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24 | 'ALEA JACTA EST', JÚLIO CÉSAR ATRAVESSA O RUBICÃO

— Eles estão no gramado ao lado Sra. Swift — disse o mordomo de Birch ao avistar Taylor entrando pela porta da frente. Todas as janelas estavam abertas e o sol finalmente entrava, sem nenhum vestígio dos últimos dias de neve — Aceita um gin fizz?

— Ah, sim — Taylor sorriu — Eu poderia matar um.

O Sr. Lawrence assentiu e apontou para a porta lateral, que levava ao caminho de arbustoscom saída direta ao centro do jardim.

Taylor tinha se arrumado para uma visita a Austin. Sua roupa era um casaco azul marinho Ralph Lauren Prince of Wales e calças combinando, complementadas por uma blusa de gola alta branca e uma bolsa preta Hermès Birkin, junto com um par de saltos Christian Louboutin combinando. Por cima de tudo, ela usava um sobretudo Miu Miu profundo, quase preto, sem mangas. Seu cabelo estava solto, mas sua franja parecia estar crescendo, então estava suavemente penteada para o lado.

Caminhando pelos arbustos até o jardim, Taylor viu seu irmão de longe, no centro do lugar, sob um gazebo de madeira. Imerso em uma banheira de gelo. Ao lado dele, Ethan estava em uma banheira semelhante. O tempo lá fora estava na casa dos cinquenta e poucos graus, mas o mais velho não parecia se importar, o que não podia ser dito de Austin, que havia fechado os olhos, contando os segundos até poder sair da água. Charlotte estava sentada do outro lado do jardim, mas não muito longe, olhando para a cena enquanto conversava com Lady Mary. Um pouco mais longe, e em silêncio, estava Eden, sentada em um banco de madeira pintado de branco, fumando um charuto que parecia definitivamente um daqueles caros que Taylor já tinha visto seu próprio pai fumar.

Nos últimos dias, Taylor tinha notado algo. Eden estava se vestindo cada vez mais como alguém em sua posição do que costumava o fazer. Não que isso significasse alguma coisa, ou pelo menos a mais nova pensava não significar. Naquela tarde, ela estava usando roupas sob medida. Calça preta e uma camisa lisa da mesma cor, com um par de loeafers pretos Foxley, Jimmy Choo. Ela também usava um casaco como complemento, um Marant Étoile, bem grosso, num tom acinzentado, e o comprimento chegava um pouco abaixo do joelho. No rosto, Oliver Peoples, óculos feitos à mão no Japão, um Sheldrake com armação transparente e lentes levemente esverdeadas.

— Você gostaria de um patinho de borracha como companhia para o gelo? — Taylor ouviu Ethan, claramente provocando Austin, mas eles pareciam estar se dando bem e o garoto apenas balançou a cabeça e riu.

Taylor esperou o breve momento acabar para acenar na direção do irmão, mas não se aproximou. Deixou-o com Ethan e se virou para Eden, indo sentar-se ao lado dela no banco de madeira. A duquesa parecia especialmente pensativa, e nem olhou na direção de Taylor, embora tivesse notado sua presença.

— Você ficará feliz em saber que as coisas estão resolvidas com Chucky. 

— Gin fizz, senhorita — o Sr. Lawrence se aproximou, um longo copo descansando em uma bandeja de prata.

— Obrigada — disse Taylor, e foi então que Eden olhou para ela, tirando o charuto da boca e soprando a fumaça para longe.

— Mm. Achei que você tinha queimado esse caminho.

— Você sabe como os tipos criativos são. A paixão é intensa, mas é rapidamente esquecida.

— O que você fez?

— Por que pensa que eu tive que fazer alguma coisa? — Taylor sorriu, antes de beber um pouco de sua bebida, vendo que o mordomo já havia se afastado, sumindo em direção a área interna — Mm, ele era muito mais descomplicado do que eu pensava que seria. Ele disse que apagaria todos os vídeos sobre meu irmão. E ele fará todo o processo seguinte sem cobrar nada, como um bom menino. Então, tem 15 milhões no meu carro, prontos para você levar para ele.

