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coelhinho

Lee Minho, aos 16 anos, foi diagnosticado com autismo nível 2 de suporte. Embora muitos o subestimassem, ele era um garoto extremamente inteligente, com uma paixão genuína por coelhos – animais com os quais, por vezes, até se assemelhava em sua doçura. Minho sempre teve dificuldades em manter amizades, pois, quando seus colegas descobriam seu diagnóstico, acabavam se afastando, algo que ele nunca entendeu completamente. O bullying constante acabou forçando uma mudança de colégio, e agora ele estava prestes a começar seu primeiro dia na prestigiada Escola Amorim. Apesar das dificuldades, ele se sentia animado, algo raro depois de tantas decepções.

Naquela manhã, acordou animado e vestiu uma bermuda jeans e uma camisa branca, enquanto enfeitava sua roupa com broches e pequenos coelhinhos de pelúcia, que tanto amava. Mesmo com a empolgação, havia um certo nervosismo em seu coração, um receio de ser novamente ridicularizado por ser uma pessoa com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

— Bom dia, coelhinho! — disse sua mãe, Lee Ha-na, uma mulher linda e forte que sempre apoiou seu filho, independentemente de sua condição.

— Bom dia, mama! — Minho piscou repetidamente enquanto sorria, radiante. — Estou muito animado para o novo colégio!

— Sério, coelhinho? Que legal!

Ele se sentou à mesa e começou a se servir.

— Você fez o sushi do jeito certo, mama? Está com folhas! Eu não gosto de folhas! — reclamou, empurrando o prato para o lado.

— Oh, meu coelhinho, desculpe! Não fui eu quem fez, foi seu papa — sua mãe se desculpou gentilmente.

— Como vou comer agora? — ele murmurou, um pouco contrariado.

--Eu faço outro para você, coelhinho.

--eba! --Exclamou piscando e batendo palminhas

Após Minho finalmente conseguir comer, apesar das folhas, ele se levantou da mesa, ajeitou seus coelhinhos de pelúcia presos à roupa e seguiu seu caminho rumo ao novo colégio. Seu coração batia rápido, cheio de ansiedade e entusiasmo. Mesmo com o nervosismo à espreita, ele estava animado como sempre, determinado a encarar esse novo começo com coragem.
Assim que Minho chegou ao portão do novo colégio, sua animação começou a diminuir.

OO local era grande, com estudantes conversando em grupos, rindo e se movimentando com confiança. Minho caminhou lentamente, tentando ignorar os olhares que começou a sentir sobre si. Conforme passava pelos alunos, alguns cochichavam e outros o encaravam de forma estranha, alguns até com desprezo, observando suas roupas com broches de coelhinhos e sua maneira de andar.

Ele tentou sorrir, mantendo o foco em sua própria felicidade por estar ali, mas a sensação desconfortável crescia. Cada vez que piscava repetidamente, os olhares pareciam aumentar, como se estivessem julgando cada pequeno detalhe de sua aparência e comportamento. "Será que é sempre assim?", pensou ele, sentindo o nervosismo se misturar com a animação que antes dominava.

Minho apertou a alça de sua mochila, respirou fundo e tentou se concentrar no objetivo: era um novo colégio, uma nova chance. "Eu vou ficar bem", repetiu para si mesmo, mesmo que o peso dos olhares não fosse fácil de ignorar.


— E aí, criança! Soube que você é "debi mental", não é? — um valentão, com uma aparência forte e bem maior que Minho, o empurrou, fazendo-o tremer de medo.

— Nã-não é debi menta– — Minho tentou responder, a voz falhando.

— Cala a boca, pirralho! Você é doente da cabeça, sabe fazer algo além de ser esquisito?

Minho ficou paralisado, chocado com a forma cruel como fora tratado. "Vai ser igual aqui também...", pensou, sentindo o medo crescer. Ele tentou formular uma resposta, mas seu coração batia tão rápido que as palavras não saíam.

— Gente, ele nem sabe falar! — zombou o valentão, rindo junto com os outros.

Sem conseguir mais suportar, Minho correu. As pernas mal o seguravam, mas ele não parou até encontrar uma salinha de zeladores. Entrou apressado e fechou a porta atrás de si. Sentou no chão, repetindo as palavras cruéis que acabara de ouvir.

— Doente, doente, doente! — repetia enquanto arranhava seu próprio corpo, batendo a cabeça contra a parede. O desespero tomou conta dele.

— Ei, ei, pare! — uma voz calma e firme interrompeu seus pensamentos. — Você é o Minho, certo? Se acalme. Eu sou o Bang Chan...

