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A Outra Face da Moeda

"A perspectiva de um indivíduo mudava de acordo com o que ele podia observar e para aquelas pessoas ela era uma paisagem para ser mirar e cobiçar feito uma joia de valor inestimável apenas para ter em posse. A grande verdade sempre foi isso: um objeto de escrutínio e fascínio.

Uma peça de porcelana bela e vazia"

[Arya&Vergil | Dinâmica de Identidade | Leve Angst | Song-fic | Abranse Perras - Glória Trevi]

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Você sabe o que eles são? As pequeninas trevas que se esgueiravam feito ratos a procura de um esconderijo, algo para consumir. Pode senti-los dentro de si, os pensamentos intrusivos, o medo, a angústia, a fúria incontrolável e animalesca... Quando o equilíbrio maior falha, as máscaras caem e a escuridão é incorporada. Como eles se chamam? Espectros. Criaturas movidas pela fome insaciável e voláteis que não distinguem pecadores ou inocentes.

Se agrupando em uma zona onde o brilho da luxúria reluzia mais intensamente que os prismas multifacetados acima de suas cabeças, algumas emoções, quando ganham propulsão, se transmitem como uma doença contagiosa - facilmente confundindo os sentidos dos presentes.

Arya crispou os lábios com o aroma pungente que infectava a atmosfera em uma mescla doentia de perversidade e opulência.

- Isso me deixa enojada. - murmurou.

As luzes prismáticas e cintilantes lustre evocava uma ambientação mais onírica e, dado o propósito da celebração, refinada - um cenário lírico de deslumbramento e sedução sem precedentes na qual os convidados se embebiam de vigor fervoroso e júbilo. Seria o cenário perfeito para a escuridão se espreitar entre os humanos sem interferência, rastejando pelas sombras e disfarçados com faces amigáveis e encantadoras. Ao aspirar com profundidade, conseguia distinguir ocultos em meio aos perfumes florais e almiscares, um aroma rançoso somado a uma forte sensação de sede - implacável e voraz.

Sorriu arrogante.

Saiam da frente, vadias
Que já chegou a gostosa
A que vem de longe
Aquela que não volta
Que vive, que curte
A que chamam de louca
Aquela que se levantou
E conhece todas vocês

Quem disse que uma rainha morta não poderia ter sua entrada triunfal?

O eco do salto rompeu o domínio absoluto do silêncio. A ilustre figura altiva e enigmática se deslocou pelos admiradores mudos ao lado seu belo e apático par, ambos esbanjando uma aura quente e irresistível como se estivessem completando um ao outro de uma forma perigosa e sufocantemente lúbrico.

Deslizou os dedos pelas ondas castanhas, ignorando a cobiça que a cercava. Trajando um longo vestido vermelho com com um generoso decote e uma fenda que revelava a perna direita e um grosso casaco preto alocado sobre seus ombros delicados - tal indumentária se destacava em meio a multidão que mantinha os olhares curiosos direcionados ao casal -, Arya avaliou o terreno com discrição, captando as auras estranhas que bailavam por ali.

Saiam da frente, vadias
Que a rainha chegou
A alma da festa
A que bagunça tudo
Que escolhe, que joga
Que provoca a todos
Tentem dançar com minha sensualidade
É um nível muito alto, mas você pode tentar

Ao escapar das garras opressoras da morte, as antigas percepções que lhes ensinaram conforme e moldavam seu caráter se alteraram tal como a moralidade e o quanto estava disposta a sacrificar para cumprir seu propósito. Não se influenciava pelos restrições do medo tampouco se deixava guiar por emoções fortes tanto quanto na época que estava viva - e não uma casca sem alma, porém consciente. No entanto, em contraste com os frutíferos benefício de atuar com mais precisão sem a névoa de preocupações desfocando o campo de visão, ela não tinha nenhuma sensação real. Não podia saborear com plenitude as pequenas coisas que um humano normal conseguiria: esquecera como chorar, a felicidade desabrochar no peito e brotar com um sorriso repleto de fascínio ou como seria ser possuída pela epifania de se estar enamorada. Mesmo se quisesse desenterrar essa capacidade em meio as suas antigas memórias, tudo que encontrava era uma parede que não permitia que nada atravessasse. Talvez fosse o último recurso que seu subconsciente criou para proteger a pouca inocência que lhe restou de seu ser corrompido.