— E quanto tempo Chucky disse que levaria?

— Quatro meses no máximo, o que não é o ideal, mas é o que é.

— E ele é a única opção viável, certo? — Eden perguntou, como se quisesse ter certeza.

Taylor não leu nada por trás da pergunta. Ela deu de ombros e assentiu.

— Claro.

A conversa entre elas terminou ali. Taylor finalizou sua bebida e deixou o copo de lado, na mesa de ferro onde Eden havia colocado a caixa de charutos. Então, ela se levantou e foi até seu irmão, enquanto Eden observava a cena, mas não por mais do que alguns minutos. Logo depois, ela também estava se levantando, pegando as chaves do carro de Taylor com ela e indo em direção à entrada da casa. O SUV da garota estava lá, e o dinheiro estava de fato no porta-malas. Eden demorou para verificar, mas depois que o fez, tomou o caminho em direção a Londres.

Saindo da propriedade, ela teve que diminuir a velocidade antes de cruzar os limites, porque seu celular começou a tocar. Conectado ao carro, ela atendeu ali mesmo, e viu o número desconhecido, mas a voz muito fresca.

— Desculpe-me por ligar para sua linha privada, Vossa Graça — o assistente de Owen Huard dispensou apresentações. Eden deixou-o falar — Seus dados pessoais de contato foram passados ​​para mim por um conhecido. O Sr. Huard tem mantido um olho em você e em seus negócios recentes, e me pediu para a alcançar. Ele pediu também que eu deixasse bem claro para você, em termos inequívocos, que ele continua muito no mercado, mas gostaria de a ajudar com sua recente... dificuldade. Envolvendo Taylor Swift. Ele, mais do que qualquer outra pessoa, ficaria mais do que feliz em a expulsar de Birch.

— Ele entende que minha posição sobre minha própria propriedade não mudou?

— Ele certamente confirma e aprecia isso, Vossa Graça. Na verdade, ele disse que estaria aberto a uma proposta alternativa que não envolva Birch. Eu diria que ele está efervescente de animação. Ele pousa em Londres amanhã. Seria muito presunçoso agendar uma reunião?

— Vamos fazer isso.

*

 — Meu Deus, Eddie! — Chucky acenou na entrada de casa assim que viu Eden descer do carro — Como você está?

— Estou ótima — a duquesa se moveu para apertar a mão de Chucky, mas parecendo desanimada mesmo o fazendo, enquanto o porta-malas do carro terminava de se abrir — Você poderia me ajudar? Me dar uma mão com as malas?

— Sim — Ishy concordou e se mexeu para ajudar, mas Chucky colocou o braço mais à frente, o impedindo de continuar.

— Ishy, espere, espere, espere, espere. Você pode me olhar por um segundo, Eddie? Venha aqui — ele pediu, mas Eden já estava diante da porta mala e continuou ali, então Chucky quem se aproximou — Mudou de ideia, não é?

— Do que você está falando?

— Da última vez que fiquei cara a cara com você, irmã, você estava me olhando como se eu fosse um idiota. Não é mesmo, Ishy?

— É isso mesmo.

— E até onde eu me lembro, você estava muito cética sobre essa operação.

Eden não esboçou nenhuma reação aparente em um primeiro momento. Um segundo depois e ela estava balançando a cabeça em desaprovação e enfiando as mãos no bolso do casaco.

— Sim, bem, mas não depende de mim tudo isso aqui.

— Quando eu estava explicando escalas de tempo para você, você estava com uma cara de merda, como se não acreditasse no que estava ouvindo-

— Olha, olha, eu não quero fazer isso — Eden o interrompeu se irritando — Eu só quero terminar o trabalho.

— Bem, me escute. Nós vamos fazer isso, e eu vou te dizer o que mais.

— O quê? — ela se forçou a não revirar os olhos.

