²¹| Baby, por favor...
Bella 🥀.
Olho para a casa vizinha à minha frente, preocupada se estão vendo essa cena, e fico impressionada.
— Sua mãe sabe que venho até aqui? — murmuro, segurando o cigarro entre meus dedos enquanto seus olhos cinzentos vão exatamente em direção a ela. — O que você está…
Ele derruba o cigarro e pisa em cima, me deixando furiosa.
— Vai deixar a camisa fedendo, e ainda pretendo dormir com ela — explica, antes que eu o repreenda por sua atitude. Suavizo minha expressão, sentindo as borboletas agitadas no meu estômago. — E não, meus pais estão dormindo e minha irmã saiu.
Vejo seu corpo vestido com calça social, cardigã azul-marinho e blusa social. Ele estava igualzinho ao meu irmão.
Dou uma risadinha.
— Você está igualzinho ao Yuri — digo, fazendo-o sorrir.
— Temos um ótimo estilo — se gaba, me fazendo segurar o riso na garganta.
Só se for um estilo bem tedioso, mas o pior é que esse maldito fica atraente com essas roupas.
— Gostoso… — acabo soltando enquanto passo a língua pelos lábios calmamente, observando-o em pé na minha frente. Ele me olha confuso.
— O que é gostoso? — questiona, curioso e meio perdido. Eu escolho rir e negar com a cabeça.
Ele fica me olhando por alguns segundos de modo desconfiado, mas depois decide deixar o assunto de lado. Otávio observa sua casa com detalhes por três minutos antes de tomar a atitude inesperada de se sentar no meu colo e sorrir todo fofinho. Arqueio as sobrancelhas, meio surpresa com sua atitude, e coloco minha mão sobre sua cintura. Ele está com as duas pernas de um lado só, não montado com as pernas de cada lado.
— Sabia que vou fazer 18 anos neste final de semana? — pergunta todo animado enquanto o olho com atenção. Nego com a cabeça, observando atentamente cada pedacinho dele, me deixando com água na boca para mergulhar meus lábios em sua pele branquinha; a língua coça para deixar um chupão.
Uma marca para dizer que ele é meu.
— Vai ter festa? — pergunto, coçando a garganta para tirar meu foco do seu pescoço. Ele concorda quando dou atenção aos seus olhos. — Qual é o tema?
— É um baile estilo príncipe e princesa — anunciou, fazendo meu rosto automaticamente se contorcer em uma careta. Ele ri de mim. — Você ficaria linda de princesa, Mommy.
E assim, ele derreteu meu coração e me fez sorrir como uma boba. Maldito Willians!
Soltei um suspiro e pronunciei as palavras que talvez eu me arrependa de dizer mais tarde.
— Vou alugar um vestido, mas só vai ser dessa vez — avisei ao mesmo tempo, mas ele ignorou a última parte para comemorar minha confirmação de estar presente.
🥀
O final de semana chegou como um sopro, e meu arrependimento veio junto quando vesti o vestido imenso na cor vinho. A única coisa que me agradava era a cor, porque o resto estava me deixando nos nervos.
— Se você não usar essa maldita gilete pra fazer minhas sobrancelhas e tirar essa pinça de perto de mim, eu vou meter chumbo na sua guela — ameaço, irritada com toda essa enrolação sobre minhas sobrancelhas, enquanto Angelina ri em vez de se assustar.
— Essa sua boca ameaçadora não vai combinar com nenhuma princesa — Chase faz graça enquanto folheia uma revista de esportes. Fecho os olhos ao sentir mais um pelinho da minha sobrancelha direita ser arrancado. Eu não sou frouxa ou algo do tipo, mas essa demora está sendo uma tortura. E essa lingerie detalhada que estou usando está me deixando nos nervos.
