⁰³| Baixinho e o bruta montes
Bella 🥀.
[Sem revisão]
A pessoa que estava batendo na minha porta nesse exato momento deveria levar um maldito soco, eu estava mal conseguindo raciocinar direito e ao menos sabia como havia conseguido chegar em casa depois da corrida cansativa dessa madrugada.
Mas assim que abri a porta do meu apê, encontrei Otávio Williams com seu uniforme irritantemente alinhado e soltei um suspiro quando meus olhos observaram seu pescoço branquinho sem marcas, e de repente minha boca ficou seca e ao mesmo tempo cheia de água.
— Combinamos hoje? — perguntei ainda sentindo vontade de deixar marcas em seu pescoço branquinho e ele concorda enquanto ajeita os óculos redondos em seu nariz.
Esses malditos óculos que tiram a essência dos seus olhos cinzas.
— Sim, marcamos às 15:00 horas da tarde — murmurou fazendo meu raciocínio lento bugar.
Por que ele estaria de uniforme até agora?
— Estava na escola esse tempo todo? — Perguntei tentando entender o porquê de ele ainda estar fardado e ele fica envergonhado.
— Sim, eu estava montando uma apostila pra você. Então achei melhor vim de lá, porque sabia que iria demorar — Explicou me deixando surpresa.
É, ele é fofinho.
— Tá, entre antes que minha vizinha fofoqueira saia e comece a espalhar mais boatos sobre mim — Mando dando passagem e ele entra depois de pedir licença.
Acabo por sorri levemente e bato a porta em seguida.
Minutos depois, estávamos lado a lado no sofá. Ele bebia água e eu mexia no celular respondendo algumas mensagens idiotas do Zane.
Um coçar me fez olhar o garoto ao meu lado.
— Podemos começar? — perguntou em um tom sério enquanto estava com uma miniatura de pilha nas mãos e faço careta.
Já estou sofrendo só de olhar pra essa pilha.
— Ah... Okay — murmurei meio a contra gosto e guardei o celular depois de avisar ao Zane que iria fazer algo que ele raramente ouvia de mim: Estudar.
— As matérias que mais tem dificuldade são: Matemática, biologia e física. Certo? — Concordo tendo dor de cabeça só de ouvir as matérias.
Não tô raciocinando o suficiente pra isso.
Solto um resmungo quando Otávio diz pela milésima vez que os cálculos de física estavam errados, pra quê porra eu vou querer saber a potência de uma geladeira?
Que ódio!
— Bella, se concentra — Pede fazendo eu soltar um bufar.
— Talvez um incentivo cairia bem — Rebato jogando minha cabeça pra trás deitando-a no sofá.
— E que tal esse incentivo — diz fazendo suspense e o olho de cima, sua boca rosinha tira minha atenção por alguns segundos — Você vai passar, não vai repetir novamente e não precisará estudar novamente no ano que vem. Olha que maravilha, não?
Sua boca cairia melhor.
— Já entendi, já entendi — choramingo deitando o livro aberto no meu rosto pra vê se por algum milagre, as letras ultrapassem minha cabeça e eu aprenda.
— Vamos tentar biologia agora? — Questionou retirando o livro de física do meu rosto e resmungo pela luz.
Que Deus me ajude a ser menos burra.
🥀
Dia seguinte...
Minha cabeça estava prestes a explodir de tanta dor, puta que pariu. Eu tomei dois analgésicos e parece que fizeram efeito nenhum, isso foi tudo culpa daquele maldito nerd engomadinho que me passou duas atividades pra fazer e seriam entregues hoje.
Passei a noite toda me matando pra fazer essa merda, eu tinha insônia, então não estava com dor de cabeça por conta da noite mal dormida. Mas sim por conta da irritação que passei fazendo esses malditos deveres e fui dormir bem rapidinho quando acabei.
Meus passos estavam lentos no corredor do colégio cheio de alunos, alguns me olham amendrontados por causa do meu estilo despojado, e também do fato que contraiu as regras de vestimenta, outros me idolatram por isso e outros engomadinhos nojentos me olham com desdém.
Alguém avisa? Quero que se lasquem, todos eles!
Eu soube por alguns que o Williams era um dos primeiros a chegar no colégio, quem maldições gosta de chegar nesse inferno tão cedo assim? Acho que esse garotinho é maluco, no diminutivo por ser baixinho e ele também tem cara de ser irritadinho.
Meus ouvidos captaram um som de algo se chocando no armário de metal e senti um cheirinho peculiar de confusão, e também de óleo. Quem tá comendo batatas fritas às 07 da manhã?
Me dá um pouquinho.
Quando ando na direção do corredor onde parecia ter confusão, me surpreendo vendo o tal nerd prensar um garoto vinte centímetros maior que ele. Ele era do meu maldito tamanho.
O rostinho fofinho de ontem estava colorado de vermelho, mas sua expressão não estava envergonhada como quando ele olhou pra minha vestimenta nada descente para receber visitas, mas sim de uma coloração vermelha raivosa. Eu não sei porque, mas estava me divertindo com aquela nova versão dele.
Bom, nova pra mim pelo menos.
— Se falar mal dos meus livros de novo, eu quebro sua cara. Seu merdinha — Esbraveja fazendo eu arregalar os olhos surpresa e me seguro pra meu queixo não cair.
CA.RA.LHO.
Cadê o garotinho fofo de ontem?
— Eita porra — xingou alguém do meu lado fazendo eu pular do lugar e xinguei toda geração do Zane enquanto morria do coração.
— Você tá maluco caralho? — pergunto querendo meter porrada nesse idiota.
— Foi mal, belinha — diz com seu sorriso sem vergonha e me seguro pra não morde-lo, ele era fofo.
