🌳EP 02: Sussurros Da Floresta - Cynonari🌳
[P.O.V Autora]
Mais um dia amanheceu para todos em Teyvat, alguns acordando de um sono bom, outros de um mal sono e poucos sortudos acordavam após uma perfeita noite relaxante e confortável, o que era o caso de Tighnari e Cyno. Ambos haviam tirado apenas um cochilo na rede da casa na árvore, aonde estes foram apenas dormir de verdade de noite na cama espaçosa de Tighnari, tão colados um no outro que pareciam que iriam fundir seus corpos, a saudade não permitia que se separassem, seus corpos precisavam um do outro com urgência. Ambos estavam vestindo apenas suas roupas íntimas, gostando daquele contato das peles quentes e macias, Tighnari dormia sobre o corpo de Cyno com a cabeça apoiada no peitoral deste, ressoando baixinho e mexendo as orelhas fofas devagar, estava relaxado como nunca naquele momento ao lado do namorado, e esperava poder ficar naquela paz por mais alguns dias. Conforme os sons dos pássaros se tornava mais frequente lá fora, Cyno começava a acordar, já desacostumado com as aves, afinal, no deserto, o máximo que ouvia pela manhã eram gritos de soldados e urubus rondando o acampamento, esperando o próximo soldado ou vítima da tempestade de areia perecer.
Cyno abriu seus olhos devagar e pode ter a visão gloriosa de Tighnari dormindo tranquilamente, coberto até a metade de seu corpo com um lençol branco e deixando à mostra algumas marquinhas em seu pescoço, clavícula e ombros, o fazendo sorrir por se lembrar da noite passada, finalmente haviam matado a saudade de toques íntimos que não sentiam neles mesmos a mais de uma semana. O sorriso de Cyno murchou um pouco quando viu a grande cicatriz nas costas de Tighnari, resultado da grande batalha épica de toda Sumeru contra os Fatui, Dottore e Scaramouche, para salvarem a Lorde Kusanali. Cyno nunca iria perdoar Scaramouche pela dor que havia feito seu amado passar, foram longos dias de recuperação após este tomar um dos raios invocados pelo Mensageiro, junto com um mal-estar terrível que o deixou indisposto por um bom tempo, e mesmo após a recuperação total, a pele da cicatriz e ao redor dela haviam se tornado áreas extremamente sensíveis, aonde qualquer toque mais bruto poderia incomodar ou até machucar Tighnari. Aquilo era imperdoável. Cyno ainda divagava pela sua mente quando sentiu o garoto de cabelos esverdeados se mexer, resmungando baixinho e movendo sua cauda para cima deles, e claro que o general não iria perder a oportunidade de acariciar a cauda felpuda, começando à despertar Tighnari.
─ Bom dia, Nari. ─ Cyno sorriu ao ver o outro o encarar com os olhinhos ainda um pouco fechados, fazendo Tighnari sorrir de volta para si. ─ Dormiu bem?
─ Plenamente bem, essa foi minha melhor noite de sono depois de muito tempo. ─ O patrulheiro suspirou ao sentir sua cauda ser acariciada. Ele nunca deixava ninguém tocar naquele área tão sensível para si, mas Cyno tinha carta branca para tocar aonde bem entendesse. ─ E você? Seu ombro ainda dói?
─ Também dormi muito bem, eu estou ao seu lado, não tem como não dormir bem. ─ Cyno roubou um selinho do outro. ─ Meu ombro está bem melhor, só os arranhões que ainda estão incomodando, mas o que realmente dói são essas suas mordidinhas. ─ O general sorriu e mostrou várias marquinhas pequenas dos dentes de Tighnari em seu outro ombro. ─
─ E-Eu já pedi desculpas! Foi sem querer... ─ Nari resmungou envergonhado, ele sempre perdia um pouco da noção em seus momentos de prazer com Cyno, e com seus caninos pontudos, sempre acabava marcando ele mais do que o esperado. ─
─ Estou apenas brincando, Nari, isso não dói, na verdade, eu gosto quando me marca assim, assim sempre que eu olhar no espelho ou na água cristalina, vou ver um pouquinho de você em mim. ─ Cyno segurou o queixo de Tighnari e o elevou, juntando seus lábios em um selinho casto, logo evoluindo o selar para um beijo lento e cheio de carinho, o trazendo mais para cima de si, vendo o patrulheiro se levantar e se sentar melhor em seu colo. ─ Mudando de assunto, o que vamos fazer hoje?
