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Brilho de Prata

"A mulher olhou para a figura enigmática de cabelos claros como se ele fosse um anjo, seu salvador — os fios de prata encheram seu campo de visão com uma aura imponente que a puxou à realidade."

[ Gael x Leitora | Imagine DMC | OC x Reader | Leve romance]
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O vento sussurrava impropérios em meio aos prédios desocupados e quietos da rua pelo qual trafegava às pressas. Normalmente não estaria tão deserta se estivesse no seu horário regular de saída, porém, não pôde sair antes devido ao trabalho acumulado e se viu obrigada a estender seu limite para atender a demanda de seu serviço, algo que se arrependeu ao se dar conta que teria que caminhar um longo percurso sozinha. Estava tensa e muito alerta com quaisquer movimentação nos arredores para ter a chance de fugir se fosse necessário, um instinto que não queria que se fizesse presente.

Seus passos ecoaram firmes no asfalto e nos declives da calçada que, por conta do hábito, não quebraria seu salto. Precisou de anos para se aperfeiçoar a técnica e evitar que esses acidentes recorrentes continuassem e gastasse seu salário em sapatos baixos apenas para não ter mais prejuízos. Apertou firme as pastas que carregava consigo dos relatórios que teria que catalogar e lançar no banco de dados, pensando se terminaria isso antes do previsto ou teria que dar um jeito em um curto prazo.

As luzes precárias de alguns dos postes falavam conforme passava, atiçando seu imaginário com fantasias assustadoras de monstros que a perseguiam em seu trajeto e que atacariam no instante que as lâmpadas esgotassem suas forças. Restando ela e uma escuridão insondável como companheiras. Afugentou a primeira onda de medo e partiu do princípio de voltar logo pra sua segura residência, sentindo o coração acelerar e o suor orvalhar em seu rosto enrijecido em um pavor mudo.

Tem algo... Vindo. Ela tinha plena certeza, uma coisa, que não fazia bem ideia do que era, estava em seu encalço.

Feito uma trama sensível de terror, a noite trazia consigo as trevas, o manto escuro cobrindo o céu, que servia como camuflagem perfeita para as criaturas bestiais que que ansiavam encontrar algum civil desinformado e distraído, uma vítima ideal para uma abordagem sutil, e, desta forma, saciar a fome. Os humanos seguiam sua rotina e vida ignorantes do mal que se espreita a nos becos escuros e disfarçados com faces de seus semelhantes, sem levantar suspeitas. E, em uma dessas desafortunadas ocasiões, ela se encontrava — correndo pelos intervalos entre luz e sombras. Escutou um rosnado atrás de si e seu corpo reagiu por mero instinto, disparando fervorosamente pela rua para escapar do que quer que fosse.

Congelou ao ver, há poucos metrôs, uma criatura com longas e pontiagudas garras se aproximando dela. Aterrorizada, parou sua corrida e buscou um ponto cego para uma evasão rápida, contudo os monstros a cercaram prontos para atacá-lo, até que, uma brisa fugaz, a virou e tudo que pode registrar era os sons dos golpes e ser pega por braços fortes que a retiraram do escopo. A mulher olhou para a figura enigmática de cabelos claros como se ele fosse um anjo, seu salvador — os fios de prata encheram seu campo de visão com uma aura imponente que a puxou à realidade. O rapaz com traços bem desenhados esboçava tranquilidade: as duas peças safiras  encaravam os adversários com certa indiferença e as feições inalteráveis. Embora seu cabelo estivesse preso em um rabo de cavalo, a franja charmosamente desalinhada e as mechas livres emolduravam sua face, lhe atribuindo um aspecto ainda mais misterioso e sensual. Usando uma regata preta, quase colada, uma blusa amarrada na cintura e calças mais folgadas, como alguém que estivesse em meio a uma sessão de treino ou uma extensiva maratona de exercícios noturnos, contribuíam para a impressão de ser um atleta ou algo no mesmo patamar.

— Você está bem? — a voz toldada de segurança amenizou o horror que borbulhava em seu amargo.

— Sim, estou bem. Obrigada — balbuciou mais ciente do seu entorno.

— Fique onde eu possa te ver, sim? — pediu gentilmente e ela prontamente assentiu.

A mulher assistiu, impressionada, o rapaz abater uma por uma das bestas, cortando-as com armas afiadas originadas de energia pura, uma dança articulada com golpes violentos e desvios de ataques que certamente o fariam em pedaços com um descuido. Os gritos e os sons molhados de rasgos foram levados pelo vento até não sobrar nada além de um genuíno silêncio. O albino escovou o cabelo para trás como um reflexo mesmo que soubesse que seu cabelo cairia novamente em seu rosto em um esforço em vão de tê-los arrumados após uma batalha. Com um olhar solene, tão terno e cortês, ele se encaminhou para perto da mulher que despertou do transe momentâneo.