Ao perceber que Minho não se acalmava, Chan o puxou gentilmente para um abraço.

— Ei, ei... estou aqui, certo? Você está seguro agora.

— Eu sou doente! — Minho soluçou, as lágrimas caindo.

— Não, não! Não é não. Você é uma pessoa comum, eles é que são os doentes, ok? Não chora, vai ficar tudo bem...

Chan olhou para os coelhinhos presos à roupa de Minho e sorriu levemente.

— Se você chorar, os coelhinhos vão ficar tristes também.

Lee limpou as lágrimas

--Vão?

Questionou

--Vão sim, eles vão ficar tristonhos se você ficar tristinho'

____✓🐇°•____

Seis anos se passaram desde os dias difíceis no colégio, e agora Lee Minho estava prestes a dar um grande passo na sua vida: seu primeiro dia de faculdade de veterinária. Ao longo dos anos, com o apoio constante de seu amigo Chan, Minho aprendeu a lidar melhor com os desafios de ser autista e a confiar mais em si mesmo. Ele ainda tinha suas peculiaridades, como o amor por coelhinhos e alguns tics, mas agora se sentia mais preparado para enfrentar o mundo.

Ao chegar à faculdade, o ambiente era novo, mas a sensação de empolgação e nervosismo era familiar. Ele respirou fundo, ajustou sua mochila e olhou para Chan, que estava ao seu lado, sorrindo de maneira tranquilizadora.

— Você vai arrasar, coelhinho — disse Chan, usando o apelido carinhoso que sempre o fazia se sentir mais à vontade.

Minho assentiu, sorrindo de volta, e juntos começaram a caminhar pelo campus. O lugar era vasto, com alunos por todos os lados, mas Minho não se sentia tão intimidado como antes. Ele havia mudado, crescido, e agora tinha um objetivo claro: cuidar dos animais que tanto amava.

Enquanto observava os arredores, distraído, Minho acabou esbarrando em alguém. Ele rapidamente olhou para baixo e viu um garoto pequeno, que usava um moletom rosa claro e uma calça cargo. O garoto tinha fones de ouvido, mas parecia ter ficado surpreso com o impacto.

— O-oh, desculpe! — disse o garoto, curvando-se rapidamente em um gesto educado.

Minho piscou algumas vezes, tentando se recuperar da surpresa. O garoto à sua frente tinha uma aparência fofa e tranquila, e por algum motivo, isso o deixou um pouco mais à vontade.

— N-não, desculpa eu! Eu não estava prestando atenção... — Minho respondeu, sentindo-se um pouco envergonhado, mas o garoto apenas sorriu suavemente.

— Tá tudo bem! Eu sou Jisung, e você? — perguntou ele, ajustando o moletom e os fones de ouvido no pescoço.

--Lee Minho...

Minho ficou em silêncio por um segundo, ainda processando o que estava acontecendo. Chan, sempre atento, observava a interação com um olhar de aprovação, percebendo que Minho estava começando a se abrir para novas amizades.

— Você faz que curso, Minho? — Han perguntou, notando que Minho piscava rapidamente enquanto sorria alegremente.

— E-eu estou no curso de veterinária! E você, esquilo? — respondeu Minho de forma espontânea, ainda com um sorriso no rosto.

"Esquilo?" Han pensou, surpreso com o apelido. Minho tinha essa mania: sempre que via alguém que lhe lembrava algum animal, acabava chamando a pessoa por esse apelido.

— Ah, eu faço fotografia... — respondeu Han, ainda um pouco intrigado com o apelido, mas com um sorriso divertido no rosto.

Minho parecia mais à vontade agora, o tic diminuindo enquanto continuava a conversar com o novo colega.

Chan seguia os dois com um sorriso tranquilo no rosto, observando de longe a interação entre Minho e Jisung. Han, por outro lado, ainda achava Minho um pouco estranho. O jeito de falar, as roupas, e especialmente o modo como piscava rápido quando ficava animado ou confuso, tudo isso parecia diferente do que ele estava acostumado. "Estranho demais", pensou, mas ao mesmo tempo, algo no comportamento sincero de Minho o intrigava.

Após a aula, Minho decidiu se aproximar do novo colega.

— Você é muito lindo, sabia, esquilo? — Minho disse, com a mesma naturalidade que sempre o caracterizava.

Jisung ficou perplexo com a sinceridade dele, rindo um pouco sem saber como reagir.

— Você é bem esquisito... — ele riu suavemente antes de completar — Ah, e obrigado, você também é lindo!

O sorriso de Minho murchou instantaneamente ao ouvir a palavra "esquisito". Ele piscou rápido, um sinal claro de que estava processando aquilo.