─ Que bom que perguntou! ─ Disse animado, batendo palminhas rápidas. ─ Mandei uma carta antes de irmos dormir ontem convidando o Kaveh e o Alhaitham para passarem a tarde conosco! Eles estão querendo te ver depois de tanto tempo!
─ Ah, isso é ótimo! Admito, fiquei com saudades da implicância do Alhaitham. ─ Cyno afirmou. Antes, aqueles dois viviam em pé de guerra, implicando por qualquer mínima coisinha que fizessem de errado, porém hoje em dia, haviam aprendido à conviver melhor, afinal, seus namorados eram grandes amigos e eles teriam que ver um ao outro constantemente, então precisavam ter uma convivência mais tranquila pelo menos. E no final das contas, eles até que desenvolveram uma boa amizade. ─ Ele e Kaveh continuam nas mesmas brigas bobas deles?
─ É claro que continuam, não sei como eles podem se amar tanto e brigarem tanto, o bom é que na última semana eles brigaram por quem amava mais. Pelo menos brigaram por coisas boas, certo? ─ Tighnari contou e logo ambos caíram na risada. Kaveh e Alhaitham eram o casal mais improvável do mundo, desde que os quatro estudavam juntos, eles nunca se deram bem, e quem iria imaginar que no final eles se amavam verdadeiramente? ─ Eu vou preparar algumas comidas gostosas para nós, eles vão trazer os decks deles de Chamado Sagrado dos Sete, então podemos comer enquanto jogamos!
─ Oh, isso me parece ótimo! Precisa que eu ajude com algo?
─ Se puder vir comigo pegar alguns ingredientes na floresta e ir nas barracas na Cidade de Sumeru, eu iria ficar muito agradecido e feliz... ─ Com as orelhas baixas, a cauda balançando devagar e segurando nas mãos de Cyno, Tighnari pediu com a voz manhosa, e claro que o namorado nunca lhe negaria nada, ainda mais com aquela voz adorável. ─
─ Claro, meu amor. Vamos ir tomar um banho na cachoeira antes e vamos direto para a Cidade de Sumeru, podemos buscar os ingredientes no caminho.
Tighnari concordou animado e se levantou do colo de Cyno, segurando a mão deste e o puxando para se levantar também. O general acompanhou o namorado animado, deixando se levar pela ansiedade deste e indo colocar roupas mais adequadas para saírem, que consistiam em vestimentas leves para só depois quando voltassem para casa após o banho pudessem colocar suas roupas cotidianas. Enquanto Cyno terminava de se trocar, Tighnari estava ao seu lado escrevendo uma carta para Collei, pedindo que ela cuidasse das rotas de patrulha e dos demais necessitados na enfermaria da Vila Gandharva, por mais que fosse uma grande responsabilidade para Collei, ela com certeza daria conta, ela era forte e muito inteligente, poderia ligar com aquelas tarefas enquanto seu mestre tirava alguns dias de folga. Collei ficava feliz em saber que Tighnari finalmente estava tirando férias, em todos aqueles anos que estavam trabalhando juntos, ela nunca havia visto o rapaz tirar algum tempo para descansar de verdade, e ele com certeza merecia aquele descanso, já que sempre fazia tudo ao seu alcance para o bem da floresta.
Antes de saírem de casa, Tighnari buscou um fraco de óleo essencial para passar em sua cauda após o banho, com toda aquela animação e ansiedade do dia anterior após finalmente se reencontrar com Cyno, havia se esquecido completamente de passar o óleo para deixar sua cauda brilhosa e macia como sempre, porém iria caprichar hoje, queria estar o mais belo possível para Cyno, mesmo que este o achasse lindo até mesmo coberto de restos de Slimes, para o general, ele nunca estaria feio. Alguns minutos depois, Cyno já havia se trocado e pego sua lança e sua Visão, mesmo após Tighnari dizer que não era necessário, porém de nada adiantava, Cyno nunca saíria de casa sem sua Visão e sua precisa lança, ainda mais se estivesse com seu namorado, não poderia deixar que nada nem ninguém o machucasse, e tinha certeza que mesmo sem sua Visão ele poderia derrotar qualquer um só com seus punhos, entretanto, usando está o estrago que faria em seu oponente seria bem pior, e era isso que queria, deixar bem claro que mexer com Tighnari era a coisa mais ultrajante que qualquer ser vivo ou não poderia fazer.