— Ei, espero não ter te assustado. — murmurou em um tom delicado. — Mesmo que depois do que viu, duvido um pouco que não seja o caso. — pontuou um pouco sem graça.

A mulher franziu o cenho, intrigada.

— Estou bem... Só foi muito para uma noite. — fitou os seres desaparecerem em uma fina camada de cinzas. — O que eram essas coisas?

O rapaz ponderou por um breve segundo.

— Demônios. — disse sem rodeios. A essa altura não faria sentido mentir.

— Demônios? — repetiu, zonza pelo nervosismo. — Isso é... Loucura. — balançou a cabeça como se estivesse tentando assimilar o tamanho da bizarrice que testemunhou. A adrenalina diminuiu conforme os minutos passaram e a presença do homem que a salvou, o horror da perseguição e o medo de ser pega evaporou, esquecidas. Mais emocionalmente estável, focou no rapaz que se mantinha sereno mesmo com a luta de outrora. — Bem... Como posso chamar meu salvador?

— Gael. Me chamo Gael.

— Oh, bem, s-sou ____! — praguejou mentalmente ao gaguejar.

De súbito, recordou que uma amiga comentou que havia um homem de cabelos prateados dono de um bar ou uma loja estranha da cidade e, ao catalogar as supostas características descritas por ela na ocasião, se deu conta que, talvez, tivera a sorte de encontrar o dito cujo.

— Você é o dono do bar Devil May Cry? — lançou a questão, incerta.

— Não. — Gael riu. — Não é um bar, é uma agência. E o dono é meu... — pigarreou. — Parente.

— Oh, desculpe a gafe. — estendeu a mão para saúda-lo, constrangida e atordoada. Gael imitou o gesto, por gentileza, e apertou-a de leve. — É um prazer conhecê-lo, Gael. Obrigada pela ajuda, mas agora preciso ir pra casa. Tomar um chá e descansar pra esquecer essa loucura, entente, não é?

Gael assentiu, compreensivo.

— Tome cuidado, ____. — acenou com leveza e seguiu seu caminho sob o olhar perdido da mulher.

Mecanicamente, se encaminhou para o apartamento conciliando o maluco episódio de minutos antes para não colapsar com o que teve que ver.  Trancou a porta e, meio perdida, fez seu percurso usual da cozinha para o quarto meio absorta no ocorrido e sua interação com Gael.

— Preciso achar essa agência e agradecer adequadamente meu salvador. — anuiu em um ímpeto de coragem.

Não foi tão difícil quanto achou que seria, não existia outro estabelecimento num raio de quilômetros que possuísse um nome tão chamativo. O neon piscava em um vermelho carmesim vibrante que mais lhe recordava uma boate bem fora dos parâmetros que uma agência propriamente dita. Engolindo a súbita timidez, levando consigo alguns doces para retribuir um pouco da ajuda, bateu na porta dupla escutando um “pode entrar” vindo de algum lugar dentro do estabelecimento.

— Licença, — saudou com a voz tremida pela ansiedade assim que encontrou. Havia uma presença no escritório, um homem sentado com os pés sobre a mesa que a fitou com curiosidade. Se ela não tivesse reparado nas características faciais do cara que a recebeu, facilmente teria o confundido com Gael. Entretanto, as semelhanças de ambos era bastante notáveis: os cabelos claros, os olhos azuis e os contornos bem esculpidos da face indicavam algum nível de parentesco. 

— Eu posso te ajudar em algo? — o homem questionou.

— Estou procurando o Gael.

O homem arregalou os olhos por um instante antes de abrir um sorriso mordaz.

— Aquele garoto... — balançou a cabeça rindo. — Fique a vontade, ele logo estará de volta.

Seus olhos vagaram livremente pelo ambiente cheio de bugigangas exóticas e decorações um tanto quanto... Estranhas. Em parte se sentiu intimidade e confusamente eufórica.

— Você chegou bem rápido, garoto.

— Estava me esperando? — a jovem se virou ao escutar a voz familiar. Gael se surpreendeu um pouco ao vê-la, não esperando reencontrá-la depois do ocorrido da noite anterior. — Você é a garota de ontem. — um sorriso afável se formou e o semblante sério se suavizou. — O que faz aqui? Tem algo acontecendo e precisa de ajuda?

Negou com a cabeça.

— Na verdade, queria conversar com você. Estava tão atônita que não te agradeci como deveria. — respirou fundo com o rubor esquentando suas bochechas. — Sei que não é muito, mas lhe trouxe isso. — entregou ao rapaz o pacote com os doces.

Gael o verificou com educação e a fitou.

— Não precisava. — ergueu seu olhar para mirá-la com simpatia. — Mas agradeço pelos doces, ____.

Meio boba e constrangida, não pôde deixar de se contagiar pelo bom humor dele e do quão charmoso era, sobretudo, por lembrar seu nome.

De fato, gostou de tê-lo conhecido, apesar das circunstâncias.

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