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Meu refúgio 🦕★

Oiie! Neste one shot, estarei retratando experiências relacionadas ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Meu objetivo é abordar o tema com sensibilidade e respeito, destacando tanto as dificuldades quanto os aspectos positivos dessa condição. Espero que a leitura ajude a aumentar a compreensão e empatia sobre o TEA. Beijos do Alexy ☝🏻 (Gente, se tiver algo que eu errei sobre o TEA me avisem, pq eu fiz de acordo de pesquisas e tals, então pode ter algo errado. Se tiver, perdão msm)

___🦕___

Han Jisung sempre foi fascinado por dinossauros. Desde pequeno, sabia nomear cada espécie, desenhar suas formas imponentes e imitar seus rugidos ferozes com uma precisão quase assustadora. Esse hiperfoco o acompanhava em todos os momentos de sua vida. Nos corredores da universidade, enquanto os outros falavam de festas ou trabalhos, Jisung preferia mergulhar nos livros sobre paleontologia, perdendo a noção do tempo.

Entretanto, o ambiente universitário, tão vasto e cheio de vida, também era cruel. Ele havia aprendido isso rápido. O jeito como falava apaixonadamente sobre seu tema favorito muitas vezes atraía risos maldosos e olhares de deboche. Não entendiam seu entusiasmo, e, naquela manhã, isso foi levado longe demais.

Enquanto explicava animadamente ao grupo de estudo como o Velociraptor, na verdade, era muito menor do que os filmes mostravam, alguém fez uma piada. Uma daquelas que vinha como um tapa no rosto, carregada de veneno. As risadas ecoaram pelo pequeno círculo de estudantes, e Jisung, sem saber o que fazer, sentiu a pressão aumentar em sua mente, até que tudo se tornasse insuportável.

--crece, seu autista! Debi mental hahahaha. Crianção

Todos riram de sua cara, enquanto ele sentia seus olhos arderem e essas palavras ecoarem em sua mente.

Ele saiu correndo, ignorando os olhares curiosos. Suas mãos tremiam, os sons ao redor pareciam distorcidos, e seu peito estava apertado. O banheiro foi seu refúgio imediato. Assim que se trancou dentro de uma cabine, as lágrimas começaram a cair. As unhas arranharam a própria pele em um esforço desesperado para aliviar a dor que crescia de dentro para fora. Ele chorava em silêncio, com medo de que alguém o ouvisse, mas incapaz de se controlar.

--crianção, crianção, crianção, crianção→¹

Do outro lado da porta, Jisung ainda soluçava, lutando para controlar a respiração. Seu corpo estava em colapso, como se o peso do mundo inteiro estivesse sobre seus ombros. As luzes fluorescentes do banheiro, que antes pareciam comuns, agora pareciam intensas demais, machucando seus olhos, e cada som ao redor - as portas batendo, passos no corredor - era como uma explosão em seus ouvidos. Era demais. Era como se seu cérebro estivesse tentando processar tudo de uma vez e falhando miseravelmente.

Ele puxava o ar, mas parecia que não estava conseguindo respirar o suficiente. Suas unhas arranhavam a pele de seus braços, um esforço desesperado para tentar trazer algum tipo de controle ou alívio para aquela sobrecarga insuportável. O mundo ao seu redor estava desmoronando. E ele sentia que estava afundando junto.

Era um meltdown - uma crise que ele conhecia bem, mas nunca conseguia evitar. Era como uma tempestade que vinha sem aviso, e Jisung ficava preso no meio dela, sem conseguir sair. Tudo estava fora de controle. As emoções, os sons, as luzes, e até seu próprio corpo.

Foi quando ele ouviu uma batida suave na porta da cabine.

--Jisung?--A voz do outro lado era calma, familiar. --É o Minho. Está tudo bem?