O casal saiu da casa na árvore de mãos dadas, ambos sorridentes naquela manhã e de muito bom humor. Como ainda era cedo demais, Collei provavelmente estaria dormindo, então Tighnari apenas deixou em sua porta a carta que havia escrito, seguindo seu caminho com Cyno normalmente após deixar as instruções do dia com ela. Ao que entraram na floresta, Tighnari se desvencilhou de Cyno e se escondeu entre as árvores, e o general soube na hora o que o patrulheiro pretendia fazer. Desde a época que estudavam juntos, haviam desenvolvido uma pequena brincadeira entre eles, ambos tinham habilidades excepcionais em percepção, camuflagem e agilidade, então criaram a brincadeira que consistia em, assim que entrassem na floresta, um deles deveria fugir sem aviso prévio, como uma presa, e o outro teria que ir atrás dele e o pegar o quanto antes, como um caçador. Sendo Cyno o caçador da vez e Tighnari sua presa, logo o moreno passou a correr atrás do outro, o vendo sumir entre a folhagem das árvores em poucos minutos. Seguindo o fraco cheiro do óleo essencial que Tighnari usava sempre, Cyno procurava se aproximar o mais lentamente possível, atento à cada mínimo som dos galhos na árvore.
─ Você era mais ágil nos tempos de escola. ─ Tighnari afirmou ao se pendurar de cabeça para baixo em um galho alto e firme de uma árvore, sorrindo travesso para Cyno. ─ Agora não consegue nem me alcançar. O grandioso General Mahamatra já está cansado?
─ Você me pegou desprevenido, Nari, estou só me aquecendo. ─ O general afirmou sorrindo também, se aproximando devagar de Tighnari. ─ Se eu fosse você, deixaria de me expôr tanto assim e começaria à correr.
─ Oh, você está mesmo achando que vai me pegar? ─ Tighnari provocou, ainda se balançando no galho. ─ Bom, eu diria que não, então para te ajudar, General Mahamatra, porque não usa sua Visão? Pode usar os Selos Egípcias em mim para tentar me amarrar, mas eu não vou pegar leve, Cyno, mesmo sem minha Visão, posso te ganhar facilmente.
─ Não espero que pegue leve, porque eu também não vou. Melhor começar à correr, raposinha.
Tighnari sorriu animado antes de finalmente voltar à escalar as árvores, sem se arriscar a olhar para trás, conseguia sentir perfeitamente a magia elemental emanando de Cyno, e precisava correr como se estivesse fugindo pela sua vida, Tighnari sabia que quando Cyno o chamava de "raposinha", as coisas iriam para outro nível, isso independente do que estivessem fazendo, era como uma assinatura implícita de que limites poderiam ser testados à partir daquele momento. Cyno não ficou para trás, usando sua Visão para sumonar os Selos Egípcios e começar à procurar por Tighnari com mais afinco. Enquanto o guarda florestal pulava e se esgueirava entre as copas das árvores da maneira mais sútil possível, Cyno o acompanhava de maneira veloz, lançando diversas amarras do selo para tentar o parar, mas Tighnari era ágil demais, como uma verdadeira raposa, se escondendo e sumindo rapidamente entre as folhas abundantes das árvores. Cyno o caçava como caçava um criminoso em fuga, prestando atenção à cada pequeno som produzido por Tighnari e o acompanhando cada vez mais próximo.
O guarda florestal logo sentiu um dos selos do general tentar o prender, por sorte se agarrando à um galho e ainda o deixando livre. Alguns animais ali por perto de afastavam com toda a agitação causada pelo casal, restando por perto apenas alguns Aranaras curiosos que tentavam entender a brincadeira do casal, os acompanhado sorrateiramente para poderem replicar a brincadeira depois. Conforme Cyno se aproximava, um leve sentimento de desespero de apossava de Tighnari, se sentia realmente como uma presa em uma caça, e era por isso que amavam tanto aquele jogo, podiam soltar seus instintos mais primitivos para apenas se divertirem e correrem sem rumo, no entanto, aquela euforia que sentiam sempre não poderia ser comparada com nada que já haviam experimentado. Tighnari estava começando à ficar tão nervoso e à tentar tanto correr mais rápido que não notou que seu pé havia se sustentado num galho fraco demais para seu peso, cedendo no mesmo instante, o levando para baixo da copa alta. Por sorte, Cyno estava por perto e pode o ver cair antes que chegasse ao chão, lançando seus Selos Egípcios para atrasar a queda até finalmente chegar embaixo do namorado e o segurar com cautela.