— Cala a boca, Chase. Ou eu vou aí e te calo — ameaço novamente, fazendo careta por causa da parte de cima sem bojo me pinicando. — Eu escolho a opção de não usar sutiã, por Deus — digo, levando a mão até o fecho e me irritando ainda mais pelo fecho difícil. Elevo meus braços irritada e bato minhas mãos na perna frustrada. Logo sinto alguém me livrar e meus peitos ficam ao ar livre. Olho por cima do ombro e vejo Zane. — Obrigado! — Coloco meus braços para tampá-los e Chase me joga a camisola que eu estava usando antes.
— Por que você está tão irritada? — questionou Zane, vindo atrás de mim, me abraçando enquanto eu suspirava e deitava minha cabeça em seu ombro.
— Minha mãe não para de dar ordens desde que acordei. Angel apareceu aqui minutos depois, me apressando, e eu não me adapto a esse ambiente caótico — murmurei, suspirando fundo e fechando os olhos. Ele fez um carinho no meu quadril enquanto me acalmava com beijos carinhosos no rosto.
— Desculpe, não sabia disso — murmurou. Abri os olhos e a encontrei na minha frente, do lado esquerdo, observando Chase se ajoelhar à minha frente.
Ele estava lindo com roupas sociais pretas, exceto pela gravata que ele odeia, e uma corrente brilhava em seu pescoço. Ele me deu beijos nos pés e os massageou, aliviando o resto da tensão que eles emanavam.
— Tudo bem, sabemos como acalmá-la — comentou ele, causando um arrepio na minha espinha ao lembrar do passado. Parecia estar se referindo exatamente a isso, porque sorriu de maneira travessa enquanto olhava em meus olhos, e Zane riu no meu pescoço de forma maliciosa, apertando minha cintura.
— Ok, essa atmosfera está ficando estranha e vocês são primos — lembrou-nos, fazendo o clima esfriar.
Fizemos tanta besteira na adolescência.
— Sabemos disso, não se preocupe — respondi, elevando meu braço para acariciar os cabelos de Zane. Ele deitou a cabeça sobre a minha.
— Bom, vou me arrumar — avisou Angel ao andar até minha penteadeira.
Estávamos no meu quarto há horas. Angel usava um roupão meu que encontrou no guarda-roupa e por baixo estava vestindo uma lingerie roxa. Zane estava usando roupas casuais por enquanto; segundo ele, não precisava de muito para ficar bonito.
— Deveria ir colocar sua roupa; não vamos chegar atrasados à festa dos outros — disse o moreno olhando para o loiro atrás de mim. Ele soltou um resmungo antes de me dar um beijo e ir obedecer. — Daqui a pouco você vai ficar sem calcinha e só com vestido.
O moreno me deu uma ideia tentadora, já que até a calcinha estava me pinicando. Onde a minha mãe comprou esse conjunto?
— Não é uma má ideia — insinuei com um sorrisinho malicioso. Ele negou com a cabeça enquanto se levantava.
Enfiou as mãos nos bolsos da calça e me olhou.
— Vou buscar Eva. Vejo vocês depois e, por favor, não deixem Zane se atrasar — pediu antes de sair. Eu fiz continência enquanto sua cabeça balançava negativamente e ri levemente.
Depois de estarmos devidamente prontos para essa festa que começaria uma hora antes do almoço, entramos no hall de entrada, sendo recepcionados pelo pai de Otávio. Suspirei de alívio por não ser a mãe dele.
Segurei meu vestido extravagante de princesa e um sorriso forçado surgiu nos meus lábios quando alguns me olhavam com admiração, enquanto outros, que conheciam meu estilo, estranharam ou ficaram surpresos.
Queria mandar todos se lascar, mas tenho que segurar minha língua até essa maldita festa acabar. Zane apareceu ao meu lado, colocando sua mão na minha cintura, e Angel caminhava à nossa frente com meus pais. Yuri, estranhamente, estava na casa dos Willians desde ontem.
