Se me falassem, anos antes, que Dante teria arranjado alguém pra se relacionar, certamente teria rido ou acreditado que a pessoa tinha perdido o juízo. Mas não é muito difícil ver o quanto ele está ligado a ela e como ela ilumina a vida dele, sem referências ao que verdadeiramente é.

Diva é uma jovem interessante, a conheci em uma das visitas a agência. Era a primeira vez que via aquele lugar limpo e cheio de vida, uma obra providenciada por ela e sua virtuosa paciência. Dante dificilmente faria algo com a propriedade que não incluísse acrescentar mais móveis e sujeira.

Enquanto leem vocês devem estar se perguntando “o que ela é”, certo? É difícil explicar, não há uma história exata e ela se recusa a mencionar o assunto... Não, ela não fala muito, até seu semblante muda caso a questionem. O sorriso vira um semblante de apreensão bastante evidente e mexer em velhas feridas não é o tipo de coisa que faria.

Segundo Dante, Diva é uma das encarnações de uma entidade antiga relacionada ao mundo dos humanos. Em outras palavras, uma espécie de deusa ancestral ou algo assim. Para ser honesto, nunca imaginei que deuses existiam, então vê-la e estar ciente disso torna a percepção bem real.

Ela, uma deusa humana, se relacionando com Dante é uma combinação bastante extravagante. Mas talvez seja essa besteira de destino que ambos fossem feitos para estar juntos.