— Eu sou esquisito? — perguntou, sua voz carregada de uma incerteza palpável.

— Sim, mas sua esquisitice é fofa — respondeu Jisung, tentando aliviar o comentário.

Jisung se surpreendeu ao perceber como, em poucas horas, ele e Minho já tinham estabelecido um tipo de intimidade que ele não esperava. Talvez fosse a sinceridade desarmante de Minho ou o jeito direto com que ele falava. De qualquer forma, ele percebeu que gostava dessa “esquisitice” e do jeito peculiar do novo amigo.

Alguns dias depois, Jisung não conseguia parar de pensar nas coisas que Minho dizia. Todos os dias ele ouvia frases como "Você é muito lindo, esquilo", "Eu te amo, esquilo" e "Você é extravagante, esquilo". Para Han, isso era desconcertante. Como alguém poderia ser tão sincero a ponto de dizer "eu te amo" sem sequer conhecer direito a pessoa? A cada comentário, a curiosidade e confusão de Jisung só aumentavam.

Certo dia, ele não aguentou mais a curiosidade e puxou Chan para um corredor vazio, querendo respostas.

— Chan, por que o Minho é tão... esquisito? — perguntou, ainda confuso com as atitudes do novo amigo.

Bang Chan soltou uma gargalhada sincera, o que só deixou Han mais intrigado.

— O que foi? — insistiu Han, agora mais curioso.

— Você ainda não percebeu? — Chan começou, mantendo o sorriso. — Minho é TEA... — disse calmamente.

Han franziu o cenho, não entendendo de imediato.

— Ele tem autismo, Han. — explicou Chan com paciência.

Jisung abriu a boca, arregalando os olhos em surpresa. Tudo começou a fazer sentido em sua cabeça. Os comentários diretos, o jeito sincero e peculiar de falar, até mesmo as piscadas rápidas... Tudo aquilo era parte de quem Minho era.
___🐇🖕🏻___
Alguns meses se passaram desde o primeiro encontro de Jisung e Minho, e a amizade deles se fortaleceu a cada dia. Entretanto, a dinâmica começou a mudar quando Jisung começou a perceber que a forma direta e afetuosa de Minho, embora encantadora, também era um pouco opressiva para ele. Minho frequentemente elogiava Jisung com frases como "Você é meu esquilo favorito" e "Eu te amo, esquilo", e isso, embora divertido no começo, começou a deixar Jisung se sentindo desconfortável.

Certa tarde, enquanto estavam juntos em um café da faculdade, Minho disse:

— Eu te amo, esquilo! Você é tão especial para mim!

Jisung hesitou, sorrindo, mas o peso das palavras o fez sentir-se sufocado. Ele sabia que Minho não dizia isso de maneira romântica, mas a intensidade das declarações o fazia questionar o que realmente sentia.

— Minho, podemos conversar? — pediu Jisung, a voz um pouco trêmula.

— Claro! O que aconteceu? — Minho respondeu, piscando curioso.

— Eu... eu aprecio muito a nossa amizade, mas algumas coisas que você diz... me deixam um pouco desconfortável. — disse Jisung, tentando ser gentil.

— Desconfortável? Mas eu só estou sendo sincero! — Minho disse, com uma expressão confusa no rosto.

— Eu sei, mas às vezes parece que estamos em um nível diferente, sabe? Eu não sou tão aberto quanto você, e não sei se posso retribuir da mesma forma... — Jisung explicou, lutando para encontrar as palavras certas.

O rosto de Minho escureceu, e ele começou a piscar rapidamente. Jisung percebeu que havia atingido um ponto sensível.

— Então você não gosta de mim? — a voz de Minho estava cheia de desilusão.

— Não, não é isso! Eu gosto de você! — Jisung tentou corrigir, mas sentiu que já havia estragado as coisas. — Eu só... não sei como lidar com esses sentimentos.

Minho ficou em silêncio, olhando para o chão, seu olhar triste fez Jisung se sentir ainda mais culpado.

— Eu só quero ser seu amigo, mas talvez eu esteja fazendo isso errado... — Minho murmurou.

A situação se tornara um conflito interno para Jisung. Ele sabia que Minho não fazia isso por mal, mas a intensidade das emoções que o amigo expressava estava se tornando um peso em suas costas. Jisung queria que Minho entendesse, mas não sabia como fazer isso sem ferir seus sentimentos.

— Minho, eu quero que você saiba que você é incrível, e eu sou grato por ter você como amigo. Mas precisamos encontrar um equilíbrio. — Jisung disse, tentando suavizar a situação.