— Você tem um vazio em sua alma, cara. Uma escuridão. Quando eu estava sentado no escritório da Taylor, olhando para você, pensando: "Essa bonitona não acredita nos meus corn dogs." Se você não acredita nesse projeto de merda, ninguém pode acreditar nesse projeto de merda. Então, você vai acreditar nesse projeto de merda — ele acenou para trás de si — Me traga alguns corn dogs, Ishy.

— Que sabor?

— Qualquer sabor, porra!

— Eu não... — Eden tentou parar Ishy, mas o mais velho já estava passando pela porta em direção a parte interna da casa de Chucky — Eu não preciso de um corn dog. Eu não preciso de convencimento. Apenas... desculpe, tudo bem? Vamos terminar o trabalho, por favor.

— Suas vibrações estão fodidas. Olhe ao seu redor. Estamos vivos, não estamos? Inspire. Inspire como boas vibrações. Foda-se as vibrações ruins. E também não sei por que você parece com pressa. Taylor disse: "Não tenha pressa". Por que caralhos você está com pressa?

— Um momento, um momento, o que ela disse?

— Ela disse: "Quatro, cinco, seis meses. Não importa" — Chucky reforçou, alheio — Ela me falou para não ter pressa, então pare de me apressar.

Eden fechou os olhos por um segundo. Ela tentou não pensar no que tinha escutado, porque terminaria acrescentado ainda mais a onda de irritação que tinha tomado conta de si. A duquesa se virou em direção ao porta mala e alcançou as duas malas de mão.

— Eu mesmo as levo para sua casa.

Ela tentou passar, mas Chucky a impediu. Ishy, saindo de casa com um corn dog na mão, viu a cena e estendeu o braço na direção de Eden.

— Calma, Bruv — ele disse — Aonde você vai? Eu trouxe isso aqui para você.

— Eu não vou comer isso.

— Em cerca de dez segundos, esse. Negócio. Estará. Na Sua. Barriga — Ishy falou, pausando entre as palavras enquanto cutucava o abdômen de Eden no mesmo ritmo — Você vai comê-lo porque Chucky disse para comer.

Ishy a cutucou uma última vez e num piscar de olhos, Eden deu um passo para o lado, deixou as malas caírem no chão, e acertou um soco no rosto do homem. Seguindo adiante ela deu uma cotovelada na barriga do mais velho e acertou outra no rosto, terminando com um soco no nariz com a outra mão. Ishy caiu no chão, e Chucky foi esperto o bastante para apenas se afastar com a mão levantada.

— Ei, ei, ei... — ele tentou melhorar a situação.

Ishy gemeu no chão, e Eden o chutou uma última vez antes de desviar a atenção para Chucky.

— Coloque as malas na porra do carro!

Chucky fez exatamente o que foi pedido. Ele puxou as duas malas do chão para cima e as devolveu para onde estavam, junto das outras três.

Eden apontou para a porta da casa, como se estivesse dizendo para que ele entrasse, e o mais velho fez isso, depois de ajudar Ishy a se levantar. Chucky o arrastou como conseguiu, com o nariz de Ishy tomado por sangue. A duquesa deu a volta no carro, e antes de entrar tirou seu celular do bolso da calça. Ela discou o número marcado como favorito no topo da agenda, e suspirou cansada ouvindo o barulho do outro lado da linha.

— Tomei uma decisão executiva — Eden informou assim que a chamada foi atendida — Eu vou falar com você. Onde você está?

*

 Eden passou no escritório de Henry Collins antes de se encontrar com Taylor.

Quando ela chegou à academia da família Swift, no início da noite, as luzes estavam baixas na parte da frente, mas o escritório de Taylor estava completamente iluminado.

A duquesa partiu escada acima e parou diante da porta. Ela bateu, um único toque, mas não esperou resposta antes de entrar. Taylor estava sentada atrás da mesa, e Eden ocupou a cadeira da frente, sentando-se sem muita cerimônia.

— Decidi usar Henry Collins para lavar o dinheiro.

A mais velha disse como se não estivesse se importando com a resposta que teria. Taylor ficou em silêncio por um minuto, ou um pouco mais que isso.

— Achei que tinha dado as instruções claras.

— Bem, você deu. E eu escolhi usar o mais eficiente. Collins fará isso mais rápido.

