Presente Chamado Amor pt2.🎄☃️
Capítulo 2 (Continuação): Os Ecos do Passado.
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Hoseok fechou a porta com mais força do que pretendia, o barulho ecoando pela casa vazia. Ele encostou-se contra amadeira,respirando fundo enquanto esfregava as mãos no rosto.Porque aquele sininho?E porque justamente agora?
Ele tentou afastar a memória que subiu à superfície como uma onda cruel, mas foi inútil. O som de risadas infantis, o
brilho de uma árvore de Natal perfeitamente decorada,e...o vazio que veio depois.
Aquele sininho, tão pequeno e aparentemente insignificante, carregava um peso insuportável para ele. Era um lembrete doque havia perdido,do que jamais conseguiria recuperar.
Hoseok afastou-se da porta e caminhou até a cozinha, seus passos ecoando pela casa. O lugar era frio e desprovido de
vida, exatamente como ele preferia. Não havia decorações de Natal, nem luzes piscando na varanda, nem cheiro de
biscoitos noforno.Era melhor assim. A última coisa que ele precisava era reviver fantasmas do passado.
Ele abriu um armário e tirou uma garrafa de whisky, servindo-se de uma dose generosa.Olíquido queimou sua garganta,mas o ajudou a acalmar os nervos. Ele encarou o copo vazio por um momento antes de lançar um olhar para fora da janela.
O garoto estava lá fora novamente. Minjun,o filho do novo vizinho.Ele brincava na neve,rindo enquanto corria ao redor do boneco que estava
construindo.Taehyung estava ao lado,segurando um cachecol nas mãos e o enrolando no pescoço do menino com cuidado.
Hoseok não conseguia desviar o olhar. Havia algo em Taehyung que o intrigava — não apenas sua beleza, mas a forma
como ele parecia carregar o peso do mundo nos ombros enquanto ainda encontrava energia para sorrir para o filho.
Hoseok sabia reconhecer alguém que estava lutando para se manter de pé.
Um pensamento indesejado passou por sua mente.Será que ele também está fugindo de algo?
Hoseok balançou a cabeça, afastando a ideia. Ele não tinha o direito de especular sobre a vida dos outros. Ele já tinha seus próprios problemas para lidar.
Mas, mesmo enquanto tentava se convencer disso, não conseguiu evitar a pequena chama de curiosidade que Taehyung havia acendido nele.
— Idiota — murmurou para si mesmo,levando o copo aos lábios novamente.
Quando voltou a olhar pela janela, Taehyung estava entrando na casa, com Minjun nos braços. Hoseok se permitiu um último momento de observação antes de virar as costas e encarar a escuridão de sua casa.
Ele sabia que deveria manter distância. Taehyung e Minjun eram o tipo de alegria que ele não merecia,um tipo de luz que só podia lembrar-lhe de quão escuro seu próprio mundo havia setornado.
Mas o sininho, aquele maldito sininho...Era como se eletivesse sido colocado ali de propósito,um lembrete cruel de queo destino tinha planos para ele.
Hoseok soltou um suspiro pesado e passou a mão pelos cabelos. O que quer que fosse, ele precisava descobrir como
Taehyung havia conseguido trazer aquele objeto até ali. E, no fundo, sabia que, mesmo relutante, estava preso a esse novo vizinho de uma forma que nãoc onseguia explicar.
"Apenas não se envolva demais, Hoseok," ele se repreendeu, mas a dúvida já havia se instalado. Talvez fosse tarde demais.
Capítulo 3: O Pedido ao Papai Noel
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O quarto estava mergulhado em uma penumbra suave. A luz fraca de um abajur em forma de estrela iluminava as paredes, onde Minjun havia insistido em pendurar seus desenhos favoritos. O menino estava deitado em sua cama nova, coberto por um edredom macio com estampas de renas. Ao lado dele, o boneco de neve de pelúcia, seu companheiro inseparável,estava aninhado contra seu braço.
Do outro lado do quarto,Taehyung organizava as roupas de Minjun no armário,tentando colocar ordem na bagunça que ainda restava da mudança. Mas, mesmo de costas, ele sabia que o olhar atento do filho estava sobre ele. Minjun tinha essa habilidade de observá-lo com uma sabedoria que parecia muito além de sua idade.