A casa estava cheia de pessoas, mas não tanto assim. Parecia que havia cerca de 100 convidados; na verdade, eu esperava mais. Só que Otávio pediu à mãe algo menos extravagante, mas a decoração estava tudo, menos delicada.
— Eu vou ficar cego com tanto brilho — resmungou Zane no meu ouvido, fazendo-me rir.
Ficamos na sala de estar como a maioria das pessoas e havia duas escadas para o segundo andar. De repente, as luzes se apagaram e um lustre iluminou apenas a escada. A figura materna apareceu descendo com classe em seu vestido verde turquesa e todos aplaudiram; fiz o mesmo sem muito entusiasmo. Depois apareceu meu irmão com o braço direito ocupado por Sônia e vi pela visão periférica Zane ficar tenso.
Yuri estava trajado em um smoking preto e branco, os cabelos lambidos de gel e sem óculos. Sônia usava um vestido longo, sem muita extravagância, rodado da cor rosa bebê. Após descerem até aqui embaixo, os três esperaram algo acontecer no pé da escada. Logo foi a vez do anfitrião da festa; minha boca secou ao ver a tamanha beleza que apareceu em meu campo de visão.
Otávio estava vestido com um terno azul marinho — sua cor favorita — e o colete sobre a camisa branca destacava seu abdômen com um contraste lindo. O blazer infelizmente tapou minha visão mais detalhada quando ele começou a descer calmamente como um galã. Os cabelos estavam em um penteado típico de atores coreanos que fazem papéis de CEO. O fundo do seu cabelo tinha um relevo maior devido ao seu cabelo cheio.
Todos os convidados fizeram barulho para o garoto e sorri batendo palmas com gosto; o "casal" anterior também recebeu aplausos. Havia esquecido de mencionar quando meu bebê apareceu no pé da escada.
— Hora da primeira dança, meu filho. Escolha seu par — murmurou a dona Willians empolgada, enquanto Otávio percorria seus olhos pela multidão até me encontrar no meio dela.
Nossos olhares se cruzaram em segundos, fazendo meu coração acelerar drasticamente; o ambiente parecia silenciar enquanto nos comunicávamos apenas com os olhos. Ele me observou com atenção e me senti orgulhosa de tudo que passei ao ver seus olhos brilharem em admiração. Seus passos em minha direção fizeram meu coração acelerar ainda mais; a boca do meu estômago se agitou e eu repentinamente fiquei nervosa. Ele estendeu sua mão em minha direção e eu a agarrei antes que perdesse a coragem.
"Dress" - Taylor Swift começou a tocar.
A atmosfera parecia calma enquanto nos posicionávamos no meio da pista cercados por pessoas; a música tocou fazendo-nos dançar suavemente. Como de costume, as mãos de Otávio estavam em minha cintura e as minhas entrelaçadas em volta dos seus ombros. Nos olhamos, sorrimos e continuamos nesses passos suaves até que a música acabou nos fazendo nos afastar. Meu bebê fez bico em meio à sua postura de CEO mandão e segurei o riso por causa da piada interna.
As horas pareceram não passar; eram três da tarde e eu desejava que fosse mais tarde para poder ir embora. Minha mãe exigiu que ficássemos até às cinco pelo menos para não fazer desfeita à dona Willians, mas ela já teve minha ilustre presença tempo demais e só estou fazendo isso pelo meu baby. Falando nele, estava distraído conversando com Eva e Yuri. Aproveitei sua distração para explorar a casa dele; um corredor cheio de quadros chamou minha atenção e admirei cada um deles cuidadosamente. Eram quadros bem sem graça que pareciam não transmitir tantos sentimentos.
Um retrato típico da Monalisa, uma pintura de um cavalo morto cercado por cavaleiros em uma guerra sangrenta e outro sem graça de Leonardo da Vinci. Soltei um bufar indignado decidindo não obrigar meus olhos a suportar tamanha atmosfera ruim; movi meus pés com saltos até uma porta dupla e encontrei um escritório repleto de prateleiras abarrotadas de livros. Chuto que seja do senhor Willians porque ele é advogado e meu pai é juiz; ele tem uma sala semelhante para estudar os casos.