— Quero que a atenção de Henry esteja na carreira do meu irmão.

— Bem, ele pode fazer as duas coisas — Eden deu de ombros.

— Talvez ele possa — a mais nova expressou um sorriso sem humor — Mas você não tem carta branca para passar por cima de mim quando quiser. Há uma ordem para as coisas, amor.

— Oh, estou perfeitamente ciente do meu status nesta organização, Teffy — Eden devolveu, reparando na última palavra que deixou os lábios de Taylor, mas tentando não se importar.

— Além disso, infelizmente, já temos um acordo pré-existente com Chucky.

— Não mais, você não tem — a duquesa balançou a cabeça negando.

— Oh, o que você fez, capitã? — ela sorriu em desafio.

— Você disse ao Chucky para ir mais devagar — ela acusou — Não para acelerar o processo.

— Por que eu faria isso? — Taylor perguntou, imediatamente sem expressão alguma. Olhando de fora, parecia até difícil acreditar que ela não estava falando a verdade.

— Porque você e seu pai nunca tiveram a intenção de me deixar ir.

— Essa é uma acusação muito grave.

— Por que você não nega, então, hmm? Por que você não me diz quando você e seu pai vão sair da minha terra?

— Depois que lavarmos os 15 milhões.

— Então deixe-me fazer outra pergunta — Eden se ajeitou na cadeira, se inclinando para mais perto da mesa — Onde está Jethro?

Taylor ficou em silêncio pelo tempo em que Eden sustentou o olhar ao dela. A verdade por trás de, pelo menos aquilo, parecia já óbvio, então a garota de olhos azuis apenas deu de ombros.

— O motivo pelo qual Jethro está morto foi para proteger você — ela foi honesta — E proteger seu irmão viciado em cocaína da tempestade de merda que estava vindo em sua direção. Jethro era um bom garoto, mas um dia, ele se tornaria um problema. Então eu lidei com isso.

— Vou perguntar mais uma vez, quando você vai deixar eu e minha família sairmos disso?

— Certo... — Taylor repetiu praticamente o mesmo movimento de Eden, se inclinando para mais perto da mesa — Já que estou sendo especialmente honesta agora, vou continuar fazendo isso — ela fez uma pausa, e Eden viu um sorriso verdadeiramente honesto se rastejando por seus lábios — Você está presa comigo, amor. E eu diria que para sempre.

— Você deveria saber que não há nada que eu não faça para proteger minha família — Eden se levantou com mais violêncio que o pretendido, deixando Taylor para trás. A cadeira em que ela estava pendeu para o lado, e quase caiu. A duquesa passou pela porta, mas parou antes de dar um segundo ou terceiro passo adiante, quando escutou a voz de Taylor tomando o espaço para chamar sua atenção.

— Cuidado aí, soldada — ela levantou o olhar, e Eden virou o rosto, sustentando o que quer que aquilo fosse — Eu posso ser legal, e posso não ser tão legal. Você só me viu em um cenário.

Eden levou as mãos até os botões de seu casaco. Ela tinha se virado por completo. Então, abotoou o sobretudo antes de murmurar: — Boa sorte, Taylor.

— É bom ver você, Taylor — Henry Collins deixou escapar assim que viu Taylor entrando em seu espaço de exibição. Austin tinha uma luta naquela noite, e a loira estava lá para acompanhar o irmão.

— Como vamos? — ela perguntou, mas apenas por perguntar. Henry se inclinou para a abraçar.

— Muito bem — ele garantiu, e então se virou, acenando para seu segurança — Mike, leve Taylor para ver Austin.

— Sem problemas, senhor.

Henry acenou em frente, e Taylor seguiu pelo corredor pelo iluminado, notando o fluxo de pessoas. O lugar se enchia cada vez mais, e as mesas estavam praticamente todas preenchidas. Mike guiou Taylor pelo prédio, e parou em frente à porta do vestiário. Ele a abriu, mas não se moveu. Quando Taylor entrou, Mike fechou a porta e deu espaço para os irmãos.

— Você está bem, querido?

