¹³| Acidente fatal
💌| "O amor está no ar hoje."
Bella 🥀.
Não vou negar não, eu fiquei brava com o Yuri por ele ter interrompido meu momento com o Otávio, ainda mais que o safado iria pra festa de pijama com ele e eu pensei em várias maneiras de esganar seu belo pescoço. Mas decidi deixar pra lá e ir dormir.
Mas como sempre, quando se diz dormir, minha cabeça nunca aceita o comando e acabo passando horas olhando pro teto até dormir. Nesse meio tempo meu pais chegaram e mamãe como sempre entra no nossos quartos para saberer se estamos dormindo, quando ela percebe que eu estou acordada ela invade meu quarto e fecha a porta.
— Tá tudo bem? — Perguntou enquanto andava pra vim até mim e a olhei inteiramente, antes era pela visão periférica.
— Que horas são? — Perguntei-lhe de volta.
— Mais ou menos, meia noite — Respondeu fazendo-me soltar um suspiro cansado. Eu sabia, sempre é assim — Sua insônia não amenizou, meu bebê? — neguei e gemi manhosa quando senti suas mãos leves fazendo carinho em mim.
Mamãe solta um riso e continua. Eu amava o carinho da minha mãe, apesar de termos um relacionamento deveras duvidoso, não muito, mas tóxico o suficiente para fazer as pessoas falarem que somos loucos. Mas não é como se eu ligasse pra esses idiotas. Minha mãe é o tipo de pessoa amorosa enquanto meu pai é o típico frio rabugento, ele também demonstra um pouco de carinho com a gente, do seu jeito.
— Vocês vão... — Insinuo deixando no ar, o que quis dizer e ela fica envergonhada.
— Bella — Resmunga constrangida enquanto me bate e é a minha vez de resmungar.
— Aí mãe, não precisava me espancar também — Rebato massageando a tapa que ela deu, a mão é leve mais ainda dói.
— Por que a pergunta? Quer dormir com a gente é? — Me questiona enquanto arqueia as sobrancelhas e demoro um pouco pra responder, meus olhos se mantém encarando os seus.
Passando a minha infância toda com meus avós, percebi que os traumas se prevalecia de modo constante naquela casa. Eu e Chase sempre tivemos medo de raios quando pequenos, mas nunca podíamos ir no quarto deles pedir abrigo. Porque meu avô nos forçava a ter uma mentalidade de um adulto, quando só queríamos ser protegidos e receber carinho. Nossa avó nunca demostrou ser carinhosa na frente dele, mas quando tivemos que passar a noite toda tentando não temer os raios, no dia seguinte ela nos deu doces e besteiras escondida como um parabenizado pela nossa coragem.
— É muito estranho, não é? Eu sou adulta e...
Em resposta às minhas inseguranças, minha mãe me acolheu em seus braços fazendo todas as minhas barreiras se derrubarem e uma única lágrima descendo dos meus olhos foi o suficiente pra eu começar a soluçar. Os carinhos da minha mãe passaram pelos meus cabelos e foram acariciando até a minha coluna.
— Me perdoa... Desculpa por não ter conseguido lhe proteger dele — Lamentou com a voz embargada e nossos choros se misturaram.
Era sempre ele que destruía tudo que tocava e via, era fatal.
Não sei quando foi que aconteceu exatamente, mas eu havia dormido e eu senti meu corpo ser carregado por braços fortes. Logo desconfiei do meu pai, porque além de Chase ele era o único que conseguiria me carregar. Mesmo que minha mãe tenha uma altura parecida com a minha, ela não conseguiria me carregar e quando acordei no meio da noite estava com os braços do meu pai na minha cintura, a cabeça dele em cima da minha com a respiração pesada e a da minha mãe na minha nuca com a respiração bem fraquinha, uma das mãos estava um pouco em cima a do meu pai, na minha barriga e sorri em meio a todo aquele peso.
Era muito confortante, queria que Chase estivesse aqui recebendo o mesmo conforto. Mas talvez ele receba dos próprios pais.
🥀
No dia seguinte, entrei na cozinha me alongando enquanto minhas narinas captam o cheirinho de café fresquinho.
— Bom dia pai, mãe — Cumprimento ao entrar no cômodo e vê meu pai com os seus óculos de grau, com seu maxilar bem firme tenso e os braços cruzados. Mamãe estava preparando o café, mas logo colocou a garrafa térmica em cima da mesa e percebi que ela estava preocupada — Porque estão fazendo essa cara?
— Ontem seu irmão matou uma pessoa — Disparou fazendo meu corpo paralisar e Arregalei meus olhos. Eu esperava isso de mim, não do meu maninho — Na verdade, todos os garotos e até mesmo Chase.
Logo franzi a testa, como essas pestes mataram em coletivo?
— Eles atropelaram alguém e a morte foi fatal — Completou minha mãe enquanto estava abatida e me serviu de um pouco de café.
Franzi os lábios impressionada e meu pai me olhou de modo repreendedor, eu parei e bebi meu café. Eu sou filha de dois assassinos e sou uma, então não posso receber julgamentos. Quem diria que meu irmão seria um também.
Logo meu irmão entrou na cozinha junto com Chase e o mesmo já entrou todo confuso quando meu irmão foi pro colo do meu pai e começou a soluçar.