Jisung tentou falar, mas sua voz estava presa em sua garganta, sufocada pelas lágrimas e pela ansiedade. Suas mãos ainda tremiam, e seu peito subia e descia de forma irregular. Ele não estava bem - estava completamente esgotado, física e emocionalmente. Tudo dentro dele gritava por uma pausa, por silêncio, por alívio.

Minho não insistiu, mas sua voz manteve-se firme e gentil. --Posso entrar? Não vou forçar nada. Só estou aqui, tá?

Jisung hesitou por um momento, antes de destravar lentamente a porta. Quando ela se abriu, ele estava lá, encurvado, encolhido em si mesmo. Seus olhos estavam inchados e vermelhos, o rosto molhado de lágrimas. As marcas de seus arranhões eram visíveis em seus braços, linhas vermelhas que mostravam o quanto ele havia se machucado tentando aliviar o caos interno.

Minho não disse nada. Ele apenas olhou para Jisung, avaliando o quão fragilizado ele estava. Com cuidado, sem invadir o espaço dele, Minho tirou o próprio casaco e o colocou gentilmente sobre os ombros de Jisung, como se quisesse oferecer algum tipo de conforto sem palavras.

--Vamos sair daqui, ok?-- Minho sugeriu, sua voz calma, como se não quisesse sobrecarregá-lo ainda mais.

Jisung só conseguiu assentir, ainda sem forças para falar. A crise de meltdown havia drenado toda sua energia. Ele se sentia vazio, exausto. Sua cabeça ainda estava pesada, seus sentidos ainda estavam hipersensíveis, mas a presença de Minho o ajudava a não se sentir tão perdido. Lentamente, eles saíram do banheiro, caminhando lado a lado.

O silêncio entre eles era reconfortante. Minho sabia que não precisava falar nada; apenas estar ali já era o suficiente. Jisung estava se recuperando aos poucos, mas a sensação de cansaço extremo ainda dominava seu corpo. A crise havia passado, mas o desgaste emocional e físico continuaria por um tempo.

Enquanto andavam em direção ao parque, Jisung finalmente encontrou forças para murmurar: --Por que você... me ajudou?--

Minho olhou para ele, com um sorriso suave no rosto. --Porque você não precisa passar por isso sozinho.

Jisung não respondeu, mas sentiu que, pela primeira vez em muito tempo, alguém o entendia - alguém que não tentava consertá-lo, mas que simplesmente ficava ao seu lado. E isso, por si só, era o suficiente.

__,🦕'___

Enquanto caminhavam em direção ao parque, a brisa suave da tarde começou a acalmar os sentidos de Jisung. Ele ainda se sentia um pouco vulnerável, mas o peso do meltdown estava começando a diminuir, como se fosse dissipado lentamente pelo vento. Minho não falava muito, apenas seguia ao lado dele, em silêncio respeitoso, oferecendo uma presença tranquila e segura.

Depois de alguns minutos, eles se sentaram em um banco isolado, longe do burburinho dos outros alunos. Jisung puxou o casaco de Minho mais apertado ao redor de si, apreciando o conforto que ele oferecia.

--Você sabia que o Tiranossauro Rex não era o predador mais rápido?--Jisung começou, sua voz ainda um pouco hesitante, mas já mais estável. --Todo mundo pensa que ele corria muito, mas na verdade, ele só conseguia alcançar cerca de 20 km/h.

Minho sorriu. Ele sabia que quando Jisung falava sobre dinossauros, era como se ele estivesse em seu lugar seguro. --Sério? Eu sempre achei que ele era super rápido.

Jisung assentiu, seus olhos ainda vermelhos, mas agora havia um leve brilho neles, uma centelha do entusiasmo que ele sempre tinha ao falar sobre seu hiperfoco. --Sim! O Velociraptor era muito mais rápido, por exemplo. As pessoas subestimam o quanto eles eram inteligentes também. Eles tinham uma visão muito desenvolvida, como a dos falcões hoje.

Minho ouviu com atenção, observando como Jisung ia relaxando conforme falava. Era como se, naquele momento, o mundo ao redor deles desaparecesse, e só restassem os dinossauros e o vasto conhecimento que Jisung carregava consigo.