Austin estava sentado em um banco longo de madeira, ao lado dos armários. Ele já estava com os calções da luta, e sem nada cobrindo seu torso. Tinha uma toalha enrolada em uma das mãos, e o cabelo estava penteado para trás, mas teimando em se desalinhar, com alguns fios seguindo para frente.

— Você sabe, é estranho... — ele comentou, e viu a irmã ocupando o espaço ao seu lado — Na verdade, estou muito nervoso. Eu nunca fico nervoso.

— Você não tem nada com que se preocupar, Austin.

— Não tenho mesmo?

— Olha... — Taylor sorriu gentilmente — Você se lembra daquele Natal quando papai te deu seu primeiro par de luvas de boxe? Você tinha, o quê, quatro anos?

— É — ele riu — E ele me disse para bater nele o mais forte que eu pudesse.

— Você bateu. Deu um soco direto nele. Ele era cinco vezes maior que você, Austin. Você não tinha nada a temer naquela época, e não tem nada a temer agora.

— Ok — o mais novo assentiu, e puxou a irmã para um abraço — Obrigado.

— Você sabe o que precisa fazer.

— Eu sei.

Taylor deixou Austin sozinho não muito tempo depois disso. Ela saiu do vestiário e andou em passos calmos para sua mesa marcada, muito próxima do ringue. O nome da família estava no cartão suportado por sobre o tampo.

A loira pegou uma taça de champanhe quando passou por um garçom, e se sentou na cadeira, com as costas para o ringue, dando uma olhada ao redor.

Ela se limitou ao próprio silêncio, mesclado a alguns acenos para pessoas que conhecia de vista. Mas o silêncio naquele raio não durou o bastante, muito porque um Archie animado chegou sem muita cerimônia, puxando a cadeira de frente para Taylor, sem nem mesmo perguntar se poderia se sentar. Danny também estava lá, e Taylor o viu de longe, arranjando seu lugar em uma mesa de italianos.

— Veja você — o mais velho  sorriu — Parecendo extremamente confiante. E você deveria mesmo.

A mulher encarou o mais velho da cabeça aos pés, reparando no que ele usava. Um terno sob medida, com uma boina por sobre a cabeça.

— Boa noite, Archie.

— Que bom que nos encontramos — Archie disse — Na verdade, eu queria saber se você e eu podemos ter uma conversa em segredo. É sobre minha irmã. Estou preocupado com ela. Ela está, hum... Ela está se comportando de forma errática. Acho que ela pode estar prestes a cometer um grande erro.

— Sua irmã já deixou sua posição bem clara para mim, Archie — Taylor lembrou a si mesma da conversa que teve horas antes com Eden — O que estou lutando para entender é como você se encaixa em tudo isso.

— Bem, veja, é isso — Archie se inclinou para frente, mas apenas um pouco — Eu inventei algo.

— Sua pequena atividade paralela com Danny?

— Não é uma pequena... — ele se interrompeu, mas não se deu ao trabalho de acertar aquilo — Sim, meu irmão tem me ajudado com isso, mas é minha porra de gambito. É uma nova variedade de erva, Tay. Uma nova variedade muito poderosa. E eu sei que não é hora nem lugar para falar sobre isso, mas já que Eddie quer sair e o tempo está passando, eu só queria saber se, você sabe, talvez... talvez haja outra maneira de contornar isso.

— Hum — ela sorveu parte de sua bebida.

— Vamos encarar. Você e eu sabemos que esse é um negócio difícil. Se alguma coisa acontecesse com Eddie, não que e-eu... não que eu queira, não que eu ache que vai acontecer, particularmente, não acho, mas se acontecesse, quero dizer, tecnicamente, toda a propriedade iria para mim já que sou o mais velho, e dessa vez não há nada que diga o contrário — Taylor semicerrou os olhos — Olha, essa erva vai ser colossal pra caralho, Tay- 

A voz de Archie foi abafada pelo barulho da música subindo e os gritos vindos da direção de onde os boxeadores entrariam. Austin foi o primeiro, e Taylor ouviu os alto-falantes o anunciando.