Começo a andar pela sala vazia e deslizo meus dedos pelos livros pesados, repletos de leis. Pego um aleatório e o folheio sem nenhum interesse. Largo-o de volta quando a porta se abre e ergo os olhos, encontrando os cinzentos do meu baby.
— O que faz aqui? — ele pergunta ao entrar na sala, vindo até mim após fechar a porta. Encosto minhas costas na mesa.
— Precisava de uma pausa do ambiente entediante — digo, levando minha mão direita à sua bochecha e acariciando-a, tendo um primeiro contato direto com ele. — Por que fugiu da sua própria festa?
— Porque estava preocupado, mas você estava ocupada bisbilhotando minha casa — murmurou com um ar arrogante. Rir ao perceber que ele tentava ser sério, mas parecia ridiculamente fofo — Mommy.
— Hum? — murmuro, abaixando minha mão da bochecha e segurando sua cintura, trazendo seu corpo para mais perto de mim.
— O que me deu de presente? — pergunta, parecendo curioso. Olho nos seus olhos cheios de emoções e mordo os lábios.
— Sendo sincera, ainda estou pensando no que te dar. Então, fui a única a não trazer nada — revelo, temendo que ele fique chateado comigo. Mas, ao contrário disso, ele abre um sorriso gigantesco e cheio de dentes.
Arqueio as sobrancelhas, intrigada com sua atitude.
— Sabia que você está parecendo uma princesa? Mais linda do que imaginei — elogia-me, aproximando-se do meu rosto e deixando um beijo no meu nariz. Ele está sendo fofo, mas conhecendo meu baby arteiro, começo a desconfiar. — E você está muito gostosa.
Eu ouvi mesmo isso saindo da sua boca?
Meus olhos se arregalam em surpresa ao ouvir essa palavra sair dos seus lábios e sinto meu ventre dar sinal de vida, agitando-se com apenas uma palavra dita por ele.
— Você me chamou de quê? — pergunto só para confirmar, pois acho que ouvi errado.
Ele solta um risinho.
— Não acredita que te chamei de gostosa, Mommy? — A última palavra foi dita de uma maneira perigosa; parecia que ele estava me hipnotizando.
— Otávio, o que está tentando fazer? — pergunto seriamente ao sentir sua mão na minha cintura apertar, fazendo um leve arrepio estremecer minha espinha.
Ele faz biquinho chateado.
— Não, Mommy. Otávio não, eu sou seu Baby — murmurou todo manhoso, esfregando seu nariz no meu pescoço dengosamente e resmungo entre dentes, tentando manter o controle. — Deixa eu sentir seu gosto — pediu com a voz rouca, manhosa e um timbre suave, roçando meu queixo com seus lábios carnudos.
Fiz menção de beijar seus lábios, mas ele desviou.
— Não, Mommy. Aqui embaixo — explicou, levando sua mão para o pé da minha barriga por cima do vestido. Soltei um grunhido ao sentir um pulsar no meio das minhas pernas.
Segurei sua mandíbula com firmeza, trazendo seu rosto para mais perto e olhei seriamente nos seus olhos. Vi um lampejo de medo neles. Alguém ensinou esse tipo de coisa para ele, mas quem poderia ter sido?
— Otávio, vou repetir mais uma vez. O que está fazendo e quem foi que te ensinou isso? — perguntei, soltando um segundo grunhido. Não sabia se agradecia à maldita pessoa ou se tinha vontade de dar um soco.
— O Zane… e o… Chase — disse com dificuldade ao pronunciar os nomes e ri furiosa querendo matar os dois. Mas resolveria isso mais tarde. — Mas eu quero, Mommy. Por favor, quero saber se é bom como eles falam — implorou com os olhos brilhando e engoli em seco.