— Equilíbrio? — Minho repetiu, a confusão ainda estampada em seu rosto.

— É, tipo... um espaço onde ambos nos sintamos confortáveis. — sugeriu Jisung, buscando um jeito de traduzir seus pensamentos.

Minho olhou para Jisung, os olhos ainda brilhantes, mas com uma sombra de preocupação. Ele queria entender, mas não sabia como.

— Desculpe, Jisung. Eu não queria que você se sentisse assim. Vou tentar... vou tentar me controlar um pouco. — Minho disse, a voz baixa.

Jisung se sentiu aliviado, mas também preocupado. Ele não queria que Minho se sentisse forçado a mudar, apenas desejava que eles encontrassem um jeito de se relacionar que fosse confortável para ambos.

— Obrigado, Minho. Eu realmente aprecio isso. Vamos trabalhar nisso juntos, tá? — Jisung sorriu timidamente, tentando trazer um pouco de leveza à situação.

O clima pesado ainda pairava entre eles, mas ambos sabiam que era apenas o começo de uma nova fase na amizade deles.

Com o passar dos dias, Minho teve dificuldades em lidar com as mudanças que Jisung havia proposto. A ideia de manter um “equilíbrio” na amizade o deixava confuso e ansioso. Ele sempre foi alguém que valoriza a sinceridade e a intensidade emocional, e agora se via se esforçando para não sobrecarregar seu amigo.

A cada vez que se aproximava de Jisung, Minho sentia um impulso de elogiá-lo ou expressar seu afeto, mas, em vez disso, ele se pegava tampando a própria boca, reprimindo as palavras que vinham à mente. O tic de piscar rapidamente tornou-se mais frequente, e ele passava a maior parte do tempo em silêncio, evitando olhar diretamente para Jisung, temendo que suas emoções transbordassem de alguma forma.

Esse comportamento não passou despercebido por Chan. Ele percebeu que Minho estava mais quieto e isolado, sua energia vibrante agora ofuscada por uma sombra de tristeza.

— Ei, Minho, está tudo bem? — Chan perguntou, sentando-se ao lado dele em um dos bancos do campus.

Minho olhou para Chan, a expressão distante, e balançou a cabeça lentamente.

— Não, não está... — ele murmurou, piscando rapidamente enquanto tentava formular a resposta. — Eu não consigo falar com Jisung como antes. É como se eu estivesse sempre fazendo algo errado.

Chan franziu o cenho, preocupado com o amigo.

— Minho, você não está fazendo nada de errado. Você só precisa encontrar uma forma diferente de se expressar. Jisung gosta de você, e ele só quer que você se sinta confortável.

— Mas eu não sei como fazer isso! — Minho exclamou, as mãos apertando o tecido da calça. — Toda vez que vou falar com ele, eu me sinto tão perdido... Eu só quero que as coisas voltem a ser como eram antes!

— Entendo, mas a vida é cheia de mudanças, e às vezes precisamos nos adaptar. — Chan disse, com uma calma reconfortante. — O que está acontecendo entre vocês pode ser um crescimento, não um problema.

Minho mordeu o lábio, olhando para baixo. A ideia de adaptação o deixava nervoso. Para ele, a mudança era aterrorizante, um campo desconhecido que o deixava angustiado. Ele queria ser próximo de Jisung, mas o medo de estragar tudo o mantinha paralisado.

— Eu sinto que estou desapontando ele. — Minho confessou, a voz trêmula. — Ele deve achar que sou insuportável agora.

— Não pense assim! — Chan falou rapidamente. — Jisung é seu amigo, e amigos enfrentam desafios juntos. Tente conversar com ele, mas não precisa forçar algo que não se sente pronto para fazer.

— Eu só não quero magoá-lo. — Minho sussurrou, os olhos cheios de frustração.

— Então comece devagar. Diga a ele como você se sente. A comunicação é a chave, Minho. — Chan sugeriu, colocando uma mão no ombro de Minho, oferecendo apoio.

— Você acha que ele vai entender? — Minho perguntou, um pouco esperançoso.

— Com certeza. Jisung é uma boa pessoa, e ele se importa com você. — Chan sorriu, encorajando Minho a se abrir novamente.

Enquanto Minho tentava absorver as palavras de Chan, uma onda de esperança começou a substituir a frustração que o consumia. Ele percebeu que, por mais desafiador que fosse, a possibilidade de restabelecer sua conexão com Jisung era algo que valia a pena lutar.