Recuperar seu antigo eu valeria a pena?

Escândalo!
Escândalo!

Seus lábios pintados com um vermelho bastante chamativo se iluminaram com o sorriso eufórico, ocasionalmente comprimindo-os em uma vaga preocupação que emergia na superfície em meio as suas contemplações mundanas. Balançou a cabeça para deixar o volume correr livremente em um desalinhamento charmoso que atraiu olhares para si. Intrigada, fitou os admiradores com curiosidade antes de acenar graciosamente.

Não, não era eu
A que chorava amargamente
Abandonada em uma esquina
Não, não, nunca fui eu
A que vivia de migalhas
E de sobras de amor

Ela não esqueceu o básico para se portar e como a aparência contava para se fazer entender. A perspectiva de um indivíduo mudava de acordo com o que ele podia observar e para aquelas pessoas ela era uma paisagem para ser mirar e cobiçar feito uma joia de valor inestimável apenas para ter em posse. Ela sempre foi isso: um objeto de escrutínio e fascínio. Um projeto de mulher sofisticada e guerreira perfeita, que deveria, acima de tudo, saber empunhar uma espada e conservar as nuances de feminilidade transmitido por gerações.

Uma peça de porcelana bela e vazia.

Olhe para mim tão rica, carinhosa, linda
Cabelão, corpão, sigam meus passos
Olhe para mim, divina, lindíssima, fina
Pele linda, bundão, tenho vocês dominados

Escândalo!
Escândalo!

Ao virar minimamente a cabeça teve o vislumbre da figura sisuda que esbanjava elegância em uma fisionomia que bloqueava a mera possibilidade de alguém se atrever a se aproximar, ele era um muro impenetrável que não se atentava ao seu entorno que não fosse exclusivamente o necessário.

Não precisava mais que uma troca simplória de olhares para que se comunicassem. O meio-demônio mantinha a postura não afetada enquanto observava a mulher desviar atenção e abandonar a atitude de outrora. Intuitivamente apertou levemente o braço dele querendo captar um pouco dos resquícios de calor do homem, contrastando o frio de seu corpo que nunca mais transmitirá vida. Desejava preservar as sensações gravadas em sua pele com o contato, fingir que pertencia aquele mundo mesmo que fosse em um contexto distorcido.

Saiam da frente, vadias
Chegou a única
A alfa da noite
A top das pesquisas
O que você vê em mim? O que você representa para mim?
Se eu inventei essas coisas
E me deram tudo
Girando sobre um salto

Conviver com Vergil era um desafio, não por sua personalidade mais estoica e cheio de complexidade que mal seria capaz de separar suas múltiplas facetas - um sujeito de poucas palavras. Ele a tratava unicamente como alguém que precisava ser constantemente vigiada, uma controversa entidade que não merecia confiança. Para ser justa, não esperava que ele depositasse fé e simpatia nela pelas suas ações passadas, porém, o contato com ele sempre lhe inquietava. Quase podia experimentar o sabor amargo da angústia crescer em seu peito e comprimi-lo por dentro, uma sensação perturbadoramente desconfortável e que não sabia lidar.

Céus, isso não deveria ser relevante. Ela tinha um único papel naquela trama, simplesmente ser o que precisava ser.

Saiam da frente, vadias
Chegou aquela por quem vocês choravam
A que conquista muito bem
Porém com o olhar
Eu paquero, morena
Bronzeada, loira e alta
Bruxa e feiticeira
Eu sou o que eu quero

Escândalo!
Escândalo!

