Love Wins All 🎄☃️
LOVE WINS ALL
AUTOR: @tulipjmswriter
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Respirações ofegantes. Passos desastrados. As pernas cansadas precisavam fazer mais esforços para que pudessem fugir das coisas que os perseguiram. Não era a primeira vez que eles faziam isso, claro que não. Estavam tão acostumados a fazer isso, fugir para que pudessem sobreviver, mas estavam cansados já. Poxa, 5 anos indo de lugar para lugar, sem nada fixo. Era cansativo demais, mas precisavam disso se quisessem sobreviver.
Namjoon, um dos garotos, guiou o outro rapaz para trás de uma pequena parede quebrada, com as mãos dadas em um aperto, com medo de que algo poderia acontecer, como se um deles fosse desaparecer. Em um mundo como aquele, era difícil de conviver. Pessoas como eles de gostos e desgostos tão diferentes que era impossível pensar que os dois poderiam se dar bem, mas claro, o destino sempre dá um jeito de deixar duas pessoas que se desejam ficarem juntas. Olhou para o homem ao seu lado, assustado com os sons que passavam e pareciam não se afastar mais, mesmo sendo anos, nunca iria se acostumar com tudo aquilo.
O homem ao seu lado, ao qual segurava sua mão, denominado de Seokjin, estava de perfil, olhando pelo canto dos olhos se eles iam ou desviavam da direção de ambos. Iniciando um carinho com o polegar para tentar acalmá-lo.
Ao que as criaturas se afastaram, fez sinal para irem logo antes que alguma percebesse a presença dos dois, então foram na direção da floresta, correndo entre as árvores e moitas espinhosas, causando diversos ferimentos aos quais eles já estavam acostumados a ter, mas mesmo assim eram de fato dolorosos.
Depois de um tempo correndo por entre os matos altos, podiam ver mais a frente uma pequena casa aparentemente abandonada, com algumas folhagens a escondendo-a dependendo da perspectiva que a olhava. Se olharam por segundos até decidirem ir até ela. Jin apanhou sua faca quando um zumbi se aproximou deles, cravando em sua cabeça e ficando desgostoso pelo sangue ter respingado na sua roupa.
一 Tem certeza de que aqui é seguro? 一 Jin questionou baixo e incerto com o que fariam. A arma e a faca estavam em seus punhos firmes.
一 Sinceramente? Não sei. Mas é o melhor por agora, não? 一 Em resposta, teve um aceno de cabeça, tirando a katana de suas costas, segurando-a na frente do corpo.
Se olhando com uma certa desconfiança.
Nam pôs a mão na maçaneta.
Girou para baixo e abriu devagar, tentando fazer o mínimo de barulho possível.
A porta rangia ao que era aberta. A lanterna foi apontada para o fim do corredor, mas aparentemente, não havia nada lá, se houvesse, deveria ter aparecido no momento em que escutou a voz de ambos. Abriram mais e se puseram a adentrar, sempre tomando cuidado com qualquer barulho.
Finalmente um lugar, aparentemente, seguro. A fecharam com um suspiro de alívio, retirando os pesos de suas costas, trancando qualquer tipo de abertura, trancando as janelas e portas do local. Ao ir para cozinha, vasculhou todos os armários, desde as portas até às gavetas, retirando tudo que seria ótimo para eles, principalmente a comida. Com o que procurava em mãos, lançou no ar e o outro alcançou, passou a ponta do fósforo pela lixa e acendeu a boca do fogão.
Enquanto Jin fazia um pouco da comida que tinham, Namjoon decidiu explorar o local. Cada passo que dava, a madeira rangia, se perguntava o quanto a vida seria injusta para matar e tirar pessoas do seu lar. Ou talvez a natureza estava querendo o que lhe pertence de volta, escolhendo a vingança para resolver toda a situação. Algumas plantas até tomavam conta do interior da casa.
Ao que andava, algumas coisas chamavam a atenção de Namjoon, os pisca pisca por exemplo, encostou sua mão neles, fazia muito tempo que não via um desses. Acabou por segui-los na direção que vinha, sempre com os sentidos em alerta, e as armas em mãos caso algo decidisse o atacar. Seguiu os cabos fascinantes até dar em uma sala, uma sala média ele diria, mas não era o tamanho mediano que chamava a sua atenção. Nada disso. Seus olhos estavam voltados mais para o canto da sala.
Uma árvore montada, provavelmente da sua altura, uns 1,80 metros. Ela estava magnífica, as diversas bolinhas e outras decorações espalhadas pelos galhos cheios faziam os olhos dele cintilarem.
O momento se atrapalha com algo se aproximando.