--É incrível como você sabe tanto sobre isso,-- Minho comentou, genuinamente impressionado. --Sempre me perguntei... como é pra você, tipo... ter esse hiperfoco? Você parece tão feliz quando fala sobre dinossauros.

Jisung deu de ombros, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios. --É meio... complicado. Eu amo estudar dinossauros, e quando começo, é difícil parar. Me faz sentir... seguro. Tipo, o mundo pode ser muito confuso e barulhento, mas dinossauros fazem sentido. Eles são previsíveis, sabe? Eu posso aprender tudo sobre eles, e isso me acalma.

Ele fez uma pausa, tentando encontrar as palavras certas. --Mas, às vezes, as pessoas não entendem. Elas acham estranho eu falar tanto sobre isso ou não conseguir mudar de assunto. E aí, quando tentam me tirar do meu foco, eu fico perdido. Como hoje... eles riram de mim, e eu... eu não consegui lidar. Meu cérebro simplesmente... colapsou.

Minho assentiu, seu olhar suave e compreensivo. --Deve ser difícil. Mas, você sabe... não tem nada de errado em ter algo que te faz tão feliz. Eu acho incrível o quanto você sabe. E se alguém não entende isso... bem, é problema deles, não seu.

Jisung abaixou a cabeça, um sorriso tímido surgindo em seus lábios. --É que às vezes, parece que o mundo não foi feito pra gente, sabe? Como se eu fosse uma peça que não encaixa em lugar nenhum. E aí... quando tudo fica demais, eu entro em colapso. Minha cabeça fica tão cheia que eu não consigo pensar em nada. Só quero que tudo pare.

Minho colocou a mão suavemente no ombro de Jisung. --Eu não posso imaginar como deve ser, mas o que eu posso te dizer é que você não está sozinho. Se precisar de alguém pra te ouvir falar sobre dinossauros ou só pra estar por perto quando o mundo parecer grande demais, eu tô aqui.

Jisung levantou o olhar, surpreso com a sinceridade nas palavras de Minho. --Você... realmente não se importa que eu fale sobre isso o tempo todo?

Minho riu levemente. --Jisung, se tem uma coisa que eu aprendi sobre você é que, quando você fala de dinossauros, você fica mais vivo. E isso é lindo. Então, sim, quero ouvir mais.

Jisung sentiu uma onda de calor no peito, uma mistura de gratidão e surpresa. Era raro encontrar alguém que não só aceitasse suas peculiaridades, mas que as apreciasse. Ele ainda se sentia frágil, mas, com Minho ao seu lado, parecia que ele não precisava enfrentar tudo sozinho.

E, pela primeira vez em muito tempo, ele se permitiu acreditar que poderia haver um lugar para ele, exatamente do jeito que ele era.

___Fim🦕___

Eu achei tão fofo 🥺 Nunca fiz uma one onde retratava um transtorno ou aspecto e tals 😣☝🏻

Agora vou explicar!

A crise que eu descrevi, envolvendo sobrecarga emocional e sensorial, é conhecida como crise de meltdown. Meltdowns são episódios comuns entre pessoas no espectro autista, especialmente quando estão sobrecarregadas por estímulos sensoriais, estresse emocional ou situações sociais difíceis.

O que é um meltdown?

Um meltdown ocorre quando a pessoa com TEA (Transtorno do Espectro Autista) é exposta a uma quantidade de estímulos ou situações que não consegue processar ou controlar. Isso pode acontecer por diversas razões, como:

Excesso de ruído, luz ou outros estímulos sensoriais.

Emoções muito intensas, como frustração, raiva ou tristeza.

Situações sociais desconfortáveis, como bullying ou falta de compreensão.

Durante um meltdown, a pessoa pode ter dificuldade em se comunicar ou controlar suas emoções, resultando em comportamentos como:

Gritos, choro intenso.