Droga, Bella, não faz isso.
Mas acabei ignorando minha consciência e concordei. Ele abriu um sorriso quando o soltei e em segundos estava ajoelhado à minha frente com um brilho travesso nos olhos. Esse brilho desapareceu quando Otávio se enfiou debaixo do meu vestido extravagante e posicionou seu corpo entre minhas pernas; provavelmente ele estava agachado no chão e senti sua respiração entre minhas coxas.
— Mommy… — ouvi ele me chamar com um tom surpreso e sorri ladino; eu estava sem calcinha.
Mas sua surpresa deve ter passado porque ele passou a língua gelada sobre minha coxa meio aberta para recebê-lo. Senti a aspereza explorar cada canto, chegando cada vez mais perto do ponto pulsante. Perdi a cabeça de vez quando chegou ao seu destino. Ouvi um gemido vindo de dentro do vestido e mordi os lábios ao sentir meu corpo convulsionar de prazer; eles trabalhavam tão bem que nem parecia que era sua primeira vez. Talvez estivesse agindo por instinto, e que instinto maravilhoso.
Lhe daria meu prazer naquele instante, mas quando tentei regular meu fôlego após o orgasmo, ele não parou.
— B-baby, chega — disse estremecendo com a sensibilidade no meu sexo, mas ele parecia não me ouvir.
A porta se abriu fazendo meus olhos se arregalarem, e a situação piorou ainda mais quando a figura à minha frente se revelou como minha “sogra”. Ela olhou ao redor e depois desconfiada para mim. Otávio parou por alguns minutos de fazer seu trabalho, e sua respiração ofegante aumentava a tensão no ar.
— O que está fazendo no escritório do meu marido? — questionou seriamente desconfiada enquanto senti o mais novo ficar tenso entre minhas pernas.
— Estava entediada na festa. Então vim dar um passeio; estava refletindo sobre uma das leis que li e acabei perdendo a noção do tempo — menti descaradamente enquanto apertava a mesa ao sentir uma mordida perto do meu sexo.
Espera, ele não vai parar? Mesmo com a mãe dele na minha frente?
— Tanto faz, você viu o Otávio? — questionou enquanto engolia em seco para não gemer quando ele retomou sua ação.
Respirei fundo pelo nariz e estremeci, sem conseguir me conter.
— Não, senhora — quase gaguejei, devido aos tremores, agradecendo a Deus que ela estava prestes a ir embora, mas parou na porta quando soltei um gemido, sentindo a proximidade da segunda libertação.
— Você está passando mal? — questionou, parecendo preocupada. Concordei, com os olhos lacrimejando de tanto me esforçar para não demonstrar minha verdadeira dor.
E principalmente, não queria revelar a ela que não precisava procurar o filho; ele estava ocupado entre as minhas pernas.
— Sim, dor de barriga — murmurei, choramingando e convulsionando sobre a mesa.
Vi seus olhos se arregalarem.
— Vou mandar alguém aqui e procurar o Otávio. Aguenta firme — avisou antes de sair correndo. Naquele momento, soltei um gemido ao sentir o prazer tomando conta enquanto o Otávio me tocava.
— Baby, por favor — implorei quando ele não parou; nunca tive um homem tão viciado no meu gosto.
Soltei um gemido sofrido. Eu poderia puxá-lo, mas não tinha forças para me movimentar.
As coisas não paravam de jeito nenhum; eu estava perdendo a cabeça com Otávio ali me consumindo e me dominando apenas com sua língua sobre mim. Eu não estava gostando — ou melhor, estava — mas ele estava tirando de mim o controle de todo o meu corpo.
Os arrepios não cessavam, e a tensão se acumulava cada vez mais ao pé do meu ventre. Os tremores não permitiam que eu raciocinasse bem. A porta foi aberta pela segunda vez, e implorei que fosse alguém capaz de tirar Otávio dali.
