamente aceitar.

Sempre era uma boa hora para recomeçar e a reviver um laço enfraquecido.

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