Minho andou pelo pátio da faculdade, seu coração batendo rápido enquanto procurava por Han. A frustração de não conseguir falar com ele nos últimos dias o deixava ansioso, mas ele estava determinado a fazer as pazes e se abrir. Ele avistou Jisung em um canto, conversando animadamente com um garoto alto e bonito, com um sorriso charmoso e cabelo bem arrumado.

— Esquilinho! — Minho gritou, levantando a mão em um gesto entusiasmado. Ele estava tão animado por finalmente ter encontrado Han que não percebeu a sombra de insegurança que o envolvia.

Mas, para seu espanto, Jisung não olhou para ele. O sorriso radiante no rosto de Han desapareceu à medida que ele se virou para o garoto alto, que estava rindo de algo que ele dissera. Minho franziu o cenho, confuso e um pouco magoado. Ele fez uma pausa, tentando processar o que estava acontecendo.

— Esquilo?! — Minho gritou novamente, sua voz ecoando pelo pátio, cheia de esperança. Ele precisava ter certeza de que era realmente Jisung. Mas novamente, Han o ignorou, completamente envolvido na conversa com o outro garoto.

O coração de Minho afundou. O que estava acontecendo? Ele começou a se perguntar se tinha realmente desapontado Jisung a ponto de ser ignorado. Uma onda de insegurança tomou conta dele, e as palavras que tanto queria dizer ficaram presas em sua garganta.

Ele se sentiu pequeno e vulnerável. Antes, Jisung era alguém que sempre fazia com que Minho se sentisse especial, e agora parecia que tudo estava desmoronando. O garoto alto tocou o braço de Han de forma amigável, fazendo com que Jisung risse, e isso fez o coração de Minho apertar ainda mais.

— Ele não gosta mais de mim... — Minho murmurou para si mesmo, os olhos marejados. A ideia de perder a amizade de Han era devastadora.

Chan, que havia acompanhado Minho à distância, percebeu a situação e rapidamente se aproximou. Ele viu a expressão desolada no rosto do amigo e não hesitou em perguntar:

— Minho, o que aconteceu?

— Ele está com outro garoto... — Minho disse, apontando para Han e o desconhecido, a voz cheia de dor. — Ele não me ouviu.

— Às vezes, as pessoas estão apenas distraídas. Não se preocupe tanto. — Chan respondeu, tentando acalmá-lo. — Vem, vamos nos juntar a eles.

— Não... — Minho balançou a cabeça, se sentindo completamente impotente. — E se ele não quiser mais ser meu amigo? E se eu estraguei tudo?

Chan percebeu que Minho estava à beira de um colapso emocional.

— Ei, Minho, escute. Você não sabe o que está acontecendo entre eles. Pode ser apenas uma conversa amistosa. Por que você não tenta chamá-lo novamente? — sugeriu Chan, com um tom encorajador.

Minho hesitou, lutando contra o medo e a insegurança. Ele queria se aproximar, mas a ideia de ser ignorado novamente era aterradora.

— E se ele não se importar? — Minho murmurou, olhando para Chan com olhos cheios de dúvidas.

— Você nunca saberá se não tentar. E se Jisung realmente for seu amigo, ele vai ouvir você. — Chan insistiu, colocando a mão nas costas de Minho, encorajando-o a se mover.

Respirando fundo, Minho finalmente decidiu tentar novamente. Ele se aproximou, seu coração batendo mais forte a cada passo, determinado a enfrentar seus medos e se reconectar com Han.

— Esquilinho!

— Esquilinho! — Minho gritou mais uma vez, com uma nova determinação na voz. — Jisung!

Minho olhou em direção ao corredor onde Han puxava o garoto bonito. O coração de Minho afundou ao ver Jisung se afastar, ignorando completamente seu chamado.

— M-mas... Chan... ele f-foi embora. O esquilo não me respondeu... — Minho gaguejou, sua voz tremendo enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. O vazio e a dor o atingiram como uma maré crescente. Ele não conseguia entender por que Jisung o ignoraria daquele jeito.

Chan rapidamente se aproximou, colocando a mão no ombro de Minho com carinho.

— Coelhinho, não fica assim... lembra? Se você chorar, os coelhinhos vão ficar tristes. — Chan disse suavemente, tentando consolar o amigo. Ele sabia o quanto Minho era sensível e como mudanças e rejeições o afetavam profundamente. Chan estava preocupado com a possibilidade de Minho entrar em crise.

Minho assentiu, mas a tristeza em seus olhos era evidente. Ele se agarrou à lembrança dos coelhinhos, tentando se acalmar, mas a dor de ser ignorado por Jisung ainda pesava em seu coração.