─ Nari! Você está bem?! ─ Cyno perguntou preocupado, o sentando na grama, apoiado em uma árvore, e se acomodando entre as pernas deste, o analisando com cuidado. ─
─ Estou bem, meu amor, estou bem. ─ Garantiu ao ver a expressão ansiosa de Cyno, sorrindo de leve. ─ Vou só uma quedinha. O que realmente importa é que eu perdi e você ganhou, General Mahamatra. Meu orgulho está ferido agora!
─ Engraçadinho, você poderia ter se machucado feio, okay?! ─ Cyno o alertou, o abraçando em seguida. O general era o mestre das piadas sem graça e de cunho duvidoso, entretanto, quando a saúde de Tighnari entrava em jogo, todas as suas piadinhas morriam. ─ Você foi muito rápido, Nari, se não tivesse caído, teria chego na cachoeira antes e teria me ganhando. Vamos considerar empate.
─ Mas você ganhou... ─ Tentou protestar, sendo interrompido por um selinho demorado, juntamente com um carinho em suas orelhas agora abaixadas. ─
─ Apenas aceite nosso empate, podemos desempatar depois, e então, irei ganhar de você de forma justa!
─ É o que veremos, General!
Após algumas piadas bem questionáveis de Cyno, o casal prosseguiu com seu caminho até a cachoeira, mal percebendo que já estavam bem perto do local. Ambos foram logo retirando apenas algumas partes de suas roupas e em questão de minutos, já estavam dentro da água relativamente morna por conta do Sol. Tighnari nadava tranquilamente pela água quando sentiu Cyno chegar por atrás de si, o abraçando e o trazendo para perto, além de sentir diversos beijinhos sendo deixados pela sua cicatriz nas costas. O patrulheiro sabia o quanto Cyno se culpava por não ter estado na hora do acidente para ajudá-lo, talvez com sua Visão Electro pudesse ter feito alguma coisa para evitar aquilo, entretanto, ele infelizmente não estava lá para o proteger, e sempre que este via sua cicatriz, ficava um pouco melancólico e irritado por se lembrar do causador daquilo, Tighnari tinha certeza que se Scaramouche não estivesse em coma sobre os cuidados da Lorde Kusanali, Cyno já teria cortado sua cabeça fora à muito tempo, sem qualquer pena daquela marionete. Tighnari apreciava todo aquele cuidado do general consigo, porém definitivamente não queria que ele se metesse em grandes problemas por sua culpa.
Cyno seguiu grudado em Tighnari lhe roubando vários beijos e lhe enchendo de piadas péssimas, dando a sorte de uma ou outra fazer Nari rir verdadeiramente ao invés de receber só uma exclamação sobre como suas piadas eram ruins, ele estava melhorando aos poucos, e se sentia muito orgulhoso por isso. Ambos tomaram um banho calmo e demorado, saindo apenas quando perceberam que já era hora de voltarem ao seu caminho para poderem pegar os ingredientes necessários para a refeição deles com Kaveh e Alhaitham. Os garotos colocaram suas roupas e acessórios cotidianos, exceto Tighnari, que seguia sem sua Visão, e guardaram suas roupas mais casuais em uma bolsa que o patrulheiro carregava, logo seguindo pelos caminhos abertos da floresta. Tighnari analisava com cuidado cada ingrediente que pegava da natureza, chegando se estavam maduros, em bom estado e sem vermes, e ao concluir tudo, os colocava na bolsa que Cyno carregava com o maior prazer. O general carregava também um sorriso relaxado, aproveitando aquele tempo com o namorado ao mesmo tempo que vigiava tudo ao redor deles, ele sabia que se qualquer coisa se aproximasse, Tighnari seria o primeiro à notar, e mesmo assim, Cyno seguia atento, não iria se descuidar com ele de novo.
O trajeto até a Cidade de Sumeru não durou mais de uma hora e meia, e finalmente Tighnari e Cyno chegavam na cidade tão movimentada e barulhenta, os trazendo um pouco das memórias de um passado distante no qual estudavam juntos na Academia e sempre viviam juntos devido a grande amizade de seus pais, e não era como se este fato tivesse mudado muito, afinal, quase nunca estavam separados. Por onde passavam nas ruas da cidade, eram reconhecidos por alguns cidadãos, estudiosos, matras e eremitas, seus feitos os seguiam como sombras, especialmente a Cyno, que não tinha tanta paciência como Tighnari para as demais pessoas que lhe paravam na rua, tentando dar seu melhor sorriso para disfarçar o desconforto. O casal seguiu por algumas barracas na Rua dos Tesouros e até mesmo foram até o Grande bazar, comprando tudo do bom e do melhor para o reencontro de amigos de longa data. Quando notaram, já haviam passado tempo demais em suas compras rigorosas, e já deveriam voltar para começarem à preparar a refeição, Kaveh e Alhaitham chegariam no final da tarde, e precisavam terminar tudo antes do horário marcado.
