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CONTO 02: 11 a.m.

ELE

Podia ter acontecido semana passada. Talvez no mês seguinte. O fato é que eu nunca estaria preparado. Cada minuto com ela tinha sido único. Eu me perguntei como seria minha vida depois daquilo. Depois da separação.

Eu não estava pronto para dizer adeus.

Talvez nunca estivesse.

Mas deixar como estava fazia apenas as coisas serem mais difíceis. A última coisa que eu queria era machucá-la. Nós dois já estávamos bastante feridos com as palavras que trocamos dois dias atrás. Amaldiçoei-me por tê-las dito, por mais contraditório que pareça ser.

Minhas palavras podem não significar muita coisa, porém eu tinha que lutar. Contra meus sentimentos. Contra nossos amigos que julgaram a decisão. Contra nossos pais que achavam que iríamos ficar juntos para sempre. Eu também pensava assim, de todo o coração.

Como não pensar que durante cinco anos trabalhando na mesma empresa, eu estive apaixonado pela minha colega de trabalho. Tímida, com um sorriso delicado, ela me distraia sem perceber. Quando se aproximava, trazia consigo um brilho que iluminava à todos, principalmente à mim. Eu estava muito apaixonado. Talvez ainda esteja.

Vou estar aqui quando você acordar, foi o que eu disse quando ela fechou os olhos e se aconchegou na minha cama. Cumpri minha promessa. Deixei-a dormindo enquanto fui para o sofá. Naquele dia, ela havia brigado com os pais, por isso, insistiu em dormir no meu apartamento.

Nunca a neguei nada. Mesmo assim pedi para que ela avisasse à família onde estava. Senti que ela ia protestar, mas fez o que eu disse. Ela nunca havia me negado nada até então.

O que eu não esperava é que ela negasse meu coração.

Acordei às cinco da manhã para correr, como faço cotidianamente. Durante a corrida tentei esquecer meu sonho, o rosto dela me perseguia até nos sonhos.

Cheguei em casa uma hora e meia depois apenas porque tinha que trabalhar em seguida. Era difícil estar em um lugar cheio de lembranças dela. Chio estava no sofá quando eu abri a porta. O gato branco com manchas cinzas de olhos azuis claros que ela e eu havíamos adotado era um das lembranças mais difíceis de esquecer. Uma vez que ele ficaria comigo.

Coloquei comida no pote para ele e troquei sua água. Passei no sofá para fazer um pouco de carinho no bichano que não se mexeu com meu contato antes de seguir para meu banho.

Nada que um banho quente não alivie os pensamentos. Relaxava meus músculos quando a água tocava minha pele, deixando um rastro por onde passava. Ao sair, enrolei a toalha na cintura e vi meu reflexo antes de passar pela porta. Meu rosto não estava o mesmo, agora mais fino e pálido que me dava um ar de doente. Talvez esteja.

Vesti uma camisa social azul clara de manga longa com uma calça preta grafite. Sapatos pretos sociais e o relógio prata que sempre faz parte do meu figurino. Antes de sair de casa, dei uma última olhada no quarto que me fazia voltar ao passado.

Ela me deixa louco.

Peguei minha bicicleta no térreo, evitando o máximo de condôminos possível. Não estava com humor para uma conversa casual. Principalmente sabendo que eles iriam perguntar sobre ela, afinal o prédio todo sabia que estávamos em um relacionamento de três anos.

A empresa de construção onde trabalho fica à duas quadras do meu prédio, por isso, preferia ir de bicicleta. Nos dias em que eu tinha que visitar alguma construção, o carro era mais viável. Devido à minha função administrativa dentro da empresa, eu ficava no escritório na maior parte do tempo.

Infelizmente, ela é uma dos engenheiros contratados, o que fazia nossos encontros serem mais frequentes do que eu gostaria que fosse. Além disso, ela era filha de um dos acionistas do grupo em que pertencia a empresa. Vinda de berço de ouro, gerou algumas fofocas no ambiente de trabalho. Mesmo assim, ela se dedicou para mostrar que era merecedora do cargo.

Cada vez que penso isso, vejo o quanto ela é dedicada à profissão. Muitas pessoas estariam empurrando as obrigações e se utilizando dos status para manter-se na posição. Ela não é esse tipo de pessoa.

Cheguei no escritório quinze minutos antes do horário, o que me proporcionou silêncio até entrar na minha sala. Deixei minha pasta na mesa, foi então que percebi que havia um porta-retrato dela e meu perto do monitor. Peguei a foto, observando-a mais de perto.