Mas senti meu coração murchar e meu íntimo contrair ao mesmo tempo. Sônia estava na porta com um semblante preocupado, e eu só queria que seu irmão parasse de me torturar com sua língua.
— Você tá sentindo vontade de ir ao banheiro? Nenhuma diarreia? — questionou, fazendo eu sentir nojo da situação e quicar por cima da mesa ao ter um espasmo.
O terceiro já estava vindo; droga!
— N-não, só dor… — parei para gemer, já não estava tentando segurar mais — muita dor.
Choraminguei ao sentir ele parar e perceber seu hálito ofegante sobre minha pele sensível. Pensei que ele finalmente tivesse parado. Mas não; ele voltou, dando mais atenção e me levando à beira do precipício.
E eu iria gritar, mas não podia com Sônia ali.
— Vou procurar alguém que possa te carregar. Já volto.
Concordei entre soluços e soltei um gemido alto, levando minha mão à sua cabeça sobre o vestido. Eu segurava, mas não sabia se era para ele continuar ou parar.
Tentei recuperar meu fôlego após a terceira libertação.
— Quando eu me recuperar, vou encher a sua bunda de tapas — avisei ofegante, com raiva no peito; mas nos meus lábios só saía lamúria.
Meu baby não parou; eu estava entrando em desespero. Nem as ameaças estavam surtindo mais efeito; minha única solução era chorar e implorar para que ele se cansasse logo.
A porta se abriu novamente, desta vez com mais desespero. Chase e Zane me observavam, preocupados.
— O que está acontecendo? Alguma comida te fez mal? — perguntou Zane, todo aflito. Quando soltei outro gemido, Chase arqueou as sobrancelhas na minha direção.
— Onde está o Otávio? — questionou ele, parecendo conectar alguns pontos. Não consegui aguentar e caí para trás, já que a mesa estava vazia. Ergui minha perna direita e passei-a pelas costas dele.
O quarto veio com ainda mais intensidade.
— Mentira, de inocente ele só tem a aparência — murmurou Zane, rindo de maneira maliciosa. Acho que eles conseguiram ver uma parte dele no momento em que ergui minha perna.
—
Tirem-no daqui ou não vai sobrar Bella pra contar a história — sussurrei, cansada de tantos orgasmos, e estremeci quando ele beijou um pouco abaixo do local bastante lubrificado. Em segundos, ele saiu debaixo da minha saia com os lábios molhados.
— Eles estavam certos, é muito bom — anunciou, lambendo os lábios, enquanto eu me sentei completamente ofegante. Erguer o dedo indicador para discipliná-lo foi em vão; não tinha forças, ele sugou minhas energias junto com meu prazer.
— Acho melhor você ir para sua mãe; ela está procurando por você para cortar o bolo — avisou Chase, posicionando-se ao meu lado com as mãos enfiadas nos bolsos, usando-os como apoio. — Eu cuido da sua Mommy.
Otávio balançou a cabeça e se curvou para me beijar, enfiando sua língua com intensidade na minha boca. Soltei outro gemido enquanto agarrava seus ombros. Ele me soltou, todo satisfeito, e foi embora.
— Quem diria que um iniciante te deixaria tão cansada em apenas 20 minutos? Você precisaria de pelo menos uma hora para ficar tão satisfeita — provocou Zane enquanto se abaixava para pegar meus saltos que saíram durante o processo. Soltei um resmungo, sem forças nem para falar.
Senti o perfume de Chase ao ser envolvida em seus braços; ele beijou minha testa antes que meus olhos pesassem e eu adormecesse.
Cena extra: Otávio.
As coisas poderiam ter sido diferentes, mas amei cada instante. Enquanto atravesso o corredor para voltar à minha festa, degusto o melhor que posso do líquido da minha Mommy. Era tão viciante a maneira como ela usava minha língua enquanto rebolava sobre ela; o sabor, então… eu não queria parar de sentir.