---

Do outro lado do pátio, Han caminhava rapidamente ao lado de Hyunjin, um rapaz alto e incrivelmente bonito, com o cabelo solto ao vento. Eles riam de algo que Hyunjin havia dito, mas, ao ouvir a voz de Minho chamando-o, Han congelou.

— Han, é aquele esquisito te chamando? — Hyunjin perguntou, arqueando uma sobrancelha enquanto olhava na direção de Minho com desdém. — Cê é amigo dele?

Han, sentindo a pressão de Hyunjin ao seu lado, olhou de relance para trás, mas rapidamente desviou o olhar. A vergonha e o medo de ser julgado o consumiram.

— Nã-nao, ele deve ter confundido... — Han respondeu, sua voz hesitante, tentando soar despreocupado. — Vamos sair daqui. — Ele apressou os passos, evitando encarar Minho ou até mesmo admitir que o conhecia. A vergonha e a ansiedade faziam Han tomar decisões que ele logo se arrependeria.

Hyunjin deu uma risada baixa, satisfeito com a resposta, e os dois continuaram andando, sem se importar com o que deixavam para trás.

Enquanto isso, Minho, parado no pátio, observava Han desaparecer no horizonte, o sentimento de rejeição o esmagando por completo. Ele não conseguia entender por que Jisung havia mentido, por que fingira que ele não existia.

Minho, com a voz trêmula e lágrimas ameaçando escorrer, apertou as mãos ao peito enquanto falava.

— Channie! Ele não gosta mais de mim, eu sou i-insuportável! Grudento demais! — O desespero nas palavras de Minho era palpável, ele não conseguia parar de pensar no momento em que Jisung o ignorou.

Chan se abaixou para ficar na altura de Minho e olhou nos olhos do amigo, tentando transmitir calma e segurança.

— Coelhinho, isso não é verdade. Você não é insuportável, e muito menos grudento. — Chan falou gentilmente, enxugando uma lágrima que escapou do olho de Minho. — Às vezes, as pessoas fazem coisas que a gente não entende. Isso não significa que você fez algo errado.

Minho balançou a cabeça, ainda não convencido, sentindo o peso da rejeição sobre seus ombros.

— Mas ele... ele me ignorou — Minho murmurou, suas mãos tremendo de frustração e tristeza. — Como alguém que... que dizia gostar de mim pode fazer isso?

Chan suspirou e envolveu Minho em um abraço firme, dando-lhe o conforto que ele precisava.

— Han está confuso, e talvez ele tenha agido assim por estar com esse Hyunjin. Às vezes, as pessoas ficam diferentes quando estão com outras, especialmente quando querem impressioná-las. Isso não é culpa sua, Minho. E eu tenho certeza de que ele gosta de você. — Chan o apertou um pouco mais, tentando passar segurança.

___☹️

Han realmente não tinha noção da profundidade da dor que havia causado. Minho voltava para a faculdade com o coração em pedaços, a energia sugada de seu corpo, refletida nos olhos fundos e no rosto pálido. Cada passo que ele dava parecia um esforço enorme. Ele estava emocionalmente exausto, e lidar com rejeição era um dos maiores desafios para ele. Tudo parecia confuso e doloroso demais.

Enquanto isso, Hyunjin se aproximava casualmente de Jisung no corredor. Com um sorriso confiante, ele envolveu a cintura de Han com um braço firme, puxando-o para perto.

— Oie, gatinho ~ — Hyunjin falou com um tom provocador, como se estivesse tentando deixar claro que queria algo mais.

— Oie... — Jisung tentou corresponder com um sorriso, mas não conseguiu disfarçar a falta de entusiasmo. O peso do que ele havia feito com Minho ainda estava em sua mente, mesmo que ele tentasse afastar os pensamentos. A culpa crescia dentro dele a cada segundo, e agora, na presença de Hyunjin, tudo parecia ainda mais confuso.

O sorriso forçado de Han não passou despercebido por Hyunjin, que franziu o cenho levemente.

— Tá tudo bem, gatinho? — ele perguntou, apertando um pouco mais a cintura de Jisung, em um gesto possessivo.

Han hesitou, as palavras de Chan ainda ecoando em sua cabeça. "Ele é TEA..." Jisung sabia que havia agido errado, mas não sabia como consertar a situação.

Han respirou fundo, sentindo o peso das palavras que estava prestes a dizer. Ele olhou para Hyunjin, que ainda o segurava pela cintura, e, com um suspiro, se afastou suavemente.

— Eu... não posso continuar com você, Hyunjin — começou, sua voz baixa, mas firme. — Eu gosto de outra pessoa, e isso não é certo... Desculpa.

Hyunjin, pego de surpresa, franziu o cenho em confusão, sem acreditar no que estava ouvindo.