Havíamos ido para a praia em uma cidade no interior em nossas últimas férias. O cabelo castanho dela estava solto até a cintura, voando conforme a brisa que estava no momento. Ela segurava minha mão, enquanto eu a aproximava pela cintura. Minha alegria naquela foto estava estampada em meu rosto. Eu sorria com o rosto próximo ao dela, que aparentava estar tão feliz quanto eu.

Pergunto-me se era verdadeiro.

Abro a segunda gaveta da escrivaninha e coloco o porta-retrato por debaixo de alguns papéis. Faço rápido, como se ficar mais tempo com aquilo fosse me ferir. Mal sabe o que já havia feito.

ELA

Quando eu o vi entrando pela lateral do prédio comercial de bicicleta, meu coração acelerou. Pensei por um instante que ele havia me visto, porém ele não me olhou diretamente. Eu não posso culpá-lo por estar me evitando. As palavras pesadas ditas no nosso último encontro me assombraram na noite anterior. Sabia que ele estava machucado tanto quanto eu, porém aquela decisão era melhor para os dois. Ele tinha grandes planos para o nosso futuro, infelizmente eu não poderia fazer parte deles.

Recentemente, eu havia descoberto que minhas fortes dores de cabeça eram consequência de um tumor no cérebro que estava em estágio avançado. Minha família é a única ciente da minha situação e, depois de algumas conversas, decidimos que era melhor não contar a ele. Foi minha ideia não contá-lo, como também de convencer meu pai a investir na educação dele no exterior por intermédio da empresa. Assim ele me esqueceria. Talvez quando voltasse eu já estivesse partido.

Parecia mais simples na conversa que tive com meus pais. Na realidade, cada segundo longe dele fazia meu corpo doer. Meu ser havia se viciado nele, em sua presença, em seu sorriso, seu carinho. Tinha que lutar contra aquele sentimento, não posso mostrar que ele ainda existe. Agora mais forte do que antes, como se a vida estivesse testando-me.

Esperei alguns minutos do lado de fora a fim de não me encontrar com ele no elevador, enquanto isso alguns colegas de trabalho passavam por mim me desejando bom dia. Estava tão distraída que não percebi quando estava seguindo para o andar dele. Foi por pouco, logo apertei no botão do vigésimo andar no elevador ainda nervosa. Naquele momento agradeci por estar sozinha no elevador, as pessoas iriam comentar.

No escritório, eu tinha minha própria sala em um andar diferente da administração da empresa, o que me dava certo conforto em não vê-lo sempre. Um lugar pequeno e aconchegante que foi reformado antes da minha chegada com janelas de vidro que iam até o chão. Fui até a luz, fechei meus olhos e respirei fundo.

Outro dia sem você.

ELE

Desliguei o telefone tentando respirar calmamente. O presidente do grupo havia feito mudanças significativas na empresa de construções sem alertar, o que poderia acarretar na queda das ações da empresa. Inconsequente, disse para mim mesmo. Cabia eu tentar minimizar os estragos. Coloquei a mão na testa, apoiando minha cabeça, mais outro dia difícil.

Era quase onze, quando minha secretária me avisou que haveria uma reunião geral à tarde a respeito das últimas mudanças. Um sorriso desanimado foi tudo o que consegui expressar. O que eu deveria colocar em minha cabeça era que não adiantava fugir, ela continuaria aparecendo. Por pior que essa verdade possa ser.

Estava saindo para o almoço quando fui interrompido pelo gerente administrativo que me chamou para sua sala. Ele parecia mais entusiasmado que o habitual e contou de antemão que eu recebi uma oferta de estudar no exterior por quatro anos. Por um minuto, achei que o destino estava me dando uma chance de esquecer tudo o que estava acontecendo comigo. De recomeçar e, quem sabe, encontrar outra pessoa que pudesse suprir minha solidão. Foi tão inesperado que preferi não aceitar de imediato, seria uma decisão que requer tempo para pensar, uma vez que minha mãe morava sozinha em um bairro distante da cidade.

No caminho para o refeitório, meus olhos encontraram os dela. Ela tentou desviar, passando por mim sem pressa, porém eu a segurei pelo braço com firmeza. Pelo contato, foi de imediato seu olhar se encontrar novamente com o meu. A única coisa que fui capaz de dizer foi "venha comigo". Então, ainda segurando sua mão, fomos para a área aberta de lazer do último andar.