Antes que algo chegasse perto de si, se virou com tudo, alcançando a faca em seu coldre e prensando-o contra a parede, apontando a arma branca na direção do cérebro.
Jin parecia estar chocado com a ação repentina, mas era compreensível o ato impulsivo.
— O que foi isso? — Questionou entre risos para aliviar a situação.
— Merda. Desculpa, Jin. Eu pensei que fosse um deles. — Enterrou o rosto no pescoço dele se culpando pela quase morte de seu noivo.
— Não está perdoado. — brincou, deixando um selar entre os cabelos dele, logo se afastando — Vejamos o que estava bisbilhotando. — Com as mãos para trás do corpo, deu pequenos passos lentos, tendo os olhos do outro Kim o acompanhando — Tudo tão intacto.
— Pois é. Lembro do dia em que tudo aconteceu…
Era 25 de dezembro, isso mesmo, o dia do Natal. Onde era pra ser um dia de paz e prosperidade, acabou em uma chacina terrível. Pessoas corriam, carros batiam, e o mais aterrorizante, as mortes por canibalismo puro. Todos estavam em tremendo desespero, mas não havia nada que poderiam fazer para impedir o caos que estava correndo pelo mundo.
— Ei. Olha por um lado bom, se eu acho que tenha algum lado bom, eu pelo menos conheci você.
— É… — Riu fraco, sentindo-se sortudo por ter alguém que o fazia feliz em meio ao fim do mundo — Faz uns 4 anos que nos conhecemos.
— 4 anos, dois anos em que começamos a namorar e — fez uma pequena pausa com os dedos erguidos, olhando para o teto — Um ano de noivado. Sim, eu contei.
— Não me arrependo de ter te pedido com um anel de um desses zumbis. — Aproximou-se pondo seus palmos no rosto do homem mais velho, sentindo o rosto quente nas suas mãos.
— Então foi daí que você tirou? — Namjoon soltou uma gargalhada e se aproximou preparado para dar um ataque de beijos, porém, Jin virou o rosto e pôs as mãos na cintura do outro Kim.
A partir daí, uma pequena "briga” se iniciou. Os dois se encontravam no próprio mundo, o mundo onde nada de ruim acontecia em que coisas assim não deveriam acontecer. Namjoon viu Jin apenas uma vez antes do dia 25 de dezembro, se acidentaram com as bicicletas no meio do parque, apenas se desculparam e foram embora, nunca pensaram que iriam se conhecer mais durante a chacina do mundo contra os humanos. A vida era mesmo muito estranha. Com muita dificuldade, Namjoon finalmente pôde alcançar a boca de Jin, começando com selares calmos e demorados que logo, por parte de Jin, se transformou em um beijo lento. Podia-se ver todo o sentimento que transmitiam através daquele contato. As mãos de Namjoon foram para o rosto de Jin e as dele puxaram o Kim para mais perto pelo colarinho da blusa.
As bocas se encontravam em perfeito encaixe, como se elas fossem esculpidas uma para a outra. Ao que o ósculo evoluia para algo mais intenso, o calor se tornava insuportável no ambiente, parecia que abriram as portas do inferno e os demônios rodeavam os dois corpos. Seus passos eram desajeitados por estarem de olhos fechados, imersos em seu próprio mundo, iam para trás cegamente sem prestar atenção com o que tinha atrás dos dois.
Com o plano de irem até o sofá, eles foram, porém, sem algum imprevisto, o chão abaixo do móvel desmoronou, levando ambos junto, caindo em um buraco abaixo da casa. O olhar surpreso e assustada tomava conta da expressão dos dois, com Jin em cima do corpo de Namjoon, que estava agarrado ao corpo do amado.
Após minutos de silêncio e olhares, Seok foi o primeiro a rir enterrando o rosto no peito do homem, Namjoon apenas o acompanhou, fundo dentre os fios.
— Esse foi o Natal mais desastrado que tivemos. — Jin disse em meio a risada, limpando as gotículas que escapavam.
— Foi do nada isso. — Descansou a cabeça no encosto do móvel, agora, todo quebrado. Olhou para os céus por uma telha quebrada e observou a posição da Lua — Feliz Natal, Jinnie.
Jin o olhou sorrindo, com os olhos quase sumindo, deixou um beijo demorado na testa dele e se deitou ao seu lado, observando a mesma coisa que o outro Kim.
— Feliz Natal, Nammie.
Com certeza algum bando de zumbis escutou aquela barulheira toda, mas quem se importa? Os dois estavam mais um Natal vivos, aproveitando apenas a companhia um do outro.
Feliz Natal 🎄☃️
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