— Você sabe quem é esse sendo chamado, Archie? — a mais nova sorriu sem muito humor, olhando para Archie como se a próxima sentença fosse ser um desafio. Fogo saiu do chão, perto da entrada, e Archie encarou o garoto que tinha aparecido do outro lado, usando sua capa azul com detalhes vermelhos, onde se lia, nas costas, 'Austin Attack'. Taylor parecia mais irritada com Archie, depois do que ouvira, do que tinha estado com Eden depois que ela tinha praticamente deixado claro sobre como faria de tudo para deixar o acordo que tinham. Por um momento, nem mesmo Taylor entendeu porque estava se sentindo daquela maneira — É meu irmão, Archie. E eu faria qualquer coisa por ele. Você pode querer pensar sobre isso e usar como um exemplo.

*

— É um prazer excepcional vê-la novamente, Vossa Graça — Owen Huard falou quando recebeu Eden em sua casa. Dessa vez um ambiente ainda mais controlado, e íntimo — Por favor, sente-se.

Eles estavam na biblioteca. As luzes fortes acesas, e o assistente de Owen ao lado do mordomo. Havia uma garrafa de vinho esperando ser aberta, mas quando Owen acenou na direção da bebida, Eden foi rápida em recusar.

— Sabe o que eu amo na aristocracia britânica? — o mais velho iniciou quando reparou que a noite seria realmente feita de negócios, e sem curvas. Eden por si só parecia interessada em conversar sobre tudo e qualquer alternativa para sua própria saída do arranjo da família Swift, mas nada além disso — Eles são os gangsters originais. A razão pela qual eles possuem 75% deste país é porque eles o roubaram. William, o Conquistador, foi pior que Al Capone. Quando ele veio da França, ele agarrou tudo o que conseguiu colocar nas mãos, e então ele criou um sistema para que ele e seus amigos pudessem ficar com isso para sempre. Tributação. Educação. O judiciário. Tudo foi projetado para ajudar a aristocracia a manter suas terras e seu dinheiro.

— Bem, acho que posso concordar com você, mas eu deixaria a criminalidade para meus ancestrais — ela disse — No entanto, o controle sobre minha propriedade está sendo desafiado. Por isso, agradeci sua ligação e cheguei à conclusão de que posso precisar de alguma ajuda para corrigir a situação. É apenas por isso que estou aqui.

— E não em outro lugar — Owen disse, um pouco estranho o fazendo. Como se quisesse dizer algo mais. Se pudesse valer de algo, Eden deveria mesmo estar em outro lugar, mas a luta de Austin certamente não seria a última exibição que poderia ver. Então, a duquesa apenas passou por isso — Mas bem, você veio ao homem certo. Eu estou entrando com um elemento de quid pro quo. Você acha que pode se sentir confortável com isso?

— Estou disposta a fazer o que é preciso, Sr. Huard. Mas apenas uma coisa... 

— Diga.

— Independente de como as coisas caminhem, se a transição pudesse ser realizada com o mínimo de atrito possível, isso seria muito apreciado. Por mais que eu tenha ficado frustrada com a família Swift, gostaria que eles saíssem bem disso.

— Você tem minha palavra — Owen estendeu sua mão — Como um cavalheiro.

Austin parecia menos despreocupado depois de conversar com a irmã. Quando eles voltaram a se encontrar, com o garoto se inclinando sobre a divisão do ringue para conseguir falar com a mais velha, aprimorado ao lado, ele estava definitivamente mais relaxado.

O que não se poderia dizer de Taylor. Tendo colocado os olhos no adversário do irmão, ela logo começou a achar que aquilo talvez não acabasse exatamente bem. Não que o mais novo não soubesse o que estava fazendo, mas certamente havia uma grande diferença entre ele e o Russo com o qual estaria lutando em menos de três minutos.

— Austin, o quanto você sabe sobre essa cara?

— Eu estudei suas lutas, conheço seu histórico — ele garantiu — As aparências enganam. A última vitória dele foi há meses atrás. O cara coleciona derrotas. Eu vou acabar com ele, Taylor. Confie em mim.