— Eu já disse, era só um rato — Murmurou Chase parecendo cansado e as duas ruivas da casa olharam pra ele com as sobrancelhas arqueadas — Eles atropelaram um rato e a dona Willians exagerou tanto que fez parecer um humano, não que ele não seja um ser vivo. Mas mesmo assim — Falou entre resmungos querendo dizer que não era pra eles fazerem esse drama todo, mas meu irmão pareceu intensificar o choro dele.
— Você pode parar? Não tá vendo que está piorando o choro do seu primo? — Perguntou minha mãe e como resposta, Chase sentou na cadeira extremamente irritado.
Parece que teve uma irritação psicológica bem pesada.
Arrasto minha xícara em sua direção e ele agarra de imediato dando um gole.
— Eu... Matei um ratinho, papai... — Murmurou Yuri entre soluços e o mais velho fez carinho em seus cabelos ondulados loiros.
— Como conseguiram atropelar um rato? — Pergunto estranhando totalmente um rato no meio de uma pista, não que seja impossível, mas muito improvável.
— Sei lá, o Otávio tava no volante. Eu tava ensinando eles a dirigir no bairro, não tinha absolutamente ninguém na rua e aí do nada, pô — Diz a última palavra de modo exagerado pra descrever a situação e presto atenção pra entender — Quando desci, era um rato todo aberto e amassado. Daí do nada a dona Willians saiu de casa pra ver o barulho e encheu nossas cabeças com um monte de maluquice, aquela mulher é extremamente louca — A xinga colocando a cabeça na mesa — Eu não dormir nada com essas crias chorando, Eva demorou pra dormir e tá agora com o Otávio que chorou bastante também — Revela fazendo eu ficar preocupada.
Mesmo que seja apenas um rato e a maioria tem nojo por eles andarem em esgotos, os garotos e a Eva são bem sensíveis com isso, ainda mais que era um bichinho indefeso. O Otávio deve estar se culpando mais por ter ficado atrás do volante.
— Vai dormir um pouco, querido. Você passou por bastante coisa essa noite — Aconselha minha mãe surgindo ao lado dele e massageia seus ombros — Não se esqueça que quarta feira é dia dos namorados, leva a Eva pra algum lugar legal. A avó dela está viajando mesmo, seria legal passear um pouco depois de tudo isso — Diz pro moreno que franze a testa e ergue os olhos pra mais velha.
— Mais tia, por que ela não pode passar com os amigos dela? — pergunta franzindo a testa ainda mais — Eu sou o babá dela, não namorado.
— Então, você está responsável por ela. Levar ela a algum lugar é o papel de um babá — Disse dando batidas em seu ombro — agora vai dormir e pare de me questionar garoto — Manda recebendo um tapa na nuca e ele levanta resmungando.
— Bella, pode ajudar o seu irmão a dormir? Vamos até a casa dos Willians ter uma conversinha com eles — Fala meu pai quando o meu irmão já estava mais calmo e assinto.
— Vem aqui pequeno príncipe — O chamo estendendo meus braços e ele se joga neles.
Pego ele no colo de maneira fácil e vou em direção do seu quarto.
🥀
Alguns dias se passaram e amanhã já era quarta feira, dia dos namorados. Com certeza haveria várias coisas frufrus e uma prova disso, é que lá no colégio vão mandar bilhetes ou cartas anônimas para as pessoas que gostam ou até mesmo presentes, mas teria que ser mandando até hoje para poder colocar em cima das carteiras.
Por algum motivo, Otávio faltou na segunda feira e apareceu hoje bem abatido. Quando me viu hoje, abraçou-me fortemente e ficou calado todo tempo só procurando abrigo. A sua mãe realmente pegou pesado com aquele acidente.
— Posso lhe pedir uma coisa? — Perguntou Otávio enquanto andávamos pela calçada, estávamos na casa da Eva e agora caminhamos a caminho de casa.
— A vontade — respondi-lhe olhando atentamente enquanto diminuo a velocidade dos passos.
Ele pareceu receoso com seu pedido e estranhei um pouco.
— Eu sei que não temos um relacionamento definido ainda e nem mesmo começamos com ddlg — Parou pra buscar fôlego — Mas podemos sair juntos amanhã? Só nós dois.
Ele queria um encontro? Cocei uma parte do nariz onde pinicava e movi os lábios pro lado e pro outro meio pensativa.
— Quer que eu seja sua namorada durante um dia? — perguntei para confirmar minhas suspeitas e ele parou abrutamente com os olhos arregalados — Você quer experimentar algo assim, não quer ficar sozinho — Digo completamente minha linha de raciocínio e ele concordou ainda impressionado — Eu já namorei uma vez e não foi muito bom, mas vou fazer de tudo para lhe dar a melhor experiência possível — Exclamei fazendo ele pular todo empolgado e antes com o semblante abatido, agora se deu lugar a um sorriso lindo de orelha a orelha.
Com direito a covinhas e olhinhos pequenininhos.
— Obrigado Bella — Agradece abraçando minha cintura enquanto ainda dá pulinhos e me assustei pela ação brusca, mas acabei rindo e abracei seu corpo acolhendo em meus braços.
Uma pequena calmaria...
Ah não, Bella!
Parte 1 postado hehehe, a maluquice da senhora Willians 🤦🏻♀️.
Vocês são vão entender na história do Chase, porque ela repreendeu mais ele do que tudo na vida. Espero que tenham gostado desse, porque mais tarde vão surtar.
Até mais tarde minhas luas 🌙.
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