ELA

Sem dizer uma palavra foi assim como eu o segui. Não fiz contato visual novamente para tentar apresentar insatisfação. Aquilo estava me matando. Eu queria apenas abraçá-lo com força e chorar. Por que era tão difícil? Questionei-me se ele tinha intenções em insistir em nosso relacionamento, mas era claro que ele tocaria no assunto. Afinal, não estava acabado entre nós.

Ao chegar no ambiente aberto e iluminado pela luz natural, ele me soltou. Olhei para os lados, notando que estávamos a sós. O que aconteceria seria inevitável. Mesmo que eu lutasse contra meus sentimentos, seria impossível aguentar tudo depois de outra discussão.

- Eu não aguento mais isso - ele disse quebrando o silêncio entre nós.

- Conversamos sobre isso anteriormente - disse friamente. - Não há necessidade de nos encontrarmos...

- Você me deixa louco! - ele olhou nos meus olhos, mas desviou logo depois. - Como pode negar o que passamos juntos?

- Em nenhum momento neguei o que aconteceu. Foi bom, agora chegou a hora de terminar - uma pitada no meu coração começou a doer.

- Como nega meu coração depois de eu tê-lo dado com tanto carinho? - ele ri sarcasticamente. - Quer que eu acredite nisso tudo?

- Não há em que acreditar, só existem fatos aqui. Basta você abrir os olhos - então doeu mais.

Ele se aproximou, pegou minhas mãos e puxou para o seu peito, fazendo com que eu o olhasse.

- Eu te amo.

Não consegui esconder minha reação com aquelas palavras que me pegaram desprevinidas. Por isso, o que eu disse em seguida foi automático.

- Nós não podemos ficar juntos - uma lágrima saiu de um dos meus olhos.

Ele pegou a lágrima com o dedo e me observou sem entender. Agora eu tinha que dizer, já estava frágil, sensibilizada com o momento.

- Não podemos ficar juntos, porque eu não vou durar mais que um ano e meio - mais lágrimas caíam pelo meu rosto.

- Como assim? - seu olhar me examinava com cautela. - O que está acontecendo com você?

- E-Eu tenho um tumor no cérebro. - o final saiu como um alívio, preso em mim à muito tempo.

Pude ver que a respiração dele ficou mais fraca, mesmo assim continuou segurando minhas mãos. Seu olhar agora era triste, vi seus olhos quase transbordando em lágrimas. Meu coração doía mais. Foi então que a coisa mais egoísta surgiu em meus pensamentos.

Eu não quero deixá-lo.

ELE

- Quando isso aconteceu? - ele tropeçou nas palavras. - Desde de...

- Dois meses.

Pensei em nosso término. No tempo em que estávamos separados. A culpa tinha nome e ela queria levá-la. Também pensei no quanto ela deveria ter sofrido passando por tudo aquilo sozinha.

Eu deveria estar com ela.

Se eu soubesse...

- Me deixe lutar ao seu lado - pedi quase como uma súplica.

Agora que eu sabia da verdade, não a deixaria sozinha. Iria amá-la até o último suspiro com todo o amor que eu tinha imensamente por ela.

- Isso vai machucá-lo - ela disse chorando baixo. - Não vale a pena ficar ao meu lado, sabendo que tenho prazo de validade.

- Vale cada segundo - levei as mãos dela até meus lábios e as beijei. - Quero estar ao seu lado até o fim.

Vi que ela tentava segurar o choro, desviar o olhar, mas a conectividade que nos ligava mostrava o quanto aquilo estava pesando em seu coração. Que talvez, em um piscar de olhos, tudo aquilo que eu amava nela, seu sorriso, seu olhar sincero, poderia sumir. Deixando vestígios dolorosos que estes não possuíam prazo de validade.

- Me deixe ficar - eu disse.

Ela desviou o olhar para enxugar o rosto molhado. Sabia o quanto seria duro para ambos, mas eu nunca me perdoaria se fosse embora. Ela me deixava louco e eu estava cansado de vê-la longe de mim. Mesmo que isso significasse dor, meu coração não se sentiria culpado, pois eu estaria seguindo-o.

- Eu te amo tanto - ela disse só para mim com todas as forças que restavam em seu corpo.

Abracei-a, deixando sua cabeça apoiada em meu peito, onde ela estaria protegida até o fim.


Olá, pessoas! Esse conto é um drama inspirado na música 11 a.m. do Junsu (Xia). Espero que tenham gostado e se sentido tocado. É uma leitura fora do padrão do estilo que escrevo, mas foi feita com muito amor <3 Não esqueçam de votar e comentar para eu saber se gostaram! Att

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