Ela quis confiar.

Mas se Taylor tinha algo para dizer, isso ficou preso em sua garganta quando i segurança de Henry, Mike, o mesmo de antes, se aproximou repentinamente dizendo que Collins gostaria de falar com ela. A loira olhou para cima, em direção a janela enorme que dava a vista para o escritório de Henry, e o encarou da janela. O mais velho parado com as mãos nos bolsos. Os dois ficaram assim por um segundo, ou um pouco mais que isso, até que Henry acenou e Taylor não viu outra escolha se não a de ceder ao arranjo.

— Isso tudo é muito sinistro — Taylor comentou assim que passou pela porta. Mike fechou, ficando de frente para a saída, a guardando. Henry se virou. Ele tinha uma garrafa de uísque em cima da mesa, e encheu um copo com uma bebida, sorvendo parte dela e se sentando em sua cadeira de couro — É melhor não ser um problema com meu dinheiro.

— Ah, não, não é sobre dinheiro. É sobre seu irmão.

— Meu irmão? Bem, ele está prestes a bater no cara lá embaixo agora.

— Sim — Henry convidou de lado — Mas, infelizmente, não é assim que isso vai acabar. E é uma pena, sabe. Eu gosto bastante do garoto, na verdade. Mas, infelizmente, ele é apenas uma imagem pequena em um quadro maior.

— Do que você está falando?

— Não quer se sentar? — o mais velho apontou para a cadeira, mas Taylor continuou de pé — Certo. Acho que isso é um não. Então, acho também que posso continuar daqui. Quando vejo uma chance de, uh, expandir meu negócio, não me consigo conter. Eu agarro.

— Estamos perdendo a luta lá embaixo — Taylor disse, no exato momento em que ouviu a agitação crescente no andar debaixo e os gritos de incentivo tanto para Austin quanto para o homem que ele estava enfrentando — Talvez você possa ir direto ao ponto.

— Quinze milhões é muito dinheiro. Me chamou a atenção. E pelo que entendi, é de apenas uma fazenda. Na verdade, só no último mês essa quantia foi arrecadada naquele espaço minúsculo que você tem em Birch.

— O quê-

— Eden precisou se abrir sobre isso  — ele deu de ombros — Quando meu contador deixou claro que só cuidaria do dinheiro com as informações de onde ele estava vindo, ela precisou ceder os detalhes. Acho que um pouco de desespero a fez fazer isso. De qualquer forma, multiplicamos essa quantia por 14, o número de espaços que você tem, se não me engano. Mas fazemos isso e temos duzentos milhões por mês, o que nos dá mais ou menos dois bilhões e meio de libras por ano.

— Hmm — Taylor se mexeu desconfortável, mas tentou não passar muito além disso. Ela estava odiando o caminho para o qual a conversa estava seguindo — Bem, sinto muito por desapontá-lo, mas não estamos procurando investidores ou parceiros. Depois que você lavar os 15, estamos bem. Não acho que eu vá precisar de seus serviços além disso.

Ela se voltou para a saída, mas Mike interrompeu seu caminho, e, de qualquer modo, as próximas palavras que deixaram a boca de Henry a fizeram voltar exatamente para onde estava.

— Ah, não estou querendo investir — ele riu — Estou assumindo a operação.

— Você é um promotor de lutas de boxe — ela apontou — E um lavador de dinheiro. Você seria muito inteligente se ficasse na porra do seu quadrado.

— Você é muito inteligente, Taylor — Henry frisou a primeira palavra da sentença — Esperta. Mas você claramente não fez sua lição de casa comigo ou sobre todos os meus negócios. E eu não te culpo. Seu irmão parecia muito animado quando me conheceu, eu consigo entender como você deixou se levar. E estamos nisso há o quê...? Dois anos ou algo assim. Mas enfim, eu poderia ter lhe dado o mesmo tratamento que estou dando ao seu irmão, mas por respeito, estou lhe fazendo esta oferta. Há dois caminhos disponíveis para você. O caminho de menor resistência... Você vende seu negócio para mim aqui, agora, e aceita minha oferta com graça e inteligência. Então há outro caminho. Esse caminho... Hmm, esse caminho vai acabar em uma guerra. Começando com a obliteração do seu adorável irmão. Eu não vou matá-lo, por respeito a você. Mas eu vou machucá-lo para que você saiba que estou falando sério.