Comportamentos autoagressivos, como se arranhar ou se bater.

Tentativas de escapar da situação, como se isolar em um lugar seguro, como um banheiro.

Esses episódios não são voluntários. São reações involuntárias a uma sobrecarga, onde a pessoa perde momentaneamente a capacidade de lidar com o ambiente ao seu redor. É diferente de uma birra, que é intencional e visa conseguir algo. O meltdown é uma resposta de fuga ou luta em um momento de extremo estresse.

Como ajudar?

Para ajudar uma pessoa em um meltdown, é importante:

Ser paciente: Evitar julgamento ou pressão, pois isso pode agravar a crise.

Proporcionar um ambiente seguro: Oferecer um local calmo e silencioso, longe dos estímulos que causaram o meltdown.

Evitar contato físico não solicitado: Algumas pessoas podem se sentir ainda mais sobrecarregadas com o toque durante uma crise.

Oferecer apoio emocional: Dizer que você está ali para ajudar, sem exigir respostas imediatas.

....

Nessa shot o Jisung tem autismo nível dois de suporte. Agora vou explicar alguma coisas retratadas nessa one:

1. Dificuldades de Comunicação Social

Interações sociais limitadas: Jisung pode ter dificuldade em entender ou participar de interações sociais. Ele pode preferir conversas sobre seus interesses específicos (como dinossauros) e achar difícil manter conversas fora desse foco.

Problemas com leitura de emoções e sinais sociais: Ele pode ter dificuldades em entender expressões faciais, linguagem corporal ou sarcasmo, o que pode levar a mal-entendidos.

Pouco interesse em interações sociais complexas: Embora ele possa querer ter amigos, pode achar a interação social confusa ou desgastante, o que faz com que ele prefira a solidão ou a companhia de poucos amigos próximos.

2. Comportamentos Repetitivos ou Restritivos

Hiperfoco em interesses específicos: Pessoas com autismo nível 2 muitas vezes têm interesses intensos e focados, como o Jisung com dinossauros. Ele pode falar sobre esse tema extensivamente e não se cansar dele, mesmo que os outros não compartilhem da mesma paixão.

Rotinas rígidas: Mudanças de rotina ou surpresas podem ser muito perturbadoras. Jisung pode ter um horário específico para estudar ou hobbies e pode se sentir ansioso se algo interferir nisso.

Comportamentos repetitivos: Ele pode exibir comportamentos como balançar o corpo, bater os dedos ou repetir palavras como uma forma de se acalmar em situações de estresse.

3. Sensibilidade Sensorial

Hipersensibilidade a estímulos sensoriais: Jisung pode se sentir sobrecarregado por sons altos, luzes brilhantes, cheiros fortes ou texturas desagradáveis. Ambientes muito caóticos ou barulhentos podem deixá-lo ansioso e, eventualmente, levá-lo a uma crise.

Fuga para ambientes tranquilos: Durante uma crise de sobrecarga sensorial, ele pode se esconder em lugares silenciosos e isolados, como um banheiro, para tentar se acalmar.

4. Dificuldade em Lidar com Mudanças e Frustrações

Dificuldade em lidar com frustração: Situações de frustração social ou acadêmica podem ser mais intensas para ele. Quando algo não sai como esperado (como ser ridicularizado por seu hiperfoco), ele pode entrar em crise, se tornando emocionalmente vulnerável.

Respostas emocionais intensas: Ele pode ter reações emocionais intensas e visíveis, como choro, raiva ou autoagressão (como arranhar-se) durante momentos de crise.

5. Necessidade de Apoio

Necessidade de suporte moderado: Pessoas com autismo nível 2 geralmente precisam de algum nível de suporte, especialmente em situações sociais e quando se trata de mudanças de rotina ou sobrecarga sensorial. No caso de Jisung, Minho pode ser essa figura de apoio, ajudando-o a navegar pelo ambiente universitário e a lidar com suas crises.

😣☝🏻


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