— Appa? — chamou Minjun,sua voz pequena, mas cheia de curiosidade.
Taehyung se virou, fechando a porta do armário antes de caminhar até a cama. Ele se sentou na beirada, o colchão
afundando levemente sob seu peso.
— O que foi, meu anjo? Ainda não está com sono?
Minjun balançou a cabeça, abraçando o boneco de neve com mais força. Seus olhos, tão parecidos com os de Taehyung, brilharam sob a luz suave.
— Appa,oPapai Noel pode trazer qualquer coisa, né?
Taehyung sorriu,pegando uma mecha dos cabelos escuros de Minjun e colocando-a para trás da orelha.
— Dizem que ele é bem poderoso. Mas depende do que você pedir.O que foi que você pediu este ano?
Minjun hesitou por um momento, seus pequenos dedos brincando com o tecido do edredom. Ele parecia estar escolhendo cuidadosamente as palavras,como se soubesse que oque diria era importante.
— Eu pedi para o Papai Noel trazer um presente pra você.
O coração de Taehyung apertou ao ouvir isso.Ele inclinou a cabeça,surpreso e tocado ao mesmo tempo.
— Para mim? Mas porquê?
Minjun abaixou os olhos,envergonhado.Sua voz ficou mais baixa,quase como um sussurro.
— Porque eu sei que você fica triste quando acha que eu não tô vendo.
Taehyung sentiu um nó formar-se em sua garganta. Ele não sabia que Minjun percebia tanto. Ele sempre se esforçava
para esconder a dor, a solidão,o vazio que havia se instalado em sua vida des deque Yejin, a mãe de Minjun, havia partido.
— Meu amor... — começou ele, mas Minjun continuou,determinado a dizer oque estava em seu coração.
— Eu pedi pra você encontrar alguém.Um amigo,ou...ou alguém que faça você sorrir de verdade. Igual você fazia antes.
As palavras do pequeno atingiram Taehyung como um golpe suave, mas profundo. Ele piscou rapidamente, tentando conter as lágrimas que ameaçavam cair.
— Minjun...eu já tenho você. Você é tudo que eu preciso.
O menino franziu o cenho,sua expressão assumindo uma seriedade. quase adulta.
— Mas eu quero que você seja feliz de verdade, Appa. Igual nos filmes de Natal, quando as pessoas encontram alguém especial. Você não precisa ficar sozinho.
Taehyung não sabia o que dizer. Ele puxou Minjun para mais perto, envolvendo-o em um abraço apertado. O cheiro familiar do filho — uma mistura de sabão infantil e biscoitos — trouxe um pouco de conforto, mas não apagou o peso das palavras dele.
— Eu prometo que estou tentando, meu amor — sussurrou Taehyung, sua voz rouca. — Às vezes, é difícil. Mas você é
minha luz,sempre será.
Minjun levantou a cabeça,olhando para o pai com aqueles olhos grandes e cheios de esperança.
— Então o Papai Noel vai ajudar, Appa.Ele nunca erra.
Taehyung riu, apesar da dor em seu peito.
— Ah,então o Papai Noel nunca erra,é?
— Nunca! — Minjun afirmou com convicção, antes de bocejar.
Taehyung acariciou os cabelos do filho, balançando-o levemente até que os olhos de Minjun começassem a se fechar.
Mas, antesde adormecer completamente,o menino murmurou:
— Eu só quero que você sorria de novo...
E com isso,ele adormeceu.
Taehyung permaneceu ali por alguns minutos, observando o rosto tranquilo de Minjun enquanto lágrimas silenciosas escorriam por seu rosto. Ele se perguntou como uma criança tão pequena podia ter um coração tão grande e entender tanto sobre amor e perda.
Enquanto apagava o abajur e ajeitava o edredom sobre Minjun, Taehyung sussurrou para o vazio do quarto:
— Eu vou tent ar, meu anjo.Por você,eu vou tentar.
E, naquela noite,enquanto a neve caía lá fora,Taehyung percebeu que talvez fosse hora de abrir espaço em seu coração para algo novo — ou alguém. Afinal, se até Minjun acreditava que milagres podiam acontecer, talvez ele pudesse acreditar também.
CONTINUAÇÃO NO PERFIL DO WATTPAD DA AUTORA:
@BLUEMARY057
Feliz Natal 🎄☃️
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