No entanto, um toque inesperado, que a arrancou de seu profundo monólogo interior, a sacudiu - quase rompendo suas sólidas estruturas que impediam o acesso a seu lado vulnerável. A mão que se aventurava por suas costas com cautela parou na cintura, puxando-a contra o peito duro impedindo que houvesse algum ínfimo espaço entre ambos. Vergil exalava uma fragrância atípica, não somente o aroma tão comum quanto almíscar, mas também algo cítrico misturado com uma mistura de álcool e mais algo que não detinha palavras em seu vocabulário para melhor retratá-la, contudo, característica o suficiente para reconhecer.

Enquanto Vergil a conduzia pela pista de dança com graça e no ritmo da música reproduzida ao fundo, por um breve instante, recordou de eventos assim em seu período. Naquele tempo as mulheres tinham um código de vestimenta bastante extenso e sempre burlava esse protocolo para usar os vestidos que gostava sem as mangas exageradamente bufantes e as longas saias com camadas e mais camadas de tecido que limitava sua locomoção, apenas para ter a chance de dançar com seu par. Depois de anos com uma rotina, todos sabiam que seu parceiro oficial para as cerimônias se tratava unicamente e exclusivamente de Sparda - o demônio cujo espírito nobre encantou todos ao redor incluindo a si mesma.

Não, não era eu
A que chorava amargamente
Abandonada em uma esquina
Não, não, nunca fui eu
A que vivia de migalhas
E sobras de amor

Vergil a girou e quase ofegou ao ver, de um rápido relance, a imagem de Sparda. Exatamente como em sua memória ainda fresca. Seu coração bateu frenético contra o peito com o susto e sentiu, verdadeiramente, um calor estranho subir.

Arya afugentou essa ilusão de sua mente, se recusando a deixar o passado sair a superfície e se concentrando em Vergil. Assim como a companheira, o meio-demônio não parecia estar olhando realmente pra ela, as duas safiras procuravam a imagem da pessoa que compartilhava seu rosto: Diva. A intensidade expressada pelo homem a inquietou... Um sabor amargo invadiu seu paladar, tão desagradável que mal compreendia. Embora fossem a mesma pessoa em essência - uma reencarnação da outra -, Vergil sempre buscaria pela garota nela.

Por que isso a incomodava?

Chacoalhou a cabeça expulsando essas ideias bobas que a fazia estremecer. Eles tinham um objetivo estando ali e não era provocar estranhos sentimentos, que deveriam permanecer anestesiados, e os trazê-los para fora.

- Há uma quantidade anormal de semi Espectros. - Vergil sussurrou com seu tom plácido. - Talvez cinco.

- Não vamos poder atuar se a quantidade for tão grande assim.

Não, não era eu
A que chorava amargamente
Abandonada em uma esquina
Não, não, nunca fui eu
A que vivia de migalhas
E sobras de amor

Vergil parou com a dança e Arya, subitamente, ficou zonza. Sem perder tempo, não precisando encenar como planejado, ela marchou com movimentos cautelosos para o contaminado mais próximo; derrubando um a um com a destreza de uma caçadora experientes, abateu as presas e preservou as almas inocentes antes que fossem subjugadas pela escuridão. Como uma exímia guerreira, não precisou utilizar armas para providenciar tal feito.

Um por um dos seres corrompidos sucumbiu sem que fizesse mal algum dos hospedeiros. Brandiu com suavidade seu florete antes que o encanto se desfizesse.

- Foram todos?

- Sim. - respondeu monossílabo.

A festa prosseguiu como se nada tivesse ocorrido, todos ignorantes ao ocorrido.

Assim como a música sensual ressoava, mais se via que era uma fantasia para todos as pessoas. Muito além disso, ela era a sombra da tragédia e do passado que se recusava a desaparecer.

Não, não era eu
A que chorava amargamente
Abandonada em uma esquina
Não, não, nunca fui eu
A que vivia de migalhas
E sobras de amor

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