Mais algumas horas se passaram com direito total à diversão e carinho. Cyno e Tighnari acabaram chegando um pouco tarde em casa, então precisavam correr para prepararem tudo para a vinda dos amigos, e claro que fariam aquilo se maneira mais eficiente se ambos trabalhassem juntos, afinal, funcionavam muito bem juntos. O cheiro delicioso de inúmeras comidas já exalava pela casa na árvore, atraindo alguns esquilos curiosos que procuravam alguma entrada na casa, desistindo ao que só encontravam janelas meio abertas para o ar entrar. Dentro da residência, Tighnari cozinhava algumas Rosas de Sumeru com peixe fresco enquanto cantarolava uma música que havia ouvido de um bardo animado vindo de Mondstand até Sumeru para se apresentar, enquanto Cyno terminava de por a mesa com todas as outras refeições, pratos e talheres, parando no meio da cozinha para admirar Tighnari. Cyno nunca se arrependeria de ter conhecido aquele diferente ser humano misturado com feneco tão sozinho na Academia, agradecia todos os dias por ter um namorado tão atencioso, preocupado e dedicado, sua admiração por ele era tão grande que com certeza não conseguiria colocar em simples palavras mortais, ele só amava à Nari como nunca havia amado ninguém. Cyno saiu de seu transe e foi até o patrulheiro, o abraçando por trás enquanto este terminava o prato.
─ Você canta bem, Nari, poderia cantar mais vezes para mim, hm? ─ Cyno pediu com a voz mansa, deixando beijinhos nas orelhas de Tighnari, aquele era outro lugar extremamente sensível seu, e logo este amoleceu sobre os braços do general, desligando o fogo em seguida. ─
─ Claro, amor, faço qualquer coisa por você... ─ Respondeu suspirando pesado, Cyno sabia como lhe desestabilizar e sempre usava disso ao seu favor. Tighnari segurou firme na bancada de madeira da cozinha quando sentiu sua cauda ser acariciada também, a comida já estava pronta dentro da panela, porém Tighnari não conseguia raciocinar bem o suficiente para lembrar de colocá-la em um prato, talvez depois fizesse isso, mas agora, estava perdido demais com os toques de Cyno. ─ Cyno...
─ Está gostando? ─ O general questionou com um sorrisinho de canto, Tighnari poderia ser bem arrisco às vezes, mas sempre ficava tranquilo quando recebia um carinho especial do namorado. ─
─ Uhum...
─ Podemos descansar um pouco no sofá enquanto Kaveh e Alhaitham não chegam, posso te encher de carinhos e beijinhos por bastante tempo.
Tighnari prontamente concordou, todo aquele tempo distante de Cyno havia o deixado sensível aos seus carinhos, precisava deles dia e noite, eram tão suaves e precisos, ele já havia se tornado viciado em suas carícias. Cyno se propôs à ficar com o trabalho de colocar a última comida na mesa, deixando Nari, que já estava todo manhoso, esperando por ele na porta da cozinha com as orelhas baixas e a cauda balançando devagar, logo Cyno foi até ele e o pegou no colo, abraçando o corpo maleável do amado e o levando até o sofá. O patrulheiro florestal não demorou à se aconchegar no peito do General Mahamatra e fechar seus olhos, aproveitam do cheiro leve de grama molhada que vinha de Cyno, um aroma suave que somente seu olfato aguçado conseguia capitar. O casal aproveitou aquele tempinho para descansarem um pouco após terem feito todos os preparativos para o encontro de velhos amigos naquela tarde. Quando perceberam, meia hora já havia se passado e batidas na porta puderam ser ouvidas, seguidas de gritos animados de Kaveh, que já vinha entrando com uma garrafa de vinho caro em mãos.
─ Tighnari! Cyno! Quanto tempo!
Continua...
Capítulo já tá MUITO grande, vou deixar a resenha deles pro próximo capítulo KAKKAKAKKA
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