— Não me chame de belinha — Mando, odeio esse apelido.
— Okay, belinha — e esse idiota faz questão de usar.
Corno maldito.
— Por que o nerd tá querendo matar o Valent? — me pergunta enquanto me encosto em um batente no corredor e assistimos eles se esmurrando.
Eu deveria ir lá e parar, mas o pequenino estava mandando bem nas porradas. Estava dando de 10 a 0 no quarteback do time de futebol americano.
— Eu tô me perguntando, como um baixinho tá metendo porrada em um bruta montes desses? — rebato realmente confusa, até mesmo coloco meu indicador em meu queixo e ouço a risada de fumante do Zane — Tá rindo de quê, seu corno?
Logo ele para, toquei na ferida.
— Vai começar a tocar na ferida mesmo? — Perguntou já me olhando irritado e sorriu sem vergonha alguma.
Mas sua irritação passou quando passos pesados e rápidos surgiram no corredor atrás da gente, como uma Maria Fifi, ele olha pra trás e eu como outra, olho também.
Ih ferrou.
— O diretor tá vindo — avisou Zane em pânico e correu desesperado fazendo eu segui-lo desesperada.
Nossos braços se enrolam no outro e nossos pés se batem enquanto tentamos correr pra nos livrar de... Por que diabos estamos correndo?
— Por que estamos correndo? — pergunto parando no meio do corredor já vazio, na verdade, os dois brigões estavam sendo separados pelos seguranças que eu não fazia ideia da onde vieram.
Então, quis dizer que não tinha nenhum aluno além de nós quatro.
Vocês entenderam.
— Ei, vocês dois — Chamou nós dois fazendo eu paralisar e fechar a boca.
— Sim, querido e amado diretor? — perguntei batendo meus cílios de forma graciosa enquanto sorriu e ouvi o pigarrear do Zane, dei uma cotovelada nele no sigilo e ele quase morre de falta de ar.
Pra quê inimigos, não é mesmo?
— Na minha sala, agora!
É Cleitinho, a casa caiu.
A outra pergunta que não saía da minha cabeça enquanto estava fazendo de Zane meu apoio, era: Por que estou aqui na sala desse lunático por limpeza, vulgo nosso amada diretor, se eu não meti a porrada em ninguém e sim só fui o telespectador da luta?
E que luta, o quarteback tá com o nariz quebrado.
Me lembrem de nunca procurar briga com um baixinho de 1,60.
— Vocês quatro estão de suspensão por duas semanas — Eu não estava prestando atenção em nada do que ele falava, mas nessa parte eu ouvi muito bem.
— O QUE? — Eu e o idiota que correu.
— Primeiro: Não gritem.
Segundo: Vocês deveriam ter repartado a briga, mas estavam lá olhando e ainda avisaram para os outros que eu estava vindo.
Que tipo de irresponsáveis vocês são? — Lunático.
E essa responsabilidade não é sua não?
— Bella — me chama em Pânico e arregalei os olhos ao ver que saiu dos meus lábios.
Os olhos do lunático são assustadores.
— Sim, a responsabilidade é minha. Mas por conta das suas atitudes de desrespeito e por não terem separado uma briga que algum deles poderia estar gravimente ferido, eu acho que isso é inaceitável!
— E por que não culpa os outros também? — acho que eu quero aumentar minha suspensão.
— Bella, cala boca desgraçada — Manda me dando uma cotovelada no estômago e me seguro pra não gemer.
— Se me questionar de novo, vou te colocar na detenção com o professor Smith — ameaça me fazendo estremecer.
Tá repreendido.
Passo meu indicador e o dedão nos lábios como se fossem um zíper.
Um sorriso ladino me chamou atenção e olhei pro baixinho com um corte nos lábios, um roxo no queixo do lado direito e um corte acima da sombrancelha.
Hum... Tá um charme.
— Já que nos resolvemos, voltem pra sala — Manda apontando pra porta.
No corredor vazio onde levava as salas, andávamos eu e o Williams pra sala do 3°D.
O Zane e o quarteback eram do 3°A e como um verdadeiro fofoqueiro, ele me disse que ia buscar mais informações da briga.
— Você meteu porrada no Valent por causa de um livro? Deve ter ouro nessas páginas — brinquei tombando a cabeça pro lado enquanto o olhava.
Ele estava andando todo descontraído com as mãos dentro do seu blazer alinhado, depois de saímos da sala do diretor ele entrou no banheiro pra ajeitar e eu esperei pra entrermos juntos. Nesse tempo, fui na enfermaria pegar uns band-aids e pomada pra colocar na ferida dele.
— Dias atrás me tratava com frieza, agora quer fazer piadinhas? — Pergunta irritado fazendo eu arquear as sobrancelhas.
Ih o novin tá puto.
— Foi mal aí — digo levantando as mãos me rendendo.
Ele soltou um bufo enquanto olhava pras paredes do corredor. Nós ficamos em silêncio, até que viramos o corretor a esquerda.
— Não foi só por conta do livro, mas também teve outro motivo — Revela.
— Qual? — Eu e Zane, dupla das Marias fifis.
— Você.
Esse motivo é até que... É O QUE?
FINALMENTE ESTAMOS DE VOLTA AHHHHHHH.
E ainda melhor minhas queridas Luas, cold vai ter uma versão melhor e menos confusa. Gostaram do primeiro capítulo da grande mudança? Tenho certeza que ninguém esperava o Otávio metendo a porrada no popular do colégio, hehehe.
Sou Maria Fifi igual a dupla e vocês?
Nós nos vemos na quarta-feira minhas estrelinhas.
Bjs da Lua 🌙.
11/04/2024.
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