— O que? De outra pessoa? — Ele soltou Han, a surpresa estampada em seu rosto. — Quem? Aquele esquisito que tava te chamando? — Hyunjin soltou uma risada sarcástica, mas havia uma ponta de amargura nela.

Han sentiu o coração apertar ao ouvir Minho ser chamado daquele jeito, mas sabia que precisava ser honesto consigo mesmo e com Hyunjin.

— Ele não é esquisito... — Jisung corrigiu, tentando controlar a culpa que crescia dentro de si. — E sim, eu gosto dele. Desde o começo, Hyunjin... eu só não queria admitir. E isso não é justo com você, nem com ele. Eu cometi um erro e preciso consertar.

Hyunjin ficou em silêncio por um momento, analisando as palavras de Han. Seus olhos, que antes estavam cheios de confiança, agora demonstravam uma mistura de raiva e decepção.

— Então é isso? — ele perguntou, sua voz mais fria agora. — Você vai me deixar por aquele cara? O autista?

Han balançou a cabeça, segurando firme a barra de sua blusa, tentando lidar com a tempestade de emoções.

— Não é sobre deixar alguém por outro... é sobre ser honesto com o que eu sinto. Eu gosto dele, Hyunjin, e eu não posso mais mentir sobre isso.

Hyunjin bufou, se afastando, claramente frustrado. Ele não disse mais nada, apenas virou as costas e saiu, deixando Han sozinho com seus pensamentos, com o peso da decisão que acabara de tomar.

Agora, Jisung sabia que precisava fazer as pazes com Minho... mas será que ele seria capaz de consertar o que havia quebrado?

Jisung apareceu na porta do curso de Minho, nervoso, mas determinado a consertar as coisas. Ele respirou fundo antes de chamar por ele.

— Minho... a gente pode conversar?

Minho, que estava sentado, levantou a cabeça rapidamente ao ouvir a voz de Jisung. Seus olhos brilharam, e um sorriso radiante tomou conta de seu rosto.
" Ele quer conversar comigo?! Ebaa!" pensou Minho, sem conseguir esconder sua alegria.

Ele se levantou rápido, indo na direção de Jisung, que ainda estava um pouco tenso. Enquanto se aproximava, Jisung não pôde deixar de notar a sinceridade no sorriso de Minho. "Ele não está com raiva?" Han pensou, confuso. O que ele não sabia era que Minho raramente pegava raiva das pessoas. Em vez disso, ele sempre se culpava e acreditava que, de alguma forma, era ele quem precisava ser perdoado.

— Sim, sim, esquilo! — Minho respondeu animado, quase pulando em direção a ele.
— O que foi, esquilo? — perguntou com uma energia genuinamente entusiasmada, piscando rapidamente, como sempre fazia quando estava feliz.

Jisung, observando Minho de perto, sentiu um aperto no peito. Como ele poderia ter ignorado alguém tão puro e gentil? Ele suspirou, tentando organizar suas palavras.

— Minho... — começou, a voz suave. — Eu... Eu te machuquei, não foi? Eu agi de forma errada com você, e sei que não deveria ter feito isso. Eu te ignorei, e não fui honesto... me perdoa?

Minho piscou algumas vezes, confuso, e depois balançou a cabeça rapidamente.

— Esquilo... por que você tá pedindo desculpa? Eu achei que você não gostava mais de mim... — ele disse, com um tom inocente. — Eu fiquei triste, mas não fiquei bravo com você... só queria que você gostasse de mim de novo.

Jisung ficou sem palavras por um momento, o coração apertado pela pureza das palavras de Minho.

— Eu... eu gosto de você, Minho. Sempre gostei. Só fui burro demais pra perceber antes... — confessou, com um sorriso tímido.

Minho piscou mais rápido, o sorriso retornando ao seu rosto.

— Sério? Você gosta de mim? Ebaa! Eu sabia que o esquilo gostava de mim! — Ele deu um pequeno pulo de felicidade.

Jisung riu levemente, se sentindo aliviado.

— Eu gosto de você, Minho. Me perdoa? — Jisung perguntou mais uma vez, sentindo que precisava ouvir isso.

Minho, sem hesitar, acenou com a cabeça.

— Claro que sim, esquilo! Vamos ser amigos de novo, tá bom?

Han sorriu, sentindo um peso enorme sair de seus ombros.

— Vamos, Minho... amigos de novo.

Jisung sorriu para Minho, mas por dentro seu coração acelerava. Enquanto observava o brilho nos olhos de Minho e o sorriso radiante que iluminava seu rosto, um pensamento inesperado cruzou sua mente.