A multidão gritando lá embaixo fez Taylor virar o rosto. Ela tinha a visão clara do ringue, e Austin parecia estar consideravelmente bem na disputa. A loira voltou para Henry, e sorriu sem humor.

— Se meu irmão estivesse falando com você agora, ele diria o mesmo que eu. Eu vou arriscar minhas chances.

— Sim, eu pensei que você diria isso — Henry se levantou da cadeira, dando a volta na mesa. Ele passou por Taylor, até estar com as costas viradas para a janela — A coisa sobre montar essas disputas é bem interessante — ele chamou a atenção da garota para si, que logo estava voltando o corpo em sua direção, o olhar focado em seu rosto , tentando não desviar para continuar tendo uma visão do que acontecia lá embaixo — Você precisa de um tipo muito especial de lutador. Um campeão. O Butcher ali embaixo, ele é apenas uma raça rara de guerreiro. Sem ego. Disposto a parecer ruim por lucro. Seu histórico pode ser de três vitórias em 30 lutas, mas todas as 27 derrotas são lutas que ele perdeu porque dissemos para que ele perdesse. Então, quando ele vence, a bolsa que ele tem acumulada é tão grande que vale a pena. Porque a verdade é que ele é um monstro imparável — o barulho de confusão cresceu no andar de baixo. Alguém falou alto e muitas reclamações se levantaram, uma sobre a outras. Taylor olhou por um momento para o espaço, e até mesmo Henry virou o rosto para ter a visão de Austin no chão, tentando se levantar — Quanto ao juiz que está apitando a luta, embora ele seja um pai felizmente casado de três filhos, seu amor por cocaína significa que ele fará exatamente o que lhe for dito contanto que haja uma recompensa. Então, quando um dos meus homens lá embaixo der o sinal verde, Austin vai cair de vez, e se ele estiver apagando, as chances são de que ele continue caído até estar inconsciente.

— Você nos subestima por sua conta e risco.

— Será que faço mesmo isso?

Taylor deu um passo adiante. Henry sustentou a posição, mas estremeceu por um momento quanto sentiu a mão da garota traçando seu gravata, até se afastar de vez.

— Quando Júlio César cruzou o rio Rubicão com seu exército, ele deliberadamente entrou em guerra com o estado romano. Era um ponto sem volta — ela fingiu um sorriso, que tão rápido como surgiu, sumiu de seu rosto — O problema com sua oferta é que é tarde demais. O Rubicão já foi cruzado, Henry. E você está errado sobre eu não conhecê-lo. Eu conheço todo mundo que se aproxima de mim e da minha família, e e eu sei que você não é Júlio César, e você não tem ideia sobre o rio em que escolheu nadar. Você pode ter um pequeno exército, mas eu sou o estado. Eu sou a casa. Eu sou o establishment e você... está mal equipado física, marcial e intelectualmente para a luta que erroneamente escolheu.

— Seu pai está na prisão, e você está mal armada e subqualificada — Henry contrapôs — Aceite a oferta e nós cuidaremos de você e de seu irmão da maneira certa. Estou disposto a ser generoso e adquirir a operação pelo preço que ela vale. Não menos que isso.

— Claro que está — Taylor revirou os olhos.

— Veremos como você se sente amanhã — ele disse, e Taylor mal pôde se importar quando seu olhar caiu para a cena lá embaixo. Ela não tinha visto a altercação que levou àquele final, mas Austin estava no chão, e mesmo de longe era impossível não ver a quantidade assustadora de sangue que havia em seu rosto. Henry não precisava desviar o olhar para imaginar o que tinha acontecido. Com isso ele sorriu orgulhoso — Cuide de si mesma, já que não conseguiu fazer isso por Austin.

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