Mas a situação estava embaraçosa demais: primeiro, minha mãe, minha irmã e depois os meninos chegando para nos atrapalhar. Por outro lado, me senti muito satisfeito ao observar o estado da Bella quando a soltei após o beijo que dei.
Nem eu mesmo estava me reconhecendo naquele momento.
As lembranças dos meninos me orientando na biblioteca vêm à mente. Todos estavam conversando depois do almoço que tivemos, e como dono da festa, fui o último a comer. Para ter um pouco de silêncio, fui até a biblioteca. Mas fui surpreendido pelos meninos entrando no local.
— O bebezinho da mamãe cresceu — começou Zane, me zoando, e acabei sorrindo enquanto lhe mostrava um dedo do meio. — Eu disse que ele não é inocente.
Seu irmão revirou os olhos em sua direção e deu um tapa em sua nuca. Acabei rindo por achar muito bem dado o tapa, e os dois se sentaram perto da poltrona onde eu estava.
— Não trouxemos presente, sinto muito — murmurou ele, fazendo com que eu olhasse para ele com as sobrancelhas arqueadas. Ele deu de ombros. — Gastei meu dinheiro com o presente da Eva; tecnicamente, o presente também é meu.
Bom, ela me deu uma máquina fotográfica e tenho certeza de que a lente foi bem cara.
— Mas você é rico — murmurei, meio confuso; ele ganha muito bem correndo em rachas e ainda trabalha.
— Mas tem alma de pobre — foi a vez de Zane abrir a boca, e acabei rindo com ele.
Mas mudei de expressão quando seu irmão apertou sua perna com força; eu senti a dor dele.
O mais velho coçou a garganta enquanto o irmão gemia de dor e segurava a perna.
— Não sabia muito sobre o que te dar — murmurou, passando os dedos pelos cabelos e abrindo o blazer enquanto se jogava na poltrona.
Uma ideia passou pela minha cabeça.
— Pode me dizer os pontos fracos da Bella? — perguntei, chamando a atenção dos dois para mim. Eles trocaram olhares.
— O que você está querendo dizer? — questionou Zane seriamente, me assustando um pouco; nunca havia o visto dessa forma.
Engoli em seco nervosamente e vi seu irmão acalmá-lo com um aperto na coxa.
Chase fez menção para eu explicar e mordi os lábios, sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas ao lembrar da terça-feira em que passamos a tarde no seu apartamento. Fiquei delirando várias vezes com sua ação; até mesmo tive um sonho erótico durante a madrugada de hoje.
— Eu meio que… passei a tarde com a Bella e… meio que ela fez… aquilo… com a boca e queria retribuir — gaguejei sem saber como explicar a situação; não sabia onde enfiar minha cara.
Os dois se entreolharam com calma e vi as expressões deles se tornarem algo explicitamente divertido. Melhor: eles estavam me caçoando.
— Você quer cair de boca na Bella? — brincou Zane, ganhando um tapa de Chase na testa.
— Mais respeito — ele repreendeu, mesmo segurando o riso; nego com a cabeça pela infantilidade dos dois. — Você quer saber como enlouquecer ela?
Concordei rapidamente e ele sorriu maliciosamente. — Vamos às aulas de anatomia, então.
Minutos depois, estava recebendo uma aula sobre como dar prazer à Bella. Zane encontrou uma parte íntima feminina em uma seção da biblioteca e Chase começou a me explicar como fazer; falou sobre os pontos fracos da Bella e ainda me garantiu que o gosto dela era o melhor do mundo. Eu não queria nem saber como eles sabiam disso; apenas queria satisfazer minha curiosidade e sentir.
Foi nessa curiosidade que tomei a iniciativa de ser ousado e fiz minha Mommy enlouquecer com meu aprendizado.
16/10/2024.
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