"Eu queria que fôssemos mais do que amigos, Minho," pensou Han, sentindo o calor subir em seu rosto.

Minho, totalmente alheio ao turbilhão de sentimentos de Jisung, continuava sorrindo, feliz com o simples fato de tê-lo ao seu lado de novo. Para ele, o fato de Han estar ali já era o suficiente para apagar qualquer tristeza que havia sentido nos últimos tempos.

Han, por outro lado, se pegava cada vez mais confuso. Como alguém tão inocente e gentil como Minho podia mexer tanto com ele? E agora, sabendo de seus próprios sentimentos, como ele poderia expressar isso para alguém que enxergava o mundo de uma forma tão diferente?

Enquanto andavam juntos, o silêncio entre eles não era desconfortável, mas dentro de Jisung, um dilema começava a se formar.

__

Minho P.O.V.

Eu estou feliz! O esquilo voltou a falar comigo, então quer dizer que ele me perdoou! Isso me deixa tão aliviado… Eu amo tanto ele! Quero encher ele de elogios, dizer o quanto ele é lindo, incrível, perfeito… Mas aí lembro que isso deixa ele desconfortável. Eu não posso fazer isso...

Eu odeio quando as pessoas ficam desconfortáveis comigo. Sempre fico pensando se fiz algo errado. Será que tô sendo chato de novo? Será que ele vai parar de falar comigo de novo? Não, eu preciso me controlar... Ele é meu esquilo e agora tá tudo bem, eu tenho que ficar feliz só de estar com ele.

Mas... como é difícil segurar esse "eu te amo" que tá preso na minha garganta.

Eu me sinto tão bem perto dele... Fico quentinho, é tão bom! Eu quero falar tudo o que eu penso sobre ele! "Eu te amo, eu te amo, eu te amo." As palavras estão sempre na minha cabeça.

— Eu te amo! — escapa da minha boca antes que eu consiga segurar.

— O-o quê? — Han me olha, surpreso.

Ah, não! Foi um escorregão! Eu não deveria ter falado isso. Por que eu falei? Agora ele vai me odiar de novo!

Eu olho para ele, meu coração batendo rápido. Queria sumir. Será que ele vai se afastar? Será que eu estraguei tudo de novo?

— Desculpa! Eu não quis falar isso! Desculpa! Não me odeie de novo! — Eu disse, a voz trêmula, tentando consertar o erro.

Ah, não... eu estraguei tudo! Ele falou que fica desconfortável com isso, Minho! Por que você fez isso? Ah, eu sou tão burro!

Meus olhos começam a arder e sinto meu corpo travar, o pânico tomando conta. E se ele nunca mais quiser falar comigo? Eu estraguei tudo de novo, igual antes...


— Ei... eu também te amo, coelhinho!

O quê? O que ele acabou de dizer?

Eu fico parado, em choque, processando suas palavras. Meu coração acelera ainda mais, como se quisesse sair do meu peito. Será que ele realmente disse isso? Ele não está brincando, está? O sorriso de Jisung brilha como uma luz na escuridão, e a tensão no meu peito começa a se dissipar.

— Você… você me ama? — pergunto, tentando confirmar se realmente ouvi direito.

Ele me olha com um sorriso tímido, e meu mundo inteiro parece girar. Como assim ele se sente da mesma forma? Uma onda de felicidade invade meu corpo, e eu mal consigo conter a alegria que transborda em meu peito.

Narrador O.N.☝🏻🐇

Minho estava em choque, piscando constantemente, tentando processar o que acabara de ouvir. O mundo ao seu redor parecia ter parado, e tudo o que ele conseguia focar era o olhar sincero de Jisung.

— Sim, coelhinho, eu te amo... e é mais do que amigos... eu sinto um desejo inexplicável por você... — Han disse, sua voz suave e hesitante.

Com um movimento suave, Han se aproximou de Minho, tocando a nuca dele. O toque era gentil e reconfortante, fazendo Minho sentir um frio na barriga e um calor subir pelo seu rosto. A distância entre eles diminuiu, e Minho podia sentir o coração acelerado de Han próximo ao seu.

E então, com um gesto tímido, os lábios de Han se encontraram com os de Minho. O beijo era delicado e cheio de significado, um momento que parecia eterno. Minho se permitiu sentir tudo: a felicidade, a liberdade e a certeza de que, finalmente, as palavras que ele guardava tão bem se tornavam realidade.

___brrr___

Notas: hot e explicação só no próximo capítulo, lindões!
Ah, e sobre o capítulo anterior, eu ainda estou escrevendo e tendo ideias, amores.

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